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Foto: Foxtongue (CC BY-NC-SA 2.0)
VIENA, 12 Dez. 13 / 02:30 pm (ACI/EWTN Noticias).- A Junta Internacional de Fiscalização de
Entorpecentes (JIFE), criada pela Organização das Nações Unidas (ONU),
considerou como sendo um ato irresponsável a recente legalização da venda de
maconha no Uruguai, promovida pelo seu presidente, José Mujica, e advertiu que
estão violando os tratados internacionais.
Em um comunicado emitido ontem em Viena (Áustria), a JIFE advertiu que
"a lei que legaliza a produção, venda e consumo de cannabis (maconha) para
propósitos não médicos aprovada ontem no Uruguai, transgride a Convenção Única
sobre Entorpecentes de 1961, da qual o Uruguai é membro".
Raymond Yans, presidente da JIFE, expressou a sua surpresa ao saber que
"um governo que é um parceiro ativo na cooperação internacional e na
manutenção do Estado de direito internacional, tenha decidido conscientemente
romper as disposições legais universalmente estipuladas".
Yans recordou que "o principal propósito da Convenção Única de 1961
é proteger a saúde e o bem-estar da humanidade".
A maconha, assinalou, "está controlada sob a Convenção de 1961, que
requer que os Estados membros limitem seu uso a fins médicos e científicos,
devido ao seu potencial para causar dependência".
"A decisão dos legisladores uruguaios não leva em consideração seus
impactos negativos na saúde, já que os estudos científicos confirmam que a
cannabis é uma substância viciante com graves consequências para a saúde das
pessoas. Em particular, o uso e abuso de cannabis por parte dos jovens pode
afetar gravemente seu desenvolvimento".
A JIFE explicou que a maconha "não é apenas aditiva, mas também
pode afetar algumas funções fundamentais do cérebro, como o potencial de
coeficiente intelectual, o rendimento acadêmico e trabalhista e afetar as
habilidades de direção".
"Fumar cannabis é mais carcinogênico (produz câncer) que fumar
tabaco", advertiu o organismo em seu comunicado.
Raymond Yans expressou por isso a sua desaprovação porque "a
evidência científica disponível, incluindo a apresentada aos comitês
parlamentares pela comunidade científica do próprio Uruguai, não foi levada em
consideração pelos legisladores".
O suposto propósito expressado pelos legisladores, assim como pelo
presidente José Mujica, de reduzir o crime com a legalização da maconha,
advertiu Yans está "apoiado em supostos bastante precários e sem
fundamento".
A decisão promovida por Mujica, que também promoveu a legalização do aborto e do mal chamado
"matrimônio" gay no Uruguai, "não protegerá os
jovens, mas terá o efeito perverso de alentar a experimentação precoce,
reduzindo a idade do primeiro uso e, portanto, contribuindo ao desenvolvimento
de problemas e ao início mais cedo do vício e de outras desordens".
Os diretores da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes
lamentaram "que o Governo do Uruguai não tenha respondido à JIFE para
começar um diálogo prévio a uma nova revisão da lei".
"A JIFE reafirma o seu chamado ao Governo do Uruguai para colaborar
com a Junta com uma visão de assegurar que o Uruguai continue respeitando e
implementando os tratados dos quais é membro", finalizou o comunicado.
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