sexta-feira, 16 de junho de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 17/06/2017

Ano A


Mt 5,33-37

Comentário do Evangelho

Outra forma do que significa pureza do coração.

Trata-se da quarta antítese. Pouco a pouco vai sendo explicitada em que consiste a “justiça maior” a ser vivida pela comunidade cristã. Essa quarta antítese é explicitação do que significa a pureza de coração. “Não jurar” (Ex 20,16; Dt 5,20; Lv 19,12) evoca sinceridade, que é outra forma de pureza de coração. Uma pessoa livre exprime sua liberdade no modo como fala, na autoridade de suas próprias palavras, sem precisar recorrer a qualquer outro elemento de atestação. Essa atitude nasce da coerência interna, da simplicidade, do desapego de si mesmo e das coisas. À diferença das demais antíteses, essa quarta não se refere propriamente às relações humanas, mas a um dever em relação a Deus. O juramento é uma promessa acompanhada de uma invocação da divindade. Se Jesus condena todo tipo de juramento (vv. 34-36; Tg 5,12), é para que a pessoa vença todo tipo de hipocrisia. Para não pronunciar o nome de Deus, os judeus juravam pelo céu, pela Cidade Santa, pela terra. A interdição de Lv 19,12, Jesus estende a todo juramento. Se Jesus prescreve a não jurar por o que quer que seja, é porque o ser humano não pode engajar na sua própria palavra o que é próprio de Deus. Jurar é uma forma de submeter Deus ao homem.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, seja o meu sim, sim, e o meu não, não, de forma que o maligno não contamine o meu coração com a mentira, levando-me a ser falso no relacionamento com meu próximo.
Fonte: Paulinas em 14/06/2014

Comentário do Evangelho

Jesus condena todo tipo de juramento

Trata-se da quarta antítese. “Não jurar” invoca a sinceridade, outra forma de pureza de coração. É uma forma de pureza de espírito, pela qual, quando se é “pobre”, não se teme nada. Trata-se de uma pessoa livre, cuja liberdade se exprime no falar. Esta atitude nasce da simplicidade, do desapego das coisas, da pureza, como dissemos.
Esta antítese diferencia-se das demais por não se referir às relações humanas, mas a um dever em relação a Deus. O juramento é uma promessa acompanhada de uma invocação da divindade. Jesus condena todo tipo de juramento (vv. 34-36). Para não pronunciar o nome de Deus, os judeus juravam pelo céu, pela Cidade Santa etc. Os falsos juramentos de Levítico 19,12, Jesus estende-os a todo juramento. Se Jesus prescreve não jurar em hipótese alguma, é porque o homem não pode engajar na sua própria palavra o que pertence a Deus. Isto seria uma tentativa de pôr Deus a seu serviço.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, seja o meu sim, sim, e o meu não, não, de forma que o maligno não contamine o meu coração com a mentira, levando-me a ser falso no relacionamento com meu próximo.
Fonte: Paulinas em 15/06/2013

Vivendo a Palavra

O Evangelho nos ensina o valor da palavra. Sim ou não, quando for sim ou não. Sem adjetivos, sem juramentos, apenas com a força da simplicidade, da transparência, da verdade. A grande tentação que nos cerca é falarmos muito. O ‘mundo da comunicação’ nos confunde com suas muitas informações e seus raros momentos de silêncio.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/06/2014

Reflexão

Vós ouvistes o que foi dito aos antigos... Eu, porém, vos digo. Quem quer conhecer verdadeiramente Jesus não pode se contentar com as coisas antigas, mas deve buscar sempre a novidade do Evangelho. Isso significa que até mesmo o Evangelho não pode tornar-se antigo, tornar-se uma narrativa de fatos passados. O Evangelho deve ser para nós sempre uma novidade, um desafio à descoberta de novos valores que devem marcar a nossa vida e renovar a nossa comunidade e a nossa sociedade. A novidade do Evangelho é sempre atual e insuperável, e aponta para todos nós novos caminhos que devem ser trilhados a fim de que consigamos uma maturidade cada vez maior na fé.
Fonte: CNBB em 14/06/2014

Recadinho

Preocupo-me com a sinceridade de minhas palavras? - Não acontece às vezes de omitirmos a verdade para não magoar uma pessoa? É justo agir assim? - Procuro cumprir à risca o que prometo? - O que você prefere: esperar pelos outros ou fazer com que os outros esperem por você? - Você cumpre o que promete?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 – santuário-nacional em 14/06/2014

Meditando o evangelho

A ÉTICA DA PALAVRA

O mandamento antigo permitia o juramento, desde que não fosse falso e se cumprisse o juramento feito. Para não infringir o 2º mandamento, recorria-se a certos eufemismos, a fim de encobrir a referência a Deus. Por isso, jurava-se pelo Céu, pela Terra, por Jerusalém. A invocação de Deus ou de outros elementos visava reforçar a palavra dada, de forma a criar confiança e um senso de segurança entre as pessoas. Assim, dava-se às palavras humanas um tom de seriedade e credibilidade.
Jesus pôs um basta a tudo isto, proibindo o juramento, pura e simplesmente. O discípulo do Reino não tem necessidade de jurar, pois age com transparência, sem a menor intenção de enganar seus semelhantes. Daí ser desnecessário lançar mão de juramentos para fazer-se credível. Sua boca fala o que traz no coração, sem necessidade de reforçar suas palavras com juramentos.
Na perspectiva do Reino, as palavras supérfluas são intoleráveis, e a mentira, obra do Maligno. Este é quem move o ser humano a inverter o sentido das palavras, encobrir-lhes o significado verdadeiro, não permitindo que a verdade transpareça.
O discípulo do Reino é sóbrio no falar. Cada palavra que pronuncia, assume seu sentido pleno. Seu sim é sim, seu não é não. As sugestões do Maligno não encontram guarida em seu coração.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de sobriedade, sejam minhas palavras plenas de transparência e sinceridade, a fim de que eu fale sempre o que corresponde à verdade.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. NÃO SE DEVE JURAR
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A Lei proibia apenas o juramento falso e exigia o cumprimento do juramento feito. Jesus foi além, proibindo qualquer forma de juramento. Portanto, o discípulo do Reino deveria evitar servir-se deste expediente para dar credibilidade à sua palavra.
O rigor de Jesus visava criar no coração do discípulo um clima de sinceridade e transparência, a ponto de não precisar recorrer ao artifício do juramento quando falasse ou prometesse algo. A mentira e o dolo são incompatíveis com o proceder do discípulo do Reino. Quem recorre a expedientes deste tipo, renega sua adesão ao Senhor.
Outro objetivo da proibição de Jesus era evitar a vulgarização de Deus. O juramento falso infringe o mandamento que veta usar em vão do nome de Deus. O discípulo autêntico não tem necessidade de, a cada passo, lançar mão deste recurso para fazer-se crido. O sim do discípulo é sim e o não é não. Não lhe interessa enganar. Tudo quanto é dito fora destes limites não vem de Deus, por isso tem que ser evitado.
A formulação tradicional do mandamento, no pensar de Jesus, não era suficiente para garantir relações sadias no interior da comunidade cristã. A necessidade de continuamente invocar o nome de Deus, para garantir o trato mútuo, podia ser indício de que o Reino ainda não tinha chegado a transformar o interior do discípulo.
Oração
Senhor Jesus, dá-me a graça da sinceridade e da transparência, para que eu seja sempre honesto no trato com o meu próximo.
Fonte: NPD Brasil em 15/06/2013

HOMILIA DIÁRIA

Deus nos chama a viver a autenticidade

Aquilo que Deus nos chama a viver, no dia de hoje, é a autenticidade. A autenticidade de vida nos convida a combater toda duplicidade que o nosso coração queira viver.
“Seja o vosso ‘sim’: ‘sim’, e o vosso ‘não’: ‘não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno”(Mt 5,37).
Que maravilha! Aquilo que Deus nos chama a viver, no dia de hoje, é a autenticidade. A autenticidade de vida nos convida a combater toda duplicidade que o nosso coração queira viver, ou seja, termos duas palavras, duas caras, uma hora dizer uma coisa, outra hora dizer algo diferente.
Nós temos uma palavra só, temos uma única afirmação. Não precisamos reforçar nossa palavra, não precisamos de ninguém que jure por nós.
O mundo de hoje, tão corrompido pela mentira, pela falsidade e hipocrisia, contamina-nos por esse mal, mas aquele que é de Deus se purifica, no sentido dúbio das palavras, aquele que é de Deus assume, com autenticidade, o que pensa, o que diz, o que fala; não usa a palavra de acordo com os seus interesses. Quando começamos a viver assim, nós estamos vivendo de acordo com a ação do maligno em nós. A autenticidade de vida quer dizer: ‘ter uma só palavra’.
Que o Senhor nos ensine a sermos autênticos e não deixarmos o nosso coração ter dubiedade.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 15/06/2013

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a calarmos nossa voz e guardarmos silêncio em nossos corações para acolher o teu Espírito. E que Ele, em nós e por nós, diga ao mundo, dentre a profusão de informações disponíveis, a única necessária: a Boa Notícia do teu Reino de Amor, que já está dentro de nós! Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/06/2013

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