sábado, 22 de setembro de 2012

Santa Tecla - 23 de setembro

Santa Tecla
(séc. II)
Não se sabe exatamente se foi em Isaúria ou na Licaônia, Turquia, o local onde a virgem mártir Tecla nasceu. O que se sabe é que é uma das figuras mais importantes dos tempos apostólicos, muito celebrada entre os gregos. 
Tudo começou quando, um dia, ao ouvir uma conversa sobre o valor da castidade entre o apóstolo Paulo e seu anfitrião Onesíforo, a jovem e pagã Tecla foi tocada no coração pelo discurso do santo. Ficou tão impressionada que, naquele exato momento, resolveu não mais casar-se. Mas o faria muito em breve, pois havia sido prometida a um jovem de nome Tamiris. 
Quando a jovem resolveu desmanchar o casamento, tanto sua família como a do noivo fizeram de tudo para demovê-la da idéia. Tecla, porém, manteve-se firme na convicção de converter-se. Isso despertou a ira de seu noivo, que conseguiu a prisão e a tortura de são Paulo por influenciar a jovem, o que eles consideravam ser uma atitude demoníaca por parte do apóstolo. 
Nem assim Tamiris conseguiu que Tecla abandonasse os ensinamento de Cristo, que agora seguia. Ela foi, algumas vezes, procurar Paulo no cárcere, para dar-lhe apoio e solidariedade. Com essa atitude, deixou seu ex-noivo ainda mais irado. Como conseqüência, ele a denunciou para o procônsul, que a sentenciou à morte na fogueira. Mas a condenação resultou numa surpresa: as chamas não a queimaram. 
Algum tempo depois, Tecla foi novamente julgada e condenada à morte, só que, agora, seria atirada às feras, diante do povo no Circo. Mais uma vez o prodígio se realizou e as feras deixaram-se acariciar por ela, cujas mãos lambiam mansamente. Pareciam mais com gatinhos do que com ferozes tigres e leopardos selvagens. Por fim, Tecla foi jogada dentro de uma escura caverna cheia de serpentes venenosas. De novo, nada lhe aconteceu. 
Conta uma da mais antigas tradições cristãs que Tecla morreu aos noventa anos de idade, em Selêucia, moderna Selefkie, na Ásia Menor, depois de conseguir a conversão de muitos pagãos. O corpo de santa Tecla teria sido sepultado nessa cidade, onde, depois, os imperadores cristãos mandaram erguer uma igreja dedicada à sua memória. 
Santa Tecla é invocada pelos fiéis devotos como a padroeira dos agonizantes e também solicitada para interceder por eles contra os males da vista. A Igreja confirmou o seu culto pela tradição dos fiéis e manteve o dia em que já habitualmente sua festa é realizada.


Santa Tecla, Virgem e Mártir 

Comem. litúrgica: 23 de setembro 

Também nesta data: N. S. das MercêsSão Lino - Papa, São Pio e Santa Helena

 
Santa Tecla (1º. Século) 
                                                 Celebérrima   na Igreja  Católica, pelos  gregos chamada a  protomártir do sexo feminino, Santa Tecla é uma das figuras  mais salientes dos tempos apostólicos.  Não se sabe ao certo se é  natural de  Isaúria ou de Icônio. Da cidade de Antioquia, na Pisidia, onde  sofreram  brutal  flagelação, Paulo e  Báruchas se  dirigiram a  Icônio, centro industrial, na Ásia Menor.   Foi lá que à religião de Cristo se  converteu a jovem pagã Tecla prometida em casamento a Tamiris. Da vida e  da  conversão de Tecla por São Paulo, falam largamente as  tais chamadas  "Atas de Paulo a Tecla" que tem por autor  um sacerdote da Ásia Menor.  Estas atas, até 195 lograram grande circulação na Igreja Oriental, mas foram declaradas apócrifas por um tribunal eclesiástico e seu autor incorreu em grande censura. Ainda assim o livro continuou gozando de certa popularidade na Ásia Menor e  na Igreja Oriental. Não tanto  assim no Ocidente, onde   experimentou  esmagadora crítica por Tertuliano e  São Jerônimo. Nos  escritos  de São Paulo o nome de Tecla  não aparece, se bem  que fala das perseguições, dos sofrimentos por que o fizeram passar em Icônio. (2. Tim. 3, II e seg).
                                                 As "Atas de Paulo a Tecla" relatam os seguintes fatos: 
                                                 Avisado por Tito, da chegada de Paulo, o cristão iconiense Onesíforo hospedou o Apóstolo em sua casa. Em uma  das suas conversas ou instruções Paulo falando da castidade, enalteceu o valor e  a  eminência desta virtude. A jovem Tecla, moradora da casa vizinha da de Onesíforo, da janela  aberta ouviu todo o discurso do Apóstolo. Tanto se  enlevou na doutrina sobre a virgindade, que deixou cair  o plano de casamento. As famílias, tanto da jovem, como do noivo, tudo fizeram  para demover Tecla das suas idéias, por elas  taxadas de exageradas, ou diabolicamente  inspiradas.  São Paulo foi posto  sob vigilância  e finalmente encarcerado.  Tecla, por sua vez,  permaneceu firme nas  suas convicções, procurou Paulo por diversas vezes no cárcere, o que  lhe importou  a  vingança de Tamiris, que a denunciou ao Proconsul. Este a condenou à morte pelo fogo, Mas das chamas  da fogueira saiu ilesa. Na cidade de Icônio formaram-se  dois partidos, pró e  contra Paulo e sua doutrina. A luta  terminou  com uma feroz  perseguição ao Apóstolo, o qual levou cruéis pancadas. São Lucas fala de grandes  resultados da pregação apostólica e relata  também o fato de em Icônio ter-se  realizado  um grande comício antipaulino, em conseqüência do qual, São Paulo e Barnabé tiveram de fugir apressadamente da  cidade  para não serem alcançados pelos calhaus  de apedrejamento. 
                                                 Tecla  e São Paulo se  encontraram ainda  em  Antioquia (Pisídia) e pela  última vez em Mira.  Em Antioquia Tecla foi novamente  levada aos tribunais e  esta  vez  condenada às  feras. Atirada aos leopardos e  tigres, estes  se deixaram acariciar pela  jovem, cujas mãos mansamente lamberam. 
                                                 Em outro suplício ainda foi sujeita a  fiel discípula de São Paulo. Trancada numa caverna cheia de serpentes venenosas, estas  nenhum mal lhe fizeram. Fortíssima tempestade, que inesperadamente se  desencadeou, fez os seus perseguidores apavorados fugir. 
                                                 Os últimos  anos de  sua vida passou-os em Seleucia, onde conseguiu obter a conversão de  muitos pagãos e onde morreu com noventa anos de idade.  
                                                 Na Igreja Oriental Tecla  goza  de  muita  veneração comparável  à de Inês no Ocidente.  
                                                 O corpo da  Santa  foi sepultado em Seleucia, onde os imperadores cristãos mais tarde erigiram  uma igreja dedicada à sua memória.  Os grandes milagres  com que Deus se  dignou de  distinguir  a  sepultura de sua serva, atraíram  grandes peregrinações de  fiéis  de  todas as partes do Império. A Igreja principal de Milão traz  o nome  de  Santa Tecla e nela  está  guardada  grande parte  de  suas preciosas  relíquias.  Santa Tecla é padroeira dos agonizantes. É invocada também contra moléstias da vista. 

Reflexões
Fiel discípula do Apóstolo São Paulo, Tecla tão bem compreendeu o alto valor da pureza de  coração, que resolve cultivar esta virtude, embora lhe custasse a  vida. Bem diferente é o modo de  pensar do mundo e  dos seus amigos. O mundo não é apreciador  da  virtude angélica. Tanto mais a quer Deus;  tanto mais  é o encanto dos Santos e  Anjos do céu.   Jesus  Cristo, o Rei dos  puros, fez-se  rodear de  almas  puras e castas. Puros e castos eram  São José  e  Maria, Sua  Mãe Santíssima; puro era São João, que teve a dita de repousar a  cabeça sobre o peito do Mestre  no último dia. Os  Santos  todos eram  cultivadores e amantes desta bela virtude, que habilita as  almas para verem  a  Deus. Inúmeras  são  as  honrosas  referências dos Santos Padres   à virtude da pureza e  os elogios que lhe tecem. Não se deve  concluir de  tudo isso, que a castidade é uma virtude respeitadíssima e  agradável a  Deus?  Quem a  perdeu,  procure readquiri-la por atos contínuos  de  penitência exterior e  interior. Quem a possui, guarde-a  como  um tesouro de inestimável valor. 

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