quinta-feira, 25 de setembro de 2014

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 23/09/2014 a 30/09/2014

ANO A



23 de Setembro de 2014

Lc 8,19-21

Comentário do Evangelho

No centro da vida cristã deve estar a Palavra de Deus.

A visita da família de Jesus é, para ele, ocasião de ensinar os seus discípulos acerca do específico da comunidade cristã (cf. Lc 6,46-49). É Marcos quem, no seu evangelho, informa a razão da visita da família de Jesus: pensavam que estivesse fora de si (Mc 3,21). No evangelho de João, são os adversários de Jesus que têm essa opinião a respeito dele (Jo 10,10-20). Aproveitando a ocasião e ignorando a intenção de sua parentela, Jesus ensina que a pertença ao povo que ele reúne não se dá pela descendência do sangue, mas por uma atitude que engaja o discípulo no dinamismo da escuta e da prática da Palavra de Deus (cf. Lc 6,46-47). Mais adiante no relato evangélico, àquela mulher que, admirada pelas palavras de Jesus, gritou: “Felizes as entranhas que geraram e os seios que te amamentaram”, Jesus respondeu: “Felizes são os que ouvem a Palavra de Deus e a praticam” (Lc 11,27-28). A mãe de Jesus passou, na tradição da Igreja, a ser modelo do discípulo porque ela é a mulher que escutou a Palavra de Deus e a praticou (Lc 1,38). No centro da vida cristã deve estar a Palavra de Deus. Em Jesus, Verbo de Deus, a Palavra de Deus adquire todo o seu sentido e é uma fonte de verdadeira vida.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que minha condição de membro da grande família do Reino se expresse no meu modo de proceder. Pela disposição a amar, quero dar provas de ser teu filho.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Existem muitas pessoas que querem demonstrar-se religiosas, mostrar a todos que participam da vida da Igreja e têm amizade com o clero e até usam dos cargos e funções sociais para conseguir isso. Porém, essas pessoas querem apenas se promover, não querem nenhum compromisso com o Evangelho e com o Reino de Deus. A atitude de Jesus nos mostra quem é importante para ele: aquele que ouve a Palavra de Deus e a coloca em prática, aquele que é capaz de amar, perdoar, partilhar, acolher, socorrer, consolar, compreender, ensinar, comprometer-se, doar-se, reunir, celebrar, orar, ser feliz com os que são felizes, chorar com os que choram, são empáticos, solidários, vivem o amor de Deus.
FONTE: CNBB

Recadinho

Você procura colocar em prática os ensinamentos de Jesus para assim fazer parte de sua família? - Lembra-se de que, como irmãos, temos os mesmos deveres, os mesmos direitos e os mesmos bens? - É fácil desejar ao próximo tudo aquilo que desejamos a nós mesmos? - Colocar os ensinamentos de Jesus em prática consiste em amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos. Comente isso.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 – santuário-nacional

Comentário do Evangelho

A FAMÍLIA DO REINO

A opção pelo Reino estabelece laços profundos de amizade entre os discípulos, gerando neles uma solidariedade exemplar. Este parentesco espiritual, em muitos casos, pode ser mais sólido que o próprio parentesco sanguíneo. E, o mais importante: gera um ambiente de igualdade onde Deus Pai nos faz todos irmãos e irmãs.
O relacionamento físico com Jesus de Nazaré já não tem importância. A família do Reino se constitui a partir da escuta e da vivência da Palavra de Deus e não da pertença à família histórica de Jesus. O tempo e o espaço também não contam. Seja qual for a época em que se vive ou se viveu, é possível sentir a proximidade familiar em relação aos outros cristãos, desde pautemos nossa vida pela mesma proposta do Reino. Além disso, onde quer que estejam e de onde quer que venham, quando dois cristãos se encontram, deveriam imediatamente sentir brotar no coração um forte afeto fraternal, por terem o mesmo projeto de vida, e estarem unidos pela mesma opção por Jesus e por seu Reino.
Desde os primórdios, a comunidade cristã compreendeu este dado de sua identidade. E, assim, estabeleceu uma nítida diferença em relação à tradição judaica, cujo apego às genealogias e à consangüinidade era bem conhecida.
A família do Reino, como é constituída, pode reunir gente de todas as raças, povos, famílias e nações.
Oração
Senhor Jesus, faze crescer em mim o afeto por meus irmãos e irmãs de fé, sabendo que somos membros de uma só família, a família do Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que enriquecestes são Pio de Pietrelcina com o espírito de verdade e de amor para apascentar o vosso povo, concedei-nos, celebrando sua festa, seguir sempre mais o seu exemplo, sustentados por sua intercessão. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


24 de Setembro de 2014

Lc 9,1-6

Comentário do Evangelho

É o testemunho que torna presentes as palavras e os gestos de Jesus.

Entre o chamado dos primeiros discípulos junto ao mar da Galileia e dos Doze sobre a montanha, foi percorrido um longo itinerário que, para o leitor do evangelho, é difícil mensurar em termos de tempo. Nesse longo percurso, eles puderam ouvir os ensinamentos de Jesus, experimentar a força e a eficácia de suas palavras e, igualmente, contemplar os atos de poder de Jesus que despertavam nas pessoas beneficiadas por eles a força, o gosto e a fé na vida. Foram testemunhas de que o Senhor vence o mal e liberta o ser humano das amarras do inimigo da natureza humana. Agora, são enviados e, para levarem a termo a missão, recebem o poder e a autoridade do Senhor. Trata-se, aqui, do Espírito Santo, força do alto para o testemunho (At 1,8). É o testemunho que torna presentes as palavras e os gestos de Jesus. Pelo testemunho se prolonga na história a missão de Jesus. As recomendações para a missão orientam para o despojamento e a liberdade diante das coisas, porque a segurança dos Doze deve estar no Senhor que os envia. As instruções que Jesus dá aos Doze para a missão visa fazê-los compreender que a preocupação com seguranças pessoais não pode distraí-los, pois são portadores de uma mensagem que tem incidência decisiva na vida das pessoas.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, tendo recebido a tarefa de continuar a missão de Jesus, ensina-me a imitá-lo tanto no modo de ser e de pregar, quanto na pobreza e na coragem de enfrentar a rejeição.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

O Evangelho de hoje é uma espécie de "Manual do Evangelizador". Ele nos mostra que o evangelizador não age em nome próprio, pois ele não evengeliza por que quer, mas porque é enviado por Deus. Os poderes que tem para evangelizar não são próprios, são recebidos para serem usados em uma finalidade própria. Os bens materiais não podem ser um empecilho para o trabalho, nem podem ofuscar a força do anúncio e do testemunho. A inserção e a participação na vida das pessoas e das famílias é fundamental. Mas o mais importante são os dois objetivos que caracterizam o profetismo: a luta contra toda espécie de mal, que se manifesta na ordem da cura, e a proclamação da presença do Reino de Deus na vida de todas as pessoas.
FONTE: CNBB

Recadinho

Jesus pede o desprendimento das coisas deste mundo e a confiança nele. Consegue notar este tipo de desprendimento?
Em outra passagem vemos o caso do jovem rico que não conseguiu aceitar o convite para uma vida de maior desprendimento. Não é indispensável a renúncia a tudo. Mas também a que leva o apego exagerado às coisas deste mundo? - Os que se dedicam à missão confiam realmente na Providência Divina?
Nossa comunidade é generosa e disponível para com quem se dedica ao anúncio do Evangelho? - Atualmente é muito comum instituir o dízimo em nossas comunidades. Funciona?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 – santuário-nacional

Comentário do Evangelho

PARTILHANDO A MISSÃO DE JESUS

A missão dos discípulos estava em estreita conexão com a pessoa e a missão de Jesus. Foi ele quem escolheu os doze apóstolos, entre as pessoas que o seguiam. Confiou-lhes o mesmo poder e a mesma autoridade que ele mesmo recebera do Pai. Deu-lhes como missão proclamar o Reino de Deus e curar os doentes, como ele mesmo fazia.
As instruções dadas aos discípulos, para o bom desempenho da missão, correspondiam àquelas pelas quais Jesus pautava o seu ministério. Este era exercido na pobreza. Em momento algum, o Mestre pretendeu impôr-se pela força da riqueza e do poder. Ele não tinha onde reclinar a cabeça. Dependia da caridade alheia, em suas andanças. Sabia ter um trato fraterno com as pessoas que o acolhiam e aos seus discípulos. A família de Maria, Marta e Lázaro era uma das casas onde ele se sentia entre irmãos.
Também fez a dura experiência de rejeição. Tanto pessoas, como os mestres da Lei e os fariseus, quanto cidades inteiras, como Corozaim, Betsaida, Cafarnaum, Jerusalém, recusaram-se a lhe dar ouvido. Contudo, a atitude hostil dos habitantes dessas cidades não o dispensava de seguir adiante para cumprir a missão recebida do Pai. Pelo contrário, ia de aldeia em aldeia, proclamando a Boa Nova do Reino.
Cabe ao discípulo seguir pela trilha aberta pelo Mestre, sem se iludir, pensando ter um fim diferente. A cruz também o espera.
Oração
Espírito de fidelidade à missão, apesar da perspectiva da cruz, concede-me a graça de levar adiante a missão de Jesus, com a mesma disposição que ele sempre teve.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Pai, que resumistes toda a lei no amor a Deus e ao próximo, fazei que, observando o vosso mandamento, consigamos chegar um dia à vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


25 de Setembro de 2014

Lc 9,7-9

Comentário do Evangelho

A identidade de Jesus.

Toda a primeira parte do evangelho de Lucas (4,14–9,50) é perpassada pela pergunta sobre a identidade de Jesus. Nessa parte do evangelho, a contar do discurso inaugural e programático na sinagoga de Nazaré, a resposta é que Jesus é um verdadeiro profeta (7,16.39). Herodes, tido como malfeitor pelo próprio evangelista (3,19-20), se pergunta quem é Jesus. Ele nunca se encontrou com Jesus, o que acontecerá somente durante a paixão, mas a fama de Jesus se espalhava por todas as regiões e as opiniões a respeito dele eram as mais variadas. A visão de Herodes é exterior, pois simplesmente ouvia falar de tudo o que Jesus fazia (v. 7), e suas considerações estão presas ao passado. O seu interesse de ver Jesus não passa de curiosidade. Mais adiante, no relato da paixão, o evangelista observa que Herodes ficou muito contente de ver Jesus, pois esperava presenciar algum milagre realizado por ele (Lc 23,8). Diante de um homem com tal pretensão e maldade, Jesus não pronunciou nenhuma palavra sequer. A incredulidade fecha o coração do homem ao mistério de Deus. Para Herodes, a identidade de Jesus permanecerá um enigma, pois para conhecê-la é preciso ter fé, uma vez que tal conhecimento só é possível por revelação de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, diversamente dos inimigos de Jesus, quero conhecer a identidade e a missão de teu Filho, pois é por ele que me guiarei para ser fiel a ti.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Vemos o surgimento de diferentes formas de misticismo e as diferentes religiões estão se multiplicando por todos os lados. Para nos defender, afirmamos que existem falsos profetas que ficam enganando o povo para ganhar dinheiro e fazer da religião meio de vida. À luz do Evangelho de hoje, podemos analisar este fato. As pessoas falam muitas coisas a respeito de Jesus, embora muitas vezes porque desconhecendo verdade, e esse desconhecimento se dá porque não evangelizamos como devemos e também porque conhecemos a nossa fé de modo superficial, mas não admitimos a nossa ignorância e manifestamos nossa opinião como verdade de fé, basta ver o acúmulo de bobagens que cristãos de meia tigela veiculam na Internet, em sites que afirmam ser católicos , mas que na verdade são caóticos e escondem Jesus.
FONTE: CNBB

Recadinho

O povo queria conhecer Jesus, aproximar-se dele. Será que em nossa vida se dá o mesmo? - Procuramos vê-lo onde realmente se encontra? - Até Herodes acabou se interessando em ver Jesus. - Onde e em que circunstâncias podemos ver Jesus? - Por que Herodes queria ver Jesus? - Falar mal destrói; falar bem constrói! - Qual é nossa opção na vida?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 – santuário-nacional

Comentário do Evangelho

O DESEJO DE VER JESUS

As palavras e os milagres de Jesus atraíam em torno dele verdadeiras multidões. Contudo, era impossível controlar a intenção de cada pessoa. Muitos vinham por pura curiosidade. Outros, esperando que Jesus os curasse de alguma enfermidade ou, de qualquer forma, os libertasse. Outros, ainda, eram movidos por um desejo sincero de escutar Jesus e tornar-se seus discípulos, escolhendo como projeto de vida a proposta do Reino.
Esta variedade de intenções não influenciava a conduta do Mestre. Ele não satisfazia a curiosidade das pessoas, por exemplo, fazendo milagres sob encomenda. Suas curas beneficiavam somente àquelas que, de algum modo, demonstravam ter fé. Os corações sinceros dependiam da vontade expressa de Jesus para se tornarem seus discípulos. Só se punha a segui-lo quem ele chamava pelo nome. Não adiantava oferecer-se.
O violento Herodes, tendo ouvido falar de Jesus, manifestou curiosidade de vê-lo. Este rei não sabia de quem se tratava. As hipóteses levantadas lhe satisfaziam. Daí seu desejo de vê-lo pessoalmente. Quiçá esperasse presenciar o espetáculo de um milagre realizado por Jesus, pois tivera notícia de sua fama. Seu desejo de ver o Mestre só seria realizado por ocasião da paixão. Mas, naquela ocasião, Jesus o decepcionou, por não ceder a seus caprichos.
Oração
Senhor Jesus, eu quero seguir-te com sinceridade, com o único desejo de aderir ao Reino por ti anunciado e fazer-me teu discípulo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Pai, que resumistes toda a lei no amor a Deus e ao próximo, fazei que, observando o vosso mandamento, consigamos chegar um dia à vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


26 de Setembro de 2014

Lc 9,18-22

Comentário do Evangelho

Oração de Jesus

Um dos traços característicos do terceiro evangelho é a frequência com que se fala da oração de Jesus. A dupla pergunta feita aos discípulos surge da oração e é o resultado da consciência que Jesus tem de não estar sendo compreendido. A resposta dos discípulos confirma que as multidões não só não têm clareza acerca da identidade de Jesus, como não conseguem ultrapassar o limite do imediatamente visto. A opinião das multidões prende Jesus ao passado de Israel. A segunda pergunta engaja os discípulos numa resposta existencial. Como porta-voz do grupo dos Doze, Pedro responde: o Messias prometido e esperado, em quem habita o Espírito Santo. À profissão de fé de Pedro, Jesus anuncia a sua paixão, morte e ressurreição. Esse anúncio exige dos discípulos se distanciarem da opinião das multidões a respeito de sua identidade e de uma falsa ideia do Messias. Esse anúncio tem, igualmente, uma incidência prática na vida dos discípulos: como seguidores de Jesus, eles devem superar toda tentação de poder mundano, pois o poder do Cristo é o amor e o serviço gratuito e generoso, que torna alguém capaz de entregar a própria vida para realizar a vontade de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, só tu podes revelar-me a identidade de teu Filho Jesus. Que eu a conheça de forma verdadeira para poder conformar com ela a minha vida.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Jesus não é simplesmente um personagem histórico ou um mero objeto da razão humana, é uma pessoa viva, e uma pessoa só pode ser verdadeiramente conhecida através do encontro e do relacionamento. Só conhece verdadeiramente Jesus quem realiza na sua própria vida a experiência do Ressuscitado presente e atuante na sua história pessoal e comunitária, quem descobre que Cristo não é o sobrenome de Jesus, mas quem ele é verdadeiramente: o Messias, o Ungido de Deus, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, o Deus Encarnado, o Redentor de toda a humanidade. Mas é preciso que a descoberta de tudo isso seja de forma existencial, de modo que essas verdades não sejam um conjunto de palavras teóricas e vazias, mas manifestam o que Jesus significa nas nossas vidas.
FONTE: CNBB

Recadinho

Uma pergunta bem ampla: - Quem é Jesus para você? - Para você Jesus e sempre o mesmo ou varia conforme as circunstâncias que povoam seu coração? - Comente a afirmação: “alguém pode estar na prisão e ser livre!” - Comente ainda: “Você pode estar doente, mas sadio de coração!” - Você se dá conta de que nem as alegrias nem as tristezas perduram para sempre em nós?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 – santuário-nacional

Comentário do Evangelho

QUEM SOU EU?

A experiência de contato com Jesus permitia aos discípulos formarem uma ideia a respeito dele. Suas palavras e seus gestos revelavam sua identidade. O senhorio de Deus em sua vida ficava patente na consciência de ser o Filho, enviado para falar as palavras do Pai e realizar suas obras. As dimensões do poder que lhe fora conferido podiam ser percebidas nos milagres e prodígios que realizava. Sua liberdade interior evidenciava-se na insubmissão a certos costumes e tradições, absolutizados por algumas facções religiosas da época. Sua visão de sociedade manifestava-se no trato acolhedor dispensado às pessoas vítimas da marginalização, na solidariedade com os sofredores, na sensibilidade diante das injustiças, no serviço à restauração da vida. Tudo isto tinha como eixo o Reino de Deus, anunciado e implementado por ele.
Quando Jesus dirigiu a seus discípulos a pergunta "quem sou eu?", eles já possuíam elementos para formular uma resposta correta, diferente daquela corrente no meio popular. A resposta de Pedro, em nome do grupo, resumia a opinião de todos os discípulos. E Jesus confirmou a resposta dada.
Entretanto, viu-se na obrigação de oferecer um esclarecimento. O Messias estava destinado a sofrer muito, ser vítima de rejeição, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar. Que os discípulos contassem com isto!
Oração
Senhor Jesus, dá-me inteligência para conhecer, sempre mais, tua identidade manifestada na tua vida de serviço ao Reino de Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Pai, que resumistes toda a lei no amor a Deus e ao próximo, fazei que, observando o vosso mandamento, consigamos chegar um dia à vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


27 de Setembro de 2014

Lc 9,43b-45

Comentário do Evangelho

Segundo anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus.

Trata-se do segundo anúncio da paixão, morte e ressurreição. É preciso não se deixar levar pelo entusiasmo e menos ainda pela euforia. A admiração das pessoas por tudo o que viam e ouviam do que Jesus fazia não podia ser para os discípulos uma tentação que os dispersasse da novidade do messianismo vivido e revelado por Jesus. Por isso, Jesus põe os seus discípulos de sobreaviso (v. 44a). É preciso não se deixar iludir pelas aparências nem seduzir pelo sucesso. Jesus busca prevenir os discípulos contra qualquer tipo de equívoco no que diz respeito à sua missão ou ilusões ligadas à sua pessoa. Os discípulos não compreendem (v 45) ou não podiam compreender, e, quem sabe, não queriam compreender. A incompreensão dos discípulos mostra que eles, até certo ponto, partilhavam com seus contemporâneos uma ideia de Messias que não se coadunava com a realizada em Jesus de Nazaré. A ideia de um Messias que tivesse de passar pelo sofrimento e pela morte não estava contemplada na esperança messiânica de Israel. A comunidade primitiva terá que fazer um enorme esforço para justificar diante do judaísmo o fato de Jesus, proclamado como Messias e Senhor, ter sofrido a morte dos desgraçados.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me a graça de considerar a paixão de Jesus a partir de teu modo de pensar. Só então compreenderei que se tratou da prova máxima de fidelidade a ti.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Muitas pessoas encontram dificuldades para compreender o que Jesus nos fala, e essas dificuldades existem porque verdadeiramente não conhecem Jesus e não comungam as suas propostas e os seus valores. A única contribuição que podemos dar para que essas pessoas possam compreender Jesus é, auxiliados pela graça divina, nos lançarmos num verdadeiro trabalho missionário, juntamente com toda a Igreja, no sentido de possibilitar às pessoas um verdadeiro encontro com o Divino Mestre, a fim de que possam de fato conhecê-lo, compreender a sua Palavra e viver o seu Evangelho.
FONTE: CNBB

Recadinho

Os discípulos corriam o risco de se entusiasmarem demais pelos milagres que presenciavam.
-Nós também corremos o risco do apego a coisas exteriores apenas? - Jesus realizava prodígios. Mas seu fim era a Cruz!
Não pode ocorrer o mesmo em nossa vida? -E então, não corremos o risco do orgulho e da prepotência? - Às vezes nos sentimos fracos diante das cruzes da vida.
Lembramo-nos nestas ocasiões de pedir a Deus que aumente nossa fé? - Somos constantes no pedir as luzes do Espírito Santo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 – santuário-nacional

Comentário do Evangelho

UM ESCLARECIMENTO IMPORTANTE

Os discípulos de Jesus não deveriam deixar-se contaminar com a empolgação popular a respeito do Mestre. O povo se maravilhava diante dos grandes feitos de Jesus e, talvez, nutrisse esperanças a seu respeito. Esperanças que ele não estava disposto a realizar. Entre elas, sem dúvida, a intenção de fazê-lo rei.
Os discípulos, por sua vez, provinham das camadas populares e nutriam as mesmas expectativas do povo em relação ao bem-estar social, ao futuro da nação, à esperança messiânica. Por isso, corriam o risco de se deixarem levar, com muita facilidade, pelo que o povo pensava a respeito de Jesus, e esperava dele.
Para evitar equívocos, o Mestre pediu-lhes que prestassem toda atenção num esclarecimento muito importante: ele estava destinado a sofrer muito. A declaração de Jesus deixou os discípulos perplexos. Suas palavras pareceram-lhes obscuras. Não eram capazes de captar-lhes o sentido. E tinham medo de interrogar o Mestre sobre este assunto.
Jesus cuidou para que sua paixão e morte não pegassem os discípulos desprevenidos, gerando frustração e dispersão do grupo. Eles deveriam compreender que o sofrimento fazia parte de sua opção de fidelidade ao Reino de Deus. Não seria um acidente imprevisto na sua trajetória. Por conseguinte, foram desafiados a refazer suas expectativas a respeito de Jesus.
Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a compreender que tua paixão e morte fazem parte de tua opção de fidelidade ao Reino de Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que, para o socorro dos pobres e formação do clero, enriquecestes o presbítero são Vicente de Paulo com as virtudes apostólicas, fazei-nos, animados pelo mesmo espírito, amar o que ele amou e praticar o que ensinou. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


28 de Setembro de 2014

Mt 21,28-32

Comentário do Evangelho

Duas atitudes diante do chamado de Deus.

Como está o nosso sim ou a nossa adesão a Deus? A teologia da retribuição faz parte de uma mentalidade que perpassa quase todo o Antigo Testamento. O trecho do livro do profeta Ezequiel nos põe às portas da primeira deportação dos judeus para a Babilônia, em 597 a.C. A deportação mais importante foi a do ano 587 a.C., e a terceira foi em 582 a.C. Ante a iminência do exílio, o povo de Deus blasfema pondo em Deus a culpa de seu fracasso. Mas Deus não se cala; nem sempre Deus silencia. É Ele quem revela as faltas do seu povo. O exílio é o fruto podre das alianças políticas equivocadas e consequência do abandono, por parte do povo, do Deus que os havia libertado da casa da servidão. A injustiça que eles cometeram foi abandonar os mandamentos do Senhor para seguir suas próprias inclinações más. É preciso compreender que Deus não nos trata segundo as nossas faltas, nem é Ele que está na origem de nossos males. Deus provoca a conversão e acolhe todo pecador que se converte. Nesse sentido, o texto de hoje do profeta Ezequiel é um apelo à conversão.
A parábola dos dois filhos representa duas atitudes diante do chamado de Deus. Essa parábola é a sequência do diálogo com os sumos sacerdotes e anciãos em que eles perguntam a Jesus, perplexos pela sua atitude de expulsar do Templo os cambistas e os comerciantes (Mt 21,12-16), quanto à origem de sua autoridade: “quem te concedeu essa autoridade?” (v. 23). A pergunta deles revela a resistência em reconhecer a origem divina de Jesus. Desejam desmascarar Jesus, mas diante de Jesus é a máscara deles que cai por terra. O filho que diz não ao seu pai e, depois, acaba indo trabalhar na vinha, vale mais do que aquele que diz sim, mas não obedece. Um homem de verdade é reconhecido por seus atos, não por suas intenções. Imaginemos um banquete em que os lugares eram distribuídos em função da dignidade das pessoas. O anúncio de Jesus significa que os publicanos e as prostitutas, cujas vidas, num primeiro momento, representavam um não a Deus, ocupam, no Reino dos Céus, o lugar reservado aos sumos sacerdotes e aos anciãos. Por quê? Por que eles ouviram a pregação de João Batista e se converteram. Os sumos sacerdotes e os anciãos, ao contrário, resistiram em crer em João, como resistem em crer em Jesus, apesar de terem visto as boas obras, e não se converteram.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, quero ser para ti um filho que escuta a tua Palavra e se esforça para cumpri-la com sinceridade. Que a minha resposta a teu apelo não seja pura formalidade.
FONTE: PAULINAS

Recadinho

O que dizer da chamada “parábola do arrependimento?” - Não deve ser esta uma de nossas primeiras atitudes, o saber arrepender-se? - Adianta dizer que é de formação católica se não pratica? - Procuramos coerência entre nossas palavras e atos? - Pede as luzes do Espírito para conseguir trilhar o caminho do arrependimento?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 – santuário-nacional

Comentário do Evangelho

Jesus, tendo sido questionado pelos chefes religiosos, membros do Sinédrio (cf. 15 dez), passa à ofensiva e lhes propõe uma parábola simples, sem grandes detalhes.
Na parábola, um dos filhos, de início, rejeitou o pedido do pai para ir trabalhar na vinha, porém depois fez conforme o pai pedira. O outro filho concordou logo, mas, efetivamente, não o fez. Agora é Jesus quem pergunta aos chefes judeus: "Qual dos dois fez a vontade do pai?".
Diante da resposta dos chefes, reconhecendo que foi o primeiro filho quem fez a vontade do pai, Jesus volta a colocar em evidência o testemunho de João Batista: os chefes religiosos judeus não fizeram a vontade do Pai ao rejeitarem o caminho da justiça anunciado por João. Porém os excluídos, publicanos e prostitutas, que eram considerados pecadores, fizeram a vontade do Pai quando creram e aderiram a João.
O próprio João Batista, dirigindo-se a estes chefes, proclamara: "Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir? Produzi, então frutos de arrependimento e não penseis que basta dizer: ´Temos por pai a Abraão´"... (Mt 3,7b-9). É contundente e profundamente subversiva a sentença final de Jesus: "Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus". Porque os publicanos e as prostitutas acreditaram em João, mas os chefes de Israel, não.
Os marginais acolhem Jesus e as elites o rejeitam. É a expressão de uma sociedade fundada em valores e estruturas equivocados. Suas elites se afirmam em torno do poder e do dinheiro e humilham, exploram e excluem os humildes, fracos, pequenos e pobres. Estes se unem em torno de Jesus que se fez igual a eles (segunda leitura).
Para Deus o essencial é a prática atual da justiça e do amor, independentemente do passado.
Oração
Ó Deus, que mostrais vosso poder sobretudo no perdão e na misericórdia, derramai sempre em nós a vossa graça, para que, caminhando ao encontro das vossas promessas, alcancemos os bens que reservais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total

A religião nem sempre conduz a fazer a vontade de Deus

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 21,28-32, que corresponde ao 25º Domingo do Tempo Comum, ciclo A do Ano Litúrgico. Confira o comentário de José Antonio Pagola, teólogo espanhol.

O perigo da religião

Jesus leva uns dias em Jerusalém movendo-se à volta do templo. Não encontra pelas ruas o acolhimento amistoso das aldeias da Galileia. Os dirigentes religiosos que se cruzam no Seu caminho procuram desautorizá-lo diante das pessoas simples da capital. Não descansarão até enviá-Lo para a cruz.
Jesus não perde a paz. Com paciência incansável continua a chamá-los para a conversão. Conta-lhes um episódio simples que lhe ocorre ao vê-lo: a conversa de um pai que pede aos seus dois filhos que vão trabalhar na vinha da família.
O primeiro rejeita o pai com uma negativa categórica: “Não quero”. Não lhe dá explicação alguma. Simplesmente não lhe apetece. No entanto, mais tarde reflete e dá-se conta que está a rejeitar o seu pai e, arrependido, dirige-se para a vinha.
O segundo atende amavelmente a petição do seu pai: “Vou, senhor”. Parece desposto a cumprir os seus desejos, mas rapidamente se esquece do que disse. Não volta a pensar no seu pai. Tudo fica em palavras. Não se dirige para a vinha.
Para o caso de não terem entendido a Sua mensagem, Jesus dirigindo-se aos “sumo sacerdotes e aos anciãos da terra”, aplica-lhes de forma direta e provocativa a parábola: “Asseguro-vos que os publicanos e as prostitutas estão à vossa frente no caminho do reino de Deus”. Quer que reconheçam a sua resistência para entrar no projeto do Pai.
Eles são os “profissionais” da religião: os que disseram um grande “sim” ao Deus do templo, os especialistas do culto, os guardiões da lei. Não sentem necessidade de converter-se. Por isso, quando veio o profeta João a preparar os caminhos de Deus, disseram-lhe “não”; quando chegou Jesus convidando-os a entrar em Seu reino, continuaram a dizer “não”.
Pelo contrário, os publicanos e as prostitutas são os “profissionais do pecado”: os que disseram um grande “não” ao Deus da religião, os que se colocaram fora da lei e do santo culto. No entanto, o seu coração manteve-se aberto à conversão. Quando veio João acreditaram nele; ao chegar Jesus acolheram-no.
A religião nem sempre conduz a fazer a vontade do Pai. Podemo-nos sentir seguros no cumprimento dos nossos deveres religiosos e habituar-nos a pensar que nós não necessitamos de nos converter nem mudar. São os afastados da religião os que o hão de fazer. Por isso é tão perigoso substituir o escutar o Evangelho pela piedade religiosa. Diz Jesus: “Nem todos os que me digam ‘Senhor’, ‘Senhor’ entrarão no reino de Deus, mas os que façam a vontade do Meu Pai do céu”.
FONTE: dom total


29 de Setembro de 2014

Jo 1,47-51

Comentário do Evangelho

Jesus conhece o coração do ser humano.

Segundo o evangelho de João, em quatro dias é constituído o grupo inicial dos discípulos. O encontro de Jesus com Natanael situa-se no quarto dia, que pode ser assim descrito: encontro de Jesus com Filipe, encontro de Filipe com Natanael e de Natanael com Jesus. Na corrente de testemunhas do quarto evangelho, é Filipe quem conduz Natanael a Jesus. O nome próprio “Natanael” significa dado por Deus ou dom de Deus. Jesus conhece o coração do ser humano, por isso vai ver em Natanael o verdadeiro Israel que reconhece, não obstante uma primeira resistência, o dom que, em Jesus, Deus fez a toda a humanidade. A menção da figueira é enigmática para o leitor do evangelho. Seja qual for o seu sentido, a resposta de Jesus à pergunta de Natanael suscitou a fé desse israelita sem falsidade (v. 49). No entanto, Jesus faz Natanael se voltar para o futuro: o céu se abre para Jesus, pois é o Pai quem dá testemunho dele. Mas Jesus abrirá o céu aos seus discípulos, uma vez que é ele quem revela a verdade de Deus (cf. Jo 14,6-10).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, leva-me a conhecer, cada vez mais profundamente, a identidade de teu Filho Jesus, e a fazer-me discípulo dele, de modo a compartilhar sua missão.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Muitas vezes, nós nos sentimos espantados com o que conhecemos sobre o poder de Deus, mas devemos ter consciência de que de fato devemos nos maravilhar muito mais, uma vez que não conhecemos quase nada sobre este poder. Uma das grandes manifestações do poder de Deus, e que de fato nos faz fascina, é a existência dos anjos, essas criaturas maravilhosas que assistem diante de Deus e sempre estão presentes também nas nossas vidas, como o caso dos arcanjos que festejamos hoje e que têm a sua existência e a sua ação descritas nas Sagradas Escrituras.
FONTE: CNBB

Recadinho

Jesus aponta para Natanael elogiando-o. - Você se preocupa em elogiar os que merecem elogio? - Nosso modo de agir e o mesmo quando estamos sendo observados e quando ninguém nos vê? - Corremos o risco de julgar uma pessoa apenas pela aparência? - Você realmente se conhece? - Sabe de suas limitações e da potência que tem em seu coração?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 – santuário-nacional

Comentário do Evangelho

O tom profético da afirmação de Jesus, de que já conhecia Natanael, provoca a admiração deste. Embora um sincero israelita, Natanael, dominado pela ideologia messiânica de poder, desprezava a Galiléia. Porém, acaba chamando Jesus de Rabi e, como profissão de fé, lhe confere dois títulos de poder: Filho de Deus, atribuído aos reis, e Rei de Israel, poderoso messias davídico; ambos são recusados por Jesus. Natanael, seguindo Jesus, verá coisas maiores ainda. Verá "o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem". Na crença judaica, os anjos eram servidores de Deus. No livro de Gênesis, os "anjos de Deus" que sobem a Deus e descem antecedem a renovação da aliança de Javé, então com Jacó. Agora, a nova aliança é feita com o Filho do Homem, o Deus encarnado em Jesus. O Jesus humano e humilde faz a aliança com os pobres, pequeninos, oprimidos e excluídos, e, com seu amor misericordioso, promove a sua libertação e o desabrochar de suas vidas.
Oração
Senhor Jesus, dá-me força e coragem para seguir em frente, no caminho querido pelo Pai, mesmo quando eu me sentir incompreendido e rejeitado.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que organizais de modo admirável o serviço dos anjos e dos homens, fazei sejamos protegidos na terra por aqueles que vos servem no céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


30 de Setembro de 2014

Lc 9,51-56

Comentário do Evangelho

"Subida para Jerusalém".

O versículo 51 inaugura a seção central do evangelho segundo Lucas, denominada “subida para Jerusalém”. Trata-se de um versículo importante, pois ele dá o sentido dessa última subida de Jesus para Jerusalém. Para isso, é preciso manter a tradução literal do versículo: “… endureceu a sua face para caminhar para Jerusalém”. No Novo Testamento, essa expressão é própria a Lucas. Mas no Antigo Testamento a encontramos em vários textos (Is 50,7; Jr 3,12; 21,20; Ez 6,2; 13,17; 20,46; 21,2). Em todas essas passagens ela tem um sentido de julgamento. Muito provavelmente, é do texto grego de Ezequiel que Lucas tira a expressão do versículo 51. Em Ez 21,2-7, a expressão se refere a Jerusalém. Assim como Ezequiel sofreu e disse uma palavra de julgamento contra Jerusalém e seus santuários, do mesmo modo Jesus sobe para Jerusalém para julgá-la. Ao se aproximar da cidade, vendo-a ao longe, Jesus chorou por ela: “Ah! Se neste dia também tu reconhecesses aquele que conduz à paz!” (Lc 19,41-44).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, livra-me de ser levado por impulso e pelas paixões ao me deparar com quem se recusa a acolher a mensagem do Reino. Que a minha mansidão possa conquistá-lo para ti.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

A mentalidade dos homens é bem diferente da mentalidade de Deus e o Evangelho de hoje nos mostra muito bem essa verdade. Deus não abandona o homem ao poder do pecado e da morte, mas vem em seu socorro através do seu próprio Filho que, com sua morte, destrói o pecado e a morte, e conquista para todos nós a vida. Os apóstolos agem de maneira completamente diferente. Diante da resistência do povo da Samaria em receber Jesus, querem que caia fogo do céu e devore a todos. Os homens querem punição e morte, enquanto Deus quer misericórdia e vida.
FONTE: CNBB

Recadinho

Ao querer evangelizar alguém, será que não corremos o risco de sermos insistentes demais perturbando em vez de demonstrar amor verdadeiro? - Respeito meu próximo e colaboro para que sejam todos respeitados? - Lembro-me em colocar o respeito mútuo acima de tudo? - Acha difícil demais ser fiel ao Evangelho? - Comente o dito popular: “Pega-se mais mosca com uma gota de mel que com um barril de vinagre!”
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 – santuário-nacional

Comentário do Evangelho

Lucas inicia a narrativa da caminhada de Jesus da Galiléia a Jerusalém. Jesus toma a firme decisão de se dirigir ao centro do judaísmo, Jerusalém e o Templo, para ali fazer seu anúncio libertador, em um confronto direto com o estado teocrático judaico. Jesus sabia que com tal decisão arriscava sua própria vida. "Ia se completando o tempo para ser elevado ao céu": com esta afirmativa Lucas prepara sua própria e original narrativa da Ascensão que será feita no livro de Atos. Ao atravessarem a Samaria, os discípulos enviados a um povoado para preparar hospedagem devem ter cometido um equívoco. Com sua visão triunfalista tradicional devem ter falado de um Jesus glorioso, restaurador de Israel, o que suscitou a rejeição dos moradores, que eram discriminados pelos judeus. E, ainda, com espírito vingativo, estes discípulos queriam um fogo do céu para destruí-los. Jesus repreende-lhes esta sua ideologia. O problema não estava nos samaritanos, mas na cegueira dos discípulos enviados. O próprio Lucas, na parábola do samaritano, e, depois, João em seu evangelho destacam a acolhida dos samaritanos a Jesus.
Oração
Ó Deus, que destes ao presbítero são Jerônimo profundo amor pela Sagrada Escritura, concedei ao vosso povo alimentar-se cada vez mais da vossa palavra e nela encontrar a fonte da vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


 

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