quinta-feira, 24 de agosto de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 25/08/2017

ANO A


Mt 22,34-40

Comentário do Evangelho

O amor a Deus e o amor ao próximo

A pergunta do fariseu, doutor da Lei, acerca do primeiro dos mandamentos tem por finalidade pôr Jesus à prova. Mas não podemos descartar a hipótese de que os fariseus, ante a enorme quantidade de preceitos que deviam observar de modo irrepreensível (613 preceitos), já não soubessem mais qual era o maior mandamento, ou seja, qual fundamenta todos os demais; qual o mandamento que, diante de um conflito entre dois deles, não pode ser substituído e tem precedência (cf. Lc 10,25-37). Na sua resposta Jesus une de modo indissolúvel dois mandamentos: amor a Deus e amor ao próximo. O amor ao próximo é a consequência natural do verdadeiro amor a Deus. Esse dois mandamentos, considerados unitariamente, são o fundamento da Lei. Na origem da Lei de Deus, está o seu amor e a sua compaixão pelo ser humano que ele criou. Em todos os demais mandamentos da Lei deve estar presente o mandamento do amor, inclusive como critério para observar ou não determinado preceito. Quem cumpre o mandamento do amor, cumpre plenamente a Lei e os Profetas. O amor tira todo rancor e amargura; é ele que faz superar todo sentimento de vingança. O amor a Deus e ao próximo é uma força de vida que nos faz viver uma Páscoa permanente da saída do eu para a entrega generosa, gratuita, a Deus e ao próximo.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, grava no meu coração o mandamento do amor a ti e a meu semelhante, de modo que toda a minha ação encontre seu sentido nesta dupla fidelidade.
Fonte: Paulinas em 21/08/2015

Vivendo a Palavra

O Filho do Carpinteiro resume em um mandamento as complicadas regras que os poderosos do Templo impunham sobre o povo. Mas a simplicidade não significa abrandamento. Pelo contrário, a Lei do Amor é a síntese objetiva e exigente do relacionamento que devemos viver entre irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/08/2015

VIVENDO A PALAVRA

Jesus pede-nos o testemunho do Amor. Que vivamos as dimensões do nosso ser – os sentimentos, os pensamentos, os desejos e as atividades do corpo – em favor dos irmãos: vendo em cada um deles a imagem de Deus, Pai que nos amou até entregar o próprio Filho, que se fez humano como nós em Jesus de Nazaré.

Reflexão

Deus não admite o amor a si sem que este amor se torne gestos concretos de caridade. É por isso que hoje vemos no Evangelho que o primeiro e maior mandamento traz consigo um outro que é semelhante a ele. O primeiro exige de nós o amor a Deus e o segundo exige de nós o amor ao próximo. Jesus nos diz que desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas. A partir daí podemos perceber porque São João nos diz na sua primeira epístola que quem ama não peca. Com isso, Jesus nos mostra que somente a plena vivência do amor nas suas duas dimensões, a Deus e aos próximo, pode conduzir verdadeiramente à santidade.
Fonte: CNBB em 21/08/2015

Meditando o evangelho

A LEI E OS PROFETAS

Ao resumir no mandamento do amor a Lei e os Profetas (expressão que significa o conjunto das Escrituras Sagradas) Jesus ia além da tradição em voga no seu tempo. Embora houvesse quem proclamasse a centralidade do amor no conjunto das exigências da Lei mosaica, corria também a opinião de que o mais importante era a observância do sábado.
As minúcias da Lei fugiam do interesse de Jesus. Infelizmente, as escolas rabínicas perdiam-se em disputas em torno de casuísmos. Cada qual buscava dar uma solução definitiva para problemas irrelevantes.
Jesus, porém, preocupava-se com a Lei na sua totalidade. Ou melhor, importava-lhe o espírito que perpassava cada uma das suas prescrições, pois nisto consistia a vontade divina. Buscava sempre sintonizar com a vontade de seu Pai.
A originalidade da resposta de Jesus ao mestre da Lei está em equiparar o amor de Deus ao amor ao próximo e a proclamar sua posição central no conjunto dos mandamentos. Colocando ambos os mandamentos em pé de igualdade, Jesus evitava criar no coração dos discípulos duas atitudes indesejadas. A primeira seria a de dedicar-se ao serviço de Deus, mas esquecendo-se do próximo, numa forma de alienação. A segunda seria a de dedicar-se ao serviço do próximo, mas esquecendo-se de Deus, numa espécie de ativismo sem transcendência. A atitude correta consiste em amar, a um tempo, a Deus e ao próximo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que o meu amor a ti se manifeste na solidariedade para com o meu próximo. E que a comunhão com o meu próximo expresse meu profundo amor por ti.

HOMÍLIA DIÁRIA

Que o amor a Deus seja prioridade em nosso coração

Lembre-se de Deus ao acordar, ao ir dormir, ao ir trabalhar e ao se alimentar. Isso não é fanatismo; é amor, é reverência, é adoração, é fazer de Deus a prioridade e a riqueza maior da nossa vida.
“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento! Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22, 37-39).
O caminho da vida é este: observar os mandamentos da Lei do Senhor. E se os mandamentos são muitos, a vivência deles é muito sintética: colocar Deus em primeiro lugar. Isso não significa amá-Lo só com palavras e com algumas orações, mas sim com todo o nosso coração, com toda a nossa alma e com todo o nosso entendimento. É ter todo o nosso ser voltado para Deus com respeito, reverência, adoração, nos colocar na presença d’Ele, respeitar Suas palavras e nos alimentar de Sua Palavra.
No mundo de hoje, nós nos confundimos e somos confundidos com tantos valores que nos são apresentados de modo que fazemos a escala de valores de acordo com os interesses de cada um ou de acordo com o que o mundo nos vende.
Permita-me dizer ao seu coração: em qualquer escala de valores que você fizer para sua vida, em qualquer escala de prioridades, coloque sempre Deus em primeiro lugar. E na sua lista, não só sua lista escrita, mas na lista do seu coração, da sua cabeça e da sua alma, que o amor a Deus ocupe sempre a prioridade da sua vida. Lembre-se de Deus quando você acordar, quando for dormir, quando for trabalhar, quando for se alimentar. Isso não é fanatismo; é amor, é reverência, é adoração! Isso é fazer de Deus a riqueza maior da nossa vida.
Contudo, ninguém pode amar a Deus e se fechar no amor a Ele. “Eu vou à igreja e fico uma hora diante do Santíssimo Sacramento. Eu fico muitas horas rezando!”. Que bênção fazer isso! Fique muitas horas rezando e com a intensidade com que você ama a Deus ame também o seu próximo, ame também o seu irmão. O que nos leva para o céu não são somente as orações que fazemos, mas também a caridade que praticamos ao próximo: suportar os defeitos, as deficiências do próximo, saber exercer a hospitalidade, a caridade e cuidar dos mais sofridos e necessitados.
Amar a quem nos ama deve ser buscado, refletido e meditado dentro de nós em um grau de importância semelhante ao amor a Deus. É claro que, se somos iluminados e conduzidos por este amor divino, este amor vai nos dar luz, força, coragem e discernimento para amar o próximo como ele deve ser amado.
Que o amor de Deus seja a primazia da nossa vida!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 21/08/2015

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos crianças do teu Reino, para entendermos o Mandamento do Amor, tão simples que apenas elas são capazes de compreender. E o acolhendo, Pai Amado, que o vivamos profundamente, testemunhando a tua Presença neste mundo e em nossa história. Por Jesus Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.

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