terça-feira, 5 de maio de 2015

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 05/05/2015

ANO B


Jo 14,27-31a

Comentário do Evangelho

Na paz e no amor não há temor

A paz é dom do Cristo ressuscitado (Jo 20,19.26). Ela é fruto da presença do Senhor e, como tal, é imprescindível para a unidade na comunidade dos discípulos, uma vez que é a boa relação da pessoa com Deus e a boa relação entre as pessoas; relação caracterizada e construída no amor fraterno. Na paz e no amor não há temor. Jesus, o “Príncipe da paz”, engajou toda a sua vida na reconciliação do gênero humano, tarefa que os discípulos devem continuar (cf. Mt 5,9). A partida de Jesus é para o Pai, mas a sua ausência não será sentida como abandono, já que, pelo Espírito Santo, estará sempre presente (cf. Mt 28,20; At 1,1-2). O retorno de Jesus ao Pai deveria ser motivo de alegria para o discípulo, uma vez que faz parte do desígnio de Deus. A paixão e a morte de Jesus, que são obras de Satanás, “chefe deste mundo” (v. 30), não devem afligir os discípulos, pois a vitória de Jesus é certa. Depois da ressurreição, a vitória de Jesus Cristo sobre o mal e a morte será o conteúdo específico da pregação cristã. A entrega de Jesus será para o mundo o testemunho de seu amor e da sua comunhão com o Pai.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, confirma em mim o dom da paz recebida de teu Filho Jesus, de forma que, revestido desta fortaleza, eu possa caminhar, sem medo, ao teu encontro.

Vivendo a Palavra

Jesus nos dá uma Paz diferente da paz do mundo. Esta, não poucas vezes é o intervalo entre duas guerras, quando nos rearmamos para entrar mais fortes na próxima batalha contra o inimigo. A Paz de Jesus é o sentimento de estarmos caminhando no processo de conversão, no amor a Deus e aos irmãos.

Refleo

No Evangelho de hoje, Jesus nos mostra um dos aspectos mais importantes do amor que é o desejo do bem maior para o outro. O mundo nos apresenta uma falsa idéia de amor que é o amor possessivo: quando amamos uma pessoa, queremos que ela esteja constantemente ao nosso lado porque assim somos felizes. Na verdade estamos pensando na nossa felicidade e não na da pessoa amada. Jesus diz: "Se me amasseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu". Assim, de fato, somos nós, uma vez que nos entristecemos quando a felicidade maior do outro não é como gostaríamos que fosse. Na verdade, confundimos paixão e sentimentalismo com amor verdadeiro.

Meditando o Evangelho

UMA PAZ DIFERENTE

Jesus é, por natureza, comunicador de paz. Sem dúvida, não estamos às voltas com uma espécie de paz intimista e sentimental. A paz de Jesus é muito mais do que isto!
A paz é um dom de Jesus para seus discípulos, em vista do testemunho que são chamados a dar. Ela visa a ação. Por isso, não pode reduzir-se ao nível do sentimento. A paz de Jesus tem como efeito banir do coração dos discípulos todo e qualquer resquício de perturbação ou de temor que leva ao imobilismo. Possuindo o dom da paz, eles deveriam manter-se imperturbáveis, sem se deixar intimidar diante das dificuldades.
Assim pensada, a paz de Jesus consiste numa força divina que não deixa que os discípulos rompam a comunhão com o Mestre. É Jesus mesmo, presente na vida dos discípulos, sustentando-lhes a caminhada, sempre dispostos a seguir adiante com alegria, rumo à casa do Pai, apesar das adversidades que deverão enfrentar.
A paz do mundo é bem outra coisa. Encontra-se na fuga e na alienação dos problemas da vida. Leva o discípulo a cruzar os braços, numa confiança ingênua em Deus do qual tudo espera, sem exigir colaboração. É uma paz que conduz à morte!
O discípulo sensato rejeita a paz oferecida pelo mundo para  acolher aquela que  Jesus oferece. De posse dela, estará preparado para enfrentar todos os contratempos da vida, sem se deixar abater.
Oração
Pai, confirma em mim o dom da paz recebida de teu Filho Jesus, de forma que, revestido desta fortaleza, eu possa caminhar, sem medo, ao teu encontro.

Oração Final
Pai Santo, dá-nos força e coragem para aceitar a Paz que Teu Filho nos trouxe. Inspira-nos para que compreendamos que ela não significa passividade diante das tentações do anti-reino, mas doação generosa de tudo o que temos e somos aos irmãos, por amor a Ti, Pai querido. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário