terça-feira, 8 de outubro de 2013

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 09/10/2013

9 de Outubro de 2013

Ano C


Lc 11,1-4

Comentário do Evangelho

A oração do Pai-Nosso é o que o discípulo deve ter presente no seu relacionamento com Deus.

O modo como Jesus vive a sua vida e, em particular, a sua relação com o Pai provoca os discípulos, pois eles são chamados a se identificarem com o seu Mestre (cf. Lc 6,40; Mt 10,24-25). Constantemente, Lucas apresenta Jesus em oração (3,21; 5,16; 6,12; 9,29). Por isso, depois da sua oração, os discípulos apresentam este pedido: “... ensina-nos a orar, como também João ensinou a seus discípulos” (v. 1). O que Jesus ensina é o que, hoje, nós chamamos de Pai-Nosso. A versão de Lucas é mais breve que a de Mateus (Mt 6,9-13). Não se trata de multiplicar palavras, pois Deus nos conhece profundamente (cf. Sl 139[138]) e sabe do que necessitamos. A atitude de escuta (cf. 10,30-42) deve caracterizar a oração do discípulo. Tantas vezes nós atropelamos Deus com nossas muitas palavras e nossa ansiedade. A oração do Pai-Nosso é o que o discípulo deve ter presente no seu relacionamento com Deus: em primeiro lugar, ela exprime, da parte do discípulo, seu engajamento filial diante do Pai; depois, a súplica por questões fundamentais da vida concreta do ser humano: pão e perdão das ofensas, como nós perdoamos aos que nos ofendem; finalmente, como o mal está presente no mundo, a súplica de não cair no poder da tentação, e de não ser enredado na armadilha do mal.
Carlos Alberto Contieri,sj
ORAÇÃO
Pai, inspira-me a rezar como convém, de forma que a minha oração se expresse em gestos de solidariedade e de reconciliação, sinais inequívocos de minha comunhão contigo.

Vivendo a Palavra

O Mestre nos ensina a buscar o essencial em nossa oração. Sem muitas palavras, de forma simples e direta, somos conduzidos pelo caminho luminoso da santificação do Nome do Pai; do desejo de que o seu Reino venha a nós; do compromisso de sermos agradecidos pelo pão de cada dia e de perdoarmos sempre os nossos irmãos. Uma norma de vida!

Reflexão

Jesus ensinou seus discípulos a rezar, mas isso não quer dizer que Jesus os ensinou a decorar um monte de palavras e a imitarem papagaio, repetindo as palavras que aprenderam. A oração era uma prática constante da vida de Jesus, e muito mais importante do que as palavras que os discípulos deveriam dizer é imitar a atitude de encontro filial de Jesus com o Pai e uma série de valores que deveriam ser conhecidos e experimentados, de modo que a oração expresse uma forma de vida segundo valores do Reino, como a fraternidade, a partilha, o perdão e a própria presença de Deus no coração e na vida das pessoas, e expresse também a nossa atitude filial diante de nosso Deus, que também é nosso Pai.

Meditação


Como santificamos o nome de Deus? - Pense numa parábola em que Jesus se refere ao Reino de Deus. - Quando somos perdoados de nossos pecados? - Será que realmente perdoamos nosso próximo? - E o pão nosso não falta? E o dos outros?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R

REFLEXÕES DE HOJE


09 DE OUTUBRO - QUARTA


Liturgia comentada

Pai... (Lc 11,1-4)
No dia em que a Liturgia nos recorda a oração ensinada por Jesus, o Filho, é preciso reavivar nosso chamado à filiação divina, chamando a Deus de “Pai”.
Ousados? Pode ser. Pelo menos, sempre o reconhecemos, a cada missa, quando a assembleia dos fiéis se prepara para rezar o Pai-Nosso: “instruídos pelos divinos ensinamentos, ousamos dizer”...
E pensar que, em todo o mundo, esses milhões de fiéis muçulmanos – piedosos e reverentes diante de Alá, o Único, o Verdadeiro, o Absoluto – jamais ousarão chamar a Deus de “Pai”... E pensar que, ao mesmo tempo, os filhotes dos cristãos assim o reconhecem desde os primeiros passos, ou ainda no colo da mãe que aponta e identifica: - “É o Papai do Céu”...
E é exatamente isso que nós somos: os filhos de um Pai que nos ama. Afinal, Deus é Amor (1Jo 4,8). E uma “prova” cabal e definitiva desse Amor que Ele é, foi nossa ADOÇÃO como filhos de Deus. “Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato.” (1Jo 3,1)
Não somos filhos por natureza. Somos filhos por adoção. Por natureza, ao contrário, éramos “filhos da ira divina” (Ef 2,3b). E sem merecimento – puro dom gracioso da misericórdia divina – fomos adotados como filhos num duplo movimento: 1) Jesus Cristo assume a nossa “carne” e se faz nosso irmão. 2) Recebemos em Pentecostes (e em nosso Batismo individual) o mesmo Espírito de Jesus, pelo qual nos reconhecemos filhos.
Não é o que escreve o apóstolo Paulo? “A prova de que sois filhos é que Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: ‘Abbá’, Pai!” (Gl 4,6)
E João, o evangelista das intimidades com Jesus, tem termos diferentes para distinguir a Jesus – o Filho único, o Unigênito, Filho de Deus por natureza divina – de nós outros, filhos adotivos. No seu grego, São João chama Jesus de “Hyiós”; a nós outros, chama de “tékna” (as crianças).
Mas isso em nada diminui o amor de Deus Pai por nós, seus filhos de adoção. Afinal, não entregou Deus o seu Filho “natural” à morte, para que tivéssemos a Vida, seus filhos “adotivos”?
A vida que vivemos dá testemunho de nossa filiação?
Orai sem cessar: “Tu és meu Pai, meu Deus!”” (Sl 89,27)
Texto de  Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br

http://www.nsrainha.com.br/capela/?pag=liturgia&dia=2013-10-09

Você aprendeu a se relacionar com o Pai?
Na escola de Jesus, um ensinamento fundamental é aprender a orar, a se relacionar com Deus nosso Pai.
Um dos discípulos pediu: “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos” (cf. Lc 11,1).
Na escola de Jesus, um ensinamento fundamental é aprender a orar, a se relacionar com Deus nosso Pai. Os discípulos de Jesus observaram que Ele fazia isso com muita frequência: levantava cedo e colocava-se num período longo de oração, em sintonia com Seu Pai. Fazia isso durante o dia, ao cair da tarde.
Enfim, os discípulos observaram que Jesus tinha um modo muito singular de orar. Por outro lado, eles também sabiam que João Batista tinha ensinado seus discípulos a orar. Por isso, eles fazem o pedido de que o Senhor ensine-os a rezar. Esse deve ser um pedido particular de cada um de nós.
Humildemente reconhecemos que somos fracos na oração, além de não sabermos orar como convém de uma forma agradável a nós, a Deus, a quem estamos nos relacionando. Muitas vezes fazemos da nossa oração uma coisa “pesada”, de difícil acesso entre nós e o Senhor.
Jesus, hoje, não está nos ensinando a rezar o Pai Nosso, a repetir uma fórmula de oração. Ele está nos ensinado uma fórmula de nos relacionarmos com Deus. Primeiro, chamando-o de Pai, chamando esse Pai que é de todos nós, glorificando o Seu nome, exaltando-o no céu, bendizendo, louvando e adorando esse Deus que é maravilhoso. Clamando para que o Seu Reino se faça presente no meio de nós, que nós vivamos aqui na Terra as graças reservadas aos que já participam do Reino Celeste.
Que esse Deus maravilhoso nos conceda o pão necessário, o pão para o nosso sustento. Pedimos o pão para todos, pois o mesmo Deus que é “Pai Nosso”, é o mesmo Deus que nos dá o “pão nosso”, o pão para nosso sustento, para nossa sobrevivência e o pão que vamos repartir uns com os outros.
Que Deus nos perdoe por nossos inúmeros pecados, da mesma forma que nós abrimos o nosso coração para perdoar a quem nos tem ofendido. E não podemos deixar de pedir que Ele não nos permita cair na tentação. É só Ele que pode nos segurar pela mão, e não nos permitir cair nas diversas tentações que durante o dia visitam o nosso coração.
Que a nossa relação com o Pai seja a nossa fórmula de orar de uma forma contínua em nossa vida.
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter

http://homilia.cancaonova.com/homilia/voce-aprendeu-a-se-relacionar-com-o-pai/

LEITURA ORANTE


"Venha o teu Reino"

Preparo-me para a Leitura Orante invocando, com todos os irmãos internautas,
o Espírito Santo:

Vem Santo Espírito, amor do Pai. 
Toca a minha mente, a minha vontade, o meu coração.
Abre-me à coragem da verdade. 
Dá-me a força para deixar-me tocar
e renovar profundamente por Jesus, Palavra do Pai. Amém.

1. Leitura (Verdade)
 
- O que a Palavra diz?
 
Leio atentamente, na Bíblia,  Lc 11,1-4.
Um dia Jesus estava orando num certo lugar. Quando acabou de orar, um dos seus discípulos pediu: 
- Senhor, nos ensine a orar, como João ensinou os discípulos dele. 
Jesus respondeu: 
- Quando vocês orarem, digam: 
"Pai, que todos reconheçam que o teu nome é santo. 
Venha o teu Reino. Dá-nos cada dia o alimento que precisamos. 
Perdoa os nossos pecados, pois nós também perdoamos 
todos os que nos ofendem. 
E não deixes que sejamos tentados." 

Neste texto Jesus nos ensina a orar, respondendo à solicitação dos discípulos.  Propõe uma oração breve. Mais breve que a de Mateus (Mt 6,9-15). Esta oração do Pai Nosso  traduz a experiência do povo, suas provações no deserto, o maná de cada dia, a vontade de Deus, o seu reinado. Apresenta cinco pedidos ao invés de sete. Indica a atitude que devemos assumir ao orar: não ficar repetindo fórmulas, muito menos de forma longa. E ainda, ter atitude de confiança no Pai que já sabe tudo de que necessitamos. A invocação "Pai" ilumina o restante:
- que seja respeitado o nome de Deus que é Pai;
- que venha o Reino de Deus isto é, que Deus seja quem orienta e rege a história;
- pede o alimento de cada dia; se é o pão quotidiano refere-se à nossa vida aqui; se é o pão de amanhã, refere-se à vida eterna.
- Perdoa os nossos pecados,  pois nós também perdoamos todos os que nos ofendem.
 
- E não deixes que sejamos tentados.
O perdão não depende apenas de nosso querer. É dom de Deus que ele nos oferece e que devemos acolher.
Thomas Merton diz que, assim como somos, rezamos. E diz mais: “O homem que não reza, é alguém que tentou fugir de si mesmo, porque fugiu de Deus”.

2. Meditação(Caminho) 
- O que a Palavra diz para mim?
 
Às vezes, apenas “dizemos orações”com os lábios.
Nosso coração, nossos sentimentos e pensamentos estão distantes.
 
Jesus nos ensina, de maneira muito simples, a orar:
1º Assumir a atitude de filhos e irmãos: Pai nosso.
2º Reconhecer o nome de Deus como “santo”.
3º Pedir que o Reino de Deus se instaure entre nós.
4º Dispor-nos a fazer a vontade de Deus.
5º Fazer os pedidos para o dia-a-dia: o pão, o perdão, a libertação de toda tentação e mal.
Os bispos, na V Conferência, em Aparecida, disseram: “Nos diferentes momentos da luta cotidiana, muitos recorrem a algum pequeno sinal do amor de Deus: um crucifixo, um rosário, uma vela que se acende para acompanhar um filho em sua enfermidade, um Pai Nosso recitado entre lágrimas, um olhar entranhável a uma imagem querida de Maria, um sorriso dirigido ao Céu em meio a uma simples alegria.” (DAp 261).

3. Oração (Vida)
- O que a Palavra me leva a dizer a Deus? 
Rezo agora com muita consciência e fé a Oração de Jesus: o Pai Nosso.
Pai nosso que estais no Céu,
 
santificado seja o vosso nome,
 
venha a nós o vosso reino,
 
seja feita a vossa vontade,
 
assim na terra como no Céu.
 
O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
 
perdoai-nos as nossas ofensas,
 
assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido,
 
e não nos deixeis cair em tentação,
 
mas livrai-nos do mal. Amém.

4. Contemplação(Vida/ Missão) 
- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
 
Meu novo olhar para o dia de hoje vem carregado de uma certeza:
tenho um Pai e uma multidão de irmãos.

nção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo
Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Oremos, como Jesus nos ensinou: “Pai, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Dá-nos a cada dia o pão de amanhã, e perdoa-nos os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos aqueles que nos devem; e não nos deixes cair em tentação.”

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