São Francisco
Borja (ou Bórgia)
1510-1572
Típico exemplo da nobreza
espanhola, gentil e refinado, generoso e empreendedor, Francisco de Borja,
bisneto do papa Alexandre VI e de Fernando II de Aragão, resume em seus 62 anos
de vida o contraditório mundo quinhentista — luzes e sombras de onde emergem
figuras de grandes santos, numa época de violentas contestações também no campo
religioso.
Primogênito de João de Borja, duque de Gandia
(Valência), Francisco formou-se na corte de Carlos V, que o adornou do título
de marquês aos 20 anos. No ano anterior havia-se casado: um casamento feliz,
alegrado por oito filhos em dez anos.
Da prematura morte da mulher e imperatriz,
Francisco deduziu o sentido da caducidade de tudo e decidiu dedicar-se ao
serviço de um Senhor “que nunca pudesse morrer”. Exerceu por quatro anos o
cargo de governador da Catalunha, embora secretamente votado à vida religiosa.
A alta posição que ocupava permitiu-lhe nesse tempo estabelecer os filhos.
O encontro com o jesuíta Pedro Fabro foi
determinante. Em 1546 fechou definitivamente a porta às honras mundanas e,
demitindo-se dos altos cargos, depois de haver feito os exercícios espirituais,
emitiu voto de castidade, empenhando-se com outro voto a ingressar na Companhia
de Jesus. E o fez, de modo efetivo, em 1548 e, oficialmente, dois anos depois.
Nesse meio-tempo renunciara ao ducado de Gandia.
Em Roma foi acolhido pelo próprio santo Inácio de Loyola, e a 26 de maio de
1551 celebrou a primeira missa.
As honrarias — que o haviam perseguido desde a juventude
na corte da Espanha — continuaram a persegui-lo também na vida religiosa, a tal
ponto que Francisco se apressou em emitir todos os votos da Companhia de Jesus,
dos quais um veta a aceitação de dignidades eclesiásticas.
Apenas soube que o imperador Carlos V propusera
seu nome ao papa para a púrpura cardinalícia. Mas não pôde subtrair-se, em
1555, à eleição ao mais alto cargo no seio da companhia, cujo capítulo o elegeu
geral. Francisco exerceu esse cargo até a morte, que o colheu em Ferrara. Foi
canonizado em 1671.
São Francisco Borja (ou Bórgia) | |
Nascimento | 28 de outubro de 1510 |
Local nascimento | Gandia (Valência) |
Ordem | Jesuíta (Confessor) |
Local vida | Roma |
Espiritualidade | Pertencia a uma das famílias mais nobres da Espanha. Era duque de Gandia, sobrinho do papa Alexandre VI e do rei católico Fernando II de Aragão e de Castela, exerceu elevadas funções de vice-rei da Catalunha. Casou-se aos 19 anos de idade e foi pai de oito filhos. Certa vez recebeu a incumbência de acompanhar o transporte do cadáver da imperatriz Isabel, que falecera em Toledo, ao local onde se daria o sepultamento. O transporte foi longo, demorando 15 dias até chegar em Granada. No momento de sepultar a imperatriz, exigia-se que fosse aberto o caixão para que cadáver fosse reconhecido. Isabel, que fora admirada por sua deslumbrante beleza, estava reduzida a podridão. Diante daquela cena chocante, Francisco foi tocado pela graça: compreendeu a ilusão de toda a glória mundana, e decidiu que se algum dia enviuvasse, consagraria sua vida inteiramente a Deus. E isso aconteceu: tornou-se viúvo de Eleonora aos 40 anos de idade. Em 1546, renunciando a todos os seus títulos e bens, ingressou na Companhia de Jesus como filho espiritual de Santo Inácio de Loyola, tornando-se, depois, superior geral dessa família religiosa. |
Local morte | Roma |
Morte | No ano de 1572 |
Fonte informação | O Livro dos Santos |
Oração | Dai-nos, Senhor, por vossa imensa misericórdia, a graça da perseverança e da constância nas coisas do alto. Por Cristo, nosso Senhor, amém. São Francisco Borja, rogai por nós. |
Devoção | Aos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola |
Padroeiro | Dos pais |
Outros Santos do dia | Outros santos do dia: São Paulino de York, Confessor, Maria Soledade (fund); Tomás de Vilanova (bispo); Eulâmpio e Eulânpia (virgem); (irs); Claro (bispo); Venâncio, Daniel, Samuel, Ángelo, Leão, Nicolau, Hugolino, Gereção, Alderico, Basiano, Vitor, Cássio e Florêncio (márts); Pinito, Paulino, Cerbônio (bispo); Teófilo (monge); Zacarias (conf), São Gereão.FONTE: ASJ |
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