domingo, 2 de julho de 2017

LEITURA ORANTE DO DIA - 02/07/2017



LEITURA ORANTE

Mt 16,13-19 – Quem é Jesus? - Solenidade de São Pedro e São Paulo


Preparo-me para a Leitura Orante.
Disponho-me ao encontro com Deus, com toda a Igreja virtual que agora reza conosco:
Divino Espírito Santo,
amor eterno do Pai e do Filho,
eu vos adoro, louvo e amo!
Peço-vos perdão por todas as vezes que vos ofendi
em mim e no meu próximo.
Vinde, com a plenitude de vossos dons,
nas ordenações, nas consagrações e nas crismas!
Iluminai, santificai, aumentai o zelo apostólico!
Espírito de verdade,
consagro-vos a minha inteligência,
imaginação e memória. Iluminai-me!
Dai-me conhecer Jesus Cristo Mestre.
Revelai-me o sentido profundo do Evangelho
e de tudo o que ensina a santa Igreja.
(Bv. T. Alberione)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto Mt 16,13-19, observando o testemunho de fé de Pedro.
Jesus foi para a região que fica perto da cidade de Cesareia de Filipe. Ali perguntou aos discípulos:
- Quem o povo diz que o Filho do Homem é?
Eles responderam:
- Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum outro profeta.
- E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus.
Simão Pedro respondeu:
- O senhor é o Messias, o Filho do Deus vivo.
Jesus afirmou:
- Simão, filho de João, você é feliz porque esta verdade não foi revelada a você por nenhum ser humano, mas veio diretamente do meu Pai, que está no céu. Portanto, eu lhe digo: você é Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e nem a morte poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu; o que você proibir na terra será proibido no céu, e o que permitir na terra será permitido no céu.
Refletindo
Simão declara que Jesus é o Filho do Deus vivo. Jesus confirma, declarando a missão de Pedro, o Primado na Igreja: “Você é Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e nem a morte poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu; o que você proibir na terra será proibido no céu, e o que permitir na terra será permitido no céu”. Jesus se propõe construir a Igreja que não é simplesmente um prédio, mas é uma nova comunidade. Esta comunidade ou Igreja é do domínio de Jesus. Ele diz: “construirei a minha Igreja”. E Pedro tem nela uma missão de mediação: terá “as chaves”. Terá o poder de abrir e fechar as portas, ligar e desligar, terá o poder de julgar, perdoar e proibir o que não é conforme o projeto do Reino de Jesus.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
A pergunta de Jesus é também para mim:
“Quem dizem que eu sou?
E você?
Quem sou para você?”
Estas perguntas merecem uma profunda reflexão de nossa parte e uma resposta coerente e sincera.
Meditando
Veja que resposta bonita deram os bispos em Aparecida: “Jesus Cristo é a plenitude da revelação de Deus, um tesouro incalculável, a “pérola preciosa” (cf. Mt 13,45-46). Verbo de Deus feito carne, Caminho, Verdade e Vida dos homens e das mulheres aos quais abre um destino de plena justiça e felicidade. Ele é o único Libertador e Salvador que, com sua morte e ressurreição, rompeu as cadeias opressivas do pecado e da morte, revelando o amor misericordioso do Pai e a vocação, dignidade e destino da pessoa humana.” (DAp 6).
Portanto, para os bispos e para nós, Jesus Cristo é “a plenitude da revelação de Deus”, “um tesouro incalculável”, a “pérola preciosa”, “Verbo de Deus feito carne”, “Caminho, Verdade e Vida”, “O único Libertador e Salvador”.
É assim que o acolhemos na nossa vida?

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo a Novena  a São Paulo Apóstolo

- Graça e Paz a todos! Comecemos fazendo com o apóstolo Paulo nosso ato de fé. 
(Ouvir no CD Palavras Sagradas do Apóstolo Paulo (Paulinas COMEP) ou ver no
Youtube o vídeo no link indicado).

Canto: Eu sei, eu sei, eu sei em quem acreditei (1Tm 1,12)
eu sei eu sei seu sei em quem acreditei
link: https://www.youtube.com/watch?v=urXCXGNTWAE

Em  preparação à festa de São Paulo Apóstolo, (na solenidade litúrgica do martírio de São Pedro e São Paulo, que neste ano celebramos no dia 2 de julho), iniciamos esta novena ( do dia 24 de junho a 2 de julho) com o desejo de que São Paulo nos dê a graça de crescermos no conhecimento e na comunicação de Jesus Cristo.


Se pudermos acendamos  duas  velas: uma de cor verde, cor do manto de São Paulo.
É cor verde representa a cor da natureza, a cor da vida, do renascimento. 
Representa a vitória da vida sobre a morte. Acendamos outra vela de cor vermelha que aparece  na túnica de São Paulo. Representa o amor, o sacrifício, o martirio, a oferta da vida por causa de Jesus Cristo.. 

Canto: Aquele que vos chamou (1Ts 5,24)
https://www.youtube.com/watch?v=cjtFGgMreBI

- Antes de rezarmos a oração que segue, apresentemos os nossos pedidos a Deus por meio da intercessão de São Paulo.

(Coloque seus pedidos e intenções)
-  Agora, Leiamos a frase do dia, nas cartas de Paulo e façamos um momento de silêncio e reflexão:

1º dia -  Não nos cansemos de fazer o bem  (Gl 6,9)
2º dia - É Cristo que vive em mim (Gl 2,20)
3º dia - Se Deus é por nós quem será contra nós?  (Rm 8,31)
4º dia - Ele me amou e se entregou por mim (Gl 2,20)
5º dia - Tudo posso naquele que me dá força  (Fl 4,15)
6º dia - Tudo contribui para o bem daqueles  que amam a Deus (Rm 8, 28)
7º dia - Se alguém está em Cristo é nova criatura  (2 Cor 5,17)
8º dia - Toda língua proclame Jesus Cristo é Senhor para a glória de Deus Pai (Fl 2,11)
9º dia -  Até que Cristo se forme em nós  (Gl  4,19)

Canto: A Palavra está perto de ti, em tua boca, em teu coração. (Rm 10,8)
https://www.youtube.com/watch?v=mRX_w1-Ld20

Dir.: Agora rezemos com Paulo. Antes de rezarmos a oração , podemos lembrar e dizer uma característica que admiramos em São Paulo.

Oração:
Ó São Paulo, mestre dos gentios,
olhai com amor para a nossa Pátria!
Vosso coração dilatou-se
para acolher a todos os povos no abraço da paz.
Agora, no céu, o amor de Cristo vos leve a iluminar
a todos com a luz do Evangelho
e a estabelecer no mundo o Reino do amor.
Suscitai vocações, confortai os que anunciam o Evangelho,
preparai as pessoas para que acolham o Cristo, divino Mestre.
Que o nosso povo encontre e reconheça sempre a Cristo,
como o Caminho, a Verdade e a Vida;
busque o Reino de Deus e trabalhe em sua realização,
para que a sua luz resplandeça diante do mundo,
iluminai, animai e abençoai a todos!
Amém.

São Paulo apóstolo, rogai por nós!

Canto:  Por tudo dai graças  (1Ts 5,18)
https://www.youtube.com/watch?v=lqAenXfoZyk

- Graça e Paz!

4. Contemplação(Vida/ Missão)
- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
- Meu novo olhar será para priorizar Deus em minha vida. Como os apóstolos, sou discípulo missionário de Jesus Cristo. Devo testemunhar e anunciar Jesus Cristo.

nção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp
irpatricias@gmail.com
http://leituraorantedapalavra.blogspot.com.br/

Leitura Orante
Festa de São Pedro e São Paulo, 02 de julho de 2017



IDENTIDADE DESVELADA A SERVIÇO DA VIDA

“Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus; assim, o que ligares na terra terá sido ligado nos Céus, e o que desligares na terra terá sido desligado nos Céus”. (Mt 16,19)

Texto Bíblico: Mateus 16,13-19

1 – O que diz o texto?

Neste domingo celebramos a festa de duas grandes figuras-chave na Igreja: Pedro e Paulo; fortes personalidades que fizeram uma impactante experiência de encontro com o peregrino da Galiléia. E foram profundamente transformados, a ponto de terem seus nomes mudados pelo próprio Jesus Cristo.
Diante das maravilhadas que serão proclamadas de um e de outro, podemos apresentar uma pergunta que pode nos parecer estranha. “Quê fica de Simão em Pedro?”, “Quê fica de Saulo em Paulo?”.
Porque Pedro, primeiro foi Simão; Paulo foi Saulo. E Jesus chamou Simão e chamou Saulo. Em seguida, mudou o nome deles para Pedro e Paulo.
Simão, o homem do lago e da barca de pesca; Saulo, o zeloso fariseu, fiel seguidor da lei e perseguidor da Igreja. Pedro, o homem da Igreja, a rocha sobre a qual Jesus assenta sua nova comunidade. E todos nós o recordamos como o homem das “chaves”.
Paulo, o apóstolo dos gentios, fundador de novas comunidades cristãs para além do território judaico.
Mas, retornemos às perguntas: o que permaneceu de Simão, aquele do lago, no Pedro da Igreja? Desapareceu o verdadeiro Simão e ficou somente o Pedro? Ou teríamos de dizer que há nele uma mescla de Simão e de Pedro? O que permaneceu de Saulo, fariseu e filho de fariseu, no Paulo que alargou as fronteiras da primitiva Igreja?
O Pedro, rocha firma, não deixa de ser o Simão do lago. Apesar de Jesus ter mudado seu nome, no entanto, em diferentes ocasiões aflora o Simão que não consegue entender Jesus e quer desviar o mestre de seus planos e projetos. Continua vivo o Simão que busca o triunfalismo messiânico de Jesus e revela resistência em seguir Aquele que vai ser crucificado. Continua sendo o Simão que compete com os outros sobre a primazia no novo Reino, e crê que é ele quem vai dar a vida por Jesus. Continua sendo o Simão covarde e com medo que nega Jesus na noite da Paixão.
O mesmo poderíamos dizer de Saulo. Muitos traços seus continuam presentes na nova identidade: Paulo.
No evangelho de hoje, Jesus deixa transparecer sua identidade através da confissão de Pedro: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”; e, ao mesmo tempo, Jesus desvela a identidade de Pedro: “Tu és “petros” (pedregulho) e sobre esta “petra”(rocha) edificarei minha igreja”. Pedro se torna rocha firme (“petra”) quando se apoia na identidade de Jesus (a verdadeira Rocha).
Pedro, que era “petros” (pedra de tropeço no caminho, frágil, limitado...), foi sendo transformado, através da identificação com Jesus, em “petra”, rocha firme da primitiva comunidade cristã.
Dessa forma, o Simão que era “petros” - pedra lentamente vai fazendo a travessia para “Petra” - rocha firme, porque o mestre desvelou a nobreza que estava escondida no coração dele, ou seja, sua verdadeira identidade sobre a qual o mesmo Jesus iria edificar sua igreja.
Diante dos dois personagens, Pedro e Paulo, vamos intuindo que a questão não é trocar simplesmente de nome. A Graça não destrói a natureza humana, mas a plenifica e a torna expansiva. Em Pedro, a graça não destrói o Simão, em Paulo não destrói o Saulo. Eles procurarão conservar a fidelidade a Jesus e à comunidade dos seus seguidores, mas cada um imprimirá sua própria personalidade.

2 – O que o texto diz para mim?

A graça do seguimento de Jesus não apaga minha condição humana, minha herança genética, minha personalidade, minha psicologia, minha sensibilidade e meu mundo afetivo; carrego comigo minha cultura e minha própria história humana.
O desafio é este: que permanece de minha herança biológica e cultural na experiência do seguimento de Jesus? É possível que em mim, em “Pedro”, permaneça latente muito de “Simão”; em “Paulo”, permaneça muito de “Saulo”. E como distinguir o Simão de Pedro que carrego dentro de mim? Não é fácil a Pedro desprender-se do Simão de antes, nem a Paulo desprender-se do Saulo de antes.
Só a identificação com Jesus possibilita fazer a travessia para o “novo nome”, integrando e pacificando as “marcas humanas” do antigo nome.

3 – O que a Palavra me leva a experimentar?

O Evangelho da festa de hoje me ajuda a ler minha vida. Ali afirma-se minha identidade; e a identidade de uma pessoa é dada por aquilo que é sólido, consistente... no seu interior, que não se desfaz com as adversidades do mundo no qual vivo (crises, fracassos, fragilidades, incoerências...).
Toda pessoa possui dentro de si uma profundidade que é seu mistério íntimo e pessoal.
“Viver em profundidade” significa “entrar” no âmago da própria vida, “descer” até às fontes do próprio ser, até às raízes mais profundas.
Muitos caminhos conduzem à própria interioridade.
A oração é a chave de acesso; ela é esse silencioso exercício de deixar que Deus me habite para que eu possa abrir as portas do coração e janelas da mente àqueles com quem me encontro.
Onde a Graça de Deus tem liberdade de atuar, ali afloram o Pedro e o Paulo que tenho atrofiados dentro de mim.

4 – O que a Palavra me leva a falar com Deus?

Senhor, a própria interioridade é a rocha consistente e firme, bem talhada e preciosa que cada pessoa tem, para encontrar segurança e caminhar na vida superando as dificuldades e os inevitáveis golpes da luta pela vida. Com confiança em si e na rocha do próprio ser, todas as forças vitais se acham disponíveis para ajudar a pessoa a crescer dia-a-dia, tornando-a aquilo que originalmente é chamada a ser.
Para isso tenho em minhas mãos as chaves da vida. O que faço com elas? Posso abrir ou fechar, ligar ou desligar, atar ou desatar.... Ter a chave da vida como Pedro e Paulo ou como Simão e Saulo: abrir ou fechar as portas do futuro, das relações, dos sonhos, da missão... Dar amplitude à vida ou atrofiá-la. Atar ou desatar os nós da vida.... Aqui está o grande desafio: abrir-se ou fechar-se: abrir-se à vida, ao novo, ao outro, ao desafiante ou diferente... ou retrair-se ao próprio ego.

5 – O que a Palavra me leva a viver?

Ter identidade é assentar minha vida sobre a rocha interior (Pedro) que me sustenta e me faz sair da prisão do ego (Simão).
Minha identidade é sempre dinâmica, histórica, fecunda, aventureira...
Minha vida é uma contínua travessia do Simão-Saulo para Pedro-Paulo, porque ela está centrada n’Aquele que tudo sustenta.
Colocar a minha identidade profunda a serviço do Reino, como Pedro e Paulo.

Fonte:
Bíblia Novo Testamento – Paulinas: Mateus 16,13-19
Pe. Adroaldo Palaoro, sj – reflexão do Evangelho
Desenho: Osmar Koxne

Sugestão:
Música: Paulo, Paulo fx 08
Autor: Padre Zezinho, scj
Intérpretes: Grupo Chamas, Ana Paula, Edicléia Toneti, Verônica Firmino.
CD: Ouço tua voz
Gravadora: Paulinas Comep

Fonte: Pe. Adroaldo Palaoro, sj
Postado por: admin_radio

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