quarta-feira, 13 de agosto de 2014

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 13/08/2014

13 de Agosto de 2014

ANO A


Mt 18,15-20

Comentário do Evangelho

Assim como Deus não desiste de nós, também não devemos desistir de nossos irmãos.

No trecho anterior do discurso sobre a Igreja, duas características da comunidade eclesial foram ressaltadas: a comunidade cristã deve ser caracterizada pelo serviço e pelo cuidado de uns para com os outros, de modo especial por aqueles que se sentem, por algum motivo, desprezados. O evangelho de hoje é, por assim dizer, a aplicação prática do desejo de Deus de que nenhum membro da comunidade se perca (v. 14). A atitude exigida para realizar o desejo de Deus é a iniciativa que cada um deve tomar no que diz respeito à reconciliação, tendo presente que a comunidade cristã é uma comunidade de irmãos (v. 15). O pecado divide a comunidade. Se acontecer a alguém ser vítima do pecado de outro membro da comunidade, trata-se, aqui, de tomar a iniciativa de ajudar o pecador no seu processo de conversão, desde que ele aceite livremente. É Deus quem toma a iniciativa de vir em socorro de nossa humanidade e é ele quem oferece, gratuitamente, o seu perdão. Assim como Deus não desiste de nós, também não devemos desistir de nossos irmãos. O único limite para o perdão e a reconciliação é o fechamento do outro (v. 17). O amor fraterno e, consequentemente, a comunidade cristã são construídos através desse esforço permanente de reconciliação.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que a presença de teu Filho ressuscitado na comunidade cristã seja um incentivo para que nós busquemos pautar nossa ação pela tua santa vontade.

Vivendo a Palavra

Um texto de extrema consolação para nós que, apesar de tanto desejarmos seguir Jesus, somos não poucas vezes seduzidos pelo poder, pelo dinheiro, pelos prazeres do mundo. Jesus nos anima com a promessa de que nossa volta ao Caminho do Reino será motivo de alegria para o Pai Misericordioso!

Reflexão

A vida em comunidade é essencial para que possamos sentir a presença de Jesus no meio de nós e usufruir dessa presença, porém ela não é fácil, principalmente por causa das dificuldades de relacionamento. A comunidade, para ser realmente cristã, deve ser pautada na misericórdia, no perdão e na acolhida dos que erram, buscando não a punição, mas sim o reerguimento e a superação dos que erram, possibilitando-lhes a conversão e a vida nova em Cristo. É por isso que Jesus nos mostra, no Evangelho de hoje, as exigências da correção fraterna juntamente com a sua promessa de presença no meio de nós.

Recadinho


Você julga a atitude errada de uma pessoa ou serve-se de um erro dela para a desprezar totalmente? - Você conhece alguma pessoa antipática? Mas será que você também não está sendo antipático(a)? - É certo que você sempre tem razão em tudo? - Em que consiste para você a correção fraterna? Corrigir o irmão que erra ou “colocar a boca no mundo” espalhando os defeitos dos outros? - Será que faço parte do grupo dos que vivem “atirando a primeira pedra?”
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R

Comentário do Evangelho

CORRIGIR COM DISCERNIMENTO

É preciso agir com extremo discernimento, quando se trata de afastar um membro da comunidade do convívio fraterno. Em geral, as lideranças da comunidade são tentadas a deixar-se levar por critérios irrelevantes, revelando-se injustos contra quem cometeu uma falta. Uma decisão deste porte não pode depender de preconceitos ou do que pensam os líderes. Importa somente fazer a vontade de Deus.
A comunidade cristã deve rezar e refletir muito, antes de excomungar alguém. Sua decisão deve corresponder ao pensamento de Jesus. Por isso, é necessário evitar que a reunião onde se toma uma tal decisão se assemelhe a um tribunal onde se submete a pessoa a um juízo inclemente. O melhor lugar para se decidir isso é a assembléia eucarística. A ela se refere a afirmação do Senhor: "Onde dois ou três estão reunidos em meu nome, estou ali, no meio deles". Neste caso, trata-se de uma reunião bem específica, na qual a comunidade põe-se de acordo para pedir a luz divina, antes de decidir sobre a sorte do membro que errou. Se a comunidade pede com sinceridade, poderá estar certa de ser atendida pelo Pai.
A decisão comunitária, se tomada seriamente, terá o aval de Deus. Ou seja, se o membro for desligado da comunidade terrestre, será também desligado da comunidade celeste. O Pai confirma o veredicto da comunidade que agiu com discernimento.
Oração
Espírito de seriedade, livra-nos da leviandade e, afastar da comunidade os membros que erraram. Pelo contrário, que o façamos após a devida ponderação diante do Senhor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos, para alcançarmos um dia a herança que prometestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
http://www.domtotal.com/religiao/meu_dia_com_deus/evangelho_dia.php?data=2014-8-13

REFLEXÕES DE HOJE


DIA 13 DE AGOSTO – QUARTA


HOMILIA


O IRMÃO QUE PECA Mt 18,15-20
Hoje, abordamos uma questão concreta que acontece em todas as comunidades cristãs: o que devemos fazer quando alguém peca contra nós, provocando tristeza no nosso coração?
Sabias que o fato de sermos irmãos, não nos isenta da possibilidade de enfrentarmos divergências nos relacionamentos da família da fé, pois a irmandade não elimina a nossa individualidade: temos diferenças de criação, formação, visão, doutrina, teologia, liturgia, estratégia e outras que, sem desejarmos, colocam-nos na situação de ofendidos por algum de nossos irmãos. Todo pecado é uma doença que precisa ser tratada de maneira ágil e positiva.. Cada situação relacional em que um irmão de forma definida peca contra nós é na verdade uma convocação feita por Deus para que, em amor, responsabilizemo-nos pelo tratamento do irmão. Este é um dos maiores desafios da comunhão do Reino de Deus: o ofendido é o terapeuta separado por Deus para a cura do ofensor!
Uma vez estabelecido claramente qual foi o pecado o primeiro passo a ser dado é o da confrontação pessoal: Jesus ensina que é necessário “argüir” = “provar, argumentar, repreender, fundamentar, esclarecer, demonstrar” num contexto de discrição, zelando para que não haja uma exposição pública do ofensor. Se o resultado não for satisfatório o passo seguinte é o da confrontação representativa informal na tentativa de perseguir a verdade “para que toda palavra se estabeleça”, ainda num contexto de transparência e privacidade, devemos buscar o auxilio de testemunhas, ou seja, terapeutas auxiliares que nos ajudarão no esforço de cura do irmão ofensor.
Persistindo a resistência em admitir culpa a situação exige uma confrontação comunitária formal, ou seja, o ofendido deve informar oficialmente e amorosamente a liderança maior da Igreja para que esta, de maneira ágil e sábia, assuma a responsabilidade terapêutica de tratamento do irmão em pecado.
Jesus lembra que a possibilidade do ofensor “recusar” (“obstinar, endurecer o coração, manter a consciência insensível”) uma mudança é real. Neste caso, a Igreja como comunidade terapêutica autorizada por Deus deve considerar o ofensor como “gentio e publicano”, ou seja, deve aplicar nele uma disciplina firme e forte (Hb 12:4-13) sem qualquer sentimento de culpa, na expectativa de que pela dor da disciplina haja o retorno à santidade perdida.
Não existe comunidade sem diversidade, nem diversidade sem divergência. Quando esta for detectada, os passos pessoais e comunitários precisam ser responsavelmente tomados na certeza de que é possível construir uma convergência em Deus que proporciona: unidade para ligar – como discípulos da comunidade de Jesus somos autorizados a ligar a “terra ao céu”, tudo fazendo para que a vontade do céu (Deus) prevaleça sobre a vontade da terra (homem); unidade para acordar – a autoridade deve estar associada a uma espiritualidade que nos impulsiona a estabelecer parcerias de oração (“acordos”) sobre dificuldades relacionais específicas para as quais creremos sinceramente que o Pai será capaz de sanar; unidade para experimentar a presença de Jesus – construído e vivenciado este acordo terapêutico pela oração Jesus assegura a Sua presença em nosso meio.
A experiência cristã evidencia que, muitas vezes, não temos nenhum controle sobre o que fazem conosco, mas temos o controle sobre como reagiremos ao que nos foi feito. Percorrer o caminho que vai da tristeza da ofensa para a experiência da plenitude da presença restauradora de Jesus, este é o grande desafio da comunhão da Igreja que precisamos buscar diligentemente!
Pai, que a presença de teu Filho ressuscitado na comunidade cristã seja um incentivo para que nós busquemos pautar nossa ação pela tua santa vontade.
Fonte Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
HOMILIA
A correção fraterna tem que ser movida pelo amor
A correção fraterna é necessária e é de Deus, mas tem que ser movida pelo amor e pela intenção de ajudar a quem errou. 
“Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, a sós contigo! Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão” (Mateus 18, 15).


A Palavra de Deus no dia de hoje aponta para nós uma das coisas mais necessárias  mas também uma das mais difíceis nas relações fraternas, sobretudo entre nós que vivemos da fé a chamada “correção fraterna”. A correção fraterna é necessária, é importante, é útil, é de Deus, mas é muito difícil corrigir e mais difícil ainda ser corrigido. Tanto quem vai corrigir como quem vai ser corrigido têm que, em primeiro lugar, tirar do seu coração o ressentimento, a mágoa e, sobretudo, o orgulho, porque a correção fraterna tem que ser movida pelo amor.
Em primeiro lugar, não faça isso no impulso da raiva e do momento; deixe as coisas se acalmarem dentro de você. E em segundo lugar, não faça isso de forma muito humana; peça a sabedoria divina para ter as palavras acertadas, corretas, humildes e, sobretudo, a intenção de ajudar a outra pessoa. Algumas vezes, uma correção fraterna precisa até de muito tempo para acontecer, mas ela se faz necessária.
Se você vir o seu irmão errar não cometa o crime e a barbaridade de falar, de comentar e de fofocar com o outro sobre esse fato, porque é um mal muito maior ver o outro errar e em vez de corrigi-lo, de ajudá-lo e de rezar por ele primeiro, você  falar dele para os outros. Não faça isso, meu irmão! Peça a Deus a disposição e a humildade e vá conversar com o seu irmão, tente mostrar a ele onde está o erro e que o que ele está fazendo não é correto. Mas, por favor, não trate dos problemas dos outros nos clubes de fofoca! Não ligue para a outra pessoa, não vá à barbearia ou então ao salão de beleza e durante as conversinhas de dona de casa para tratar da vida dos outros.
Quantos mal-entendidos e desentendimentos, quantas coisas se complicaram na vida, porque em vez de tratarmos as coisas de forma cristã e fraterna, as tratamos de forma mundana, carnal, pecaminosa, porque a fofoca é do diabo, ela não é de Deus! Aprenda isso!
Contudo, se você foi falar com seu irmão ou não teve como falar com ele, porque outras coisas o impedem de fazer isso, procure a autoridade da Igreja, como diz a Palavra hoje. Sim, procure a ajuda da Igreja, do padre, do diretor espiritual, mas não trate a situação no nível da fofoca. Porque mal maior é quem trata o erro dos irmãos falando para os outros. Isso dói no coração de Deus e provoca males e estragos para a comunidade, para a sociedade e para a humanidade.
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. https://www.facebook.com/rogeraraujo.cn
LEITURA ORANTE

Mt 18,15-20 - Como tratar alguém que errou



Preparo-me para a Leitura Orante, rezando, com todos os internautas:
Espírito Santo
que procede do Pai e do Filho,
tu estás em mim, falas em mim,
rezas em mim,
ages em mim.
Ensina-me a fazer espaço à tua palavra,
à tua oração,
à tua ação em mim
para que eu possa realizar
a vontade do Pai.
Amém.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 18,15-20.
Se o seu irmão pecar contra você, vá e mostre-lhe o seu erro. Mas faça isso em particular, só entre vocês dois. Se essa pessoa ouvir o seu conselho, então você ganhou de volta o seu irmão. Mas, se não ouvir, leve com você uma ou duas pessoas, para fazer o que mandam as Escrituras Sagradas. Elas dizem: "Qualquer acusação precisa ser confirmada pela palavra de pelo menos duas testemunhas." Mas, se a pessoa que pecou não ouvir essas pessoas, então conte tudo à igreja. E, se ela não ouvir a igreja, trate-a como um pagão ou como um cobrador de impostos. - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o que vocês proibirem na terra será proibido no céu, e o que permitirem na terra será permitido no céu. - E afirmo a vocês que isto também é verdade: todas as vezes que dois de vocês que estão na terra pedirem a mesma coisa em oração, isso será feito pelo meu Pai, que está no céu. Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.

Às vezes, erramos. Os outros também erram. Ninguém está isento de errar, pecar. Jesus ensina como tratar a pessoa que errou na comunidade. O primeiro passo é falar com a própria pessoa, dialogando, ouvindo suas explicações e clareando as causas do erro. Se a pessoa não admite seu erro, o segundo passo: dialogar sobre o fato tendo como testemunhas uma ou duas pessoas. E se a pessoa, ainda assim, recusar a se converter, Jesus sugere o terceiro passo: contar tudo à comunidade. Mas, se ela não ouvir também à Igreja, que seja tratada como um pagão, ou seja, esta pessoa não é cristã, não vive como cristã, não tem porque estar no meio da comunidade.E Jesus fala, por outro lado, da maravilha que é estar juntos, em comunidade, e juntos orar. Ele garante que está no meio deles: "onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles”


2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Em Aparecida, os bispos afirmaram:
“Faz-se, pois, necessário propor aos fiéis a Palavra de Deus como dom do Pai para o encontro com Jesus Cristo vivo, caminho de “autêntica conversão e de renovada comunhão e solidariedade” (DAp 248).
É assim que assumo a Palavra de Deus?
É minha referência que me motiva à conversão, me impulsiona à comunhão e solidariedade?

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com um grande sacerdote, o bem-aventurado Tiago Alberione:
Jesus, Mestre,
que eu pense com a tua inteligência,
com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é para reconhecer meus erros, admiti-los e mudar de atitude, inserindo-me na comunidade.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.

- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.

- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Sugestão: LEITURA ORANTE NAS CARTAS DE PAULO
Ouça pela Rádio 9 de julho AM 1600, o programa Nos passos de Paulo e
faça a Leitura Orante das cartas de Paulo Apóstolo, de 2ª a 6ª feira, das 20 às 21h
Acesse pela internet: http://www.radiosetvs.com/radio9dejulho.html
ou pelo blog: http://www.nospassosdepaulo.com.br/

Irmã Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br
Oração Final
Pai Santo, que o Teu Espírito em nós não permita que se apague a chama da esperança, por muito débil que ela esteja. Faze-nos lembrar sempre a Boa Notícia de que nossa conversão será acolhida por Ti com alegria. Nós Te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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