segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 10/12/2018

ANO C


Lc 5,17-26

Comentário do Evangelho

O agir amoroso e solidário

O ensino de Jesus é sempre acompanhado de ações práticas. Por suas palavras e sua prática, perdoando e curando, Jesus manifesta o infinito amor do Pai. O "Filho do Homem" desmonta a autoridade da classe sacerdotal e dos escribas "na terra", onde ele está presente como Filho de Deus. As ideologias que usam o nome de Deus para respaldar os poderosos neste mundo estão esvaziadas. O perdão é fruto não do poder, mas sim do amor misericordioso. Quem é amado passa a ter consciência de que está liberto da acusação de pecador que o humilha, deprime e exclui. O sinal de que se está livre da paralisia do pecado é a liberdade, é o levantar-se e o agir amoroso e solidário com a comunidade.
José Raimundo Oliva
Oração
Espírito que cura interiormente, toca o mais íntimo de meu ser, para que eu consiga superar o meu egoísmo, e seja capaz de levar os benefícios de Deus a quem precisa de mim.
Fonte: Paulinas em 10/12/2012

Vivendo a Palavra

Os milagres de Jesus são sinais, que apontam para realidades transcendentes que Ele quer anunciar. Nós precisamos ir além do fato, buscar seu significado. Na cura do paralítico, Jesus mesmo esclarece para onde esse sinal aponta: para o Reino do Pai, lugar do perdão e da cura, e para a sua unidade com o Pai, de onde nascia seu poder de perdoar pecados.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/12/2012

VIVENDO A PALAVRA

Os milagres de Jesus são sinais, que apontam para realidades transcendentes que Ele quer anunciar. Nós precisamos ir além do fato, buscar seu significado. Na cura do paralítico, Jesus mesmo esclarece para onde esse sinal aponta: para o Reino do Pai, lugar do perdão e da cura, e para a unidade pessoal que Ele tinha com o Pai, de onde nascia seu poder de perdoar pecados.

Reflexão

Nós temos muitas dificuldades para vermos os verdadeiros valores que devem marcar a existência humana e, por isso, não damos importância a eles e até mesmo fechamos o nosso coração à ação divina, dificultando a sua realização. É o caso do Evangelho de hoje, no qual a importância maior é dada para a cura do corpo, sem levar em consideração a cura espiritual e o julgamento de que esta é impossível. Os tempos messiânicos são a expressão da verdadeira hierarquia de valores, na qual os perenes estão acima dos temporais.
Fonte: CNBB em 10/12/2012

Reflexão

Conforme a mentalidade da época, as doenças eram consequência do pecado. De fato, o pecado é um mal que fica encoberto, mas prejudica o pecador e pode causar grandes estragos na sociedade.
Por isso, Jesus ataca o mal pela raiz: “Seus pecados estão perdoados”. Fariseus e mestres da Lei se escandalizam, pois só Deus pode perdoar pecados. Jesus esclarece: “O Filho do Homem tem autoridade na terra para perdoar pecados”. E realiza a cura integral, libertando o homem de sua paralisia. O gesto solidário e confiante dos que carregam o paralítico e a intervenção libertadora de Jesus fazem o povo exultar: “Hoje vimos coisas extraordinárias”. Entretanto, fariseus e mestres da Lei sentem que estão perdendo influência sobre o povo.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

MANIFESTOU-SE O PODER DE DEUS

A religiosidade de Israel ansiava por manifestações espetaculares do poder de Deus na história humana. As antigas tradições referiam-se a grandiosos gestos salvíficos de Javé, em favor de seu povo. Os profetas, por sua vez, referiam-se às ações que o Messias realizaria, quando de seu advento. Todas elas formidáveis!
O ministério de Jesus consistiu numa contínua manifestação do poder divino, sem, contudo, se enquadrar nos esquemas tradicionais vigentes. Já por sua origem e condição social distanciava-se das esperanças de um Messias de estirpe sacerdotal ou régia. Seu despojamento e sua opção pela pobreza impediam que o identificassem com o esperado Messias glorioso e poderoso.
O modo como manifestava o poder divino tinha alguns traços característicos: visava sempre recuperar a dignidade humana, de tantas formas aviltada; estava a serviço da libertação do ser humano, de toda sorte de opressão; buscava reconciliá-lo com Deus, por meio do perdão dos pecados; protegia-o da rigidez das tradições religiosas. Consistia em possibilitar ao ser humano caminhar com os próprios pés, liberto de todas as amarras que o impedem de pôr-se à disposição de Deus e do próximo. É a libertação para o amor!
O episódio da cura do paralítico, colocado diante de Jesus através de um buraco aberto no teto da casa, é uma das muitas maravilhosas manifestações do poder de Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, teu poder divino manifestou-se, de modo admirável, no ministério de Jesus. Torna-me também beneficiário deste poder que me abre para o amor misericordioso.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. VIMOS COISAS MARAVILHOSAS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A vinda de Jesus foi recebida de diferentes modos pelas pessoas. Os fariseus e os mestres da Lei suspeitavam de tudo que ele fazia. Perdoar os pecados parecia-lhes uma blasfêmia, pois, no entender deles, isto era prerrogativa de Deus. Igualmente, o dom de curar. Jesus, porém, não se deixava intimidar por eles. Embora os deixasse escandalizados, não se omitia de perdoar os pecados e de curar.
Pelo contrário, o povo sofredor acolhia Jesus com entusiasmo, por reconhecer, em sua ação, a presença de Deus. A cena do paralítico introduzido na casa pelo buraco, aberto no telhado, revela a fé em Jesus que animava o povo. E esta fé foi tamanha, que Jesus curou o paralítico, sem que o milagre fosse solicitado.
Na atitude do enfermo, o Mestre pôde captar todas as suas carências e vir-lhe ao encontro. E a primeira necessidade daquele homem, na perspectiva de Jesus, consistia em ser perdoado de seus pecados. A cura da paralisia era secundária em relação à deficiência espiritual. Daí ter vindo em segundo lugar. Em todo o caso, o enfermo recebeu tudo quanto precisava para viver de maneira digna, e voltou para casa totalmente refeito.
O povo, especialmente quem se beneficiava da misericórdia de Jesus, reconhecia as maravilhas operadas por Deus e o louvava pelo que fazia por meio de seu Filho.
Oração
Senhor Jesus, faze-me contemplar e reconhecer as maravilhas operadas por ti e, por tudo isso, glorificar o Pai.
Fonte: NPD Brasil em 10/12/2012

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. NOSSOS PARALÍTICOS...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

(A Força do Amor e da Fé nunca fica sem uma resposta diante de Deus)

Certa ocasião, quando refletíamos esse evangelho em grupo, alguém perguntou se na casa onde Jesus estava pregando, havia elevador ou coisa parecida, se olharmos o relato em si mesmo, vamos acabar fazendo outras perguntas como, "Será que eles não podiam pedir licença para passar no meio das pessoas e entrar na casa?" e mais ainda... Seria normal que as pessoas que estavam aglomeradas á entrada, quando vissem o esforço dos quatro homens, subindo na parede com o paralítico deitado em uma cama, oferecessem ajuda, buscando uma alternativa mais fácil...
O próprio Jesus, não poderia ter dado um jeito de sair para atender o paralítico, sem precisar tanto esforço de subir e ainda ter de abrir um buraco no telhado? Fazer perguntas como essas, é muito importante para a nossa reflexão, pois vamos e convenhamos, o modo que eles encontraram para colocar o paralítico á frente de Jesus, não foi o mais fácil, aliás, correu-se até o risco de um grave acidente.
Hoje em dia a gente sabe que nossos templos existentes, ou os que estão em construção, devem ter em seu projeto, a construção de rampas, para facilitar o acesso de nossos irmãos deficientes. Mas com certeza, não é este o tema do evangelista, ele está querendo dizer alguma coisa as suas comunidades e aos cristãos do nosso tempo.
Dia desses, alguém bastante estressado dizia-me que certas pessoas só atrapalham a vida da comunidade, porque são muito radicais, geniosas, incomodam a todos, e o tempo todo eles só arranjam encrencas e mais encrencas, concluindo, dão muito trabalho, são sempre do contra, enfim, chatas e duras de engolir, e que sem elas, a comunidade é uma maravilha, o conselho deveria tomar providência, ou quem sabe, o padre impor a sua autoridade.
Pessoas com essas características não caminham, e ainda dificultam a vida de quem quer caminhar: pronto, já começamos a descobrir os paralíticos e paralíticas de nossas comunidades, irmãos e irmãs que não se emendam de seus defeitos, nunca mudam o seu jeito de ser, não se convertem e precisam portanto, ser acolhidas e carregadas. Há irmãos na comunidade que a gente tem prazer de encontrar, é sempre uma alegria imensa, mas há também esses, que nos perturbam, incomodam, e a gente não fica a vontade, se estão conosco em uma reunião da pastoral ou do movimento, a troca de "farpas" será inevitável...
Há no texto duas coisas que chamam a nossa atenção, primeiro o esforço desse quarteto, subir pela parede, desfazer o telhado e descer a cama com cordas. Jesus elogia-lhes a fé, parece até que fez o milagre como retribuição a tanto esforço. Eles tinham fé em Jesus Cristo, sabiam que se o levassem diante dele, seria curado, mas por outro lado, embora o texto não cite isso, a gente percebe que o amavam muito, tiveram com ele muita paciência, sei lá quantos quilômetros tiveram que andar, carregando aquela cama que deveria ser pesada, e ainda, ao deparar com a multidão aglomerada á frente da casa, poderiam ter desistido, já tinham feito a sua parte. Mas a força do amor e da fé, fez com que não desistissem, e se preciso fosse, seriam capazes de derrubar a casa.
Os quatro são uma referência para as nossas comunidades, onde muitas vezes falta-nos o amor e a fé, para carregar nossos paralíticos e superar os obstáculos, passando por cima dos preconceitos. Nas comunidades há pessoas amorosas, pacienciosas, que aceitam conviver com todos, amando-os como eles são, sem exigências, preconceitos ou radicalismo, mas há também a turma de "nariz empinado", como aqueles doutores da lei, que não crê em um Deus que é misericórdia, e que perdoa pecados, seguem normas e preceitos, até trabalham na comunidade, mas são extremamente exigentes com os "paralíticos", acham-se perfeitos e não aceitam a convivência com os imperfeitos.
Jesus elimina o problema pela raiz, "Filho, teus pecados te são perdoados...", a cura física vem em segundo plano, e se a enfermidade impede que o paralítico se aproxime de Jesus, a comunidade os carrega, possibilitando que ele também faça a experiência do Deus que perdoa, ora, se houver na comunidade intolerância, preconceitos, e ranços ocultos, como é que essas pessoas poderão experimentar o amor, o perdão e a misericórdia? Os intolerantes têm sempre um olhar extremamente crítico e severo, para com os paralíticos, e não aceitam que outras pessoas tenham por eles amor e ternura, manifestada na paciência e tolerância.
Por isso Jesus ordena – levanta-te, toma o teu leito e vai para casa. Deus nunca faz as coisas pela metade, na obra da salvação, Jesus não fez simplesmente uma reforma no ser humano, mas o transforma em uma nova criatura, na graça santificante do Batismo, fazendo com que deixe de se relacionar com Deus na religião normativa, porque crê no Deus que é todo amor e misericórdia, que perdoa pecados e os liberta com a sua santa palavra, em Jesus de Nazaré.

2. Quem pode perdoar pecados, a não ser Deus?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Preparamos o caminho do Senhor para que ele possa ser percorrido, por ele e por nós. Queremos encontrá-lo no caminho de Belém, no caminho da vinda do Filho do Homem no fim dos tempos. Para percorrer o caminho precisamos andar, para andar precisamos ter pernas, ou aparelhos que nos ajudem, ou pessoas que nos carreguem. Alguns homens carregaram um paralítico numa maca e o levaram até Jesus. Esses homens acreditavam em Jesus e se solidarizaram com o paralítico. Ele queria ser curado e andar. Jesus o curou e mandou que andasse, retornando para sua casa.

HOMILIA DIÁRIA

É preciso que o homem esteja disposto a converter-se

Postado por: homilia
dezembro 10th, 2012

O encontro de Jesus com o paralítico de Cafarnaum constitui o modelo de todo encontro d’Ele com os homens. Jesus ensinava a multidão. Dentre a multidão, encontravam-se líderes religiosos do judaísmo que vieram de todos lugares para espioná-lo. Jesus é o homem cujo poder livra o ser humano da morte física e daquela espiritual.
Diante de um paralítico que lhe é apresentado, mediante o estranho artifício de ser descido por um buraco no telhado, Jesus anuncia o perdão de seus pecados, simbolizado pela libertação da paralisia. No judaísmo, era considerado pecado qualquer falta de observância às centenas de preceitos e mandamentos da Lei. Apenas sacerdotes do Templo tinham o poder de remover os pecados, por meio de ofertas dos fiéis. Jesus subverte esta ordem. O perdão dos pecados agora é vivenciado nas comunidades, onde vigora o amor pleno e misericordioso.
É preciso que o homem esteja disposto a converter-se, isto é, a abandonar definitivamente o mal e voltar, continuamente, a Deus por meio de uma fé viva que se converta em ações concretas, como foi a ação do paralítico que, embora auxiliado pela comunidade, creu em Jesus.
Quero ressaltar ainda a importância da comunidade para nós, os cristãos. É necessário que o cristão permaneça o tempo todo ligado à comunidade e viva com ela, e nela, as várias expressões da sua fé e, sobretudo, com maior ênfase, a celebração da Eucaristia, fonte e cume de toda e qualquer ação litúrgica.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 10/12/2012

Oração Final
Pai Santo, que enviaste teu Filho para anunciar a chegada do Reino de Amor, faze-nos uma Igreja seguidora dele, pronta para perdoar, aberta para acolher, disponível para curar os homens e mulheres que puseste ao nosso lado nesta vida abençoada. Pelo mesmo Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/12/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que enviaste teu Filho Unigênito para anunciar a chegada do Reino de Amor, faze-nos uma Igreja seguidora dele, pronta para perdoar, aberta para acolher, disponível para curar os homens e mulheres que puseste ao nosso lado nesta vida abençoada. Pelo mesmo Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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