quarta-feira, 2 de outubro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 02/10/2019

ANO C


Mt 18,1-5.10

Comentário do Evangelho

É preciso mudar a mentalidade.

O capítulo 18 do evangelho segundo Mateus é denominado “discurso eclesial” ou discurso sobre a Igreja. Trata-se de instruções para a vida comunitária.
“Quem é o maior no Reino dos céus?” (v. 1). O maior é o menor. Por isso, Jesus afirma que é preciso se converter (v. 3). É preciso mudar de mentalidade porque o maior no Reino dos céus é o que serve a todos: “Quem quiser ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos” (Mc 9,35). A “criança” símbolo do próprio Cristo, que se fez servo de todos (cf. v. 5), ele que “sendo de condição divina não se apegou o seu ser igual a Deus, mas se despojou, tomando a forma de escravo” (Fl 2,6-7a).
Os “pequenos” (v. 10) são os membros da comunidade; nos versículos 12-14 eles são identificados com as ovelhas. Os pequenos são, ainda, aqueles membros mais recentes da Igreja que precisam ser fortalecidos pelo testemunho e pela paciência daqueles que já percorreram um determinado itinerário no amadurecimento da fé. Da comunidade eclesial é exigido empenho para que os seus membros não se dispersem. Caso a dispersão aconteça, a comunidade deve fazer todo esforço possível para recuperar a ovelha que se desgarrou (vv. 10-14; ver Ez 34,11-16).
Fonte: Paulinas em 02/10/2013

Vivendo a Palavra

A Mensagem que o Senhor revela – a Boa Notícia da nossa salvação: que o seu Reino já está em nós (embora ainda não em sua plenitude) – chega de forma sempre nova e criativa através de seus Mensageiros. São os Anjos que nos acompanham neste planeta-jardim de que devemos cuidar e partilhar com os irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/10/2013

Vivendo a PalavrA

A Mensagem que o Senhor revela é a Boa Notícia da nossa salvação: o seu Reino já está em nós (embora ainda não em sua plenitude). Ela chega de forma sempre nova e criativa através dos seus Mensageiros. São os Anjos que nos acompanham neste planeta-jardim, de que podemos usufruir, mas devemos cuidar e partilhar com os irmãos.

Reflexão

Este trecho do Evangelho que nos é proposto pela Igreja na comemoração da memória dos santos Anjos da Guarda é um paralelo ao trecho que meditamos ontem, porém nos apresenta um acréscimo muito importante, que não podemos desconsiderar: a assistência que Deus concede a todos os que são pequenos e a necessidade que existe de valorizarmos aqueles que são os desvalidos do mundo, pois os seus anjos no céu vêem sem cessar a face de Deus. Devemos receber em nome de Jesus todas as crianças, assim como todos os demais desvalidos e excluídos da sociedade para recebermos o próprio Cristo, presente neles.
Fonte: CNBB em 02/10/2013

Reflexão

O Antigo e o Novo Testamento falam com frequência sobre o papel dos anjos: são mensageiros de Deus e se manifestam nas situações concretas das pessoas: “Vou enviar meu mensageiro à sua frente para que cuide de você no caminho… Respeite-o e obedeça à voz dele. Não se revolte, porque ele leva o meu nome” (Ex 23,20-21). A Igreja ensina que Deus destinou a cada pessoa um anjo que o proteja e acompanhe ao longo da vida. Eis o que diz o Catecismo da Igreja Católica (n. 334): “A vida da Igreja se beneficia da ajuda misteriosa e poderosa dos anjos” (cf. At 5,18-20; 8,26-28; 10,3-8;12,6-11; 27,23-25). O culto aos anjos da guarda estava primeiramente ligado ao de São Miguel. A partir do século XVI, figura como festa própria em muitas igrejas. No calendário romano essa celebração foi introduzida em 1615.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditação

Você busca ser simples como as crianças? - Respeita-as? - Dá-se conta de que nelas está o futuro da sociedade? - Você consegue viver sem mágoas e sem rancores? - Conhece algum adulto que vive realmente a simplicidade da vida como uma criança?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 02/10/2013

Meditando o evangelho

FAZER-SE PEQUENO

A mania de grandeza dos discípulos foi fortemente censurada por Jesus. Cada qual se preocupava em saber quem dentre eles seria o maior no Reino dos Céus. Esse interesse nada tinha nada de espiritual. Era preocupação com promoção pessoal, com ocupar cargos importantes no Reino a ser inaugurado por Jesus.
O Mestre, porém, propôs-lhes uma condição para ser maior no Reino dos Céus: fazer-se pequeno como as criancinhas. Era a exigência de renunciar a toda ambição pessoal e a todo desejo de colocar-se acima dos demais para oprimi-los. Era preciso que se tornassem "pobre em espírito", confiados totalmente em Deus, e não nos bens deste mundo. Era uma forma de "renegar-se a si mesmo", colocando a vontade de Deus acima de tudo.
Os discípulos deviam dar-se conta de que os valores do Reino são opostos aos do mundo. Seria inútil ansiar pelas grandezas terrenas. A grandeza do Reino consiste no serviço humilde e gratuito ao semelhante, na solidariedade para com os pobres e marginalizados, na partilha com os desprovidos dos bens deste mundo, no esforço para construir um mundo fraterno e reconciliado.
Engana-se quem, pretendendo fazer-se grande para Deus, envereda por um caminho diferente daquele trilhado por Jesus ao implantar o Reino dos Céus na História.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, poupa-me de cair na tentação de querer fazer-me grande aos olhos do mundo, pois a verdadeira grandeza consiste em fazer-me amigo e servidor do meu próximo.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Servir com alegria aos menos importantes
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A gente está habituado a servir, ser gentil e acolhedor, com gente importante, no trabalho profissional buscamos agradar ao chefe e demais superiores, quando mais importante o cargo e a função de quem nos pede algo, mais que vamos nos esforçar para atendê-lo. Talvez não só por questão de obediência, mas muito mais porque, sendo importante, aquela pessoa pode nos ajudar a subir dentro da empresa, nomeando-nos quem sabe para algum cargo. Quando esse modo de agir é uma obcessão, determinando nossas relações com essas pessoas, acaba se tornando puxa-saquice sem tamanho, mas no fundo é isso mesmo, gostamos de servir a quem pode nos retribuir com algo vantajoso.
Podem reparar que trazemos esse modo de agir para a comunidade, o pessoal da liturgia trata o Padre de um jeito, o Diácono de outro, e o coitado do Ministro da Palavra é o último que fala e o primeiro que apanha. Por que isso? Porque se observa as pessoas através de uma visão hierarquizada. Conforme se tem um cargo maior, mais “servidores” vão aparecer.
Não sou contra dar uma atenção maior ao sacerdote, ao arcebispo, quando está em uma comunidade, são nossos pastores que nos orientam, nos apontam caminhos. Não há nada de errado nisso. Mas as pessoas são iguais e o espírito cristão tem que nos levar a agir dentro dessa igualdade.
No evangelho de hoje Jesus vai além e coloca como referência as criancinhas e os meninos, que naquele tempo eram insignificantes na sociedade, além das mulheres. Criança nem entrava nas estatísticas e eram totalmente dependentes dos adultos, começando pelos pais e parentes. Não tinham nenhuma autonomia e só lhes restava obedecer e fazer o que os adultos mandavam, diferente de hoje quando há até leis específicas que garante o direito das pessoas, crianças, adolescentes, jovens e idosos.
Os discípulos fizeram uma pergunta “Quem é o maior no Reino dos Céus?” porque seguiam essa lógica da submissão a quem é o maior. Jesus, entretanto, desmonta esse esquema de domínio sobre as pessoas e afirma que no Reino, os pequenos, pobres, insignificantes, é que devem ser servidos. Esse ensinamento, tanto no tempo dos discípulos e das primeiras comunidades, como em nossos dias, parece absurdo porque na lógica humana somente as pessoas importantes são valorizadas. Mas Jesus não está fazendo um belo discurso demagógico como o de alguns políticos, pois na conclusão do evangelho, com a parábola da ovelha desgarrada, ele nos mostra que o Pai do Céu age assim com todos nós, buscando a ovelha perdida e a valorizando mais que as outras.

2. Sejamos como as crianças
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Quem é o maior no Reino dos Céus? Por que os discípulos fizeram a Jesus essa pergunta? Jesus responde que o importante é entrar no Reino dos Céus e que para isso preciso converter-se, tornando-se como crianças. Entre nós, seres humanos, toda comparação tem suas limitações. O exemplo da criança, que é pequena, se contrapõe ao desejo de ser grande. Grande aqui significa superior aos outros. Jesus diz que é preciso ser como crianças, acolhê-las e nunca desprezá-las porque os seus anjos, no céu, contemplam sem cessar a face do Pai. Esta afirmação de São Mateus nos deixa ver um pedacinho do céu: lá, os anjos das crianças estão contemplando o tempo todo a face de Deus Pai. Esperamos também nós estar um dia diante de Deus contemplando a sua face. A pergunta sobre quem é o maior nos lembra de que alguns anjos caíram do céu porque queriam ser como Deus. Dizem também que eles se sentiam maiores do que os seres humanos e não aceitaram Jesus feito homem. Hoje é a festa dos Anjos da Guarda, uma categoria de anjos encarregados por Deus de acompanhar as crianças, cada um de nós e as cidades onde moramos. O Anjo da Guarda sempre nos rege, guarda, governa e ilumina.

3. AMAR OS PEQUENINOS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)

O amor aos pequeninos deve ser um ponto de honra para a comunidade cristã. Trata-se, aqui, de atitudes concretas de apreço, incentivo e estima, mormente em relação a quem está dando os primeiros passos na fé, uma vez que, nem sempre, é capaz de superar os obstáculos com que se defronta. Corre-se o grande perigo de assumir, diante desses pequeninos, uma atitude farisaica de rigorismo, apresentando-lhes exigências descabidas, a ponto de jogá-los fora da comunidade cristã e afastá-los da salvação.
A exortação de Jesus - "Cuidem de não desprezar um só destes pequeninos" - revela que a fé é uma dinâmica, cujos passos vão sendo dados pouco a pouco. É inútil querer impor-se aos demais, e determinar o ritmo que devem seguir.
Quem está dando os primeiros passos deve ser objeto de especial atenção. O abandono de certos hábitos e a acolhida do modo de ser próprio do discípulo do Reino, muitas vezes, é muito penoso. A simples força de vontade ou a firme decisão de ser diferente podem mostrar-se insuficientes quando se trata de mudar de vida.
O efetivamente conseguido não corresponde àquilo que se deseja. Nem por isso, a comunidade tem o direito de desfazer-se de quem vai caminhando com dificuldade. Pelo contrário, este deve ser objeto de atenção redobrada, para não vir a esmorecer na sua opção pelo Reino.
Oração
Espírito de apreço e estímulo, torna-me especialmente atento em relação a quem dá os primeiros passos na fé, buscando, penosamente, trilhar os caminhos da fidelidade ao Reino.

Liturgia comentada

É a mim que recebe... (Mt 18,1-5.10)
Evidentemente, qualquer pessoa se sentiria muito honrada ao receber a visita de Jesus. Dificilmente alguém se recusaria a atender a um pedido de Jesus, que viesse a bater à sua porta. Para corresponder ao pedido, seríamos capazes de notáveis gestos de heroísmo...
Ora, Jesus anda por aí, disfarçado de “pequenino”, e parece que temos dificuldade em reconhecê-lo. Talvez porque nossa sociedade focalize seus olhares e suas câmeras sobre os “grandes”, os que se destacam, os ídolos dos palcos, das telas e dos estádios... E Jesus anda por outras paragens, oculto nas enfermarias do hospital, no pátio das creches, nas celas do presídio.
Em tom de alerta, vem a voz de Jesus: “Vede lá, não desprezeis um só destes pequeninos!” (Cf. v. 10.) Des-prezar é sinônimo de depreciar. Para desprezar alguém, não precisamos insultar nem ofender, basta avaliar que não ele tem valor, não tem importância, não merece nossa atenção. Tendemos a dar mais valor aos que nos ajudam, colaboram conosco, financiam nossos projetos...
Se ouvíssemos de fato o ensinamento do Mestre, faríamos exatamente o contrário: gastaríamos nosso tempo e nosso dinheiro com aqueles que precisam de nós e não têm como recompensar nosso “investimento”. Assim agia Madre Teresa de Calcutá, ao trocar as alunas do colégio de ricos pela favela das crianças miseráveis. Assim age o pároco ao gastar seu tempo com as pessoas aflitas que o procuram, com os penitentes do confessionário, com as crianças do catecismo. Assim age a merendeira da escola que distribui a sopa com um sorriso nos lábios...
Em uma sociedade contabilizada, logo passamos a colar etiquetas nas pessoas: as que “valem” mais e as que “valem” menos. Como se o valor de alguém estivesse na conta bancária, na cor da pele, nos seus títulos de doutor. Enquanto isso, fechamos a porta (e o coração) aos deserdados do sistema.
Lembram-se de Jesus? Foi acusado de andar no meio de bêbados e prostitutas, de se juntar à ralé de sua época, recusando alianças com os poderosos. Se Ele voltasse hoje, quais seriam os seus companheiros?
Ainda é tempo... Ainda posso abrir espaço em meu coração para os “pequeninos” que o próprio Jesus iria atender...
Orai sem cessar: “Ele carrega ao colo os cordeirinhos, e conduz a lugar fresco as ovelhas que amamentam.” (Is 40,11)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
Fonte: NS Rainha em 02/10/2013

HOMILIA DIÁRIA

O Senhor colocou um anjo para guardar o nosso caminho

O Senhor colocou um anjo para guardar o nosso caminho. Anjo é um presente de Deus para cada um de nós.

“Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus”  (Mt 18,10).

Hoje, celebramos o Dia dos Santos Anjos da Guarda. Que graça, que maravilha, que bênção termos um anjo da guarda, que guarda nossos caminhos, protege-nos ao longo da vida e ao longo da estrada que caminhamos neste mundo.
Vamos entender essa realidade maravilhosa da presença angelical em nossa vida. Anjos são criaturas divinas, são puro espírito, embora a nossa fantasia de criança nos faça imaginar que um anjo é um ser branco com duas asinhas e com uma auréola na cabeça. Não, anjo é mais do que isso!
Ele não tem forma corpórea, carne e ossos como nós. Anjo é um ser puro, não se contaminou com o pecado nem se misturou com a nossa materialidade; é um ser puramente espiritual.
A palavra “anjo” quer dizer “mensageiro”, aquele que é enviado em nome de Deus, por isso, existem diversos anjos. Existem diversas hierarquias angelicais. Os arcanjos, os anjos, as dominações, as virtudes, as potestades, todos os anjos estão a serviço de Deus.
O Senhor colocou um anjo para guardar o nosso caminho. Você deve pensar: “Onde é que está esse anjo que eu não vejo?”. Anjo não se vê, não se sente, mas ele existe. Anjo é um presente de Deus Pai para cada um de nós. Eles são a manifestação da bondade divina na criação de cada um de nós.
Primeira coisa: nós devemos respeitar esse nosso companheiro, porque eles estão no meio de nós. Os anjos nos acompanham, nós não os vemos, mas ali estão. Devemos nos consagrar, a cada dia, ao nosso anjo da guarda, pedir a sua proteção, o seu auxílio e, é claro, colaborar com eles, sendo obedientes à vontade de Deus pelos caminhos difíceis e tortuosos.
Peçamos que esses anjos nos ajudem, tanto o nosso anjo da guarda como todos os outros que estão em nossos caminhos.
Se nós levássemos mais a sério nosso anjo da guarda, ele poderia cuidar melhor de nós. Digamos então: “Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine. Amém”.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 02/10/2013

Oração Final
Pai Santo, nós te agradecemos pelos Anjos - Mensageiros que nos envias de variadas formas para nos lembrar que somos ternamente amados por ti. Faze-nos reconhecê-los e honrá-los em toda vida, acolhendo com sabedoria a Boa Notícia do teu Reino de Amor que nos chega por seu intermédio. Por Jesus, o Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/10/2013

Oração FinaL
Pai Santo, nós agradecemos pelos Anjos – Mensageiros que nos envias revestidos de variadas formas para nos lembrar que somos ternamente amados como filhos teus. Faze-nos reconhecê-los e honrá-los ao longo da vida, acolhendo com sabedoria e gratidão a Boa Notícia do teu Reino de Amor que nos chega por intermédio deles. Por Jesus, o Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário