domingo, 16 de dezembro de 2012

Santa Adelaide - 16 de dezembro

Santa Adelaide
Século X
Narrada por santo Odilo, abade de Cluny, que conviveu com ela, a vida de santa Adelaide emociona pelos sofrimentos que passou. De rainha tornou-se prisioneira, sofreu maus-tratos e passou por diversas privações para, depois, finalmente, assumir um império. Tudo isso dentro da honestidade, vivendo uma existência piedosa, de muita humildade e extrema caridade para com os pobres e doentes. 
Nascida em 931, Adelaide era uma princesa, filha do rei da Borgonha, atual França, casado com uma princesa da Suécia. Ficou órfã de pai aos seis anos. A Corte acertou seu matrimônio com o rei Lotário, da Itália, do qual enviuvou três anos depois. Ele morreu defendendo o trono, que acabou usurpado pelo inimigo vizinho, rei Berenjário. Então, a rainha Adelaide foi mandada para a prisão. Contudo, ajudada por amigos leais, conseguiu a liberdade. Viajou para a Alemanha para pedir o apoio do imperador Oto, que, além de devolver-lhe a Corte, casou-se com ela. Assim, tornou-se a imperatriz Adelaide, caridosa, piedosa e amada pelos súditos. 

Durante anos tudo era felicidade, mas o infortúnio atingiu-a novamente. O imperador morreu e Adelaide viu-se outra vez viúva. Assumiu seu filho Oto II, que aceitava seus conselhos, governando com ponderação. Os problemas reiniciaram quando ele se casou com a princesa grega Teofânia. Como não gostava da influência da sogra sobre o marido, conseguiu fazê-lo brigar com a mãe por causa dos gastos com suas obras de caridade e as doações que fazia aos conventos e igrejas. Por isso exigiu que Adelaide deixasse o reino. 

Escorraçada, procurou abrigo em Roma, junto ao papa. Depois, passou um período na França, na Corte de seu irmão, rei da Borgonha. Mas a dor da ingratidão filial a perseguia, Viu, também, que ele reinava com injustiça, dentro do luxo, da discórdia e da leviandade, devido à má influência de Teofânia. Nessa época, foi seu diretor espiritual o abade Odilo, de Cluny. Ao mesmo tempo, o abade passou a orientar Oto II. Após dois anos de separação, arrependido, convidou a mãe a visitá-lo e pediu seu perdão. Adelaide se reconciliou com filho e a paz voltou ao reino. Entretanto o imperador morreria logo depois. 

Como o neto de Adelaide, Oto III, não tinha idade para assumir o trono, a mãe o fez. E novamente a vida de Adelaide parecia encaminhar-se para o martírio. Teofânia, agora regente, pretendia matar a sogra, que só não morreu porque Teofânia foi assassinada antes, quatro semanas depois de assumir o governo. Adelaide se tornou a imperatriz regente da Alemanha, por direito e de fato. Administrou com justiça, solidariedade e piedade. Trouxe para a Corte as duas filhas de sua maior inimiga e as educou com carinho e proteção. O seu reinado foi de obrigações políticas e religiosas muito equilibradas, distribuindo felicidade e prosperidade para o povo e paz para toda a nação. 

Nos últimos anos de vida, Adelaide foi para o Convento beneditino de Selz, na Alsácia, que ela fundara, em Strasburg. Morreu ali com oitenta e seis anos de idade, no dia 16 de dezembro de 999.

http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=16&Mes=12
http://www.catolicanet.com/?system=santododia&action=ver_santos&data=16/12

Santa Adelaide, Viúva


Sendo muito jovem contraiu matrimônio com o Lotario, rei da Itália, mas este morreu jovem ao parecer envenenado pelos que desejavam lhe tirar seu reino. A Santa ficou viúva de só 19 anos. O usurpador Berengario queria casá-la com seu filho, mas como a Santa se negou rotundamente a esta união, Berengario a colocou em uma prisão e lhe tirou todos seus poderes e títulos. O Padre Martinho, seu capelão, ficava admirado porque Santa Adelaide não se queixava nem protestava e seguia tratando a todos os carcereiros com deliciosa amabilidade e doçura já que tudo o que acontecia o aceitava como vindo das mãos de Deus. O P. Martinho conseguiu libertar a Santa e a refugiou no castelo da Canossa.
Entretanto, Berengario atacou aquele castelo e Santa Adelaide enviou a seus embaixadores para a Alemanha para pedir a ajuda de Otón, o Imperador. Logo chegou este com seu exército, derrotou e fez prisioneiro a Berengario e concedeu a liberdade à a Santa Rainha. O imperador alemão se apaixonou pela Adelaide e lhe pediu que fora sua esposa. Ela aceitou, e o Sumo Pontífice João XII coroou a Otón como imperador e a Adelaide como imperatriz.
Otón o grande reinou durante 36 anos, e enquanto isso sua santa esposa se dedicava a socorrer aos pobres, a edificar templos e a ajudar a missionários, religiosos e pregadores.
Fundou vários monastérios e se preocupou com a evangelização dos que ainda não conheciam a religião católica. esforçava-se muito por reconciliar aos que estavam brigados. Seu diretor espiritual foi nesse tempo São Odilon, o qual deixou escrito: "A vida desta rainha é uma maravilha de graça e de bondade".
Quando seu neto, Otón III se empossou como imperador, ela se retirou a um monastério, e ali passou seus últimos dias dedicados à oração e a meditar nas verdades eternas.
Morreu em 16 de dezembro do ano 999.
 http://www.acidigital.com/santos/santo.php?n=358

Santa Adelaide, Imperatriz

Comemoração litúrgica:  16 de dezembro 

Também nesta data: São Melquíades, Santos Ananias, Misael e Albina

 

                                               O biógrafo desta  Santa é Santo Odilon, que a conheceu pessoalmente. Da sua obra  é tirado o  que se segue: 
                                               Menina ainda, Santa Adelaide, filha de  Rodolfo II de  Borgonha, experimentou a  amargura do caminho do sofrimento.  Órfã com 6, enviuvou-se com 19 anos, tendo sido esposa de Lotário, Rei da  Itália, depois, como  geralmente se crê, foi envenenado pelo duque  Berengário. Obedeceu este  ato ao plano de apoderar-se do trono da Itália e  obrigar a jovem viúva  a  contrair matrimônio  com o filho do  duque, ao que Adelaide  firmemente  se  opôs.  Esta resistência custou-lhe a  liberdade;  pois  determinou Berengário apoderar-se  da vítima indefesa e encarcerá-la  num castelo perto do lago de  Garda, onde sofreu não só as maiores  e  mais duras privações, como também  os maus tratos  da  parte de  Wila, mulher de  Berengário, criatura de  péssimos  sentimentos.  
                                               Embora  Adelaide se sujeitasse   por  algum tempo  a condições  tão indignas, aproveitou a primeira  ocasião que lhe oferecia, devido  à valiosa  cooperação do  capelão  Martinho, para, em companhia da  fiel empregada,  fugir da prisão.  Era  indicada a maior  cautela, e ainda assim  passaram as  fugitivas horas  de angústias, receando cair novamente  nas garras  do algoz. Deus, porém, as protegeu. Um pescador  apiedou-se delas e  preparou-lhes uma refeição frugalíssima, mas  saborosa, pois tinham passado um dia  sem tomar alimento  de  espécie alguma.  Enquanto estavam tratando de  restaurar as forças, chegou o Margrave Apo com sua gente e como Adelaide conhecesse a lealdade e os bons  sentimentos deste príncipe, aceitou-lhe a generosa proposta  e  foi com ele  ao castelo de Canossa. 
                                               Era Otão imperador da  Alemanha.  Foi a ele  que Adelaide se  dirigiu,  implorando proteção contra o injusto e  incorreto procedimento de Berengário, que se tinha apoderado de seus bens e  tenazmente a  perseguira. Como ao  mesmo tempo o Papa lhe dirigisse igual pedido, de pôr têrmo  à política nefanda de Berengário, na Itália,  Otão resolveu Transpor os Alpes, e à frente de um grande exército, atacar o criminoso usurpador. Berengário fugiu.  O imperador, servindo-se da fidelidade indubitável do Capelão Martinho, por intermédio do mesmo, ofereceu a Adelaide não só a liberdade, mas pediu-a em casamento.  Adelaide seu seu consentimento e  assim do abismo da miséria  foi, de um dia para o outro,  elevada às culminâncias  do poder e da grandeza. Ontem maltratada  nos subterrâneos de  uma prisão lúgubre, acossada como um animal de caça, foi inesperadamente colocada no trono, na qualidade de  esposado príncipe mais glorioso e mais poderoso daquele  tempo. Passaram-se anos  na mais perfeita felicidade e  de uma vida virtuosíssima, ao lado do imperial esposo, quando este lhe foi arrebatado da inexorável morte.  Sucedeu-lhe o trono o filho Otão II. Enquanto este se deixava guiar pelos  sábios  conselhos da santa mãe, tudo ia bem, e o governo era  por Deus abençoado.   Isto, porém, mudou quando sua mulher Teofânia, princesa de origem grega, começou a exercer  grande influência sobre o coração do monarca.  Se bem que este a princípio  resistisse, pouco a pouco deu crédito às acusações malsãs e suspeitas indignas que Teofânia e respectivos partidários levantaram  contra a venerável mãe, como se esta esbanjasse os bens  da coroa, em doações a  conventos pobres. A campanha tornou-se  tão forte, a  atmosfera que se criou  em volta de Adelaide, veio a ser tão  pesada e ameaçadora, que Otão  se decidiu a exigir da mãe que se retirasse. foi esta a  vitória  da  nora ambiciosa e  tirânica  sobre a sogra humilde e  caridosa. Adelaide  procurou  primeiro um abrigo  na Itália, e depois na terra do irmão, na Borgonha. Se foram grandes os sofrimentos que lhe vieram na perseguição de  Berengário e de  Wila, a ingratidão do filho mais profundamente lhe feriu o coração maternal.  
                                               Com a  saída da mãe, a bênção do  céu parecia  ter se retirado da casa  e  do governo de Otão. Onde reinavam a paz e a felicidade, vieram  a  imperar a injustiça, a arbitrariedade, o luxo, a leviandade e  discórdia.  Majolo, o santo abade  de  Cluny  estando a par dos acontecimentos, com franqueza apostólica abriu  ao imperador  os olhos sobre o procedimento incorreto  que tivera  para com a mãe. As suas palavras moveram Otão ao arrependimento. Adelaide recebeu convite para  ir a Palávia, com o fim de encontrar-se com o filho imperador. Depois de uma separação de dois anos, mãe e filho se abraçaram com grande comoção. Estava  restabelecida a paz, e Otão nunca mais  se separou da santa mãe.   Poucos  anos viveu depois deste  fato.  Não tendo o filho  Otão III, a  idade  exigida  pla lei para assumir o governo, a mãe Teofânia assumiu a regência.  Com a elevação de Teofânia  ao poder, recomeçou a  via sacra para Adelaide. Para mostrar  o desprezo, que votava  à  sogra, Teofânia disse  uma  vez  aos  aduladores:  " Se  Deus me der mais um ano de vida, garanto-vos  que o poder de Adelaide  não será mais do que sobre um palmo de terra".  Não tinham  passado  quatro semanas e  Teofânia já não mais pertencia ao número dos vivos e  Adelaide sucedeu-lhe na regência. Chegada ao poder,  Adelaide  nenhuma vingança  praticou contra os inimigos.   Que o coração da  santa imperatriz  estava longe de idéias vingativas,  prova  a  grande caridade  com que tratou  as filhas  de Wila, sua maior inimiga, as quais, tendo ficado órfãs de pai, foram por Adelaide convidadas  a  viverem em sua companhia e  tratadas  como filhas.  
                                               Como regente, soube  Adelaide muito bem coordenar as  obrigações políticas e religiosas. Partindo do princípio:  que a felicidade e prosperidade de  uma nação dependem da bênção de Deus, procurou  implantar na  alma do povo o santo temor de Deus, fazendo empenho para que fossem  conservados fielmente os costumes e usos  da  vida cristã. 
                                               Pressentindo a  aproximação da morte, Adelaide se retirou para o convento beneditino por ela fundada em Selz, na Alsácia; lá passou o  resto da vida no maior  recolhimento e lá, na idade de sessenta e  oito anos, entregou o espírito ao Criador.   
Reflexões:
Na biografia de Santa Adelaide, se lê o seguinte tópico:  "No seio da  família mostrava  soberana amabilidade, no trato com estranhas era de uma fidalguia prudente e reservada; mãe dos pobres, era protetora das instituições eclesiásticas e  religiosas; boa e humilde para os bons, era severa em castigar  os maus e os ímpios. Humilde  na prosperidade, paciente e  conformada  na adversidade, sóbria e modesta no comer e vestir, constante na prática  dos exercícios de piedade, penitência e  caridade, era Adelaide  o modelo de  uma perfeita cristã. Colocada sobre o trono,  o orgulho não lhe tomou posse do coração e  das virtudes nenhum reclame fez. A lembrança dos pecados não a entregou ao desânimo ou ao desespero, como também os bens deste mundo; honra, magnificência e glória, não conseguiram  perturbar-lhe  a  paz da alma, porque em tudo se baseava sobre o fundamento  de toda santidade: a humildade. Firmeza na fé, era imperturbável sua esperança".
Oxalá Santa Adelaide encontre entre as mães de  família muitas imitadoras das  virtudes e  perfeições que a distinguiam. Mães de  família desta  têmpera são a segurança  da religião e da pátria.  
http://www.paginaoriente.com/santosdaigreja/dez/adel1612.htm

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