Vaticano,
13 Mar. 14 / 11:46 am (ACI).- Neste primeiro ano
de Pontificado do Papa Francisco, celebrado nesta quinta-feira, 13, o Diretor
da Sala de Imprensa do Vaticano, o Padre Federico Lombardi, partilhou algumas
reflexões e recordações dos principais momentos deste primeiro ano do Papa
argentino, destacando sua proximidade e profundidade de reflexão sobre o amor
de Deus por todo ser humano.
“A
recordação principal deste primeiro ano é sem dúvida a grande atenção, a grande atração das
pessoas – digo das pessoas para não dizer só católicos praticantes, mas todas
as pessoas deste mundo - a grande atenção a este Papa, à sua mensagem”, disse o
sacerdote à Rádio Vaticano.
“É
algo que eu penso e espero se tenha enraizado muito profundamente nos corações
das pessoas, que se sentiram tocadas por uma palavra de amor, de atenção, de
misericórdia, de proximidade, e que através de um homem, o Papa, é o próprio
amor de Deus que chega”, enfatizou.
“Gostaria
de recordar um certo número de episódios, que foram para mim particularmente
tocantes este ano. Claro que a primeira aparição na Varanda da Basílica de São
Pedro, com tudo o que recordamos e o que representou, é inesquecível. Depois,
eu recordo o lava-pés dos jovens na prisão, Quinta-feira Santa, durante a
tarde. Lembro-me da viagem a Lampedusa, com a sua grande intensidade de
proximidade às pessoas mais esquecidas e abandonadas e àqueles que morreram na
viagem da esperança e dor, em busca de um futuro melhor”, partilhou o porta-voz
do Vaticano.
Falando
da Jornada Mundial da Juventude no Rio em julho de 2013, poucos meses depois de
sua eleição, o Pe. Lombardi destacou o evento como “o grande encontro da
juventude do mundo, em particular da América Latina, com o Papa no seu
continente”.
“Lembro-me
de Assis. Lembro-me do documento programático - por assim dizer - a Exortação
Apostólica Evangelii Gaudium, no qual temos realmente o coração do Papa
articulado de uma forma muito clara, muito ampla, como programa do seu Pontificado
e o Consistório de fevereiro. Estas etapas dizem-nos o quanto foi intenso este
ano e quantos aspetos foram tocados, quantos encontros ocorreram”, disse Pe.
Lombardi a RV.
“A Igreja parece-me verdadeiramente um povo em
caminho. Esta é a maior característica: uma sensação de grande dinamismo. O
Papa deu um grande impulso e caminha com uma Igreja que busca a vontade de
Deus, que busca a sua missão no mundo de hoje, para o bem de todos, caminhando
realmente na direção das periferias, na direção dos confins do mundo”.
“Papa
-prosseguiu- falou muitas vezes dos pastores que estão à frente, dentro e atrás
do rebanho, para ajudá-los a caminhar, a encontrar o seu caminho. Parece-me que
ele seja realmente assim e convida também toda a Igreja a caminhar. Há uma
forte sensação de dinamismo, que se sente em particular no itinerário sinodal,
este longo caminho de dois anos, em que a Igreja reflete sobre um ponto central
da experiência humana e cristã, que é precisamente a família".
“Portanto,
ele conseguiu fazer entender que o interesse de Deus, o seu olhar, é para todas
as suas criaturas, para todas as pessoas do mundo e ninguém é esquecido. Este é
um ponto extremamente importante e não foi o Papa Francisco que o inventou
obviamente. Ele conseguiu, porém, dar um sentido muito forte e muitas pessoas
entenderam isso”, concluiu.
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