domingo, 12 de março de 2017

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 13/03/2017 A 18/03/2017

Ano A



13 de Março de 2017

Lc 6,36-38

Comentário do Evangelho

Deus é misericordioso.

Nosso texto é parte do que no evangelho segundo Lucas denomina-se “sermão da planície” (6,17-49); é a sequência do chamado dos Doze sobre a montanha, onde Jesus passou a noite inteira em oração (6,12-16). A nossa perícope é parte do trecho tematicamente dominado pelo imperativo do amor aos inimigos (vv. 27-35). A primeira parte do v. 36 equivale ao que no evangelho segundo Mateus é o imperativo à perfeição (Mt 5,48). Em primeiro lugar, é preciso compreender que o imperativo se baseia no que Deus é: misericordioso. Sua misericórdia se manifesta na sua bondade para com todos, ingratos e maus (cf. v. 35). A misericórdia de Deus se exprime na acolhida dada por Jesus aos pecadores (cf. Lc 5,29-32; 7,36-50; 15,1ss; 19,1-10). Cada um, independentemente de sua situação, pôde ou pode experimentar a misericórdia de Deus em relação a si mesmo. É com essa mesma misericórdia que se exige tratar os outros. O amor aos inimigos não é uma ideia; ele se concretiza na renúncia a julgar, isto é, condenar alguém (v. 37a-37b), na disposição permanente e renovada de perdoar (v. 37c) e de entregar-se a si mesmo (v. 38a), como o Senhor se entregou para a salvação de toda a humanidade.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dispõe meu coração para o perdão, pois este é o caminho pelo qual estabeleço minha comunhão contigo.
Fonte: Paulinas em 17/03/2014

Vivendo a Palavra

Ouçamos a Promessa do Pai e ofereçamos tudo o que temos e somos. E Ele nos retribuirá com generosidade uma ‘medida boa, calcada, sacudida e transbordante’ de Graça – que é a sua própria Presença Misericordiosa em nós, desde já, nesta caminhada pela terra abençoada que Ele nos empresta para cuidado e partilha.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/03/2014

Reflexão

A justiça de Deus é muito diferente da justiça dos homens. A justiça dos homens parte de dois pressupostos: o primeiro diz que a cada um deve ser dado o que lhe pertence, e o segundo afirma que cada pessoa deve receber os méritos pelo bem que promovem e os castigos pelos males que causa. A justiça divina é aquela que distribui gratuitamente todos os bens e dá todas as condições para que o homem possa ser feliz e ter uma vida digna e é por isso que Deus criou todas as coisas e as deu gratuitamente para os homens que não viveram a gratuidade e se apossaram do mundo segundo seus interesses. A justiça divina é aquela que não nos trata segundo as nossas faltas, mas age com misericórdia e nos convida a fazer o mesmo.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=3&dia=13

Recadinho

O Evangelho para o dia de hoje é breve, mas se estende ao infinito! Misericórdia! Compaixão, solidariedade, ternura, perdão, bondade, acolhida! Qual destas palavras mais lhe toca o coração no momento? - Lembro-me do testemunho do bom samaritano? A misericórdia não tem fronteiras! - No caminho de Emaús, à beira do lago da Galileia, Jesus toma o pão, abençoa-o e o reparte. Tenho condições de partilhar meus bens espirituais? E os materiais? - Os discípulos reconheceram Jesus. Eu o reconheço em meus irmãos? - Meus irmãos o reconhecem em mim? - Como as pessoas que cruzam meu caminho reconhecem que vivo uma vida cristã?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 17/03/2014

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A nossa medida para com os outros
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Um lugar onde podemos ver e comprovar como nós não somos Misericordiosos como o Pai, é  no trânsito. Não adianta fingir que não é com a gente, todos somos assim, olhamos para os outros condutores de veículos com extremo rigorismo, mas quando nos olhamos ao volante, sempre amenizamos ao máximo nossas falhas. Sempre vamos ter razões de sobra para justificar o nosso erro, cometido em uma ultrapassagem perigosa, em um excesso de velocidade, em uma fechada que demos no outro, ou em qualquer norma de segurança que quebramos, nós temos necessidade e justificativa para falar ao celular no volante, mas se flagramos o outro, dirigindo desatentamente por estar falando ao celular, rapidamente o condenamos.
O trânsito é só um exemplo bem concreto de que, a nossa medida com o próximo é bem pequena e miserável. O que nos falta é exatamente aquilo que em Deus é sempre abundante e eterna: a Misericórdia! Mas esse comportamento anticristão não é só pessoal, mas tudo e todos que nos rodeiam na Família e na comunidade, amenizamos os erros e pecados, abrandamos o impacto da ação ou do escândalo, se o fato ocorreu com um filho ou filha, ou um irmão da nossa igreja, mas se for com o Filho ou a Filha do outro, que não é parente e nem membro do nosso grupo da Igreja, ah meu irmão, olhamos com uma lupa de aumento e apregoamos aos quatro cantos o pecado escabroso que tal pessoa cometeu.
Misericórdia é acolher o outro em nosso coração, e o Judeu tem um significado ainda mais bonito, é acolher o outro em nosso útero, para dar-lhe uma vida nova com o nosso amor, é também sermos solidários com a miséria do outro, caminhar junto, sorrir  e chorar junto e foi essa misericórdia do PAI , que Jesus manifestou por todos nós.
Não julgar, não condenar, perdoar, dar e acolher são palavras chaves do evangelho, colocadas como prática cristã em nossa relação com o próximo no dia a dia. E o próximo são todas aquelas pessoas que passam por nós na rua, no Banco, na Feira Livre, no ônibus, na escola, no trabalho, na política, no futebol, na torcida. Na comunidade somos capazes de disfarçar a nossa raiva, impaciência e intolerância com o outro, mas fora da Igreja somos quem somos, e é exatamente nesses lugares e ambientes que nos relacionamos com as pessoas.
O evangelho traz uma exortação final muito séria, se a nossa medida com o próximo (com todas as pessoas com quem cruzamos em nosso dia a dia, não é só com o irmãozinho da comunidade...) não for larga, cheia e generosa, Deus também nos olhará com rigorismo e não vamos poder contar com a sua bondade e misericórdia sem limites. Isso porque estamos deturpando a imagem, de Deus para o irmão.
E fica aqui, no final da reflexão uma boa pergunta: as pessoas com  quem convivemos, acreditam em um Deus amoroso e misericordioso, ou em um Deus intolerante e implacável? Se a resposta for negativa, é bom não nos esquecer de que essas pessoas simplesmente refletem a imagem de Deus que a ela passamos com a nossa conduta...

2. Sede misericordiosos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Hoje lembramos o dia da eleição do Santo Padre, o Papa Francisco, como Pastor Supremo da Santa Igreja. Ele mesmo se apresentou como Bispo de Roma, porque o Bispo de Roma é o Pastor da Igreja universal. Desde o início seu pontificado foi marcado pela misericórdia. Esta é a perfeição do Pai ao nosso alcance: “Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso”. “Quem sou eu para julgar?”, disse uma vez aos jornalistas. Insistiu em largas medidas e que as portas se abram. É a Igreja com o rosto de Jesus. Tivemos o Ano Santo da Misericórdia e temos agora a oportunidade quaresmal de nos questionar sobre a nossa prática da misericórdia. Se não quiser ser julgado, se não quiser ser condenado, se quiser ser perdoado, não julgue, não condene e perdoe. Estamos sempre medindo os outros. Se não podemos deixar de fazê-lo, usemos então de medidas largas. Deus vai usar para nos medir a medida que colocarmos em suas mãos. Será a mesma com que medirmos os outros.
Santa Quaresma, tempo de boas sugestões para darmos início a atitudes novas, a novos costumes, a uma novidade de vida. O Santo Padre terminava a Bula de Proclamação do jubileu extraordinário da misericórdia fazendo votos de que a Igreja “nunca se canse de oferecer misericórdia e seja sempre paciente a confortar e perdoar”. Que a Igreja se faça voz de cada homem e mulher e repita com confiança e sem cessar: “Lembra-te, Senhor, do teu amor e da tua fidelidade desde sempre”.

Fonte: http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d2

Meditando o evangelho

SER MISERICORDIOSO

A presença de Jesus, na história humana, visava recuperar o coração das pessoas, deturpado pelo pecado, de forma a redirecioná-lo para Deus. Seus ensinamentos continham indicações bem precisas de como isto deveria acontecer.
O Evangelho aponta a misericórdia como atitude característica de Deus, e que deve ser imitada pelo ser humano. Ela consiste em uma maneira particular de tratar o próximo. Exemplo consumado de sua misericórdia infinita Deus ofereceu à humanidade, ao lhe prodigalizar todos os bens da criação. Da mesma forma, tudo de bom que alguém realiza em benefício de seu próximo é fruto da misericórdia. Trata-se de ter um coração desprovido de egoísmo, todo voltado para o bem-estar do outro. Trata-se de ir ao encontro de suas necessidades. Trata-se de não colocar limites, nem pré-requisitos para o bem que se faz. Expressão de misericórdia é também evitar julgar ou condenar alguém, saber perdoar e doar-se, sem medida. Só um coração misericordioso é capaz disto.
A misericórdia que se usa para com o próximo está em estreita relação com a misericórdia de Deus para conosco. Quem se põe a julgar e a condenar, não pode esperar a complacência divina. Quem se fecha ao perdão, não pode pretender ser perdoado por Deus. Quem planta misericórdia, colherá misericórdia.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, dá-me a graça de ser misericordioso, de maneira criativa, procurando sempre caminhos novos de entrega e doação.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-03-13

Oração Final
Pai Santo, dá-nos um coração puro e compassivo. Que em relação ao nosso próximo, nós sejamos incapazes de julgamentos e condenações, mas estejamos sempre prontos para o perdão e a fraternidade. Queremos seguir o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/03/2014


14 de Março de 2017

Mt 23,1-12

Comentário do Evangelho

A vida cristã é um serviço.

Todo o capítulo 23 de Mateus é uma dura crítica de Jesus aos escribas e fariseus em razão da hipocrisia deles. O comportamento deles não corresponde à Lei que ensinam. Há uma distância entre o que ensinam e o que fazem. O modo como eles ensinam e fazem praticar os preceitos equivale a um fardo pesado posto sobre o ombro dos outros, fardo que eles mesmos não carregam. A religião que praticam é hipocrisia, pura encenação, expressão da vaidade que encerra o indivíduo em si mesmo; o coração deles não está no que fazem, pois buscam ser vistos pelos homens (v. 5). A hipocrisia faz com que eles busquem os seus próprios privilégios, esquecendo-se da misericórdia a que estão obrigados. Para a comunidade cristã, a hipocrisia deve ser rejeitada veementemente, e o comportamento dos escribas e fariseus não pode se constituir em norma de conduta. Dos discípulos é exigido um comportamento totalmente diferente, enraizado na própria vida e no ensinamento de Jesus. A vida cristã é um serviço.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que os maus exemplos jamais me influenciem, fazendo-me desviar de teu caminho. Seja teu Filho Jesus meu único modelo de vida.
Fonte: Paulinas em 18/03/2014

Vivendo a Palavra

Nossa fé não se mostra em gestos e sinais externos que não humanizam as relações com os irmãos; nem na ostentação de riquezas de ritos vazios e frios. Jesus viveu e ensinou a religião simples, leve e alegre – de quem sabe que está sempre na presença do Pai e quer testemunhá-la aos irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/03/2014

Reflexão

Dois elementos são importantes para nós a partir da leitura do Evangelho de hoje. O primeiro é que nenhum ser humano pode ser para nós modelo absoluto para a vivência do Evangelho, uma vez que todas as pessoas são pecadoras. O segundo é que não podemos fazer da religião forma de relação de poder e de promoção pessoal. As distinções que existem na vida religiosa devem ser de cargos e funções, porque existem ministérios diferentes, mas todos na Igreja têm uma dignidade igual: a de filhos e filhas de Deus. Mesmo dentro da Igreja, a hierarquia só pode ser concebida à luz do Evangelho e a partir do conceito de serviço.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=3&dia=14

Recadinho

Procuro praticar a humildade? - Posso dizer a meu próximo que imite minhas ações? - Tenho uma boa palavra a dar a quem necessita de ajuda? - Procuro me lembrar que o título mais importante é ser considerado irmão em Cristo? - Será que quero ser sempre dono(a) da verdade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 18/03/2014

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A cadeira do Padre
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Já vi muitas discussões inúteis sobre a questão do uso da cadeira chamada presidencial, utilizada nas celebrações, e que só podem ser ocupadas pelos Ministros Ordenados. Em primeiro lugar precisamos saber o que significa a tal cadeira do Padre, embora se pareça com um trono, pois o layout dos nossos presbitérios lembra uma reunião da corte, onde havia a cadeira do trono ladeada por outras cadeiras, reservadas aos ministros do primeiro escalão, ou seja, aqueles que, de certa forma "mandavam" junto com o rei.
Embora não seja a nossa realidade atual, a verdade é que as cadeiras aveludadas e de grande tamanho, colocadas no centro do presbitério, enchem a cabeça de muitos leigos de grandes fantasias, onde o ego se enche de soberba e a pessoa começa a se achar muito importante porque no exercício do seu ministério ocupa uma das cadeiras durante a Santa Missa ou a Celebração da palavra, e se for Ministro da Palavra, irá sentar-se na cadeira do padre e daí a sede de poder é ainda mais forte. Não é qualquer um que pode sentar-se na cadeira do padre e nas igrejas das grandes metrópoles a concorrência é ainda muito maior...
Claro que não é disso que fala a reflexão do evangelho, mas poderíamos usar a expressão "Sentar-se na cadeira do padre", para entender a crítica de Jesus contra os Escribas e Fariseus daquele tempo...
Sentar-se na cadeira de Moisés (expressão colocada pelo evangelista) ou sentar-se na cadeira do padre, significa querer serem os Donos da Verdade e os detentores de todas as informações importantes da comunidade. É fácil saber se isso está acontecendo na sua comunidade, se lá você tem ouvido muito essa expressão: "Pergunte para FULANO porque isso é só ele quem sabe", pronto! A comunidade é igualzinha a de Mateus, tem gente que sabe ou pensa saber demais, e sem eles nenhuma decisão poderá ser tomada. Eis aí aqueles sobre os quais os corneteiros de plantão dizem jocosamente "Este quer mandar mais que o padre".
Os que se sentam na cadeira do padre criam regras e mil norminhas na pastoral, no movimento e na liturgia, quando "apertados" por alguém que os enfrentam, terminam com a conhecida frase “Ah... São ordens do nosso padre...” Isso é colocar fardos pesados nas costas dos irmãos e irmãs.
Claro que estes, que gostam de sentarem-se na cadeira do padre, automaticamente procuram os primeiros lugares em tudo, na Festa do Padroeiro, equipe de eventos, conselhos paroquiais ou pastorais, CAAE, etc. Qualquer decisão para ser tomada tem que passar pelo crivo deles...  Eu conheci alguém que exercia um ministério há muitos anos e ninguém tinha coragem de tirá-lo do cargo, nem o padre que achava melhor não criar caso com o idoso Senhor, que entre outras coisas ela quem escalava os ministros da Eucaristia, e ainda indicava para o padre quem poderia ser ministro.
São críticas severas para nossas comunidades? Sem dúvida alguma. Nas comunidades cristãs há muita riqueza e santidade autêntica de tantos irmãos e irmãs, mas não podemos nos iludir achando que Escribas e Fariseus só existiam no tempo de Jesus, ou em uma DIOCESE lá da Patagônia. A conclusão do evangelho nos aponta quem é o único e Verdadeiro Centro das atenções em nossa Igreja: Jesus Cristo, tudo é nele, com ele e por ele. Exatamente por isso que Jesus se apresenta como sendo ele o único Mestre, o único que tem autoridade, o único que é o centro de todas as atenções, sem ele, todo e qualquer ministério não tem nem razão de ser.
E o que faz esse Mestre Supremo? Rebaixou-se à condição de um escravo, sendo ele o maior de todos os maiorais, se fez Servo e ao se humilhar com a morte vergonhosa da cruz, foi exaltado pelo Pai. O Lava-Pés consolida a ação servidora de Jesus.

2. Um só é vosso Mestre
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O mundo religioso de Jesus é simples e despretensioso. As severas críticas aos escribas e fariseus de seu tempo, que encontramos no Evangelho de Mateus, são válidas para qualquer mundo religioso em qualquer tempo. Os religiosos da Igreja, consagrados pelos votos e pelo sacramento da Ordem, também eles e elas são chamados a uma revisão de vida séria na Quaresma. Os santos continuam sendo os modelos de gente desapegada e entregue à causa do Evangelho. Mas é verdade que o demônio, ou o Pecado, é insidioso. Escorrega e entra pelas frestas da nossa vida e com astúcia nos dá argumentos em defesa do nosso distanciamento do Evangelho de Jesus. Para tudo temos uma razão, para tudo buscamos justificativas.

Fonte: http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d3

Meditando o evangelho

CUIDADO COM O EXIBICIONISMO

Jesus cuidou para que seus discípulos não imitassem os maus costumes dos fariseus. Abusando da boa-fé das pessoas simples, eles as oprimiam. Quando consultados, faziam interpretações rigorosas e exigentes da Lei. No entanto, tudo era diferente quando chegava a vez deles cumprirem essa mesma Lei. Seu agir pautava-se por um dualismo intransigente: severidade para os outros e permissividade para si mesmos.
Os fariseus distinguiam-se pelo exibicionismo. Suas roupas eram adornadas por franjas exageradas. Traziam, amarrados na fronte e nos braços, pequenos estojos contendo textos da Lei. Para que todos se dessem conta disto, usavam tiras de couro bem largas para atar esses estojos. Quando chegavam nas sinagogas, faziam questão de ocupar um lugar de destaque. Na rua, gostavam de ser saudados pelos passantes. Na época, essa saudação constava de um ritual bem complicado. Além disso, não abriam mão de serem chamados de "rabinos", para que sua importância ficasse bem evidente.
Jesus procurou banir tal comportamento do meio de seus discípulos, ensinando-lhes o caminho do serviço e da humildade. Nada de querer parecer melhor que os outros, querendo assim assumir um lugar que pertence unicamente a Deus e acabando por se tornar um terrível opressor. O discípulo deve ser movido por outros sentimentos!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, afasta do meu coração toda tentação de exibicionismo e ensina-se a ser humilde servidor.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-03-14

Oração Final
Pai Santo, dá-nos sabedoria e força para seguirmos o caminho da humildade e da simplicidade de coração, para professarmos a fé pura de filhos que sabemos ser muito amados por Ti e queremos ser fontes de esperança para os irmãos de jornada. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/03/2014


15 de Março de 2017

Mt 20,17-28

Comentário do Evangelho

Solicitação de um privilégio

É o terceiro anúncio da paixão no evangelho segundo Mateus. Já o dissemos: o anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus é uma prolepse que interessa, sobretudo, ao ouvinte ou leitor do evangelho. A mãe dos filhos de Zebedeu, juntamente com seus dois filhos, entra em cena para pedir um favor que, na verdade, é a solicitação de um privilégio: "Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda". O pedido dela é fruto da incompreensão. A verdadeira recompensa está em participar da vida de Jesus e de sua paixão, pois "ao discípulo basta ser como o Mestre" (Mt 10,25), que "não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos".
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, transforma-me em servidor de meus semelhantes, fazendo-me sempre pronto a doar minha vida para que o teu amor chegue até eles.
Fonte: Paulinas em 27/02/2013

Vivendo a Palavra

O texto nos consola e anima, porque João e Tiago, que conhecemos como os mártires tão admirados, mostram-se aqui humanos como nós, em busca de posições privilegiadas no Reino que Jesus anuncia. Mas o Mestre adverte “Entre vocês não deve ser assim...” Temos que ser diferentes.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/02/2013

Reflexão

Nós todos, que nos dizemos discípulos e discípulas de Jesus, não podemos deixar os critérios do Evangelho para viver segundo os critérios do mundo. No mundo, autoridade significa ocasião para a tirania, a opressão e a busca da satisfação dos próprios interesses, sejam de quais naturezas forem. O próprio Jesus nos fala que entre nós não deve ser assim. Ele é o modelo de autoridade para todos nós, pois sendo verdadeiro Deus, o Senhor de tudo, se fez servidor dos homens e despojou-se de tudo, desde a sua condição divina até a sua vida humana, para nos resgatar e nos fazer participantes da vida divina.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=3&dia=15

Meditação

Você tem a convicção de que o maior é aquele que sabe servir? - Será que em sua comunidade há realmente generosidade no servir? - Há muito abuso de poder? Cite algum fato sem revelar nomes. - O verdadeiro Reino de Cristo neste mundo é... a cruz! - Reze pedindo o dom do serviço!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario em 25/07/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Lugares Importantes
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

No evangelho estamos diante de dois membros da comunidade, que queriam fazer carreira religiosa, com o total apoio da Mamãe coruja que transforma o desejo de poder dos filhos, e uma oração suplicante. Se em nossas comunidades conhecemos pessoas com esse perfil dos Filhos de Zebedeu, isso é, que querem ter poder sobre as pessoas, ninguém desanime, pois os dois Filhos de Zebedeu tornarem-se santos e deram suas vidas por amor ao evangelho.
Mas eles também viveram essa fantasia de ter poder na comunidade, como comentávamos na reflexão de ontem, sobre a cadeira do padre. Jesus acaba de anunciar o seu triunfo sobre as Forças do Mal, que irá culminar com a sua ressurreição, mas que irá passar pelo amargor da paixão e da morte no calvário. A mãe, como qualquer mãe dos nossos tempos queria ver os Filhos se darem bem na vida, que mãe já não tentou falar com alguém influente para arranjar um emprego para o Filho, algum político de prestígio, para dar ao Filho algum benefício? Não vamos condenar a mãe dos dois jovens, pois há quem diga que foram eles mesmos que pediram a Jesus, mas Matheus, amenizando a situação, joga a responsabilidade para a coitada da mãe...
O evangelho não quer espinafrar a Mãe e seus dois filhos, que como já disse, ao ser escrito esse evangelho provavelmente já tinham alcançado a santidade com o martírio. Mas a mensagem central é só uma : quem quiser percorrer o caminho do discipulado, tem que renunciar aos sonhos de poder, prestígio e grandeza, para unir-se intimamente a Cristo, sua paixão e morte.
O cristão vive para servir aos irmãos e irmãs, dar sempre o melhor de si para o bem do outro, desapegar totalmente de seus interesses até mesmo essenciais, para uma entrega total e generosa a serviço do outro, sem nunca esperar gratidão, reconhecimento e homenagens, mas a cruz unicamente.
O caminho da Santidade em Cristo, passa obrigatoriamente pelo calvário, antes de chegar na Ressurreição. É este o único caminho do discipulado, e não há outro!

2. O maior entre vós seja aquele que vos serve
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Subindo com Jesus para Jerusalém, parece não termos aprendido muito até agora. A conversão ainda está distante. Tiago e João são apóstolos. Hoje lhes daríamos títulos pomposos que os deixariam contentes porque estavam à busca dos primeiros lugares. Chegaram a compreender que Jesus devia sofrer e morrer antes da ressurreição. Mas no céu, lá na glória, quem sabe poderiam ocupar os primeiros lugares ao lado de Jesus, certamente para poderem servir mais e melhor.

Fonte: http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d4

Meditando o evangelho

A LIÇÃO DO SERVIR

Os discípulos de Jesus não estavam isentos do vírus da ambição que afeta o coração humano.
Os filhos de Zebedeu, imaginando que Jesus haveria de restaurar o trono de Davi, deixaram-se levar pela ilusão de poder ocupar postos de destaque no reino a ser instaurado. A mãe deles encarregou-se de abordar Jesus para solicitar-lhe nada menos do que o lugar à direita e à esquerda do futuro rei.
Jesus chamou-os à realidade, fazendo-os refletir sobre o verdadeiro sentido de Reino. Eles, porém, acompanharam mal o raciocínio de Jesus. Quando o Mestre falava em beber o cálice, aludindo à sua futura paixão, imaginavam tratar-se da taça usada pelos reis. E se mostraram dispostos a beber do cálice do qual Jesus beberia. Este não se deu ao trabalho de desfazer o mal-entendido. Por sua vez, os discípulos não foram capazes de atinar para o sentido das palavras do Mestre: o futuro lhes reservava a mesma sorte dele.
O incidente deu margem para Jesus apresentar os sentimentos a serem acalentados no coração dos discípulos: quem quiser ser o maior, deve distinguir-se como servidor de todos; quem quiser ocupar um lugar de destaque, deve tornar-se como que escravo dos outros.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, tira do meu coração toda ambição egoísta e faze-me descobrir a alegria de servir.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-03-15

Oração Final
Pai Santo, dá-nos força para não nos acomodarmos, coragem para nos tornarmos diferentes, discípulos missionários de tua Igreja, anunciadores do teu Reino de Amor já presente neste mundo, pois foi vivido e anunciado pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/02/2013


16 de Março de 2017

Lc 16,19-31

Comentário do Evangelho

A Lei e os profetas são dados para esta vida...

O risco dos contemporâneos de Jesus, que continua sendo o nosso, é viver a vida como se Deus não existisse e o Senhor não nos tivesse dado o mandamento do amor ao próximo. A riqueza pode cegar e a indiferença diante do sofrimento do outro revela o abandono do mandamento de Deus, para além das aparências. Só da região dos mortos, onde a situação do ser humano é irreversível, é que aquele rico anônimo compreende que a obediência à Lei é o meio de entrar no Reino de Deus. Pela fala de Abraão, todos os discípulos e com eles o leitor do evangelho é alertado de que o meio para entrar no Reino de Deus está na meditação da Escritura, a quem se deve dar ouvidos. Se esse meio é rejeitado, não há nada que poderá demover quem quer que seja de sua má conduta. A todos nós Deus oferece os meios para viver a vida de Deus. Esses meios estão consignados na Palavra de Deus, que é uma luz para o nosso modo de proceder. A Lei e os profetas são dados para esta vida em vista do Reino de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, não permitas que nada neste mundo me impeça de ver o sofrimento de meu próximo e fazer-me solidário com ele.
Fonte: Paulinas em 20/03/2014

Vivendo a Palavra

Jesus mostra que é essencial ouvir e praticar a Palavra do Senhor. No texto ela está representada por Moisés e os Profetas, isto é, a Bíblia. O Pai nos fala pelo Filho, sua Palavra Viva. E se comunica também pelos sinais dos tempos, através dos irmãos, da Igreja, com sua tradição e magistério, e no silêncio íntimo dos nossos corações.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/03/2014

Reflexão

O tempo santo da quaresma é tempo de conversão. Quando falamos de conversão, precisamos pensar antes de tudo nas suas motivações, pois delas depende a sua perseverança. O Evangelho de hoje nos mostra um dos principais elementos que devemos levar em consideração no que diz respeito à motivação para a conversão que é a questão dos valores. Para o homem rico, os valores fundamentais eram a quantidade de bens materiais e os prazeres do mundo. De nada lhe adiantaram Moisés e os Profetas porque, como não havia comunhão de valores, estes se tornaram discursos vazios e a religião foi reduzida a ritualismos. Nesta quaresma, precisamos assumir como próprios de todos nós os valores do Evangelho para que de fato nos convertamos.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=3&dia=16

Recadinho

Há pessoas exageradas que colocam sua felicidade na riqueza, no ter cada vez mais! O que dizer disso? - Há pessoas que, mesmo tendo o suficiente para viver, estão sempre insatisfeitas, à procura da riqueza pela riqueza em si! O que levarão no final? - Há pessoas que nada possuem e nada fazem a não ser reclamar da vida! Como poderão se realizar em tal situação? - Há pessoas que têm tão poucos bens e nota-se que na situação em que vivem são felizes! Alegremo-nos com elas! - Tiremos uma conclusão prática para nossa vida diária.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 20/03/2014

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Ser! Mais importante que Ter!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Não se pode ler esse evangelho sob a ótica de alguma ideologia humana, pois se corre o risco de interpretar que os ricos vão para o inferno e os pobres para o céu. O evangelista, ao refletir com as suas comunidades não estava nenhum pouco preocupado com a questão social, mas sim com algo que é muito mais importante: a abertura que damos à Deus, à sua palavra, à sua Salvação e à sua Graça Santificante.
O pobre Lázaro não têm muitos méritos para ir ao céu, aqui chamado de seio de Abraão, é um homem extremamente carente e que vive de esmolas, não fala que ele era bom, juto, amável, que frequentava comunidade. O Rico, que nem nome tem, curte a sua riqueza esbanjando seus bens, regalando-se com banquetes todos os dias. O evangelho nem menciona que o rico passava indiferente pelo esmoleiro chamado Lázaro. Talvez isso até ocorresse, já que Lázaro esmolava no portão da entrada do Palácio do Rico.
Parece que o pobre entrou nesse evangelho como “âncora”, para que o evangelista possa falar do pecado do rico, que, confiando unicamente em sua riqueza, apostou nela todas as suas fichas e nunca sentiu necessidade de se abrir á Deus e a tudo o que ele nos oferece. Só na outra vida é que “caiu a ficha”, pois descobre (tarde demais, diga-se de passagem) que há algo mais importante do que a riqueza: a Salvação que vem unicamente pela Graça, sua sede terrível mostra que ele não a tinha e imagina ingenuamente que poderá tê-la,e que um “pouquinho” já será suficiente. O tal que se banqueteava na fartura, agora se contenta com uma minúscula gotinha de água da Salvação. Tarde demais...
O fato de não ter-se aberto á Salvação ainda em vida, criou um abismo entre ele e Deus e consequentemente com as pessoas, isolando-se em um terrível egocentrismo, o mesmo mal que hoje em dia corroe a alma e o coração de muitos.
Quem se abre a Graça de Deus e a sua Salvação, irá se relacionar com ele porque o descobrirá nos mais carentes. Essa é a verdadeira religião, á que nos leva a Deus, passando antes pelo próximo. O resto é a Religião da Mentira que leva a pessoa ao mesmo lugar de tormento onde foi parar aquele Ricaço. Daí, qualquer arrependimento será inútil, porque como dizia minha saudosa mãe “A Inês já é morta”.

2. O homem rico e o pobre Lázaro
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

A história de Lázaro e o rico contada por Jesus é uma ficção didática, mas quantos Lázaros encontramos no dia a dia, fruto de um sistema de corrupção! Os responsáveis não escutam Moisés nem os Profetas. Ajude o homem rico a se converter enquanto está por aqui.

Fonte: http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d5

Meditando o evangelho

O CORAÇÃO INSENSÍVEL

O excesso de riqueza faz o coração humano tornar-se insensível ao sofrimento alheio. O pecado, neste caso, consiste em não se dar conta de que existem outras pessoas cuja sobrevivência depende de um gesto generoso e solidário. Jesus buscou abrir o coração dos discípulos para a sensibilidade e a misericórdia.
A parábola do homem rico, sem misericórdia, sublinha o destino reservado a quem vive em função de desfrutar os bens deste mundo. Naquela mesa farta, havia lugar apenas para o rico e seus convidados. A preocupação de apresentar-se com roupas luxuosas desviava sua atenção do pobre que jazia à sua porta. Entre o homem rico e o pobre Lázaro, havia pessoas encarregadas de mantê-los devidamente separados. Por isso, o pobre não podia nem mesmo comer o refugo da mesa do rico.
Todavia, essa situação se inverteu na hora da morte. O prazer do rico tornou-se sofrimento, e o sofrimento do pobre consolação. A tranqüilidade do rico converteu-se em tribulação, e a tribulação do pobre, em felicidade. A segurança do rico mudou-se em desespero, e a insegurança do pobre, em salvação.
Os discípulos de Jesus devem precaver-se contra a tendência de fechar os olhos para quem jaz nas sarjetas do mundo, fazendo-se solidários com os Lázaros sentados à sua porta.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, cria em mim um coração sensível, capaz de fazer-se solidário com quem jaz à minha porta, esmolando um pouco do meu amor.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-03-16

Oração Final
Pai Santo, dá-nos sensibilidade e coragem para ouvir e acolher a tua Palavra amorosa que nos envolve de carinho. Faze-nos sábios para entender que a tua discrição – pois Tu não te impões ostensivamente – quer apenas deixar-nos a liberdade de ouvir-Te ou negar-Te. Queremos seguir o Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/03/2014


17 de Março de 2017

Mt 21,33-43.45-46

Comentário do Evangelho

Forte apelo a reconhecer em Jesus o dom de Deus.

A parábola não é o retrato fiel da realidade. Ela visa transmitir uma mensagem cuja finalidade é levar a compreender o mistério de Deus e adequar o comportamento do homem de fé com o desígnio salvífico de Deus. No Antigo Testamento, a vinha é símbolo do povo de Deus, povo que Deus criou e escolheu e que cuida com amor (cf. Is 5,1-7). Entre os membros do povo de Deus, há aqueles que Deus escolheu para, em nome do Senhor, cuidarem e protegerem o povo que a Deus pertence. A parábola denuncia, em primeiro lugar, aqueles que, ao invés de cuidarem do povo, querem se apossar da vinha do Senhor. Para isso, rejeitaram todos os que foram enviados por Deus para alertá-los. É uma menção ao fim trágico de muitos profetas. Em segundo lugar, e essa é a intenção mais importante da parábola, faz o leitor compreender que a morte de Jesus foi premeditada e é fruto da ganância, da maldade deliberada (cf. vv. 38-39). Apesar do v. 42, a parábola não possui um juízo condenatório; ela é, isso sim, um forte apelo a reconhecer em Jesus o dom de Deus, a viver em conformidade com esse dom e, nele, produzir bons frutos.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, no teu imenso amor, jamais perdes a esperança de ver realizado o teu projeto de salvação. Que eu me deixe tocar por teus apelos e me converta sinceramente para ti.
Fonte: Paulinas em 21/03/2014

Vivendo a Palavra

Os agricultores da parábola entraram na lavoura já preparada e não cumpriram seu compromisso. Também nós chegamos a esta terra encantada, já pronta para nos acolher. Nosso compromisso é viver fraternalmente com nossos irmãos e conservar a terra para os que vierem depois de nós. Somos parecidos com aqueles agricultores, ou estamos cumprindo a nossa parte?
Fonte: Arquidiocese BH em 21/03/2014

Reflexão

O Evangelho de hoje nos apresenta uma síntese de toda a história da salvação. Deus formou o seu povo, representado por Jerusalém que, nesta parábola, é simbolizado pela vinha. Aqueles que eram responsáveis pela vida religiosa do povo não foram fiéis a Deus, que lhes enviou os profetas para que voltassem ao caminho da justiça, mas os profetas não foram recebidos, foram vítimas de toda espécie de violência e acabaram mortos. Por fim, Deus enviou seu Filho ao mundo, mas ele também foi rejeitado e morto. Deus, então, estabeleceu uma nova Aliança com o seu novo povo, a Igreja, que deve produzir seus frutos no devido tempo.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=3&dia=17

Recadinho

Jesus é bem claro: revela a origem de sua autoridade. Ele fala como quem tem autoridade para isso. Não fala apenas por falar! - Jesus denuncia o abuso de autoridade. São muitos os que se servem de modo abusivo da autoridade que têm. - Jesus se refere aos profetas, enviados de Deus, que não foram aceitos justamente por aqueles que os deviam aceitar: os sacerdotes e anciãos. - Jesus desmascara as autoridades que manipulam e desprezam a religião em favor de interesses pessoais. - Conclusão: Jesus levou seus ouvintes a dizerem a verdade, sem que eles notassem que estavam condenando a si mesmos! Triste história e que se repete ao longo dos séculos! Vamos ler de novo, colocando-nos no lugar daqueles que mencionamos acima?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 21/03/2014

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Apropriação Indébita...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O Termo apropriação indébita se refere à posse ilegal de algo que não nos pertence. Deus edificou o seu Reino no meio dos homens, mas não se trata de uma parreira qualquer, abandonada á beira da estrada, dessas que parece que não tem dono. Ela foi cercada com uma sebe, cavada um lagar onde se pisoteia a uva para produção do vinho, e construída uma torre para vigiar, afastando intrusos ou animais silvestres que irão danificar a parreira.
No meio da humanidade Deus escolheu o povo de Israel, estabelecendo com ele uma vida de comunhão, dando-lhes todas as condições necessárias para viverem bem, sempre na amizade e proteção do Deus da ALIANÇA. Deus esperava desse povo uma vida íntegra, pautada pela justiça e igualdade, solidariedade, para assim ser um sinal entre todas as Nações, sinal visível de um Deus que ama e que caminha junto.
Não podemos dizer que Deus antes fez um rascunho do que seria o Reino Ideal e depois passou a limpo, o Antigo Testamento já é o início da edificação do Reino de Deus, claro que de maneira prefigurada, mas os Santos Homens que por aqueles tempos ajudaram nessa obram, têm os seus méritos e nem precisaram ser canonizados, a própria História da Salvação os canonizou.
O que o evangelho nos mostra é que Deus confia a administração do seu Reino aos Homens, que se tornam seus colaboradores ou arrendatários, a Igreja está a serviço do Reino, mas ela não é o Reino, apenas um sinal visível dele. O Reino é maior e está acima de qualquer instituição humana. Evidentemente que, exatamente como o Proprietário da Vinha, Deus espera sempre colher os frutos da sua obra, mas não pensemos que Deus é um explorador como os Latifundiários da Galiléia, os frutos aqui mencionados, e que Ele sempre cobra daqueles a quem confiou o Reino, são frutos que beneficiam os irmãos e irmãs, é na relação com as pessoas que o cristão produz os frutos da Parreira do Senhor: uvas doces da Justiça, igualdade, solidariedade, fraternidade e misericórdia.
Interessante porque o evangelho traz uma crítica duríssima contra os arrendatários do Reino de ontem e de hoje: além de serem péssimos administradores, porque só ocupam espaço e não produzem nenhum fruto, ainda por cima se apossam do que não lhes pertence tornando-se os detentores da Salvação Divina, porque mataram o Herdeiro, isso é, aquele que é o verdadeiro Dono do Reino, o Filho de Deus, ou seja, Jesus deixa de ser uma referência para esses trapaceiros da Religião de Israel, e eles próprios tornam-se a referência como Zeladores da Lei antiga e Fiscais da Salvação, determinando quem vai se salvar...
É claro que Deus Pai abandonou esse projeto inadequado, pois o seu Reino de Santidade e perfeição tornou-se uma grotesca caricatura, e a partir da morte e ressurreição Daquele que os homens pensaram haver destruído definitivamente, o Reino se refez e tornou-se definitivo, e de propriedade exclusiva de Deus, manifestado em Jesus de Nazaré. E assim, a pedra que os construtores de araque rejeitaram , tornou-se a pedra angular.
Longe de ficarmos olhando para o passado e condenando os que rejeitaram a Pedra Angular que é o Cristo, e se apossaram da Vinha do Senhor, é melhor olharmos o presente onde temos enquanto cristãos essa responsabilidade confiada pelo Senhor, de trabalharmos em sua Vinha que é a Igreja, a serviço do mundo. Também nós, se não correspondermos á Vontade de Deus, iremos perder nosso lugar nessa obra, porque o Dono da Vinha chama quem ele quiser para vir tomar conta de sua Vinha...

2. A parábola da vinha
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Mataram o herdeiro e tomaram posse da herança. Mataram Jesus Cristo na cruz e receberam a vida em herança. Ó culpa feliz de quem não sabia o que fazia! A pedra rejeitada tornou-se a pedra principal da nova construção. Isto foi feito pelo Senhor.

Fonte: http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d6

Meditando o evangelho

A OBRA DO SENHOR

Jamais o ser humano poderá atribuir a Deus o plano de condenar a humanidade. Pelo contrário, o grande anseio divino consiste em salvá-la, arrancando-a da tirania do egoísmo e do pecado. Este foi o tema da parábola contada por Jesus.
Qual é a imagem de Deus nela contida? Ele é descrito no seu imenso amor pela humanidade, a ponto de criá-la e proporcionar-lhe todas as condições para dar frutos de justiça, de comunhão, de solidariedade. Confia plenamente neste seu projeto, ao qual se entrega com total empenho e esperança.
Todavia, seus esforços parecem ter sido vãos. A humanidade recusou-se a produzir os frutos esperados. No seu grande amor, Deus não cessou de enviar mensageiros, visando conclamá-la à conversão. Estes foram sistematicamente rejeitados. Obcecada pelo pecado, a humanidade preferiu rejeitar o desígnio divino e continuar merecedora de condenação.
O envio do Filho Jesus correspondeu a um esforço supremo do Pai de atrair a humanidade novamente para si. Mas também seu Filho foi rejeitado e assassinado, como os mensageiros anteriores. Mesmo assim, Deus não perde a esperança. Existe sempre alguém a quem a proposta de conversão pode ser feita, de modo a ser concretizada a obra da salvação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, no teu imenso amor, jamais perdes a esperança de ver realizado o teu projeto de salvação. Que eu me deixe tocar por teus apelos e me converta sinceramente para ti.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-03-17

Oração Final
Pai Santo, infunde em nós profunda gratidão pelo mundo que preparaste para nos acolher e pelos irmãos que colocaste perto de nós. Dá-nos também, Pai amado, o dom de sermos cuidadosos com a natureza e compassivos com os companheiros de jornada, seguindo o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/03/2014


18 de Março de 2017

Lc 15,1-3.11-32

Comentário do Evangelho

Deus é rico em amor.

Não é a primeira vez que o autor do evangelho observa que os fariseus e os escribas murmuram contra Jesus (cf. Lc 5,30). A razão é a mesma, a saber, a boa acolhida que Jesus dá aos pecadores. Depois, dos vv. 1-3 que dão o contexto e a motivação, Jesus conta uma série de três parábolas de misericórdia. O tema da alegria no céu pela conversão de um único pecador está presente nas três parábolas (vv. 7.10.23-24.31-32). A terra deve imitar o céu: se há alegria no céu pela conversão de um único pecador, deve haver também na terra. Na terceira parábola, a do “Pai misericordioso”, a alegria do Pai contrasta com a atitude de raiva e murmuração do filho mais velho. Tem-se a impressão de que a parábola identifica a atitude dos fariseus e dos escribas com a atitude do filho mais velho. A acolhida ao filho mais novo não é aceitação do que ele fez; é perdão e oferta de uma nova vida. As parábolas são resposta de Jesus à murmuração dos seus opositores. Mas do leitor do evangelho é exigido imitar a atitude do Pai que procura incansavelmente quem está perdido e acolhe no seu amor quem se desgarrou e foi encontrado. Deus é rico em amor, amemo-nos uns aos outros como o Senhor nos amou.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, coloca-me no caminho da vida, banindo todo egoísmo que me afasta de ti, e não permitindo que eu jamais duvide de teu amor.
Fonte: Paulinas em 22/03/2014

Vivendo a Palavra

O Pai é visto de maneiras diferentes pelos dois filhos: o mais velho, exige que Ele recompense sua fidelidade e condene o irmão. O mais novo reconhece que não é digno, pede perdão e acolhida, ainda que como um servo. Qual é a visão que temos de Deus? Nós nos consideramos bons e esperamos justiça, ou, conhecendo nossos pecados, pedimos e esperamos perdão e misericórdia?
Fonte: Arquidiocese BH em 22/03/2014

Reflexão

A Igreja precisa se aproximar cada vez mais dos pecadores e pecadoras para dar-lhes oportunidades reais de conversão e meios concretos para que possam seguir o itinerário da fé e trilhar os caminhos da santidade. Isso só é possível quando seguimos o exemplo de Jesus e acolhemos todas as pessoas que vivem no pecado e que são marginalizadas por causa disso. Se não nos dispomos a criar espaço nas nossas comunidades para essas pessoas e não criamos mecanismos pastorais e evangelizadores eficazes, os pecadores e as pecadoras não terão as melhores condições para corresponder à graça divina e nós seremos responsáveis por isso.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=3&dia=18

Recadinho

Esta parábola hoje é chamada de parábola do pai misericordioso! Sei tratar a todos com misericórdia? Os fariseus tinham direito de reclamar porque Jesus se aproximava das pessoas de má fama? - Será que Deus faz distinção de pessoas? - Sou acolhedor, procuro viver a bondade que vem de Deus em meu ambiente familiar? - Existe maior bondade que esta: mesmo quando erramos, se o buscamos, Deus nos acolhe!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 22/03/2014

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Fraqueza de Deus...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Deus tem uma fraqueza, um calcanhar de Aquiles, um ponto vulnerável, não resiste quando vê o homem envolvido na miséria. É impressionante como Lucas descreve esse dramático reencontro do Pai com o Filho mau caráter, que havia abandonado a casa paterna e dissipado os seus bens com farras, urgias e prostituição. Da parte do Filho o comportamento é o esperado, ao cair em si e se dar conta da "burrada" que tinha feito, tratou de voltar "Com o rabo entre as pernas". Lucas quer levar os olhares da sua comunidade, não para o Filho, mas para o Pai.
No contexto em que Jesus narrou a parábola o Filho mais novo representa todos os que estavam fora da Instituição Religiosa daquela época, ou porque não acreditavam, ou porque eram marginalizados pelo sistema religioso,  entretanto, de maneira sútil Lucas diferencia a relação desses para com Deus, do modo como os Fariseus, Escribas e Doutores da Lei se relacionavam.
A conversa antes da partida "Meu pai, dá-me parte da herança que me toca", na terra distante, vítima da miséria e da fome, ele pensa "Quantos empregados na casa do meu Pai".
E no momento do reencontro "Meu Pai, pequei contra o céu e contra ti". Havia nesse jovem descabeçado algo de bom: a consciência de ser Filho e ter um pai. Quem tem a consciência de que é Filho, e que tem a Deus por Pai, manifesta isso na relação com os demais, a quem têm como irmãos e irmãs.
O Filho mais velho não se vê como tal, tem com o Pai uma relação de empregado para com o seu patrão, que cumpre fielmente todas as tarefas que lhe são confiadas, quanto ao mais novo, não o reconhece como irmão "este teu Filho que gastou teus bens com prostitutas..." - é a sua queixa amarga e ciumenta, pelo modo como viu o Pai tratar o mais novo em seu retorno. "Para ele matas o novilho mais gordo e lhe dá uma festa!"
Mais um detalhe importante, quem estava comemorando era o Pai, a Festa era dele, porque o Filho querido e amado, que havia se perdido fora reencontrado. Deus manifesta-nos sua alegria e esta nos envolve e nos contagia. Seu amor e seu olhar cheio de misericórdia jamais se distancia de nós, o Filho ainda estava longe, e o Pai, movido de compaixão correu ao seu encontro...
Não com o dedo em riste para uma bela lição de moral, não com o olhar acusador e cheio de ameaças, não cheio de orgulho e sentimento de vencedor, para exigir mil e uma condições para aceita-lo de volta. Ao contrário, sequer o deixa prostrar-se aos seus pés e formular o pedido de perdão, mas o coloca de pé, e sem mandar tomar um banho, pois estava encardido e mal cheiroso, pelo trabalho junto aos porcos e pela longa caminhada, o vestiu com uma bela túnica, colocou em seu dedo encardido um anel belíssimo, e calçou seus pés imundos da poeira da estrada, com uma sandália. O sinal inequívoco de que o ama, mesmo no estado miserável em que está, vendo nele a dignidade de ser seu Filho.
A parábola não é um estímulo para que cometamos o pecado nos afastando da casa do Pai, isto é, da amizade e comunhão com Deus, ao contrário, somos convidados a olhar para Deus e ver Nele, como seu amor e sua misericórdia é grandiosa e imensa pelo Homem. Esse Filho pródigo é a humanidade, somos eu e você que lê essa reflexão, Deus vive nos fazendo festa e nos envolvendo com a dignidade divina, dom que ganhamos com a encarnação de Jesus, cada volta é uma festa porque percebemos que Ele nos ama de paixão, manifestada na cruz do calvário.
Aproveitemos bem a festa da Vida, que nos vem em sua graça, lá de vez em quando cismamos de buscar outras festas que a ilusão do mundo nos oferece, e acabamos sempre como o filho mais novo, no chiqueirão das nossas misérias, e quando a fome de ser amado nos aperta o coração, Deus já está lá na curva do caminho, á nossa espera de braços abertos para nos envolver...Mas em nossa caminhada muitas vêzes olhamos com desprezo certas pessoas de categoria inferior, sem moral e sem dignidade, não os vemos como nossos irmãos. Daí fazemos o triste papel do filho mais velho, aquele que era "religiosamente" correto, e que, morando na casa do Pai, estava tão longe dele, do seu abraço e do seu amor...

2. A parábola dos dois filhos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Publicanos e pecadores procuravam Jesus para escutá-lo. Fariseus e escribas criticavam. Na parábola, o único bom era o pai.

Fonte: http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d7

Meditando o evangelho

DA MORTE À VIDA

O itinerário do filho tresloucado é imagem do itinerário da humanidade na sua relação com Deus. A comunhão é rejeitada, sem motivo, e trocada por uma vida insensata de ilusões, fruto do pecado. A comunhão é restabelecida a partir da decisão de converter-se ao amor de Deus. É a passagem da morte à vida! Esta passagem, porém, só é feita por quem pelo menos está consciente de que Deus não rejeita quem volta para ele com sinceridade.
Esta foi a experiência do filho pródigo. Encontrando-se em terra estranha e reduzido a uma deplorável condição, foi capaz de tomar a firme decisão de voltar para casa, certo de que seria recebido pelo pai, mesmo depois de tê-lo ofendido, e esbanjado dissolutamente sua parte da herança. Surpreendeu-se, no entanto, com a acolhida magnifica e inesperada que lhe foi preparada. O pai lançou mão de tudo quanto havia de melhor para que a festa tivesse o maior esplendor possível. Só então o filho se deu conta de quanto seu pai era misericordioso e benevolente. Se tivesse tido consciência de quanto seu pai o amava, sem dúvida, não teria demorado tanto a voltar.
Jamais duvidemos de ser acolhidos pelo Pai, embora sejamos pecadores. Ao voltar para ele, haveremos de experimentar o quanto nos ama. O primeiro passo consiste em não duvidar do amor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, coloca-me no caminho da vida, banindo todo egoísmo que me afasta de ti, e não permitindo que eu jamais duvide de teu amor.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-03-18

Oração Final
Pai Santo, não nos permitas apossar da tua Misericórdia, que sentimos em nossa passagem pelo mundo, mas que a deixemos transbordar dos nossos corações e ela envolva tua Criação. Assim poderemos, todos juntos, agradecer-te, sobretudo pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/03/2014


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