sábado, 30 de novembro de 2013

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 30/11/2013

30 de Novembro de 2013

Ano C


Mt 4,18-22

Comentário do Evangelho

é preciso desapego para seguir o Senhor.

O relato do chamado dos quatro primeiros discípulos apresenta a participação destes na missão de Jesus. A iniciativa é de Jesus, que caminha à beira do mar da Galileia (cf. v. 18). Se o chamado, iniciativa de Jesus, é feito no presente, “segui-me”, a missão é dita para o futuro: “... farei de vós pescadores de homens”. Entre um e outro há o discipulado, tempo do aprendizado, da escuta, do exercício da liberdade interior, pois é preciso desapego para seguir o Senhor; é preciso deixar os laços com as coisas e os afetivos (“deixaram as redes e o seguiram”; “Deixando imediatamente o barco e o pai [Zebedeu], eles o seguiram”).
Carlos Alberto Contieri,sj
ORAÇÃO
Pai, dá-me forças para ser verdadeiro companheiro na missão de seu Filho Jesus, mesmo devendo sofrer perseguições e contrariedades.

Vivendo a Palavra

André ouviu e atendeu o chamado de Jesus. Lembrarmos dele deve nos levar a um profundo exame: será que estamos respondendo o convite que nos foi feito pelo Senhor? A bela observação evangélica «Como são belos os pés daqueles que anunciam boas notícias!» pode ser aplicada a nós?

Reflexão

No nosso dia a dia devemos estar sempre atentos à presença de Jesus que se aproxima de nós e nos chama para o serviço do Reino. Esta aproximação acontece principalmente a partir dos apelos que chegam até nós nos sofrimentos, nas dores, nas necessidades não satisfeitas, na fome, na miséria, na culpa, na falta de fé, no desconhecimento de Deus, na falta de sentido de vida, na violência, enfim, em tudo o que exige de nós uma resposta de amor, que é o fundamento de todo apostolado, de todo seguimento de Jesus. Deixando tudo o que estamos fazendo, devemos ser a resposta viva de Deus para todos esses apelos.

Recadinho


Jesus chama seus primeiros discípulos. Para que Deus me chamou, deu-me o dom da vida? - Minha vida é servir? Como sirvo? - Cada um recebe um chamado de Deus. Qual é o meu? - Sinto-me realizado e feliz naquilo a que me dedico? - Será que entendo realmente a mensagem de Deus que me deu o grande dom da vida?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R

REFLEXÕES DE HOJE


29 DE NOVEMBRO - SEXTA


Liturgia comentada

Pescadores de homens... Mt 4,
18-22
Muitas vezes, quem andou pelas estradas da vida um tanto alheio à voz de Deus e, inesperadamente, é envolvido por sua luz, pode ter a ilusão de que sua vida pregressa foi tempo perdido. Não foi. Nada se perde em nossa vida.
Vejam só o caso do apóstolo André. Juntamente com Simão Pedro, seu irmão, passara longos anos na rude faina de pescador. Sua velha barca, aquelas redes cansadas (cf. Mt 4, 21), o Lago de Tiberíades tantas vezes sem peixes (cf. Lc 5, 5; Jo 20, 3), o risco das tempestades (cf. Lc 8, 23) – tudo lhe serviria de treinamento para a futura missão.
De fato, de um pescador se exigem virtudes muito especiais. Paciência, quando o peixe é arisco. Determinação, para insistir na pesca. Coragem, para enfrentar os elementos. Fibra, para suportar o sol, o vento, os insetos. Gente mole não costuma se dedicar à pesca...
Ora, a futura tarefa de evangelizar e “pescar homens” para Deus iría exigir de André e seus companheiros exatamente aquelas virtudes. É que os homens podem ser mais ariscos que os peixes. Custam a morder a isca. Preferem remexer no lodo do fundo. Preferem a vida errante, sem compromissos. O evangelizador passará noites em claro, seguirá por rotas perigosas e, não raro, voltará de mãos vazias. No caso de André, o Apóstolo não se abalaria com nada disso. Afinal, já tinha experiência anterior. Estava calejado, sem sonhos românticos e sem falsas ilusões...
Em nosso caso, trazemos a experiência de família, da escola, do trabalho – e nada disso se perde quando vem a hora de anunciar ao mundo o Evangelho de Jesus. Cada um com seu dom, eis a Comunidade evangelizadora em sua missão. Porteiros e auxiliares da limpeza, músicos e pregadores, administradores e conselheiros, todos somam habilidades e serviços para o Reino de Deus. E quanto mais essa cooperação se efetivar no amor, tanto mais farta será a pescaria, tanto mais fértil a colheita. E poderemos voltar os olhos para o passado, mesmo ali onde abundou o pecado, e dar a graças a Deus que nos chamou ao seu serviço.
Enfim, como escreveu Jean Vanier, o fundador da Comunidade da Arca, “nós não somos chamados a fazer coisas extraordinárias, e sim coisas ordinárias, porém, com um amor extraordinário”.
Orai sem cessar: “Eis que vim para fazer a tua vontade.” (Hb 10, 9)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br

Reflexão

No nosso dia a dia devemos estar sempre atentos à presença de Jesus que se aproxima de nós e nos chama para o serviço do Reino. Esta aproximação acontece principalmente a partir dos apelos que chegam até nós nos sofrimentos, nas dores, nas necessidades não satisfeitas, na fome, na miséria, na culpa, na falta de fé, no desconhecimento de Deus, na falta de sentido de vida, na violência, enfim, em tudo o que exige de nós uma resposta de amor, que é o fundamento de todo apostolado, de todo seguimento de Jesus. Deixando tudo o que estamos fazendo, devemos ser a resposta viva de Deus para todos esses apelos.


HOMILIA
VOCAÇÃO DE TODOS Mt 4,18-22

O Evangelho de hoje fala do chamado dos primeiros discípulos. Em primeiro lugar, sublinhamos o fato de Jesus buscar as pessoas para acompanhá-lo ou para trabalhar com ele. Ele vai a busca de simples pescadores, pois o que importa para Jesus não é preparo científico e títulos acadêmicos dos seus seguidores, mas que eles tenham fé e amor no coração. Porque aquele que prega ou profetiza por ordem de Cristo, não precisa demonstrar nada: só testemunhar a verdade do amor de Deus e a certeza da ressurreição do Senhor.
Em segundo lugar, a vocação dos primeiros discípulos acontece “junto ao mar da Galiléia”.  “O mar da Galiléia” é o lugar no qual vive o povo da Galiléia e ali trabalha. Isto quer nos dizer que o chamado não é feito num ambiente religioso particular, mas aí onde as pessoas verdadeiramente vivem, na sua vida cotidiana. Jesus procura e encontra o povo em sua própria situação concreta. Jesus apresenta a cada um o convite de segui-lo ali onde se encontra, numa situação comum, honesta e honrada como aquela dos primeiros discípulos ou então, numa situação desonrada e moralmente difícil como aquela do cobrador de impostos (Mt 9,9). Jesus vai de um ao outro e os chama.  Neste chamamento sublinha-se o aspecto pessoal. Jesus se aproxima de cada um, fala e o chama. Da mesma maneira Jesus se aproxima de todas as pessoas, e ali onde ele está, lhe faz ouvir aquela palavra de esperança e de confiança que é o chamado a segui-lo.
Em terceiro lugar, Jesus os chama para “segui-lo”.  “Seguir” significa ir atrás de alguém, pisando nas suas pecadas, percorrer o seu caminho e, portanto, pede, sobretudo, uma imensa confiança Nele. Seguir Jesus não é só aceitar sua doutrina, mas entregar-se incondicionalmente à sua pessoa, colaborar na sua missão, partilhar do seu destino que inclui a morte e glorificação. Seguir Jesus, por isso, supõe o abandono confiante Nele, isto é, uma confiança total, doação completa à pessoa de Jesus.  O seguimento de Jesus exige, portanto, urgência, desacomodação diante da situação existente e opção por uma nova forma de ver as coisas e uma prática transformadora. Tudo isto é necessário para percorrer o caminho em direção ao conhecimento do mistério de Jesus.
Em quarto lugar, eles são chamados para ser “pescadores de homens”. A tradicional expressão “pescadores de homens”, que indica a atividade missionária dos discípulos de Jesus, significa não apenas atrair pessoas para a causa do Reino de Deus, mas possui também um matiz de julgamento profético, como o mostra Jeremias em 16,16. A imagem da pesca na tradição bíblica servia para indicar o juízo último de Deus (Jr 16,16; Hab 1,15-17). Nesta linha devemos entender também a parábola da pesca onde se lança a rede na água (Mt 13,45-50). Em outras palavras, a tarefa dos discípulos é a de preparar a humanidade para o acontecimento final. Dentro desta linha de pensamento percebe-se o conteúdo da pregação de Jesus: o anúncio do Reino e com o apelo à conversão (Mt 4,17).
Em quinto lugar, Os discípulos “imediatamente deixaram as redes e foram com Ele”.  O atrativo da chamada de Jesus é irresistível e os fazem capazes de renunciar à sua família e ao seu trabalho para seguir Jesus. Esta ruptura com a própria família tinha umas implicações muito distintas às que têm hoje o abandono do lar familiar. Não era somente nem principalmente uma ruptura afetiva, e sim uma ruptura com todas as seguranças. A casa e a família eram, até então, o grupo de apoio mais sólido desde o ponto de vista social e econômico.
Ao deixar sua família e sua casa, aqueles discípulos fizeram uma opção muito radical: deixaram verdadeiramente tudo para seguir Jesus (cf. Mt 19,27-29). Através da pronta resposta dos discípulos ao convite de Jesus, Mateus propõe um exemplo da conversão radical que a chegada do Reino exige (Mt 4,17) e apresenta aos principais destinatários dos ensinamentos e sinais de Jesus.
Olhando para a vocação dos quatro primeiros discípulos, vamos nos perguntar: em primeiro lugar, o que significa para você “eles imediatamente deixaram as redes, a barca e o pai e seguiram Jesus”? O que representa para você “a barca” e “rede” na sua vida? Você prefere remar sua própria barca ou quer entrar na barca de Jesus?
Jesus não permite os adiamentos, pois com Ele tudo tem que ser “imediatamente” (Mt 8,21s). Nossa primeira vocação é o nosso chamado para sermos seres humanos, pessoas humanas; o resto são formas e caminhos. Enquanto você não tiver planejado sua vida como um benefício para os outros, não terá sentido que você pergunte por sua vocação. Na sua opção vocacional, não procure quem o exima de sua liberdade e de sua responsabilidade. Ninguém deve nem pode escolher e decidir por você. Não acreditamos que Deus se antecipe escolhendo por você; mas acreditamos que se compromete e escolhe com você quando você faz isso séria e livremente.
Pai, dá-me forças para ser verdadeiro companheiro na missão de seu Filho Jesus, mesmo devendo sofrer perseguições e contrariedades.
Fonte Homilia: Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Convide outros para que conheçam o Senhor
Convide os seus, convide outros para que conheçam o Senhor, para que se tornem conhecidos pelo Senhor, e você será uma mão de Deus para o seu irmão.
“Jesus disse a eles: ‘Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens’. Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram” (Mt 4,19-20).
Amados irmãos e irmãs no Senhor, nós celebramos, hoje, o dia do apóstolo Santo André, irmão de Simão Pedro. Os dois estavam trabalhando quando foram chamados pelo Senhor para o seguimento d’Ele. E deixaram imediatamente tudo para O seguirem e viverem a vida do Mestre.
Ainda que o Evangelho de hoje nos aponte os dois, Simão e André, chegando juntos para seguir o Senhor, é importante lembrar que, em outro relato do Evangelho, é André quem encontra primeiro o Messias e fica encantado com ele. Ele vê que Jesus é, de fato, o Senhor e ele quer realmente segui-­Lo.
O que André faz? Ele vai atrás de seu irmão Simão e diz: “Encontramos o Messias, encontramos o Senhor, vamos ao seu encontro!”. É André quem pega Simão pela mão, para que ele também vá ao encontro do Senhor. André é aquele que leva e que conduz o irmão para seguir Jesus.
Na vida de todos nós temos também “Andrés” que foram importantes, que nos levaram, que nos conduziram, para que nós também conhecêssemos Jesus. O primeiro “André” que eu tive foi minha mãe, que me levou à igreja, que me colocou no caminho. Foi ela quem me chamou, quem me importunou e me disse que Jesus era o Messias. Foi assim que comecei a seguir o Senhor.
Na sua vida, quem foi o “André” que lhe apresentou Jesus? Quem foi o “André” que lhe apontou a direção e o Messias como o Senhor da vida? E você? Tem sido um “André” na vida de alguém? Você tem mostrado para outros irmãos, seja da sua casa, seja da sua família ou do seu emprego, onde quer que você se encontre, querido irmão, que Jesus é o Senhor?
Hoje, eu proponho a você este desafio: pegue o outro pela mão e diga: “Encontramos o Messias!”. Leve-o à igreja, vá à casa de alguém que há muito tempo não vai à igreja, ofereça-lhe uma carona e convide-o a ir à igreja. Tem convite para festa, para churrasco; tem convite para tudo, falta­-nos a ousadia que Santo André teve.
Convide os seus e os outros para que eles também conheçam o Senhor e para que se tornem conhecidos pelo Senhor, e você será uma mão de Deus para o seu irmão. Que Santo André interceda por nós!

Que Deus o abençoe.

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
LEITURA ORANTE

Mt 4,18-22 - O chamado dos primeiros discípulos: Pedro e André



Hoje é dia de Santo André, apóstolo.
O tema do Evangelho é o chamado.
Formamos uma rede de comunicação 
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que circulam por este
ambiente
virtual. Rezamos em sintonia com a
 
Santíssima Trindade.
 
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 4,18-22.
Jesus estava andando pela beira do lago da Galiléia quando viu dois irmãos que eram pescadores: Simão, também chamado de Pedro, e André. Eles estavam no lago, pescando com redes. Jesus lhes disse: 
- Venham comigo, que eu ensinarei vocês a pescar gente.
 
Então eles largaram logo as redes e foram com Jesus.
 
Um pouco mais adiante Jesus viu outros dois irmãos, Tiago e João, filhos de Zebedeu. Eles estavam no barco junto com o pai, consertando as redes. Jesus chamou os dois, e, no mesmo instante, eles deixaram o pai e o barco e foram com ele.

Jesus chama os primeiros discípulos: Pedro e André. Depois, chama outros dois irmãos: Tiago e João. Estes deixam sua profissão de pescadores, deixam família, deixam suas seguranças e abraçam o Projeto de Jesus: o compromisso de “pescadores de gente”.
O convite de Jesus é para todos os que ouvem a sua Palavra.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Os bispos, em Aparecida, reconheceram a vocação como dom de Deus: “A própria vocação, a própria liberdade e a própria originalidade são dons de Deus para a plenitude e a serviço do mundo." (DAp 111).
E eu me interrogo:
sendo eu, membro vivo da Igreja, como vivo minha vocação à plenitude a serviço do mundo?
(Pausa, e, se quiser, partilha em grupo).

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração
Jesus, Divino Mestre,
Nós vos adoramos, Verbo feito carne, enviado pelo Pai,
para ensinar às pessoas a verdade que dá a vida..
Sois a verdade incriada, o único Mestre.
“Somente vós tendes palavras de vida eterna”.
Nós vos louvamos e agradecemos porque
nos concedestes a luz da inteligência e da fé e
nos chamastes à luz da glória.
Nós cremos e abrimos nossa inteligência e todo o nosso ser
para aceitar e viver a vossa palavra e tudo o que nos ensinais
por meio da Igreja..
Mostrai-nos, ó Senhor e Mestre, os tesouros da vossa sabedoria.
Fazei que conheçamos o Pai e sejamos vossos discípulos autênticos.
Aumentai nossa fé, para que vos possamos contemplar eternamente no céu.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Sinto-me discípulo/a de Jesus.
Meu olhar deste dia será iluminado certeza de que faço parte do Reino de Cristo, e como tal, participo da vida da Igreja.

Bênção Bíblica

O Senhor o abençoe e guarde! 
O Senhor lhe mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de você!
 
O Senhor lhe mostre seu rosto e lhe conceda a paz!'
 
(Nm 6,24-27).

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp

Oração Final
Pai Santo, mantém o nosso encantamento pelo teu Reino de Amor. Que chegar a ele seja a razão do nosso caminhar; habitar nele, o nosso desejo mais profundo; comunicá-lo aos irmãos, o objetivo do nosso testemunho nesta vida. Nós te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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