ANO A
Lc 4,38-44
Comentário do Evangelho
O Senhor da vida faz viver os que vivem prostrados sob o mal
De um lugar público, a sinagoga de Cafarnaum, Jesus vai à casa de Simão. Todo âmbito da vida humana é lugar da presença do Senhor. Todo e qualquer lugar é espaço à manifestação da ação de Deus.
“A sogra de Simão estava... com muita febre” (v. 38b). A febre era considerada a antessala da morte, um mal que definha os ossos. Jesus cura a sogra de Simão, advertindo a febre como se expulsasse um demônio. O mal impede a sogra de Simão de celebrar o descanso sabático. À palavra de Jesus, ela se levantou, como “se levanta” da morte. É o Senhor da vida que faz viver os que vivem prostrados sob o mal e realizar a oração própria do discípulo, o serviço.
O sumário dos vv. 40-44 apresenta Jesus como um Messias itinerante que arranca do coração do ser humano o mal que o impede de empreender, com Jesus, o seu caminho para Deus. O Senhor não é prisioneiro de um grupo nem de um lugar. A salvação da qual ele é portador destina-se a toda a humanidade: “Eu devo anunciar a Boa-Nova do Reino de Deus também a outras cidades, pois é para isso que fui enviado” (v. 43).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que a presença de Jesus em minha vida seja motivo de libertação, de modo que eu possa servir com alegria o meu próximo, especialmente, os mais necessitados.
Fonte: Paulinas em 04/09/2013
Vivendo a Palavra
A nossa missão de discípulos evangelizadores deveria nos encorajar a lutar e vencer o comodismo, para repetir com Jesus aquilo que ele afirmou ao sair de Cafarnaum: Vamos anunciar a Boa Notícia do Reino de Deus também para as outras cidades, porque para isso é que fomos enviados.
Fonte: Arquidiocese de BH em 04/09/2013
VIVENDO A PALAVRA
A missão de discípulos evangelizadores nos encoraja a lutar e vencer o comodismo, para podermos repetir com Jesus o que Ele afirmou ao sair de Cafarnaum: Vamos anunciar a Boa Notícia do Reino de Deus também para as outras cidades, porque para isso é que fomos enviados.
Fonte: Arquidiocese de BH em 04/09/2019
Reflexão
Por que as pessoas procuram a religião? A maioria das pessoas que procuram a religião o faz por motivos egoístas, procuram a Deus para fazer dele seu servidor, querem proteção, saúde, sucesso econômico, profissional, social ou afetivo, ou fogem do medo do desconhecido, do sobrenatural ou da própria morte. Devemos procurar na religião um relacionamento pessoal e amoroso com o próprio Deus, para que possamos servi-lo amando os nossos irmãos e irmãs. Para isso, precisamos conhecer o Evangelho, no qual Jesus anuncia a boa nova do Reino de Deus. A partir do conhecimento do Evangelho, vamos nos sentir apelados por Deus para a vivência concreta do amor e, a partir de uma resposta positiva a esse apelo, teremos um relacionamento maduro e amoroso com Deus.
Fonte: CNBB em 04/09/2013
Reflexão
Jesus leva a sério seu programa de libertação, assumido na sinagoga de Nazaré (cf. Lc 4,16-22). Em Cafarnaum, liberta um homem possuído pelo espírito impuro. Da sinagoga Jesus desloca-se para a casa de Simão, cuja sogra tem febre alta. Jesus “repreendeu a febre”, e a mulher recuperou a condição de prestar serviços à comunidade. No final do dia, Jesus entra em contato com muito doentes, com diversos tipos de enfermidades e liberta a todos, com o simples poderoso impor das mãos. As multidões, possivelmente por interesse, “o seguravam para que não fosse embora”. Querem fechar o Mestre no seu pequeno círculo. Jesus, porém, movido pela força da oração, retoma o sentido de sua missão: “Eu devo anunciar a Boa Notícia do Reino de Deus também a outras cidades, pois para isso é que fui enviado”.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 04/09/2019
Reflexão
Jesus leva a sério seu programa de libertação, assumido na sinagoga de Nazaré (cf. Lc 4,16-22). Em Cafarnaum, liberta um homem possuído pelo espírito impuro. Da sinagoga, Jesus desloca-se para a casa de Simão, cuja sogra tem febre alta. Jesus “repreendeu a febre”, e a mulher recuperou a condição de prestar serviços à comunidade. No final do dia, Jesus entra em contato com muito doentes, com diversos tipos de enfermidade, e liberta a todos, com o simples e poderoso impor das mãos. As multidões, possivelmente por interesse, “o seguravam para que não fosse embora”. Querem fechar o Mestre no seu pequeno círculo. Jesus, porém, movido pela força da oração, retoma o sentido de sua missão: “Eu devo anunciar a Boa Notícia do Reino de Deus também a outras cidades, pois para isso é que fui enviado”.
Oração
Ó Jesus, Filho de Deus, nós te admiramos e louvamos pelo dinamismo que imprimes ao dia a dia de tua missão: pregações, curas de várias enfermidades, confronto com as forças do mal, lugar deserto… Concede, Senhor, aos cristãos e cristãs de hoje ao menos uma parcela do teu entusiasmo apostólico. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 01/09/2021
Reflexão
Jesus leva a sério seu programa de libertação, assumido na sinagoga de Nazaré (Lc 4,16-22). Em Cafarnaum, liberta um homem possuído pelo espírito impuro. Da sinagoga, Jesus desloca-se para a casa de Simão, cuja sogra tem febre alta. Jesus “repreendeu a febre”, e a mulher recuperou a condição de prestar serviços à comunidade. No final do dia, Jesus entra em contato com muito doentes, com diversos tipos de enfermidades, e liberta a todos, com a simples e poderosa imposição das mãos. As multidões, possivelmente por interesse, “o seguravam para que não fosse embora”. Querem fechar o Mestre no seu pequeno círculo. Jesus, porém, movido pela força da oração, retoma o sentido de sua missão: “Eu devo anunciar a Boa Notícia do Reino de Deus também a outras cidades, pois para isso é que fui enviado”.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Reflexão
«Ele impunha as mãos sobre cada um deles e os curava. De muitas pessoas saíam demônios, gritando»
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje, nos encontramos ante um claro contraste: as pessoas que procuram Jesus e Ele que cura toda “doença” (começando pela sogra de Simão Pedro); à vez, «de muitas pessoas saíam demônios, gritando» (Lc 4,41). Quer dizer: bem e paz, por um lado; mal e desespero, pelo outro.
Não é a primeira ocasião que aparece o demônio “saindo”, isto é, fugindo da presença de Deus entre gritos e exclamações. Lembremos também o endemoninhado de Gerasa (cf. Lc 8,26-39). Surpreende que o próprio demônio “reconheça” a Jesus e que, como no caso daquele de Gerasa, é ele mesmo quem sai ao encontro de Jesus (isso sim, muito raivoso e incomodado porque a presença de Deus incomodava a sua vergonhosa tranqüilidade).
Tantas vezes nós também pensamos que encontrar-nos com Jesus nos atrapalha! Atrapalha-nos ter que ir à Missa no domingo; perturba-nos pensar que faz muito que não dedicamos um tempo à oração; sentimos vergonha dos nossos erros, em lugar de ir ao Médico da nossa alma para pedir-lhe simplesmente perdão... Pensemos se não é o Senhor quem tem que vir a nos encontrar, pois nós mesmos nos fazemos rogar para deixar a nossa pequena “caverna” e sair ao encontro de quem é o Pastor das nossas vidas! Isto se chama, simplesmente, tibieza.
Tem um diagnóstico para isto: atonia, falta de tensão na alma, angustia, curiosidade desordenada, hiperatividade, preguiça intelectual com as coisas da fé, pusilanimidade, vontade de estar só consigo mesmo... E existe também um antídoto: deixar de se olhar a sim mesmo e se por mãos à obra. Fazer o pequeno compromisso de dedicar um momento cada dia a olhar e escutar a Jesus (o que se entende por oração): Jesus o fazia, pois «de manhã, bem cedo, Jesus saiu e foi para um lugar deserto» (Lc 4,42). Fazer o pequeno compromisso de vencer o egoísmo numa pequena coisa cada dia pelo bem dos outros (isto se chama amar). Fazer o pequeno-grande compromisso de viver cada dia em coerência com nossa vida Cristã.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «A mulher curada mostrou muita virtude e o benefício que tirou de sua doença: logo que foi curada, ela só queria usar sua saúde ao serviço do Senhor» (São Francisco de Sales)
- «Na doença, todos precisamos de calor humano: para confortar a um doente, mais do que as palavras, conta a proximidade serena e sincera» (Bento XVI)
- «A doença pode levar à angústia, ao fechar-se em si mesmo e até, por vezes, ao desespero e à revolta contra Deus. Mas também pode tornar uma pessoa mais amadurecida, ajudá-la a discernir, na sua vida, o que não é essencial para se voltar para o que o é. Muitas vezes, a doença leva à busca de Deus, a um regresso a Ele» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1501)
Reflexão
Sacramento da “Unção dos enfermos”
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, comovido perante tanto sofrimento, Cristo deixa-se tocar pelos doentes e assume as suas dores. Deus ¬—como Deus— não pode padecer, mas como o homem tem um valor tão grande para Ele, fez-se Homem para “com-padecer”. Assim, redimindo o homem mediante a dor, Jesus redimiu a própria dor (imprimiu-lhe um novo sentido): agora o homem pode unir os seus sofrimentos à dor salvadora de Cristo-Redentor.
Com o sacramento da “Unção de enfermos” a Igreja reza pelos enfermos e ajuda-os a unirem-se ao Senhor sofredor. O que cura o homem não é esquivar-se ao sofrimento mas sim a capacidade de aceitar a tribulação e encontrar nela um sentido mediante a união com Cristo, que sofreu com amor infinito. Realmente, em cada pena humana entrou “Um” que comparte o padecimento e, desde aí, difunde-se em cada sofrimento o consolo de “tocar” o amor de Deus.
—Jesus, ajuda-nos a crescer em humanidade sendo mais capazes de sofrer por amor (sem nos queixar-mos!).
Meditação
Jesus de vez em quando se retirava para descansar e rezar. Você o faz também? - Muitas vezes Jesus demonstra que o ambiente familiar é ambiente de paz e saúde. Você colabora com isso em sua família? - A família é a base de tudo. Tem consciência desta realidade fazendo a sua parte? - Há doença que se resume simplesmente na falta de carinho, atenção e respeito. Dê algum testemunho sobre isso.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 04/09/2013
Meditação
De começo, Jesus foi muito bem acolhido em Cafarnaum. Durante algum tempo, o local foi centro de sua pregação, no entanto, não se deixou seduzir nem se prender pelo sucesso. De manhãzinha, saiu da cidade e preparou-se para continuar suas jornadas por aldeias e povoados, para anunciar por toda a parte a chegada do Reino. O sucesso no apostolado não nos deve prender a um só grupo ou campo. No coração deve estar bem profundo o desejo de anunciar o Evangelho.
Oração
Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco, para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário sobre o Evangelho
Jesus cura a sogra de Simão Pedro e outros doentes que lhe trazia
Hoje, contemplamos Jesus Cristo a curar todos os enfermos que se dirigiam a Ele…, ou que Lhe apresentavam. As duas coisas! Vamos a Ele e levemos a Ele.
- Deus escuta especialmente as orações e favores que Lhe pedimos pelos outros.
Meditando o evangelho
IMPONDO A MÃO SOBRE CADA UM
No trato com as pessoas doentes, Jesus se comportava como um médico delicado. Deparando-se com a sogra de Simão Pedro, vitimada por uma febre muito forte, inclinou-se sobre ela e deu ordem para que a febre desaparecesse. Mostrou igual bondade quando lhe trouxeram pessoas acometidas de várias doenças. Com muita mansidão e paciência, aproximava-se de cada uma, impunha-lhe a mão na cabeça e a curava.
A imposição das mãos revelava não só o cuidado de Jesus pelos enfermos, mas também sua solidariedade com eles. A comunhão com o Filho de Deus desmascarava a submissão as forças demoníacas que os mantinha escravos. Enquanto a presença solidária de Jesus era portadora de vida e saúde, a presença das forças malignas causava sofrimento e morte. Daí a necessidade de libertar as pessoas desta situação humilhante.
Na cultura da época, as doenças revelavam o poder do demônio sobre o ser humano. De qualquer forma, eram consideradas como conseqüência do pecado. A cura física e espiritual transformava-se, pois, numa evidente manifestação de que o Reino de Deus havia chegado pela presença e pelo ministério de Jesus, irrompendo na história humana. Assim, a atitude misericordiosa de Jesus em relação aos doentes expressava a solidariedade de Deus com toda a humanidade, com o desejo de salvá-la.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que a presença de Jesus em minha vida seja motivo de libertação, de modo que eu possa servir com alegria o meu próximo, especialmente, os mais necessitados.
Fonte: Dom Total em 04/09/2019 e 01/09/2021
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Jesus se inclina
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Jesus participou da liturgia da sinagoga no sábado. Curou um possesso. Foi para a casa de Pedro e curou a sua sogra. Ela estava com febre. À noite, no fim do sábado, levam a ele doentes e possessos. E ele os curou. “De manhã, bem cedo, escreve Lucas, Jesus saiu e foi para um lugar deserto”. São Marcos acrescenta: “E ali orava”. Querem que Jesus fique naquele lugar, mas ele sai, pregando a Boa-Nova do Reino nas sinagogas. “Para isso, diz ele, eu fui enviado”. Jesus trabalha e reza, reza e trabalha. Ele se recolhe num lugar deserto para orar. Um bom exemplo para nós: trabalhar e procurar um lugar deserto para um tempo de recolhimento na oração. Um certo distanciamento da agitação de cada dia é benéfico para a vida humana e para a vida espiritual do ser humano. A engrenagem que movimenta a vida pode nos transformar numa de suas peças.
Fonte: NPD Brasil em 04/09/2019
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O verdadeiro sinal da cura
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Toda enfermidade é uma desordem presente no organismo, os sintomas de uma doença significa que algo está errado com o nosso corpo. A Febre, que alguns confundem com enfermidade, é na verdade um eficiente sinalizador, a temperatura sobe e o organismo parece gritar "Tem algo errado aqui, é melhor verificar". O Deus que se revela em Jesus é aquele que tem poder sobre o caos, as forças da natureza, e também sobre a existência humana, a missão de Jesus não é o de tomar o lugar da Medicina, mas ele é o Médico da Alma, curou muitos enfermos no seu tempo, justamente para manifestar isso.
Acontece que as pessoas o viam assim, como alguém que curava as enfermidades e por isso o seguiam. Nesse evangelho, depois de curar a sogra de Simão Pedro, e de estender as mãos sobre mais enfermos que lhe foram apresentados, curando a todos, bem cedinho Jesus retirou-se para um lugar afastado. As pessoas foram até lá e queriam detê-lo de partir, desejosas que permanecessem com elas.
Então Jesus mostra-lhes que a sua missão é evangelizar, ele não é um Milagreiro que quer acomodar-se em uma "Tenda dos Milagres" para que as multidões o procurem, ao contrário, é um missionário peregrino que percorre todas as cidades da Galileia, para anunciar a Palavra que liberta, cura e revivifica. Temos uma tentação muito grande de ficarmos na comunidade, quem sabe fazendo algum trabalho pastoral que atraia as pessoas para a igreja, Jesus lembra-nos que a Igreja é antes de tudo missionária, para sair de si mesma e ir ao encontro das pessoas lá onde elas moram, estudam ou trabalham...
2. Ele impunha as mãos sobre cada um deles e os curava - Lc 4,38-44
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Jesus continua sendo uma Boa Notícia para os doentes e para os dominados pelo demônio. E os demônios continuam gritando e afirmando com verdade: “Tu és o Filho de Deus”, profissão de fé que não é aceitação da verdade professada. Tal afirmação equivale a uma negação. A palavra verdadeira é acompanhada de atos e de gestos que a confirmam. A Palavra de Jesus liberta. A do demônio, mesmo sendo verdadeira, é um protesto contra a libertação do ser humano por ele dominado. O poder demoníaco não aceita o ser humano em sua plenitude. Ele o humilha e o quer humilhado. Jesus, ao contrário, se inclina para a humildade da sogra de Pedro e a faz levantar-se libertada do poder de uma febre alta. Cura doentes e expulsa demônios. Não basta dizer: “Tu és o filho de Deus”. É preciso inclinar-se até os irmãos necessitados e levantá-los.
3. A PRESENÇA DA LIBERTAÇÃO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
O ministério de Jesus pode ser definido como um serviço continuo à libertação do ser humano. Posicionando-se a favor deste, fragilizado pelo pecado, o escopo de sua ação messiânica era, exatamente, o de torná-lo resistente ao influxo do mal.
A libertação expressava-se em forma de cura das doenças que impedem a pessoa de servir seus semelhantes, como foi o caso da sogra de Pedro. Libertar era expulsar demônios, cuja ação maléfica incapacitava o ser humano para a comunhão fraterna e a solidariedade.
Libertadora era sua pregação da Boa Nova do Reino de Deus, que consistia em revelar a benevolência do Pai, preocupado em cancelar os efeitos do pecado no coração humano. Igualmente libertadora era a presença de Jesus junto aos pobres e sofredores, reacendendo neles a esperança de viver.
As multidões eram sensíveis à esta dimensão do ministério de Jesus. Por isso, iam à sua procura, e queriam impedi-lo de seguir adiante. Houve, talvez, quem o tivesse visto como um curandeiro extraordinário, um milagreiro ambulante. O Mestre, porém, recusou a fazer este papel. Sua missão libertadora colocava-se a serviço do Reino de Deus e apontava para uma libertação radical que só se experimenta junto do Pai. As libertações terrenas eram apenas antecipações daquela que haveria de vir em plenitude.
Oração
Espírito de libertação, liberta-me de tudo quanto me impede de aderir, sem reservas, ao projeto de Deus, antecipando a libertação definitiva que há de vir.
Fonte: NPD Brasil em 01/09/2021
Liturgia comentada
Como uma oliveira verdejante... (Sl 51 [52])
Que belo símbolo é a oliveira, sinalizando a ventura daqueles que acolhem a vida de Deus! Árvore generosa, atravessa os séculos e as tempestades sem deixar de entregar seus frutos à moenda de azeite. Sua sombra acolhe os peregrinos. Foi no Horto das Oliveiras que Jesus se refugiou em sua agonia...
Foi também a oliveira a primeira árvore que sobreviveu ao Dilúvio: um de seus ramos verdes de esperança estava no bico da pomba que anunciava a vida nova (cf. Gn 8,11). Quando o Senhor Deus descreve a Terra Prometida (cf. Dt 8,8-9), ali aparece a oliveira, ao lado da vinha e da figueira. Sua madeira bendita foi utilizada na porta mais santa do Templo de Salomão (1Rs 6,31-32) e seu óleo alimentava o candelabro que devia arder perenemente na Tenda do Encontro (Lv 24,2-3).
Juntamente com a vinha – um ícone de Israel -, a oliveira traduz a fecundidade e a ventura da família do homem justo. Quando o Senhor quer elogiar Israel como a esposa da Aliança, falando através do profeta, chama seu povo de “oliveira verdejante carregada de soberbos frutos” (Jr 11,16).
Anunciando a regeneração de Israel com a vinda do Messias, Deus fala por Oseias: “Eu serei para Israel como o orvalho, ele vai florir como o lírio, afundará suas raízes como o carvalho do Líbano; seus brotos se estenderão e ele terá o esplendor da oliveira”. (Os 14,6-7)
O azeite que ela nos fornece é um dos símbolos do Espírito Santo, ao lado do fogo e da água, da pomba e do vento. Esse azeite pronto a arder nas trevas da noite separou as virgens sábias das virgens loucas, excluídas do banquete nupcial (Mt 25).
Na Carta aos Romanos, o apóstolo Paulo também recorre à imagem da oliveira, tronco no qual nós, cristãos, fomos enxertados. Nós, comunidade cristã, ramos da oliveira selvagem (os que não eram povo de Deus), somos um enxerto que Deus-Agricultor realizou no tronco do Primeiro Israel para que tivéssemos acesso à seiva da vida.
Nosso Deus é um Agricultor que trabalha a terra de nosso coração. Lança incansavelmente suas sementes (Mt 13), à espera de frutos. Ele sabe que certas árvores – como a oliveira – levam muito tempo até a colheita. Mas sabe também que “mesmo na velhice darão frutos” (Sl 92,15) e muitos desfrutarão de sua colheita.
Os reis serão ungidos com seu azeite; os atletas, massageados; as feridas, suavizadas; a noite do lar, iluminada. Deus espera por nossos frutos, para que a humanidade tenha saúde e salvação...
Orai sem cessar: “Com óleo puríssimo me ungistes...” (Sl 92,11)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 04/09/2013
REFLEXÕES DE HOJE
QUARTA
Fonte: Liturgia Diária Comentada em 04/09/2013
HOMILIA DIÁRIA
Que Jesus nos ensine o caminho da saúde
Como nós devemos olhar para Jesus para que Ele nos cure? Não esperemos ficar doentes ou que a enfermidade bata à nossa porta, mas peçamos para Jesus nos ensinar o caminho da saúde.
“Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes atingidos por diversos males, os levaram a Jesus. Jesus punha as mãos em cada um deles e os curava. De muitas pessoas também saíam demônios, gritando: ‘Tu és o Filho de Deus.’” (Lc 4,40-41)
Hoje, nós contemplamos Jesus, o Senhor e Mestre agindo no meio do Seu povo. Ele passava no meio do povo para tocar nas pessoas. O Senhor tocava nas doenças, nas enfermidades, tocava nos males do corpo, do espírito, da alma. Jesus expulsava todas as doenças que incomodavam o ser humano.
Olhamos para Cristo como Mestre e Senhor, mas também como Aquele que é o nosso médico. Como nós devemos olhar para Jesus para que Ele nos cure? Não esperemos ficar doentes ou que a enfermidade bata à nossa porta, mas peçamos para Jesus nos ensinar o caminho da saúde. Peçamos para Ele nos afastar das doenças e das enfermidades, mas se ela bater à nossa porta ou chegar na nossa casa por falta de prevenção ou por diversos motivos, podemos pedir sabedoria ao Senhor, a mão, o toque, para que a cura de Jesus aconteça até nós.
Eu sou testemunha de tantas pessoas que experimentaram o poder curador de Deus, sou também testemunha, principalmente, daquilo que Jesus faz na alma delas durante a enfermidade. Pode ser que, fisicamente, nem todas as pessoas fiquem curadas, mas todas elas, doentes ou sadias, encontram a cura e a libertação da sua alma e a salvam para sempre quando se entregam ao poder libertador de Jesus.
É por isso que não podemos deixar de levar Jesus a nenhum doente, a nenhum enfermo; até os sadios que correm para lá e para cá precisam se encontrar com o Senhor, que é o sentido da vida.
Jesus expulsou muitos demônios. Às vezes, não estamos vendo os demônios e achamos que eles estão somente nas pessoas possessas; no meio de nós, estão os resquícios da ação do maligno. Quanta mentira, quanta impaciência, disputa, muita coisa que não vem de Deus agindo no meio de nós!
Que o poder de Jesus expulse todas as obras do maligno do nosso meio. Que o Senhor permita que em nossa casa Jesus também faça essa operação, expulse tudo aquilo que o maligno já fez de mau.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 04/09/2013
HOMILIA DIÁRIA
Cuidemos de nossa saúde emocional e espiritual
“A sogra de Simão estava sofrendo com febre alta, e pediram a Jesus em favor dela. Inclinando-se sobre ela, Jesus ameaçou a febre, e a febre a deixou.” (Lucas 4,38-39)
Quero chamar à atenção, primeiro, sobre terem ido chamar Jesus para que Ele cuidasse da sogra de Simão.
Precisamos chamar Jesus, precisamos clamar por aqueles que estão doentes, enfermos, sofrendo, estão depressivos e vivendo opressões na vida. Precisamos levar essas situações para a presença de Jesus, mas precisamos trazê-Lo para essas pessoas e para as nossas próprias doenças, enfermidades e situações que passamos na vida.
Precisamos cuidar da nossa saúde, primeiramente, no sentido espiritual e emocional. Precisamos tomar os remédios, ouvir os nossos médicos, mas não podemos nos descuidar, de forma nenhuma, de nossa saúde espiritual e emocional.
Nos dias de hoje, se uma pessoa está com febre, simplesmente damos um remédio para ela. Não tenho nada contra, porque também vou em farmácias, mas o problema é que estamos transformando a nossa casa em verdadeiras farmácias ambulantes.
Chegamos em casa e percebemos que há armários tomados por remédios. Tudo é resolvido à base do comprimido, para qualquer dor há um comprimido. São drogas lícitas, mas são drogas.
Cuidando da raiz podemos deixar que Deus aja para valer na saúde de cada um de nós
O remédio, a pílula, devem ser a última coisa quando se trata de uma enfermidade tão comum. Se temos uma dor de cabeça, precisamos procurar a causa da dor, não podemos simplesmente nos encher de comprimido para a dor ir embora. Se temos constantes indisposições estomacais, precisamos saber por que temos essas indisposições, por que nos viciamos nos remédios e vamos resolver tudo com as pílulas da farmácia.
Se temos insônia, temos de procurar a causa. Não podemos negar que, muitas vezes, as causas de nossas doenças e enfermidades, das febres que temos é de origem psicossomáticas, de origem emocional, espiritual. Se não tratarmos da emoção, se não tratarmos do espírito, é óbvio que o corpo e o físico vão padecer, e, realmente, só vai ser o remédio para dar jeito.
É preciso chamar Jesus: “O que está acontecendo com as minhas emoções? O que está acontecendo com os meus sentimentos? Jesus, debruça-se sobre aquilo que me deixa para baixo, que me dá febre, dor, que causa enfermidade em mim”.
Jesus desceu, inclinou-se, ameaçou a febre, pois aquela indisposição, aquela dor corporal e emocional que a sogra de Pedro sentia não a deixava servir nem cuidar dos seus. Quando Jesus ameaçou a febre, ela foi embora. Trouxeram para Ele, então, tantos outros doentes e enfermos, e Jesus orava por eles.
Oremos, clamemos para Jesus nos dar luz sobre nossas doenças, enfermidades e patologias. Busquemos a raiz daquilo que nos deixa tão enfermos, porque cuidando da raiz podemos deixar que Deus aja para valer na saúde de cada um de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 04/09/2019
HOMILIA DIÁRIA
Nossas enfermidades nos aproximam do Senhor
“Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes atingidos por diversos males, os levaram a Jesus. Jesus punha as mãos em cada um deles e os curava.” (Lucas 4,40)
A começar pela sogra de Simão Pedro, onde Jesus vai se fazer presente para levantá-la do estado de opressão em que vivia a alma e o coração dela, deixando-a, inclusive, febril. Jesus vai ao encontro dela para curá-la; e, inclinando-se sobre ela, Ele mesmo ameaçou a febre. A febre a deixou e ela se levantou para servir ao Senhor.
Assim como ela, tantos outros doentes e enfermos, pessoas acometidas por diversos males eram levadas a Jesus. Precisamos levar nossas doenças, nossas enfermidades, nossos doentes e nossos enfermos à presença de Jesus. Precisamos orar pela nossa saúde, assim como precisamos cuidar da nossa saúde.
Deus não nos quer doentes; nem doença alguma é vontade de Deus. É claro que, há diversos fatores de ordem psicológica, emocional e espiritual; há diversos fatores que, fisicamente, nos deixam frágeis na vida, mas uma certeza precisamos ter: Deus está com todo doente e com todo enfermo para abençoá-lo, cuidá-lo, para se fazer presente na sua enfermidade.
A doença e a enfermidade são uma oportunidade para o encontro com Deus
Nenhum enfermo pode sentir-se jamais sozinho e abandonado, precisamos, cada vez mais, levar os nossos enfermos para a presença de Jesus; e trazê-Lo para os nossos irmãos que sofrem qualquer doença ou enfermidade.
A doença e a enfermidade são uma oportunidade para o encontro com Deus, aquele encontro que transforma a alma, o coração e, inclusive, dá sentido ao nosso sofrimento. Nenhum sofrimento em Deus é sem sentido, todo sofrimento em Deus, vivido em Deus, é redentor, salvador e purificador para a própria alma e para o próprio coração. Deus não nos quer curados somente fisicamente, Deus nos quer plenamente restaurados. Por isso, toda enfermidade é uma ocasião para a cura da alma e do coração, quando levamos a Jesus a nossa situação, quando realmente permitimos ser tocados, quando permitimos que a nossa vida seja revista, quando permitimos que o nosso interior seja renovado pela presença de Jesus.
Por isso, supliquemos a Jesus pela nossa saúde, supliquemos a Ele pelos que estão doentes, enfermos e pelos que estão sofrendo. Vivamos nossas debilidades, nossas fragilidades na presença do Senhor, porque Ele cuida de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 01/09/2021
Oração Final
Pai Santo, que a Boa Notícia da presença de teu Reino de Amor em nós e entre nós seja anunciada ao mundo pelo testemunho da nossa fé e da fraternidade construída entre nós, discípulos evangelizadores do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese de BH em 04/09/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a Boa Notícia da presença de teu Reino de Amor em nós e entre nós seja anunciada alegremente ao mundo pelo testemunho da nossa fé e da fraternidade construída entre nós, que queremos ser discípulos evangelizadores do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese de BH em 04/09/2019
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