domingo, 7 de outubro de 2012

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 08/10/2012

8 de Outubro de 2012 


Lucas 10,25-37


Comentário do Evangelho

A vida consiste no amor

No diálogo com um doutor da Lei sobre o que fazer para ter a vida eterna, Jesus afirma que a vida consiste no amor a Deus e no amor ao próximo. Uma parábola esclarece quem é o "próximo". O samaritano, excluído pelo judaísmo, é aquele que se faz próximo do sofredor, resgatando-lhe a vida. Em contraste, o doutor da Lei e o escriba passam indiferentes. 
O gesto do samaritano é exemplar: "Vai tu e faze a mesma coisa". Jesus mostra como o amor deve ser concretizado na solidariedade e ajuda aos mais carentes e necessitados. E este amor é eterno. Tudo passa, mas o amor permanece para sempre. 

José Raimundo Oliva


Vivendo a Palavra

Para Jesus, a pergunta correta não é ‘quem é o meu próximo’, mas ‘de quem eu me faço próximo?’ Não se trata apenas de uma distância física, mas da distância afetiva, a distância do cuidado, do zelo pelo outro, da disposição de nos doarmos àqueles que a vida colocou ao longo do nosso caminho.

Reflexão

O maior mandamento que Jesus nos deu foi a Lei do Amor. Mas infelizmente, a palavra amor tem inúmeras conotações no dia de hoje, a maioria delas contrária ao espírito do Evangelho e aos valores do Reino, daí a importância da parábola do Bom Samaritano que nos mostra que amor de verdade é gesto concreto, é sair do próprio comodismo e ir ao encontro do outro, seja ele ou ela quem for, ser capaz de perceber todos os seus problemas e todas as suas necessidades, deixar-se mover pelo sentimento de compaixão e, cheio de misericórdia, fazer tudo o que estiver ao alcance para que a vida seja melhor para todos.


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. Bondade e Misericórdia
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Esse Doutor da Lei tinha uma régua de referência, que julgava perfeita e completa, e não estava a fim de mudá-la, o evangelista frisa bem que a pergunta era para por Jesus á prova, isso  é, ele queria saber se Jesus tinha algo de novo que fosse mais relevante e perfeito do que a lei, seu coração estava fechado para a Boa Nova, pois sabia que nada estava acima da lei.

Para sua surpresa Jesus cita a Lei, que para ele era sagrada, onde está explícito o amor a Deus em primeiro lugar, e o segundo que é semelhante ao próximo. Tem-se a impressão de que a partir daí o Doutor da Lei foi mais sincero, pois a sua pergunta procedia. A Lei determinava amar ao próximo, a quem está mais perto, esposa, esposo, filhos, parentes. Parece que isso deixava o coração daquele Doutor da Lei um tanto inquieto, talvez ele quisesse amar um pouco mais, a outras pessoas fora desse círculo seleto. Mas quem?

Presume-se que Jesus também começou a gostar da conversa, e não vai só responder quem é o próximo, mas sim no principal “O que é amar o próximo”. Amar o próximo que nem sempre nos retribui, que não é digno do nosso amor, que não vai muito com a nossa cara, que não comunga da nossa mesma ideologia, que não é da nossa igreja ou do nosso grupo, o próximo que pensa totalmente diferente de nós, do próximo que parece desejar o nosso mal... Dom próximo que parece ser arrogante e metido, que não olha na nossa cara... Esse mesmo!

E então vem essa parábola revolucionária para um Judeu, poderíamos até dizer, Provocante. Percebam como o quadro se inverte, agora é Jesus que provoca o Doutor da Lei. Um Sacerdote e um Levita são referências sagradas para todo judeu, são pessoas selecionadas pela Lei, mediadores entre o Sagrado e o Humano, e que pelas funções sagradas que desempenhavam no templo, estavam mais próximas de Deus do que o resto da comunidade. Já o Samaritano, pessoa desprezível, de outra religião, contrária a Religião da Aliança, que dos Judeus só tinha o desprezo e o escárnio, a ponto do judeu mudar o seu caminho e direção, caso estivesse para cruzar com o Samaritano.

E foi esse Samaritano, odiado de coração por todo Judeu piedoso, que Jesus coloca como “mocinho” da parábola, o texto frisa muito bem que o Samaritano, diante do homem gravemente ferido, vítima de assaltantes cruéis (naquele tempo já tinha) estava ali á beira do caminho, e ele ao passar Viu-o e moveu-se de compaixão... Ver o outro e não permanecer indiferente á sua dor, ao seu sofrimento, não passar “batido” pelas pessoas da família ou da comunidade, ou seja lá quem for... Compaixão significa sofrer junto, gemer junto, chorar junto, sentir as mesmas dores junto. Quando se sente compaixão do outro, a gente supera qualquer barreira, seja ela de ordem social, moral ou até mesmo religiosa, a gente vai além dos limites estabelecidos. Isso é amor ao próximo.

O próprio Doutor da Lei, agora convencido de que Jesus tinha realmente algo novo a ensinar, se convence disso quando o Senhor lhe pergunta “Qual desses foi o próximo daquele homem?”.  Prestemos atenção na resposta do Doutor da Lei, ainda marcada pelo preconceito, não disse “Foi o Samaritano...”, mas pelo menos reconhece nessa ação uma virtude “Aquele que usou de misericórdia para com ele”.

E Jesus, percebendo que o Doutor da Lei estava mais manso e mais aberto á sua Palavra, ordenou “Vai, e faze tu o mesmo”. Não se sabe se o Doutor da Lei cumpriu essa ordem, mas com certeza, em Jesus ele viu a beleza da Lei de Deus, que tem no centro o amor sem limites, que ama quando vê as necessidades do próximo.

2. A vida consiste no amor
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

VIDE ACIMA

Oração
Pai, dá-me um coração cheio de misericórdia, como o de teu Filho Jesus, pois só assim terei certeza de estar em comunhão contigo, a caminho da vida eterna.

3. QUEM É O MEU PRÓXIMO?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Inusitado parece o fato de um mestre da Lei ter interrogado Jesus a respeito de uma questão, cuja resposta ele bem conhecia. Como mestre, já havia ensinado a muita gente o que deveria fazer para obter a salvação. Por isso, respondeu sem dificuldade à pergunta colocada por Jesus, por saber que, para se salvar, era necessário amar a Deus e ao próximo como a si mesmo.

O diálogo poderia ter-se concluído aí, se o mestre da Lei não tivesse levantado outra questão: quem é o meu próximo? Na sua concepção, próximo eram os próprios familiares, as pessoas mais chegadas, e somente a estas o mandamento ordenava amar. Quem estivesse fora deste círculo, não era considerado próximo e, portanto, não precisavam ser objeto de amor.

A parábola contada por Jesus desfez esta mentalidade, descrevendo o próximo como toda pessoa que carece de misericórdia. Faz-se próximo de alguém aquele que é capaz de deixar de lado suas preocupações pessoais e colocar-se totalmente a serviço do necessitado, sem se perguntar, primeiro, quem ele é. Não importa se este próximo seja um desconhecido, um estrangeiro, uma pessoa com quem se brigou. Basta que necessite de ajuda. A salvação virá na medida da misericórdia.
Oração
Senhor Jesus, faze-me descobrir, ao longo do meu caminho, as pessoas que apelam para minha ajuda, esperando que eu me faça próximo delas.

Qual tem sido a sua filosofia de vida?


Postado por: homilia

outubro 8th, 2012


Uma das mais conhecidas parábolas de Jesus foi contada em resposta a um encontro que Ele teve com um Doutor da Lei. Alguém que estudara completamente a Lei de Deus e estava preparado para discutir seus pormenores. Em outras palavras, não era suficiente recitar a Lei de Deus, mas vivê-la de maneira a agradar a Deus! Para isso, a pessoa tem que colocar em ação o que a Lei de Deus requer, sendo a essência desta o amor: “Amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, com todas as forças e de todo o entendimento, e ao próximo como a si mesmo”.
Esta parábola descreve a bondade e o amor que nosso Salvador tem para com o homem caído e infeliz. Nós éramos como esse pobre e aflito viajante. Satanás, nosso inimigo, havia nos assaltado, despojado e ferido. Estávamos por natureza mais que semimortos em nossos delitos e pecados, completamente incapazes de nos salvar, pois não tínhamos forças. A lei de Moisés – como o sacerdote e o levita – não tem compaixão de nós, não nos oferece alívio, “passa ao largo” não tendo piedade nem poder para nos ajudar.
Mas eis que veio o abençoado Jesus, o Bom Samaritano! Ele teve compaixão de nós. Cuidou das nossas feridas e derramou sobre elas não azeite e vinho, mas o Seu próprio sangue.
As pessoas que se relacionaram com o homem ferido podem ser classificadas em três grupos, de acordo com a sua filosofia de vida: assaltantes (salteadores ), indiferentes (o sacerdote e o levita) e misericordiosos (o bom samaritano).
Muitos são os que vivem na cobiça, assaltando e tirando vidas, procurando ampliar cada vez mais o que tem à custa do sangue de outros: “O que é meu, é meu! E o que é seu, será meu se eu conseguir tomar de você”. E, então, arranjam mil e uma maneiras de conseguirem isso. Essa é a filosofia de muita gente. Milhões vivem uma vida de egoísmo e ganância.
Vivemos num mundo de indiferenças, onde se diz: “O que é meu, é meu! E o que é seu continuará a ser seu, se você puder defendê-lo”. Essa é a filosofia de alguns religiosos que são indiferentes à dor e ao sofrimento alheios.
Mas Jesus nos ensina e prova o contrário através do bom samaritano: “O que é seu, é seu; e o que é meu será seu, se você precisar. O meu vinho, o meu azeite, o meu animal, o meu dinheiro, a minha energia e o meu tempo serão seus, se você precisar”. As oportunidades de ajudar aos outros geralmente são inesperadas e inconvenientes.
Qual tem sido a sua filosofia de vida? A dos assaltantes, a do sacerdote e do levita, ou a do bom samaritano? O que caracteriza o seu relacionamento com o próximo? A cobiça, a indiferença ou o amor?
A narração de Jesus ensina que viver agora – e sempre – como povo de Deus, significa demonstrar compaixão, mesmo quando isso nos incomoda, mesmo quando isso desafia nossa compreensão tradicional e, até mesmo, quando nos custa algo pessoal.
Isso é o que Jesus está nos dizendo: “Vá e faça o mesmo”.
Padre Bantu Mendonça
Leitura Orante

Lc 10,25-37 - Quem é meu próximo?



Preparo-me para a Leitura Orante, rezando com todos os internautas:

Creio, meu Deus, que estou diante de Ti. 
Que me vês e escutas as minhas orações. 
Tu és tão grande e tão santo: eu te adoro. 
Tu me deste tudo: eu te agradeço. 
Foste tão ofendido por mim: 
eu te peço perdão de todo o coração. 
Tu és tão misericordioso:
eu te peço todas as graças 
que sabes serem necessárias para mim. 

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?

Leio na Bíblia, atentamente, o texto 
Lc 10,25-37.

Um mestre da Lei se levantou e, querendo encontrar alguma prova contra Jesus, perguntou: - Mestre, o que devo fazer para conseguir a vida eterna? Jesus respondeu:
- O que é que as Escrituras Sagradas dizem a respeito disso? E como é que você entende o que elas dizem? O homem respondeu:
- "Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma, com todas as forças e com toda a mente. E ame o seu próximo como você ama a você mesmo."
- A sua resposta está certa! - disse Jesus.
- Faça isso e você viverá. Porém o mestre da Lei, querendo se desculpar, perguntou: - Mas quem é o meu próximo? Jesus respondeu assim:
- Um homem estava descendo de Jerusalém para Jericó. No caminho alguns ladrões o assaltaram, tiraram a sua roupa, bateram nele e o deixaram quase morto. Acontece que um sacerdote estava descendo por aquele mesmo caminho. Quando viu o homem, tratou de passar pelo outro lado da estrada. Também um levita passou por ali. Olhou e também foi embora pelo outro lado da estrada. Mas um samaritano que estava viajando por aquele caminho chegou até ali. Quando viu o homem, ficou com muita pena dele. Então chegou perto dele, limpou os seus ferimentos com azeite e vinho e em seguida os enfaixou. Depois disso, o samaritano colocou-o no seu próprio animal e o levou para uma pensão, onde cuidou dele. No dia seguinte, entregou duas moedas de prata ao dono da pensão, dizendo:
- Tome conta dele. Quando eu passar por aqui na volta, pagarei o que você gastar a mais com ele. Então Jesus perguntou ao mestre da Lei:
- Na sua opinião, qual desses três foi o próximo do homem assaltado?
- Aquele que o socorreu! - respondeu o mestre da Lei.
E Jesus disse:
- Pois vá e faça a mesma coisa.

Na parábola de Jesus, nem o sacerdote, nem o levita deram atenção e cuidados ao homem quase morto. Quem parou, teve compaixão, chegou perto, limpou-lhe os ferimentos e cuidou dele levando-o consigo para a pensão, foi o samaritano. O samaritano era discriminado pelos judeus e até detestado por eles. Na parábola de Jesus é justamente um samaritano que vive o verdadeiro amor ao próximo.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto me diz?  

Sinto-me também convocado a repetir o gesto do samaritano? 

Onde?

 Com que pessoas?

 Recordo muitas outras pessoas que repetiram este gesto, recomendado por Jesus: madre Teresa de Calcutá, Dom Luciano Mendes de Almeida, Irmã Dorothy, Francisco de Assis, ...
Os bispos em Aparecida disseram: 

A Igreja, como "comunidade de amor" é chamada a refletir a glória do amor de Deus que, é comunhão, e assim atrair as pessoas e os povos para Cristo. No exercício da unidade desejada por Jesus, os homens e mulheres de nosso tempo se sentem convocados e recorrem à formosa aventura da fé. "Que também eles vivam unidos a nós para que o mundo creia" (Jo 17,21). A Igreja cresce, não por proselitismo mas "por 'atração': como Cristo 'atrai tudo a si' com a força de seu amor" (Bento VXI, em Aparecida).A Igreja "atrai" quando vive em comunhão, pois os discípulos de Jesus serão reconhecidos se amarem uns aos outros como Ele nos amou (cf. Rm 12,4-13; Jo 13,34). 
(DAp 159)

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?

Rezo o Hino ao Amor,
na canção do Padre Zezinho.

Se eu desvendasse os mistérios do universo, 
mas não tivesse amor; 
se o dom das línguas eu tivesse em prosa e verso, 
mas não tivesse amor, 
seria um sino barulhento e falador! 
Se eu conhecesse umas quinhentas profecias, 
mas não tivesse amor; 
se eu conhecesse todas as teologias, 
mas não tivesse amor; 
teria tudo, menos Deus a meu favor! 
Amor é graça, amor é força amor é luz, 
não é vaidoso, não derruba não seduz, 
não sente inveja, nem orgulho nem rancor, 
sabe perder mas não se sente perdedor. 
Amor aplaude mas educa o vencedor 
Amor perdoa mas educa o pecador, 
não atrapalha não bloqueia: 
faz andar, espera e crê, porque o amor sabe esperar. 
Vem do passado, mas não é ultrapassado. 
Tem seus limites o saber e a religião, 
mas o amor aí não acaba nunca não (2x). 
Agora vemos por imagens ou sinais, 
mas o amor, aí, o amor é muito mais (2x). 
mas o amor, aí, o amor é bom demais! 
Há mil verdades do outro lado da janela, 
mas o amor é a maior de todas elas!...
CD Canções que o amor escreveu - Paulinas COMEP


4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?

Meu novo olhar é iluminado pelo testemunho do Samaritano e pelas palavras dos Bispos em Aparecida:

"Bento XVI nos recorda que: "o discípulo, fundamentado assim na rocha da Palavra de Deus, sente-se motivado a levar a Boa Nova da salvação a seus irmãos. Discipulado e missão são como os dois lados de uma mesma moeda: quando o discípulo está enamorado de Cristo, não pode deixar de anunciar ao mundo que só Ele salva (cf. At 4,12). Na realidade, o discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro". Esta é a tarefa essencial da evangelização, que inclui a opção preferencial pelos pobres, a promoção humana integral e a autêntica libertação cristã." (DAp, 146).

Bênção
 

- Deus nos abençoe e nos guarde. 
Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós.
 Amém. 
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. 
Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, 
Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 

Ir. Patrícia Silva, fsp 

Outubro 2012 - Mês Missionário

Tema:  "Brasil missionário partilha a tua fé".


Oração Final
Pai Santo, dá-nos força para vencer o egoísmo, o comodismo e a preguiça, para cuidarmos com zelo e carinho dos companheiros de peregrinação nesta vida, especialmente dos pobres e dos discriminados pelos homens. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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