ANO A
Jo 14,27-31a
Comentário do
Evangelho
Não há o que temer!
A paz é dom de Jesus Cristo ressuscitado (Jo 20,19.26), não ao
modo do mundo. Não há aparência nem hipocrisia na paz oferecida e dada pelo
Senhor. Ele mesmo é o Príncipe da paz. Quem dá a verdadeira paz é o Senhor
vitorioso sobre o mal e a morte. Não há o que temer! Foi ele quem engajou toda
a sua vida na reconciliação do gênero humano, tarefa que os discípulos devem
continuar (cf. Mt 5,9). A partida de Jesus é para o Pai, mas a sua ausência não
será sentida como abandono, já que, pelo Espírito Santo, estará sempre presente
(cf. Mt 28,20). O retorno de Jesus ao Pai deveria ser motivo de alegria para o
discípulo, uma vez que faz parte do desígnio de Deus. A paixão e morte de
Jesus, que são obra de Satanás, “chefe deste mundo” (v. 30), não devem afligir
os discípulos, pois a vitória de Jesus é certa. Depois da ressurreição, a
vitória de Jesus Cristo sobre o mal e a morte será o conteúdo específico da
pregação cristã. A entrega de Jesus será para o mundo o testemunho de seu amor
e da sua comunhão com o Pai.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, confirma em mim o dom da paz recebida
de teu Filho Jesus, de forma que, revestido desta fortaleza, eu possa caminhar,
sem medo, ao teu encontro.
Vivendo a Palavra
A Paz de Cristo não é a paz que o mundo oferece.
É importante que nos lembremos disso para escolhermos nosso caminho. Nós estamos
seguindo a Jesus de Nazaré, ou aos nossos instintos, ansiosos por mais poder,
dinheiro e prazeres? Jesus prometeu e cumpre: Ele está no meio de nós. Façamos
nossa opção por segui-lo.
Reflexão
No Evangelho de hoje, Jesus nos mostra um dos
aspectos mais importantes do amor que é o desejo do bem maior para o outro. O
mundo nos apresenta uma falsa idéia de amor que é o amor possessivo: quando
amamos uma pessoa, queremos que ela esteja constantemente ao nosso lado porque
assim somos felizes. Na verdade estamos pensando na nossa felicidade e não na
da pessoa amada. Jesus diz: "Se me amasseis, ficaríeis alegres porque vou
para o Pai, pois o Pai é maior do que eu". Assim, de fato, somos nós, uma
vez que nos entristecemos quando a felicidade maior do outro não é como
gostaríamos que fosse. Na verdade, confundimos paixão e sentimentalismo com
amor verdadeiro.
Recadinho
Você
colabora para que haja paz onde vive (família, trabalho, sociedade...)? - Você
procura aproximar-se quando nota que há alguém precisando de sua presença, sua
palavra amiga? - Você transmite esperança e paz de Deus? - Você aproveita sempre
as ocasiões de transmitir uma mensagem de paz? - Reza pela paz?
Padre Geraldo
Rodrigues, C.Ss.R
Comentário do Evangelho
A ALEGRIA DA
PARTIDA
Jesus procurou evitar que sua partida para
junto do Pai, a sua morte, fosse motivo de perturbação para os seus discípulos.
Na perspectiva deles, isto resultaria na perda de um amigo querido, com quem
haviam estabelecido um relacionamento de profunda confiança.
Não
era isso, porém, que preocupava Jesus. No seu horizonte, despontava a ação
malévola do Príncipe deste mundo, cuja ação enganadora visaria desviar os
discípulos do caminho do Mestre, causando-lhes toda sorte de dificuldades. De
fato, a perspectiva de perseguição não deixava de ser preocupante. Se os
discípulos tivessem consciência do que isto significava, teriam mais razão
ainda para entristecer-se e perturbar-se.
Apesar
da incerteza do futuro, os discípulos deveriam alegrar-se. Ao partir, Jesus os
precederia no caminho que todos haveriam de trilhar também. E, na casa do Pai,
lhes prepararia um lugar.
A
partida de Jesus era inevitável e inadiável. Sua permanência terrena junto aos
seus não podia prolongar-se indefinidamente. Uma vez concluída sua missão
terrena, era hora de começar sua missão celeste. Aos discípulos caberia levar
adiante a missão do Mestre. A compreensão disto deveria afastar deles todo medo
e toda tristeza. Embora sendo uma dura experiência, os discípulos tinham
motivos para se alegrar com a partida de Jesus.
Oração
Espírito de segurança, que
a ausência física de Jesus não me deixe perturbado, e sim, seja motivo de
alegria, para mim, porque sei que ele nos precedeu junto do Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que, pela
ressurreição de Cristo, nos renovais para a vida eterna, dai ao vosso povo
constância na fé e na esperança, para que jamais duvide das vossas promessas.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
http://www.domtotal.com/religiao/meu_dia_com_deus/evangelho_dia.php?data=2014-5-20
REFLEXÕES DE HOJE
REFLEXÕES DE HOJE
DIA 20 DE
MAIO – TERÇA
HOMILIA
DEIXO-VOS A MINHA
PAZ
Chegou à hora do Príncipe da Paz
partir para o seio do Seu Pai. E não querendo deixar seus melhor amigos em
conflito, em guerra rompe o silencia provocado pelo medo da solidão que seria
provada pela sua ausência. Então se levanta e pronuncia as benditas palavras:
Deixo com vocês a paz. É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o
mundo a dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo.
Trata-se aqui do discurso da
despedida. O mestre sabia que tinha chegado a hora de sair deste mundo. E por
isso, não queria partir sem dar sossego, calma, segurança, tranquilidade,
amparo, conforto, prosperidade, vitória em fim garantia de vida plena.
O mestre faz uma clara declaração da
sua personalidade. Ele é, por natureza, comunicador de paz. Sem dúvida, não
estamos às voltas com uma espécie de paz intimista e sentimental. A paz de
Jesus é muito mais do que isto! Ele é O Príncipe da Paz.
A paz é um dom de Jesus para seus
discípulos, em vista do testemunho que são chamados a dar. Ela visa à ação. Por
isso, não pode reduzir-se ao nível do sentimento. A paz de Jesus tem como
efeito banir do coração dos discípulos todo e qualquer resquício de perturbação
ou de temor que leva ao imobilismo. Possuindo o dom da paz, eles deveriam
manter-se imperturbáveis, sem se deixar intimidar diante das dificuldades.
Assim pensada, a paz de Jesus
consiste numa força divina que não deixa que os discípulos rompam a comunhão
com o Mestre. É Jesus mesmo, presente na vida dos discípulos, sustentando-lhes
a caminhada, sempre dispostos a seguir adiante com alegria, rumo à casa do Pai,
apesar das adversidades que deverão enfrentar.
A paz do mundo é bem outra coisa. A
paz do mundo é falsa e enganosa, coexistindo com a perturbação e o medo. A paz
do mundo é a ausência de discordâncias, questionamentos ou conflitos, vigorando
a submissão geral à ordem imposta pelo poder.
Encontra-se na fuga e na alienação
dos problemas da vida. Leva o discípulo a cruzar os braços, numa confiança
ingênua em Deus do qual tudo espera, sem exigir colaboração. Neste sentido ela
é uma paz que conduz à morte!
O discípulo sensato rejeita a paz
oferecida pelo mundo para acolher aquela que Jesus oferece. Pois eles sabem que
só a paz de Jesus desfaz a paz que o mundo e os seus homens podem oferecer.
A paz de Jesus é a paz que é fruto da
prática libertadora, fraterna, solidária, restauradora da vida e da dignidade
dos homens e mulheres. É a paz do reencontrar a vida na união de vontade com o
Pai.
Jesus Príncipe da Paz dá-me a
constância na fé e na esperança para que jamais duvide das vossas promessas.
Deixo-vos a minha Paz. Sim Senhor
Jesus eu dá-me a graça e a força para que no meu dia a dia eu a começar por
hoje e agora eu tome posse da vossa Paz. Paz que me tranquiliza a alma e me
faça em tudo mais do que vencedor porque Tu estás comigo e em mim.
Fonte Canção Nova
HOMILIA
Que vivamos no mundo a
profundidade da paz do Senhor
A paz do Senhor nos ajuda a viver em meio aos conflitos, à violência e às tribulações da nossa vida cotidiana, sem jamais desanimar!
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo.
Não se perturbe nem se intimide o vosso coração.” (João 14, 27)
O Mestre Jesus deseja, hoje, nos batizar na Sua paz, deseja que
o nosso coração esteja imerso na paz que vem do coração de Deus. E todos nós
sabemos o quanto necessitamos da paz; paz de consciência, paz no coração,
porque, quando não temos a paz, a perturbação toma conta de nós, os conflitos
invadem a nossa alma, o nosso coração e as nossas relações uns com os outros.
Algumas vezes, nos escandalizamos com as constantes guerras que há
em todas as partes do mundo, e não percebemos o quanto essas guerras começam no
coração de cada um de nós. Quando estamos
inflamados e incitados pelo mal, que há dentro de nós, ele promove guerra. O
mal, que está em nós, provoca calamidades, disputas, competições e rivalidades
dentro de nossas casas, de nossas famílias e dos nossos grupos. E dentro do
nosso interior, quando perdemos a paz, não conseguimos ficar bem e acabamos
vencidos a cada momento por nossos próprios conflitos interiores.
Por isso o Mestre hoje
quer nos encher da Sua paz; e não é a paz dissimulada que o mundo dá,
não! É uma paz que vem do mais profundo do coração de Deus, a qual não
permite que o nosso coração seja perturbado nem intimidado.
Essa paz nos ajuda
a viver em meio aos conflitos, em meio à violência, em meio às tribulações da
nossa vida cotidiana sem jamais desanimar.
Da maneira que se
encontra o seu coração hoje, que ele seja visitado por Deus, que ele seja
envolvido pelo amor misericordioso do Senhor, que nos enche com a Sua paz, que
nos inflama com Sua paz, que nos dá a Sua paz mais profunda, para sermos no
mundo mais do que vencedores, para vivermos no mundo a profundidade do
Reino de Deus!
Que a paz do Senhor,
hoje, venha ao seu coração, à sua casa e à sua família!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
LEITURA ORANTE
Jo 14,27-31a - Onde encontrar a paz?
Inicio minha oração, em sintonia com
todos que fazem este momento de oração,
cantando ou rezando:
"Deus não está longe de cada um de nós
Nele vivemos, nos movemos e existimos". (At 17,27b,28)
(CD Palavras Sagradas do Apóstolo Paulo, faixa 6)
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto Jo 14,27-31a e observo as palavras de
Jesus.
Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que eu a
dou. Não se perturbe, nem se atemorize o vosso coração. Ouvistes o que eu vos
disse: 'Eu vou, mas voltarei a vós'. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque
vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. Disse-vos isso agora, antes que
aconteça, para que, quando acontecer, creiais. Já não falarei mais convosco,
pois vem o chefe deste mundo. Ele não pode nada contra mim. Mas é preciso que o
mundo saiba que eu amo o Pai e faço como o Pai mandou."
Jesus está se despedindo dos discípulos. Ele oferece a paz e lhes dá ânimo: não
é preciso se afligir, nem ter medo. Anuncia a alegria, resultado da vitória. O
que Jesus quer que o mundo saiba é que ele ama o Pai e faz o que ele manda. A
paz de Jesus é diferente da paz do mundo que é baseada na injustiça. Ao
contrário, é baseada na justiça e no amor. A paz que o mundo dá, prescinde de
Deus. Não só desconsidera a pessoa, mas a explora e mata. A paz de Jesus tem em
vista um mundo mais fraterno.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Onde fundamento a minha paz?
A minha paz vem de Deus?
Os projetos de paz do
mundo em que vivo propõem a paz de Jesus?
A paz sempre comunica alegria. E é
desta alegria que falaram os bispos em Aparecida:
"Desejamos que
a alegria que recebemos no encontro com Jesus Cristo, a quem reconhecemos como
o Filho de Deus encarnado e redentor, chegue a todos os homens e mulheres
feridos pelas adversidades; desejamos que a alegria da boa nova do Reino de
Deus, de Jesus Cristo vencedor do pecado e da morte, chegue a todos quantos
jazem à beira do caminho, pedindo esmola e compaixão (cf. Lc 10,29-37;
18,25-43). A alegria do discípulo é antídoto frente a um mundo atemorizado pelo
futuro e agoniado pela violência e pelo ódio. A alegria do discípulo não é um
sentimento de bem-estar egoísta, mas uma certeza que brota da fé, que serena o
coração e capacita para anunciar a boa nova do amor de Deus. Conhecer a Jesus é
o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o
melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e
obras é nossa alegria." (DAp 29)
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, e concluo com a Oração de
Dom Pedro Casaldáliga:
Senhor,
Dá-nos a paz que se faz!
Senhor, quando te pedimos paz, devolve-nos o pedido, que é fácil pedir sem
dar...
Ensina-nos a passar da tolerância ao amor;
de sermos notas dispersas a sermos uma canção.
Quando entregamos as armas,
ajuda-nos a entregar também, abertas, as almas,
que a paz apenas sem guerra é pouca paz para nós.
Necessitamos da terra com casa, trabalho e pão,
contigo no coração, com todos os povos,
juntos, forjando o novo amanhã.
Dá-nos a paz que se faz!
Dá-nos a paz que se dá!
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.
4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
O meu novo olhar é de paz, da paz que vem de
Deus, oferecida por Jesus Cristo.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp
Oração
Final
Pai Santo, faze de nós fontes de Paz – da tua Paz! Que o
mundo sinta a nossa alegria de viver como manifestação da tua Presença de Pai
que também é Mãe e, assim, descubra que o Reino de Amor, que um dia
alcançaremos em plenitude, já apresenta seus sinais desde agora. Por Jesus
Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
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