quarta-feira, 26 de agosto de 2015

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 26/07/2015 a 29/07/2015

ANO B




26 de Agosto de 2015

Mt 23,27-32

Comentário do Evangelho


Deus vê no segredo, onde os olhos não alcançam

Cremos que, de certo modo, a crítica de Jesus aos escribas e fariseus exprime o desejo de Jesus de convertê-los do seu hermetismo, que conduz à intolerância, e, ao mesmo tempo, visa prevenir os discípulos contra a hipocrisia e apelar à coerência que deve caracterizar a vida cristã. O que está em foco no evangelho de hoje é a oposição entre exterior e interior. A hipocrisia é o desacordo entre o interior e o exterior. A prática religiosa dos escribas e fariseus está a serviço da vaidade pessoal. No entanto, a aparência de justiça não impede Deus de penetrar no coração e na verdade de cada pessoa. Deus, que perscruta o mais profundo da existência humana, não se deixa levar ou enganar pela aparência. Daí o apelo de Jesus dirigido aos discípulos de não cederem à tentação da imagem ou da aparência com o intuito de se fazer reconhecer. Deus vê no segredo, onde os olhos não alcançam. Jesus lamenta a hipocrisia dos que pensam ser justos, pois eles instrumentalizam os profetas em benefício próprio. Não compreendem que o rigor legalista com que impõem aos outros fardos pesados os faz coniventes com a morte dos profetas.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, torna-me de tal modo transparente que meu íntimo possa ser revelado por meus gestos e atitudes. Livra-me de ser como um sepulcro caiado!
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Devemos sempre estar alertas em relação à nossa vivência da fé porque, se não nos cuidarmos, podemos criar um abismo muito grande entre o que falamos e o que vivemos ou, pior ainda, podemos viver uma religiosidade de aparências, uma religiosidade ritual em detrimento de uma real vivência de fé, de uma resposta pessoal aos apelos que nos são feitos para que assumamos os compromissos do nosso batismo a partir de uma vida verdadeiramente profética que denuncie os contravalores do mundo e anuncie a verdade dos valores que foram pregados por Jesus Cristo. Deste modo, a nossa vida religiosa não será simplesmente ritual, mas também compromisso.
FONTE: CNBB

Meditando o Evangelho

AS APARÊNCIAS ENGANAM

O modo de vida dos mestres da Lei e dos fariseus era falso. O que realmente eram passava despercebido, pois que se apresentavam carregados de méritos e de virtudes. Jesus não se deixou impressionar por isto. Pelo contrário, decididamente desmascarou a fragilidade das aparências. A máscara de homens justos e sábios escondia uma gama de hipocrisias e iniqüidades. Suas vítimas primeiras eram as pessoas ingênuas e de boa-fé.
Jesus se dava conta disto, comparando a contradição entre o que eles ensinavam e o que faziam; ou seja, seus ensinamentos não eram acompanhados pela prática da justiça. Detectava, também, uma deformação por parte dos mestres da Lei e fariseus: estes seguiam as trilhas abertas por seus antepassados os quais, em sua maldade, eliminaram os profetas que, por inspiração divina, denunciavam as injustiças. Eram seus sucessores, e seu comportamento não era diferente. Também eles se levantariam contra aquele que lhes estava denunciando a maldade, e o eliminariam.
Jesus não tinha dúvida quanto à reação que sua denúncia haveria de suscitar, contra si mesmo e contra os seus discípulos. A liberdade com que desmascarava os que se consideravam baluartes da fé, não ficaria sem resposta. Apesar de serem merecidas as denúncias feitas contra os mestres da Lei e os fariseus, estes haveriam de preferir eliminar quem os denunciava a se converterem.
Oração
Senhor Jesus, seja o meu agir expressão do que vivo e creio, de modo a não enganar ninguém quanto àquilo que realmente sou.
FONTE: dom total


27 de Agosto de 2015

Mt 24,42-51

Comentário do Evangelho

É preciso estar sempre preparado

O evangelho de hoje é um apelo à vigilância. Trata-se de um trecho do discurso escatológico (Mt 24–25). É à luz do que é definitivo que a vida do fiel cristão deve ser vivida, iluminada e sustentada na esperança. A linguagem utilizada nesse tipo de discurso é a apocalíptica, cujo tom é dramático e, se não for bem compreendida, resulta até assustador. No entanto, sua finalidade é revelar o mistério da salvação de Deus e motivar um comportamento coerente com a fé professada. Ante a imprevisibilidade e o caráter decisivo da vinda do Filho do Homem, é preciso vigiar, não dormir, pois, assim como o ladrão entra inesperadamente na casa de alguém para roubá-la, do mesmo modo virá o Senhor, quando menos se espera (1Ts 5,2; 2Pd 3,10; Ap 3,3; 16,15). Dito de outra maneira, é preciso estar sempre preparado. A parábola dos versículos 45 a 51 explicita como deve ser essa preparação. A parábola apresenta dois casos típicos de cristãos: o primeiro é aquele que, sabendo do caráter inesperado da vinda do seu Senhor, permanece fiel ao que deve fazer; o segundo, sobre o qual a parábola insiste, é aquele que, na ausência de seu senhor e iludido quanto ao tempo de sua volta, se deixa levar por uma vida fácil e perde o senso da responsabilidade e de sua condição de servo.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, faze de mim um servo fiel e prudente, disposto a pautar toda a sua vida pelos ensinamentos de teu Filho Jesus. Que eu jamais seja insensato!
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Duas virtudes nos são colocadas pelo Evangelho de hoje: fidelidade e prudência. Servo fiel é aquele que não precisa ser vigiado o tempo todo a fim de realizar tudo o que é da sua competência, é aquele que merece a confiança do seu senhor, o que não quer dizer submissão cega e inconseqüente, mas sim a pessoa ser totalmente responsável por aquilo que faz. Prudência significa agir com cautela, procurando evitar todo tipo de erro, fugindo de todo mal, principalmente do pecado e de suas conseqüências, o que não quer dizer covardia e medo, mas sim uma busca de maior consciência dos próprios atos.
FONTE: CNBB

Meditando o Evangelho

ESTEJAM PREPARADOS!

Os discípulos foram alertados a estarem preparados para a vinda definitiva do Filho do Homem, na sua glória, a fim de julgar toda a humanidade.
Mas Jesus se recusava a determinar o dia em que isto se daria. Simplesmente insistia com os discípulos para se manterem vigilantes. Deste modo, qualquer que fosse o dia ou a hora, mereceriam ser acolhidos na glória do Filho do Homem, ou seja, o próprio Jesus, na sua condição de Ressuscitado.
Sendo que a segunda vinda do Messias demoraria a se concretizar, as comunidades cristãs podiam ser contaminadas pelo efeito negativo desta demora, correndo o risco de se deixar abater pela tibieza e pelo torpor espiritual. Assim, poderiam pôr sob suspeita sua opção pelo Reino e o projeto de vida que tinham abraçado.
O alerta para estarem continuamente preparadas para acolher o Senhor tinha o escopo de manter as comunidades cristãs engajadas no testemunho fiel de sua fé, expressa na vivência do amor e da justiça. Se, por acaso, os discípulos passassem a desacreditar no amor e a trilhar os caminhos da injustiça, seriam dignos de condenação. Pelo contrário, mantendo-se fiéis às exigências do Reino, qualquer que fosse a hora, a vinda do Filho do Homem seria para eles tempo de salvação.
Oração
Espírito de vigilância, mantém-me em contínuo alerta, vivendo o amor e a justiça, à espera do Messias Jesus que vem.
FONTE: dom total


28 de Agosto de 2015

Mt 25,1-13

Comentário do Evangelho

A vinda gloriosa do Senhor

A parábola das dez virgens é própria a Mateus; busca responder a seguinte questão: o que fazer enquanto o noivo é esperado? A parábola visa ilustrar o comportamento dos discípulos enquanto esperam a vinda gloriosa do seu Senhor. Para isso, o texto apresenta um grupo de dez virgens, cinco das quais eram previdentes e as outras cinco imprevidentes. As previdentes são caracterizadas pelo fato de levarem “jarros de óleo” para alimentar as lâmpadas; as imprevidentes levaram as lâmpadas, mas não o suprimento de óleo. Com o atraso do noivo, acabaram, todas elas, dormindo. Ao grito que anunciava a chegada do noivo, todas despertaram e prepararam as lâmpadas. As imprevidentes se dão conta de que o óleo não será suficiente. Ter que providenciar o óleo à chegada do noivo fez com que as imprevidentes perdessem a oportunidade de entrar na festa de casamento. Qual é a mensagem para os discípulos? O que é preciso fazer? As virgens previdentes desejavam fortemente participar das bodas; por isso, não mediram esforços e imaginação para que tal acontecesse. Elas se preveniram e previram o que poderia acontecer. Daí que, desde o início, elas participavam das bodas. As imprevidentes se deixaram levar por outras preocupações e se contentaram com o mínimo necessário: uma lâmpada e um pouco de óleo. O comportamento delas foi a causa de não entrarem na festa.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, seja a minha vida uma contínua preparação para o encontro contigo e com teu Filho Jesus. Que nada seja suficientemente forte para frustrar este encontro tão esperado.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

A Igreja, que somos todos nós, é a esposa de Cristo, e realiza sua maior felicidade no relacionamento com ele, relacionamento que exige de todos nós fidelidade, amor e sensatez, ou seja, uma fé vigilante, que faz com que vivamos constantemente na presença de Jesus, Luz que ilumina nossa vida e não permite que vivamos nas trevas do erro. Como vivemos na presença de Jesus e somos iluminados por ele, nossa fé é cada vez mais ativa e torna-se luz para as pessoas, de modo que todos possam descobrir-se amados por Deus, busquem constantemente um relacionamento com ele, e assim estejam sempre prontos para o momento em que esse relacionamento atingirá sua plenitude, quando seremos todos um só em Cristo.
FONTE: CNBB

Meditando o Evangelho

A ESPERA PRUDENTE

Para o discípulo, não importa a hora da chegada do Senhor. Importa, sim, estar pronto para recebê-lo, quando ele chegar. O fato de Jesus tardar gera diferentes tipos de comportamentos por parte dos discípulos. Dois deles são ilustrados pela parábola das dez virgens.
As cinco virgens prudentes representam os discípulos que não esperam o Senhor, de braços cruzados. Essa espera não os aliena de suas responsabilidades concretas: lutar por um mundo que corresponda aos anseios do Senhor. São cristãos engajados na luta pela justiça, na defesa dos direitos dos fracos e oprimidos, na busca de um testemunho autêntico de fé,  num mundo marcado pela injustiça e pela impiedade. E este empenho efetivo, a longo prazo, mantém suas lâmpadas acesas.
As cinco virgens imprudentes retratam os discípulos que esperam o Senhor numa contemplação inativa. Preocupam-se em fazer o que agrada a Deus, porém excluindo o próximo do âmbito de seus interesses. A oração não os motiva a fazer nada de concreto em benefício dos outros. Seu amor a Deus não se expressa em forma de amor ao próximo. Esta atitude, a longo prazo, se mostrará insuficiente para manter suas lâmpadas acesas.
É preciso cuidar para que esta constatação não seja feita tarde demais.
Oração
Senhor Jesus, dá-me prudência suficiente para estar sempre numa atitude de alerta, a fim de estar pronto para o encontro contigo.
FONTE: dom total


29 de Agosto de 2015

Mc 6,17-29

João Batista é o mártir da moral

A não ser por ocasião da paixão ( cf. Lc 23,8-12), não temos nenhuma notícia de que Herodes tenha se encontrado com Jesus. A fama de Jesus, no entanto, despertava curiosidade e conjecturas acerca de sua identidade (Mc 6,14-15). O relato da morte de João Batista vem depois da notícia do seu martírio. João, precursor do Messias, é o mártir da moral. Foi preso e decapitado por denunciar uma união ilegal entre Herodes e Herodíades. Herodíades exige a morte de João, aproveitando-se de uma atitude primária e intempestiva de Herodes. A amante de Herodes quer eliminar a voz que denuncia o seu mal. O poder de Herodes, essa é a leitura subliminar, contrasta com o poder de Jesus: o poder que Herodes exerce exclui e mata; o poder de Jesus faz viver e suscita o gosto pela vida, pois é o poder do amor. Parece que o sofrimento e a prisão injusta de João e a sua morte prefiguram a paixão e morte de Jesus Cristo. João e Jesus, tidos como profetas, tiveram a sorte dos profetas (Mt 13,57; 14,5).
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de seguir adiante, cumprindo minha missão de evangelizador.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Todos nós temos dificuldades para viver a radicalidade exigida pelo Evangelho e diversas vezes nos acovardamos diante das ameaças. Uma das maiores ameaças que sofremos hoje, quando procuramos viver o Evangelho, encontra-se no fato de que a sociedade ridiculariza todos aqueles que não fundamentam a sua vida nos valores do mundo. Mas isso também acontecia nos tempos de Jesus, como podemos perceber na narrativa da morte de João Batista e no julgamento do próprio Jesus. Mas nós não podemos ceder aos mecanismos que são usados pelo mundo moderno contra o Evangelho; devemos expor com coerência as verdades da nossa fé.
FONTE: CNBB

Meditando o Evangelho

O APÓSTOLO NÃO SE INTIMIDA

A violência de Herodes, digno filho de um outro Herodes conhecido por seu caráter violento e cruel, despontou no horizonte de Jesus como uma terrível ameaça.
A fama dos feitos operados pelo Mestre chegou ao conhecimento desse rei desumano. Fato explicável, se considerarmos que ela corria de boca em boca. Como Herodes habitava em Tiberíades, junto ao lago da Galiléia, não muito distante dos lugares por onde Jesus atuava, era impossível não saber o que lá se passava.
Dentre as muitas hipóteses acerca da identidade de Jesus, Herodes identificava-o com João Batista reencarnado. Aquele a quem mandara decapitar, havia ressurgido e realizava gestos poderosos. Embora, em vida, o Batista não tenha realizado milagres, a crença popular atribuía-lhe esse poder, quando ressuscitasse. Teria sido inútil tê-lo punido, já que ressuscitara e começara novamente a agitar o povo?, perguntava-se o rei.
O movimento de Jesus não podia passar despercebido à autoridade romana. A atividade do Mestre  súdito do império  podia ser motivo para uma insurreição popular. Um levante do povo sscitaria imediatamente a intervenção do imperador.
Além da pressão sofrida por parte das lideranças judaicas, Jesus viu-se também às voltas com a hostilidade da autoridade romana. Em todo o caso, isso não foi suficiente para amedrontá-lo e desviá-lo de sua missão. Afinal, um apóstolo jamais se intimida!
Oração
Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de seguir adiante, cumprindo minha missão de evangelizador.
FONTE: dom total


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