Os turinenses chamavam-no "o padre da
força," com uma mistura de admiração e de compaixão, porque em toda
execução capital ao lado do condenado estava sempre o padre José Cafasso, um
padreco magro, encurvado não pelos anos (morreu aos 49 anos em 1860); mas pelo
desvio da espinha dorsal que o obrigava a estar inclinado também nas poucas
horas do dia em que passava fora do confessionário.
Padre José de fato dedicava grande parte do seu ministério sacerdotal escutando
confissões e confidências de todos os que freqüentavam a sua igreja, atraídos
pelas grandes qualidades humanas de inteligência e de bondade daquele pequeno
padre que compreendia os problemas de todos e sabia falar tanto aos doutos como
aos simples, às almas devotas como às dissipadas. Declarado santo em 1947, foi
declarado o patrono dos encarcerados e dos condenados à pena capital, pois
durante a vida tinha feito do cárcere o lugar preferido para o seu apostolado
sacerdotal.
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