quinta-feira, 4 de agosto de 2016

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 04/08/2016 A 06/08/2016

Ano C



4 de Agosto de 2016

Mt 16,13-23

Comentário do Evangelho

A identidade de Jesus

As multidões acorrem a Jesus de todas as partes; Jesus, por sua vez, acolhe a todos, ensina, instrui (Mt 5–7; 10; 13) e cura a todos (12,15).
Causa admiração e resistência. No entanto, muitos não chegam a compreender e reconhecer sua identidade profunda (cf. Mt 13,55-58) e querem matá-lo (cf. Mt 12,14). A razão da resistência e rejeição ao evangelho tem nome: incredulidade (13,58).
A dupla pergunta posta por Jesus aos os seus discípulos (16,13-15) revela a consciência que Jesus tem dessa incompreensão que atinge, inclusive, os discípulos.
O evangelho segundo João no-lo apresenta sem rodeios: “Vós me procurais não porque vistes sinais, mas porque comestes e ficastes saciados” (Jo 6,26).
A confissão de fé de Pedro ante a revelação de Deus – fé sobre a qual a Igreja está fundada (vv. 16-18) – precisará passar pelo crivo da paixão, morte e ressurreição do Senhor para poder ser vivida, ou melhor, se tornar um modo de viver (cf. v. 21). O Messias que Jesus é não é exatamente o que Pedro pensa ter encontrado (cf. vv. 22-23). Será necessário um longo caminho para que ele e todos os discípulos cheguem a uma conversão profunda, que atinja e ilumine a sua própria visão do Messias prometido por Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Fonte: Paulinas em 08/08/2013

Comentário do Evangelho

"Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo"

A profissão de fé de Pedro, "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo", seguida do longo elogio de Jesus, é própria do evangelho de Mateus, não constando no evangelho de Marcos, que o antecedeu. A proclamação de Pedro como base da Igreja e portador das chaves do Reino é uma expressão eclesial de fé, o que sugere que este texto tenha surgido após o martírio do próprio Pedro.Em contraste, a seguir, quando Jesus fala das provações que o esperam em Jerusalém, Pedro censura Jesus, rejeitando que se exponha a tais perigos. Jesus, por sua vez, faz uma contundente repreensão a Pedro por sua atitude e incompreensão.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, consolida minha fé, a exemplo do apóstolo Pedro que, em meio às provações, soube dar, com o seu martírio, testemunho consumado de adesão a Jesus.
Fonte: Paulinas em 09/08/2012

Vivendo a Palavra

Jesus, diante da confissão de Pedro de que Ele era o Messias – o Filho de Deus Vivo –, previne a seus discípulos que o caminho da sua Ressurreição passaria pelo julgamento injusto dos homens, pelo sofrimento e pela morte. Ele queria ensinar que ser seu discípulo é segui-lo em todas as circunstâncias da existência.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/08/2013

Vivendo a Palavra

A tentação veio a Jesus por intermédio de Pedro: «Que isso nunca te aconteça, Senhor!» O Mestre recusou com energia. Também conosco é assim: somos tentados a escolher estradas amplas e confortáveis, esquecendo-nos de que são estreitas as portas e ásperos os caminhos que levam ao Reino do Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/08/2012

Vivendo a Palavra

O Evangelho mostra a humanidade de Pedro: o mesmo que confessa a Jesus, «Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo», logo se recusa a aceitar que o Mestre enfrente a dor e a morte injusta impostas pelos sacerdotes e doutores da Lei. Esta fragilidade é que faz de Pedro um modelo possível para cada um de nós, que desejamos seguir o Mestre de Nazaré.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

O Evangelho de hoje pode sugerir duas perguntas para a nossa vida pessoal.A primeira é: em que fundamentamos o nosso conhecimento no que diz respeito à nossa fé? A segunda pergunta é: quais são as conseqüências da nossa fé para a nossa vida? Quanto à primeira pergunta, podemos fundamentar o nosso conhecimento sobre as coisas da fé a partir da Palavra e do Magistério da Igreja, que nos garantem a verdade, mas podemos fundamentar este conhecimento na opinião de muita gente que fala muita coisa a respeito de Deus sem entender nada de nada ou até mesmo termos uma fé sem fundamento nenhum. Quanto à segunda pergunta, podemos fazer da nossa fé o motor da nossa vida ou podemos ter apenas uma fé discursiva ou indiferente, que não representa nada para a nossa vida concreta.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=8&dia=4

Meditação

Quem é realmente Jesus para você? - Em sua comunidade surgem às vezes pessoas que são verdadeiras pedras de tropeço para a caminhada? - Qual a atuação de Jesus nos evangelhos que lhe fala ao coração de modo especial? - Na sociedade em que você vive, há respeito para com a imagem de Jesus? - Que símbolo mais marcante da vida de Cristo você já viu? - Que tipo de presença de Jesus marcou mais sua vida?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 08/08/2013

Comentário do Evangelho

CUIDADO COM A TENTAÇÃO

A tentação, na vida de Jesus, provinha também de seus amigos mais íntimos. Por isso, ele se mantinha atento, tanto em relação a seus inimigos declarados, quanto àqueles que estavam a seu redor. Até de Pedro, Jesus teve de se precaver.
Este apóstolo reagiu forte, quando Jesus anunciou seu destino de sofrimento, morte e ressurreição. Pedro desejava para Jesus um futuro feito de glória e sucesso, não um fim trágico. Por isso, sugeriu-lhe não nutrir pensamentos que não convinham à sua condição de Messias.
A preocupação do apóstolo aparentemente dava mostras de ser fruto de sua amizade sincera pelo Mestre. Todavia, Jesus não pensava assim; antes, percebeu, imediatamente, na intervenção do discípulo, a presença do tentador. Daí a dureza com que o tratou, chamando-o de Satanás, pedra de tropeço, insensível para as coisas de Deus. Se Jesus tivesse dado ouvido à sabedoria humana de Pedro, teria sido infiel ao Pai. Não era possível realizar o modelo de Messias glorioso, prescindindo da cruz, sem pactuar com projetos contrários àqueles do Pai. O Mestre não estava disposto a escolher o caminho da ambigüidade, servindo a dois senhores. Sua vida estava toda nas mãos do Pai. Não seria um discípulo, mesmo o escolhido para ser líder da comunidade, quem o desviaria de seu caminho.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Senhor Jesus, abre meus olhos, para eu detectar e rejeitar tudo quanto possa me desviar do teu caminho.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-08-04


5 de Agosto de 2016

Mt 16,24-28

Comentário do Evangelho

Deus é surpreendente.

Na perícope precedente (Mt 16,13-23), depois que Jesus anuncia sua paixão, morte e ressurreição, Pedro tenta dissuadir Jesus de prosseguir o seu caminho: “Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo: ‘Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!’” (v. 22). Um Messias passar pela morte? Impensável! Mas Deus é surpreendente. É preciso confiança para poder compreender seu caminho. Não é que Pedro estivesse preocupado com o destino de Jesus. O anúncio da paixão é frustrante para Pedro; o Messias que está diante dele não é o que ele esperava ter encontrado. É que ele não pensa as coisas de Deus, mas as dos homens.
Há uma condição imposta pelo Senhor para ser seu discípulo: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (v. 24). Renunciar a si mesmo não é negar a própria história, mas viver a sua existência nesse dinamismo de entrega a Deus e ao próximo. Renunciar a si mesmo é optar por fazer o outro viver; é lutar contra o instinto de preservação da própria vida. Renunciar a si mesmo é optar por viver a vida de Deus, sem perder o que lhe é próprio; é viver o caminho de Jesus como algo grandioso; é renunciar a todo tipo de egoísmo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me a pobreza e a coragem necessárias para ser seguidor de teu Filho Jesus e realizar obras que merecerão a recompensa divina.
Fonte: Paulinas em 09/08/2013

Vivendo a Palavra

O Mestre ensina que a condição para segui-lo é vencer o egoísmo. Salvaremos nossa vida priorizando o cuidado com os irmãos de caminhada, esquecendo-nos de nós mesmos e servindo sem discriminações a todos, generosamente e não esperando nenhum tipo de retribuição, nem mesmo a gratidão.
Fonte: Arquidiocese em 09/08/2013

Reflexão

Seguir a Jesus Cristo significa renunciar a si mesmo e tomar a sua cruz. A vida toda de Jesus foi viver esta palavra que está no Evangelho de hoje, Jesus sempre renunciou a si mesmo, ele nunca viveu em função de si próprio, nunca buscava a sua realização ou a satisfação de interesses humanos. Ele sempre procurou viver para os seus irmãos e para suas irmãs, estava sempre pronto para servir e não veio para fazer a sua vontade, mas a vontade daquele que o enviou, de modo que a sua vida foi a constante busca da realização do Reino de Deus e o mistério da cruz foi a coroação de toda uma vida vivida não para si, mas para os outros e para Deus. Quem quer ser discípulo de Jesus deve viver segundo os seus ensinamentos e seguir este seu grande exemplo.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=8&dia=5

Meditação

Jesus nos repete a pergunta! O que adianta ganhar tudo neste mundo e se esquecer que há algo mais além disso? - Como você carrega sua cruz? - Em que vida você aposta a sua? Nesta ou na outra? - Você não corre o risco de trocar a vida eterna por coisas perecíveis desta vida? - Você está ajuntando muitas obras boas para a vida eterna?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário

Meditando o evangelho

RENUNCIAR A SI MESMO

O seguimento de Jesus exige do discípulo renunciar a si mesmo e ser capaz de defrontar-se com a cruz, resultante desta sua opção.
A renúncia de si mesmo predispõe o discípulo a acolher a proposta de Jesus, sem subordiná-la aos seus projetos pessoais, e sem privá-la daqueles elementos que não convém. O discípulo abraça a proposta de Jesus, assim como ela é, sem adaptações. Para isto, precisa superar seu comodismo e tudo quanto o impede de ser generoso.
Tomar a cruz significa assumir sua opção pelo Reino até as últimas conseqüências, mesmo as mais dolorosas. A cruz do discipulado não se identifica com um sofrimento ou com uma morte quaisquer. Muito menos essa cruz é buscada por si mesma, numa atitude velada de masoquismo. A cruz aparece na vida do discípulo quando, permanecendo fiel ao Reino, ele não pactua com as solicitações do mal, a ponto de atrair sobre si a ira de seus adversários. Ela resulta da fidelidade a Deus.
O discípulo reconhece estar em jogo, aqui, a sua própria salvação. O alerta de Jesus é inequívoco: quem pretende desviar-se da cruz, pensando, assim, poder salvar-se, coloca-se no caminho da condenação; quem, pelo contrário, enfrenta a cruz por causa de Jesus, encontrará a salvação. Por conseguinte, a sabedoria do discipulado passa pela cruz.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Espírito de fidelidade ao Reino, torna-me capaz de viver a sabedoria da cruz, sem deixar-me seduzir pelos apelos egoístas do meu coração.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-08-5


6 de Agosto de 2016

Lc 9,28b-36

Comentário do Evangelho

Manter a face voltada para o Pai

O que faz com que o rosto de Jesus seja transfigurado, na sua oração, é que ele mantém a face voltada para o Pai. É a comunhão com o Pai que transfigura e revela o mistério do Filho. A sugestão de Pedro cai no vazio, pois é Deus quem os envolve na nuvem, isto é, os faz participar da intimidade divina. O medo que eles sentem corresponde à entrada na presença de Deus; eles sabem que ver Deus é morrer (Jz 6,23; 13,22; Ex 33,20). Na verdade, diz o evangelista, “[Pedro] nem sabia o que estava dizendo” (v. 33). O que Pedro não compreende é que a verdadeira tenda, o lugar da presença de Deus, é Jesus. A voz que sai da nuvem e interpreta o acontecimento retoma a voz por ocasião do batismo (3,22; Is 42,1); à diferença que, dessa vez, a declaração do Pai se abre aos discípulos: Jesus é um profeta poderoso em gestos e palavras – trata-se de escutá-lo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Fonte: Paulinas em 06/08/2013

Vivendo a Palavra

Daniel profetizara sua visão gloriosa do Filho do Homem e Pedro, em sua carta, dá testemunho do que ouviu do Senhor Deus: «Este é o meu Filho amado: nele encontro o meu agrado.» Diante de tal glória, Jesus de Nazaré, o Cristo, deu-nos o exemplo e ensinou o caminho da humildade. Desçamos com Ele da montanha santa para servir aos irmãos no cotidiano da vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/08/2013

Reflexão

A transfiguração de Jesus nos revela a distância que existe entre a glória à qual todos nós somos destinados e a situação na qual vivemos no presente porque os nossos pecados são o grande obstáculo para que a glória dos filhos de Deus se manifeste na sua plenitude. Mas a misericórdia divina vem em nosso socorro de modo que, pela graça, o pecado é vencido e nós somos transfigurados aos poucos até o dia da ressurreição, quando todos os que foram resgatados na morte com Cristo, irão viver com ele para sempre e, como diz o apóstolo São João, seremos semelhantes a Deus, porque o veremos tal qual ele é.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=8&dia=6

Meditação

Jesus se transfigurou enquanto rezava. Sinto que meu coração se transfigura quando resolvo entrar em comunhão íntima com Deus pela oração? - Meu testemunho de vida de oração consegue atrair outros para rezar? Em que circunstâncias? - É bom estarmos aqui! Disseram os discípulos. Onde e em que circunstâncias da via meu pensamento é o mesmo? - Procuro sempre escutar o que Jesus tem a me dizer? - Em situações de medo e insegurança, a quem me apego?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 06/08/2013

Meditando o evangelho

O ÊXODO DE JESUS

O diálogo entre Moisés e Elias, falando sobre a partida de Jesus - seu êxodo - oferece aos discípulos uma pista para compreender o conjunto da vida do Mestre, mormente, sua morte de cruz.
Em primeiro lugar, em toda a sua vida só buscou a da vontade de Deus. Os dois personagens vétero-testamentários representavam a Lei e os Profetas, ou seja, as Escrituras na sua totalidade. Elas é que falavam de Jesus e permitiam compreender seu caminho que desembocaria na cruz. Nada, na existência do Mestre, estava sob o signo da fatalidade. Ele era todo de Deus, e Deus, o senhor de sua vida.
Em segundo lugar, a alusão ao êxodo indicava que a vida de Jesus estava toda a serviço da libertação. Semelhante ao êxodo do passado, quando o povo, sob a liderança de Moisés, foi resgatado da tirania do faraó, toda a existência de Jesus estava destinada a libertar a humanidade da escravidão do pecado e introduzi-la na terra da fraternidade.
Em terceiro lugar, o êxodo está ligado à figura do cordeiro pascal, cujo sangue livrara o povo da ira divina. O êxodo de Jesus, a ser consumado em Jerusalém com sua morte de cruz, pouparia a humanidade de semelhante ira.
Toda esta realidade existencial escondia-se sob a aparência de Jesus transfigurado. A tragicidade do êxodo de Jesus não destruiria sua condição de Filho amado.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Espírito de glorificação, ajuda-me a compreender a paixão de Jesus sob o prima da transfiguração, pois foi o Filho predileto do Pai quem se tornou vítima da maldade humana.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-08-6


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