terça-feira, 31 de janeiro de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 29/01/2017

Ano A


Mt 5,1-12a

Comentário do Evangelho

Acolher a presença de Deus é o caminho da santidade.

As bem-aventuranças fazem parte do longo discurso denominado sermão da montanha (Mt 5–7); fazem parte de um gênero literário bastante atestado no Antigo Testamento. A primeira bem-aventurança é o fundamento de todas as demais: “Felizes os pobres no espírito, porque deles é o Reino dos céus” (v. 3). Há um espírito dentro do ser humano; ele o recebeu de Deus, que o chamou à existência (cf. Gn 2,7). A pobreza de espírito é uma pobreza em relação a Deus: diante de Deus o ser humano se encontra “desnudo”. Viver essa realidade de maneira concreta é assumi-la com um coração puro, experimentá-la no mais profundo do ser, lá onde aflora a presença de Deus. Nesse sentido, as bem-aventuranças são um apelo ao discípulo a viver a vida referida a Deus e na confiança nele, num compromisso efetivo com o Reino de Deus e na esperança de que a recompensa vem do alto. O que cada bem-aventurança promete, a realidade escatológica, é o fundamento da vida moral, do modo de agir do cristão.
O livro do Apocalipse foi escrito com a finalidade de encorajar os cristãos a que, mesmo na perseguição implacável, guardassem a palavra de Cristo, não renunciassem à fé e aos valores da vida cristã. Ele tira para a vida dos cristãos as consequências do mistério pascal do Senhor. O que encoraja a Igreja peregrina é considerar a Igreja triunfante. A multidão numerosa vestida de branco são os que por Cristo deram as suas vidas e no Cristo participam da sua gloriosa ressurreição. São os que confiaram plenamente no Senhor: “Todo o que espera nele purifica-se, como também ele é puro” (1Jo 3,3).
É preciso, por fim, dizer que o que nos faz santos é a presença de Deus em nós. Acolher esta presença, deixar-se conduzir por ela, é o caminho da santidade.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, move-me pelo Espírito a trilhar o caminho da santidade, colocando minha vida em tuas mãos e buscando viver as bem-aventuranças proclamadas por teu Filho Jesus.
Fonte: Paulinas em 03/11/2013

Vivendo a Palavra

Assim o Evangelista Mateus inicia o Sermão da Montanha – o centro, a essência da Mensagem do Mestre de Nazaré. Ele não descreve virtudes de várias pessoas, mas faz um retrato de corpo inteiro de Jesus, o Bom Pastor que foi e quer que nós sejamos: pobres, puros de coração, amantes da justiça, corajosos, alegres e cheios de misericórdia.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/11/2013

Recadinho

Você é feliz? - Você contribui para que seu próximo seja feliz? Como? - Como você encara a realidade da pobreza, a material e a espiritual? - Você tem consciência de que a misericórdia é tudo em nossa vida? - Qual a bem-aventurança que mais lhe agrada? Explique-se.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - santuario-nacional em 03/11/2013

Liturgia comentada

Assim perseguiram os profetas... (Mt 5,1-12)
Escrevi estas linhas sob o impacto do assassinato de Irmão Roger Schütz, fundador da Comunidade de Taizé. Um bem-aventurado? Sim. Pobre e puro de coração? Sim. Manso e pacificador? Sim. Misericordioso? Sem dúvida. Dedicou toda a sua vida a tecer pontes entre as Igrejas, semeando a paz e a concórdia. No entanto, para que fosse ainda mais visível a sua “bem-aventurança”, acabou assassinado por uma mulher desequilibrada, em plena reunião de oração.
Nesta conhecida passagem do “Sermão da Montanha”, que emocionava o próprio Mahatma Gandhi, Jesus não ilude o grupo de seus seguidores: “Foi assim que perseguiram os profetas antes de vós.” Ou seja, vocês também serão perseguidos. E, quando o forem, aí mesmo é que sereis verdadeiramente bem-aventurados!
Naturalmente, a “receita de felicidade” passada pelo Mestre pode decepcionar bastante aqueles que pensavam aproximar-se de Deus para resolver todos os seus problemas particulares. Com Deus, teríamos simultaneamente cura física, sossego e dinheiro no bolso. Tanto é assim que algumas igrejas fazem seu marketing a partir de frases do tipo: “Pare de sofrer!”
Entre os ingredientes amargos, pobreza e lágrimas, não-violência e misericórdia, fome e sede, injúria e perseguição. Sim, mas não em consequência de nossos erros e imprudências, mas “por minha causa” – diz Jesus. A bem-aventurança é inseparável do compromisso com o Evangelho de Jesus. Brota do choque entre a mensagem da Boa Nova e os projetos neopagãos.
Na verdade, a felicidade consiste exclusivamente no próprio Senhor, na vida em comunhão com ele. Se os primeiros mártires caminhavam para o cepo entoando alegremente hinos de louvor, é que ali mesmo tomavam posse da felicidade-em-Deus. Sabiam que faziam um excelente negócio em trocar a vida que passa pela vida que não passa.
Se ainda julgamos que o homem feliz é aquele que tem “muito dinheiro no bolso / saúde pra dar e vender” – como na valsinha natalina, acabaremos discordando de Jesus Cristo. Se, ao contrário, queremos viver como filhos de Deus (Mt 5, 9), entenderemos o convite à alegria...
Sou um bem-aventurado?
Orai sem cessar: “Feliz o homem que tem seu refúgio no Senhor!” (Sl 34,9)
Texto de  Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: Nossa Senhora Rainha em 03/11/2013

HOMÍLIA

SANTIDADE E FELICIDADE

Felizes são todos os santos, cuja memória hoje celebramos com alegria. O evangelho das bem-aventuranças mostra que, de fato, aqueles que chegaram à santidade são para nós inspiração e modelo de felicidade.
As pessoas, hoje como sempre, infelizmente valem pelas riquezas que têm, pelos cargos que ocupam. A felicidade é anunciada e buscada a todo custo como prosperidade econômica. E escandalosamente isso acontece também em Igrejas que se dizem cristãs, mesmo depois de Jesus ter proclamado o Sermão da Montanha.
Pois as bem-aventuranças de Jesus vão exatamente em sentido contrário. Felizes são os pobres em espírito, os que sentem a pobreza na pele, os que renunciam à cobiça, os simples e pequenos, os que estão vazios de tudo e só têm a Deus como defensor.
Renunciando à busca da felicidade que se confunde com comodidade ou mero bem-estar, os pobres entram em outra dinâmica: a lógica do reino de Deus. Nesse reino, felicidade é buscar a justiça divina, que supera em tudo o legalismo e a hipocrisia humana. A felicidade do reino é a que dura pela eternidade, mas necessariamente começa neste mundo. Ela consiste em se desgastar pelos outros, em sofrer e chorar com os outros e pelos outros, em construir juntos a paz. É a felicidade que se confunde com o perdão, porque a graça de Deus é infinita diante de nossos erros. Que se confunde com a perseverança diante das calúnias, tribulações e perseguições.
Na dinâmica do reino, a felicidade é algo que se conquista seguindo o exemplo do Mestre: doando a própria vida por amor, em tudo o que isso comporta de sofrimento. Olhando para todos os santos, renovamos hoje a esperança de que todo o amor que vivemos e doamos seja aceito por Deus, pois só levaremos para a eternidade o amor que tivermos deixado aqui. Que ele torne plena nossa vida e eternize nossa felicidade.
Pe. Paulo Bazaglia, ssp
Fonte: Paulus em 03/11/2013

Meditando o evangelho

É POSSÍVEL SER SANTO

A santidade é uma meta a ser atingida por todos os cristãos. Ninguém é excluído deste apelo nem pode eximir-se de dar sua resposta. Mas importa nutrir um ideal sadio de santidade, sem se deixar levar por falsas concepções.
Ser santo é ser capaz de colocar-se totalmente nas mãos do Pai, contar com ele, sabendo-se dependente dele. Por outro lado, é colocar-se a serviço dos semelhantes, fazendo-lhes o bem, como resposta aos benefícios recebidos do Pai. O enraizamento em Deus desabrocha em forma de misericórdia para com o próximo.
A santidade constrói-se no ritmo da entrega da própria vida nas mãos do Pai, explicitada no serviço gratuito e desinteressado aos demais, deixando de lado os interesses pessoais e tudo quanto seja incompatível com o projeto de Deus.
Este ideal não é inatingível. E se constrói nas situações mais simples nas quais a pessoa é chamada a ser bondosa, a não agir com dolo ou fingimento, a criar canais de comunicação entre os desavindos, a superar o ódio e a violência, a cultivar o hábito da partilha fraterna, a ser defensor da justiça.
Qualquer cristão, no seu dia-a-dia, tem a chance de fazer experiências deste gênero. Se o fizer, com a graça de Deus, estará dando passos decisivos no caminho da bem-aventurança.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito bem-aventurado, coloca-me no caminho da santidade, a ser construída na entrega confiante de minha vida nas mãos do Pai, e na misericórdia para com meu próximo.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-01-29



Oração Final
Pai Santo, que o teu Espírito em nós nos ajude a compreender o programa de vida que está contido no texto que estamos meditando. E que nos dê coragem, força e perseverança para viver seguindo o modelo do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

Fonte: Arquidiocese BH em 03/11/2013

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