terça-feira, 20 de junho de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 20/06/2023

ANO A


Mt 5,43-48

Comentário do Evangelho

A postura do misericordioso

Sexta antítese. Trata-se, aqui, da postura do misericordioso, daquele que sabe suportar a perseguição, daquele que aceita o mal permanecendo “fazedor de paz”, de perdão, daquele que não tem nada a perder porque o seu tesouro é fazer o exigido pelo evangelho, que mostra a nossa filiação divina. A partir do momento em que aceitamos o evangelho da paternidade de Deus, nos comportamos com a confiança, a serenidade, a certeza dos bens maiores que são próprios dos filhos. “Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.” Além da integridade física e moral, a perfeição tem o significado de fidelidade na observância da Lei (Sl 119[118],1). A passagem paralela de Lucas (6,36) põe o acento sobre a misericórdia do Pai, que se é convidado a imitar. Mas a perfeição do Pai está na universalidade do seu amor, que é dom absolutamente gratuito.
Carlos Albero Contieri, sj
Oração
Espírito de amor perfeito, coloca-me no caminho da perfeição do Pai, que ama a humanidade, fazendo o bem a todos os seres humanos, sem distinção.
Fonte: Paulinas em 18/06/2013

Vivendo a Palavra

O amor sem limites é o ponto central do Sermão da Montanha e da Mensagem de Jesus. Não se trata de um sentimento – simpatizar, gostar de alguém –, mas de desejar-lhe o mesmo bem que desejamos aos nossos amigos e de colocarmos a serviço do próximo, sem discriminações, tudo que temos e que somos.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/06/2013

VIVENDO A PALAVRA

Continuamos saboreando o Sermão da Montanha, sorvendo o néctar essencial para o ser Cristão. Hoje, Ele afirma que seus seguidores devem ser pessoas diferentes: muito além do perdão, Jesus ensina o amor ao inimigo, o carinho de orar pelos que nos querem mal. O exemplo vem do Pai Misericordioso, que desconhece discriminações entre seus filhos. Com justos e injustos, bons e maus, Ele é todo compassivo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/06/2019

VIVENDO A PALAVRA

Atingimos hoje a essência, o ponto mais profundo do Sermão da Montanha: o Amor ao inimigo, a Oração por aqueles que nos perseguem. E o Mestre lembra que o Pai é assim – manda a chuva sobre os bons e maus. Este é o testemunho maior que podemos oferecer aos irmãos. Mas, para vivê-lo, precisamos ter coragem, Fé e Esperança nos nossos corações.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/06/2021

Reflexão

Um dos valores mais determinantes da nossa vida é a justiça, mas na maioria das vezes deixamos de lado a justiça de Deus para viver a justiça dos homens, fundamentada na troca de valores e não na gratuidade de quem de fato ama. Quem ama verdadeiramente reconhece que Deus é amor e tudo o que somos e temos vem dele, como prova desse amor gratuito. Assim, as nossas atitudes não podem ser determinadas pelas diferentes formas de comportamento das pessoas que nos rodeiam, mas pelo amor gratuito de Deus que deve fazer com que sejamos capazes de superar toda forma de vingança em nome da justiça e procurar dar a nossa contribuição para que o mundo seja cada vez melhor.
Fonte: CNBB em 18/06/2013

Reflexão

O amor de quem crê em Jesus não pode ficar limitado a pessoas da mesma família ou círculo de amizade: “Se vocês cumprimentam apenas seus irmãos, o que fazem de mais?”. Seria incompleto e estaria muito distante do modelo de amor que é o próprio Deus. Seu amor é universal; ele não faz distinção de pessoas, cultura ou credo. Para todos, sem exceção, Deus oferece os benefícios do sol, da chuva e de toda a natureza. O cristão, à semelhança de Cristo, não pode deixar ninguém fora do alcance do seu amor nem mesmo os que se tornam inimigos. Aos que nos perseguem ou que dificultam o nosso caminhar (também nas comunidades cristãs), Jesus recomenda a oração: “Rezem por aqueles que perseguem vocês”. Nosso amor deve ser absoluto e universal, semelhante ao amor do próprio Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 18/06/2019

Reflexão

O amor de quem crê em Jesus não pode ficar limitado a pessoas da mesma família ou círculo de amizade: “Se vocês cumprimentam apenas seus irmãos, o que fazem de mais?”. Seria incompleto e estaria muito distante do modelo de amor que é o próprio Deus. Seu amor é universal: ele não faz distinção de pessoas, cultura ou credo. Para todos, sem exceção, Deus oferece os benefícios do sol, da chuva e de toda a natureza. O cristão, à semelhança de Cristo, não pode deixar ninguém fora do alcance do seu amor, nem mesmo os que se tornam inimigos. Aos que nos perseguem ou que dificultam o nosso caminhar (também nas comunidades cristãs), Jesus recomenda a oração: “Rezem por aqueles que perseguem vocês”. Nosso amor deve ser absoluto e universal, semelhante ao amor do próprio Deus.
Oração
Divino Mestre, Jesus Cristo, reconhecemos não ser fácil amar os nossos inimigos ou implorar as bênçãos divinas para os que falam mal de nós. Dá-nos, Senhor, coração disposto a imitar o Pai celeste, que “faz seu sol nascer sobre malvados e bons, e faz chover sobre justos e injustos”. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 15/06/2021

Reflexão

O amor de quem crê em Jesus não pode ficar limitado a pessoas da mesma família ou círculo de amizade: “Se vocês cumprimentam apenas seus irmãos, o que fazem de mais?”. Seria incompleto e estaria muito distante do modelo de amor que é o próprio Deus. Seu amor é universal; ele não faz distinção de pessoas, cultura ou credo. Para todos, sem exceção, Deus oferece os benefícios do sol, da chuva e de toda a natureza. O cristão, à semelhança de Cristo, não pode deixar ninguém fora do alcance do seu amor, nem mesmo os que se tornam inimigos. Aos que nos perseguem ou que dificultam o nosso caminhar (também nas comunidades cristãs), Jesus recomenda a oração: “Rezem por aqueles que perseguem vocês”. Nosso amor deve ser absoluto e universal, semelhante ao amor do próprio Deus.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito»

Rev. D. Iñaki BALLBÉ i Turu
(Terrassa, Barcelona, Espanha)

Hoje, Cristo convida-nos a amar. Amar sem medida, que é a medida do amor verdadeiro. Deus é Amor «ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos» (Mt 5,45). E o homem, faísca de Deus, tem que lutar para assemelhar-se a Ele cada dia, «Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus». Onde encontramos o rosto de Cristo? Nos outros, no próximo. É muito fácil compadecer-se das crianças da Etiópia que têm fome quando as assistimos na TV, ou dos imigrantes que cada dia chegam as nossas praias. Mas, e os que estão em casa? E os nossos parceiros de trabalho? E aquela parenta que esta longe e sozinha à qual poderíamos fazer companhia? Os outros, como os tratamos? Como os amamos? Que atos de serviço temos com eles cada dia?
É muito fácil amar quem nos ama. Mais o Senhor convida-nos ir mais além, porque «Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis?» (Mt 5,46). Amar nossos inimigos! Amar aquelas pessoas que sabemos —com certeza— que nunca nos devolverão o afeto, nem o sorriso, nem aquele favor. Simplesmente porque nos ignoram. O cristão, todo cristão, não pode amar de maneira “interessada”; não tem de dar um troço de pão, uma esmola aos que estão no sinal. Tem que dar-se a sim mesmo. O Senhor, morrendo na Cruz, perdoa aos que o crucificaram. Nenhum reproche, nem uma queixa, nem um gesto desagradável…
Amar, sem esperar nada em troca. À hora de amar temos que enterrar as calculadoras. A perfeição é amar sem medida, a perfeição a temos nas mãos no meio do mundo, no meio do nosso dia-a-dia. Fazendo o que devemos, e não o que nos convém. A Mãe de Deus, nas bodas de Caná da Galiléia, vê que os convidados não têm vinho. E pede para o Senhor que faça o milagre. Peçamos-lhe hoje o milagre de sabê-lo descobrir nas necessidades dos outros.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «O amor basta-se a si próprio; não requer outro motivo fora de si, nem tem nenhum proveito; os seus frutos consistem na sua prática: “Amo porque amo”» (S. Bernardo)

- «Porque é que Jesus nos pede para amarmos os nossos próprios inimigos, ou seja um amor que excede a capacidade humana? Porque sabe que no mundo há demasiada violência, demasiadas injustiças e, portanto, esta situação só é ultrapassável, contrapondo com um plus de amor» (Benedito XVI)

- «Os cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: `Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito´ (Mt 5, 48)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.013)

Reflexão

O chamado universal à santidade

Rev. D. Àngel CALDAS i Bosch
(Salt, Girona, Espanha)

Hoje, estes versículos do Evangelho se integram no capítulo das Boas aventuranças e com a mesma radicalidade. É a entranhável novidade da doutrina e do coração de Cristo: amar aos inimigos e rezar pelos que nos perseguem. Ele sabia que isto era difícil de "digerir".
"Sede, pois, vós perfeitos como vosso Pai celestial é perfeito". A luta pela santidade não é uma opção para superdotados. Se nos permite uma semelhança, o tal chamado está no "D.N.A." de nosso ser essencial. É uma vocação divina que arranca do Batismo e que nos lança a viver, com a força do Espírito, a união com Deus através de todas as circunstâncias de nossa vida. Ninguém pode viver fora deste chamado. O Concílio Vaticano II ensinou esta doutrina.
Que eu saiba, Senhor, olhar para dentro, para encontrar-te, com teu chamado a lutar por amor, fazendo-te “visível” aos que me rodeiam e, assim, abrir horizontes divinos a todos os homens.

Meditação

Rezo pelos que me ofendem, para que Deus lhes cure o coração? - Como fazer para amar os que não me amam? - Quero a recompensa de Deus? E então, como devo agir? - Procuro tratar bem a todos? - Lembremo-nos sempre: posso condenar os erros, mas não as pessoas!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 18/06/2013

Meditação

Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus.” Amar pode significar reconhecer e apreciar a bondade de alguém. Mas também pode significar querer o bem e a felicidade de alguém, mesmo que injusto e mau. Esse é o amor que devemos ter pelos inimigos. Sem esquecer que muitas vezes o preconceito é que nos impede de ver a bondade que pode neles existir. Na verdade, é só o amor que nos pode levar a ver a bondade das pessoas.
Oração
Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo, e como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário sobre o Evangelho


O Sermão da Montanha: Jesus nos pede para amar nossos inimigos e orar por aqueles que nos perseguem

Hoje, Jesus transmite-nos o “abraço de Deus”. Em Jesus Cristo descobrimos o Coração de Deus, de um Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. Tudo Amor! E um Amor que ama todos. Embora houvesse “inimigos” de Jesus, Ele não teve ninguém por inimigo (o problema era deles, não d’Ele).
- Tens algum inimigo?

Meditando o evangelho

A PERFEIÇÃO DO AMOR

A exigência de amar os inimigos revolucionou a mentalidade dos discípulos do Reino. O AT recomendava agir com deferência em relação aos inimigos, mormente em certas circunstâncias especiais. A Lei obrigava a reconduzir o boi do inimigo, caso se tivesse desgarrado da manada. Ao inimigo faminto e sedento, dever-se-ia dar comida e bebida. Ninguém poderia alegrar-se com a queda do inimigo. No entanto, não encontramos aí um ensinamento preciso acerca do amar os inimigos.
Jesus deu um passo considerável em relação à tradição judaica.
O amor evangélico supera o nível do puro sentimento ou o da relação de amizade. Amar consiste em estabelecer uma comunhão profunda com o outro, tornar-se seu intercessor junto do Pai - "Orai por aqueles que vos perseguem e caluniam" -, desejar-lhe, ao saudá-lo, um shalom pleno, ou seja, saúde, prosperidade e bem-estar, e implorar para ele as bênçãos divinas - "Bendizei aqueles que vos maldizem".
O amor recusa-se a nutrir desejos de vingança contra o inimigo. Antes, esforça-se continuamente para fazer-lhe o bem.
A motivação do amor ao próximo funda-se no modo de agir do Pai. Quando se trata de fazer o bem às pessoas, ele não as divide entre más e boas, justas e injustas, de forma a conceder benefícios a umas e punição a outras.
A perfeição do amor consiste na imitação do modo divino de agir. Por isso, o ideal do discípulo é ser perfeito como o Pai dos céus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de amor perfeito, coloca-me no caminho da perfeição do Pai, que ama a humanidade, fazendo o bem a todos os seres humanos, sem distinção.
Fonte: Dom Total em 18/06/2019 e 15/06/2021

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. O AMOR AOS INIMIGOS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Jesus apelou para o modo de proceder do Pai para ensinar o amor aos inimigos. O Pai não faz distinção das pessoas entre boas e más, quando concede seus benefícios à humanidade. O sol e a chuva derramam-se abundantes sobre todos e lhes são benéficos, independentemente, de sua conduta.
O discípulo do Reino, do mesmo modo, não divide as pessoas em boas e más, santas e pecadoras, amigas e inimigas, sendo atencioso e serviçal para umas e repelindo as outras. Porém, a atitude do discípulo pode não encontrar correspondência por parte de outras pessoas e, eventualmente, ser hostilizado por elas. Pois bem, embora tenha que sofrer, o discípulo não retribui com a mesma moeda. Ele bendiz, quando lhe maldizem. Dispõe-se a fazer o bem a quem lhe nutre ódio. Intercede por seus perseguidores e caluniadores. Esta é a marca registrada do discípulo.
Se agisse de outra forma, o discípulo não se distinguiria de um não-discípulo. Revidar ódio com ódio e maldição com maldição não é novidade. O discípulo, inspirado no agir do Pai, vai na contramão da cultura reinante. Aí, sim, ele mostra ser o Pai o modelo e o motivo de sua ação. Aliás, o Pai se torna para ele modelo de perfeição. Quando mais o discípulo é capaz de agir sem fazer acepção de pessoas, tanto mais próximo da perfeição estará.
Oração
Senhor Jesus, livra-me de dividir a humanidade em bons e maus e aproxima-me sempre mais da perfeição do Pai que não faz acepção de pessoas.
Fonte: NPD Brasil em 18/06/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Amai!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O nosso dia é hoje iluminado com o mandamento do amor em toda a sua extensão, do próximo ao inimigo. Tenho inimigos? Quero amá-los, vencendo a inimizade com o amor. Alguém me persegue? Rezo por ele. Amar quem nos ama, saudar quem pertence ao nosso grupo é comum e se faz de forma espontânea. O Evangelho me pede para dar um passo a mais. Devo fazer o que todos fazem e um pouco mais. O pouco a mais é o que geralmente não é feito. A medida da minha perfeição é a perfeição do Pai. Devo ser perfeito como o Pai celestial é perfeito. Um propósito com um horizonte ilimitado. Como é possível atingir a perfeição de Deus? Um objetivo aparentemente inalcançável, mas com força de atração. Se não estivesse tão distante, eu talvez não me esforçaria para alcançá-lo. Com um objetivo distante, talvez eu chegue ao meio do caminho. Se a meta for curta, talvez eu nem saia do lugar. Um ministério medíocre atrai ministros medíocres. Grandes projetos necessitam de forte motivação. Gente cansada e desmotivada não caminha. Amar os inimigos e orar pelos que nos perseguem é projeto para gente forte, de espírito forte, que não se arrasta na vida nem espera a morte encostada num barranco.
Fonte: NPD Brasil em 18/06/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Amor não é Amizade...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Provavelmente todos nós achamos muito mais difícil amar os nossos inimigos porque confundimos amor com amizade, o que não é a mesma coisa, nem toda amizade acontece entre amigos, as vezes chamamos de amizade uma relação mais tranquila com as pessoas, são relações ocasionais, sem comprometimento algum de ambas as partes, se a relação for mais frequente poderá surgir uma grande amizade motivada pelo respeito e admiração que se nutre pelo outro. Mesmo assim não se trata de amor, logicamente costumamos dizer que amamos nossos amigos, mas nem todos com a mesma intensidade!
A amizade requer alguma exterioridade, algo em comum, gestos acenos, apertos de mão e em situações mais delicadas até um abraço .... Ainda assim não é amor. O amor é algo presencial, nem sempre precisa ser manifestado porque existe concretamente no coração daquele que ama.
O amor existe, mesmo que não hajam palavras ou manifestações afetivas e cordiais, o amor ás vezes é feito de silêncio, olhares, expressões, risos ou mesmo pranto. O amor é como o vapor de uma grande caldeira, se não houver uma válvula de escape, acabará explodindo. Por isso não existe amor fechado, em uma comunidade, em um casal, em uma família pois ele é envolvente e abrangente.
Deus não tem por nós uma simples amizade, e nem foi por pura amizade que o Senhor deu a sua vida por todos nós, mas por amor, não um amor que é manifestado por Ele quando nós correspondemos e somos bons, não um amor que tem sua razão de ser por causa de nossas "virtudes" e boas ações, aliás, Deus não teria nenhum motivo para nos amar. Mas trata-se de um amor que simplesmente nos ama.Deus é AMOR e fez de cada homem e cada mulher o objeto desse amor. Deus nos criou porque nos ama, e nos ama porque nos criou.
Só assim podemos compreender um pouco melhor o ensinamento de Jesus nesse evangelho, que desmonta a antiga forma de amor, que é manifestado sob condição e que exige uma correspondência "Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam e perseguem. Somente assim somos a imagem e semelhança de Deus , somente assim nos tornamos seus Filhos e Filhas.
Os cristãos que vivem em comunidade, são assim chamados a superar qualquer lei e obrigatoriedade sobre a ação de amar. Mais do que isso, são vocacionados a viver um amor sem medidas, o mesmo amor que levou Jesus á cruz do calvário, é o amor da esperança, o amor que teima em acreditar no Ser humano, porque ele é imagem e semelhança daquele que é o AMOR verdadeiro.

2. Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem! - Mt 5,43-48
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Quem pode ser perfeito como Deus é perfeito? Deus é a perfeição, sem nenhum defeito, e nós somos defeituosos por natureza. Jesus veio de junto do Pai. Ele o viu e o conhece, e é ele mesmo quem nos propõe sermos perfeitos como o Pai celeste é perfeito. Se o que nos é proposto como objetivo a ser alcançado é grande, bom e belo, faremos algum esforço para alcançar o fim almejado. Se estiver distante, tentaremos percorrer ao menos a metade do caminho para diminuir a distância. Os exemplos dados no Evangelho, que retratam a perfeição de Deus, nos mostram um Pai celeste que trata bem bons e maus, justos e injustos, um Pai que ama gratuitamente. Um Pai amoroso e bem educado, que saúda e cumprimenta os outros com afeto. A proposta de sermos perfeitos com o Pai celeste nos impulsiona a rever nosso defeito dominante, nossas limitações, nossas reações espontâneas, nos anima a refazer a imagem que temos dos inimigos e dos adversários, a fazer deles um novo retrato, a redesenhá-los e a rever como tratamos os amigos. A perfeição do Pai está na sua capacidade de fazer nascer o sol sobre bons e maus, sem se deixar controlar nem pela maldade destes nem pela bondade daqueles.
Fonte: NPD Brasil em 15/06/2021

HOMILIA DIÁRIA

Preciosa é a nossa oração por aqueles que nos perseguem

Precisamos desejar todo o bem àqueles que nos perseguem, e o nosso querer bem tem de ser o mais ativo, porque, se tem uma coisa que é preciosa é a nossa oração.

Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!”(Mt 5,44).

No fundo, essa é uma das coisas mais difíceis de se viver no segmento de Jesus Cristo. Para mim, uma das mais importantes e fundamentais características dos discípulos de Jesus é a capacidade de amar, de querer bem a quem não nos quer bem.
Amar os inimigos quer dizer querer que ele esteja bem, querer que tudo seja próspero para ele. Orar por aqueles que nos perseguem é a melhor resposta que podemos dar àqueles que nos fizeram algum mal nessa vida.
Às vezes, nossa atitude é de total indiferença, de frieza; nós, simplesmente, eliminamos alguém de nossa vida. No fundo, essa pessoa sai do nosso consciente, mas fica em nosso inconsciente e vai para o porão do nosso coração, da nossa vida. Muitas vezes, elas estão lá, marcando nossos sonhos, trazendo-nos pesadelos e más lembranças.
Volto a lhes dizer: nós não precisamos andar de braços dados com essas pessoas, e pode ser que elas nem queiram mais falar conosco. O que precisamos é desejar todo o bem a ela, e o nosso querer bem tem de ser o mais ativo, porque, se tem uma coisa que é preciosa é a nossa oração.
É importante que, em nossas orações, na nossa intimidade com Deus, haja espaço para pedirmos e suplicarmos por aqueles que não nos querem bem. Orarmos mesmo, desejarmos que o Senhor as abençoe, as proteja e livre-as de todo o mal. É preciso, inclusive, verbalizar suas intenções.
“Senhor, abençoe a quem me fez muito mal, abençoe a este, aquele e também aquele outro; guarde seus passos, ilumine sua vida.”
Se nós somos seguidores do Senhor do bem, o que nós podemos desejar, até para o pior dos seres humanos, é que a graça de Deus os acompanhe.
Deus abençoe você neste dia!
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 18/06/2013

HOMILIA DIÁRIA

O amor é a grande exigência da nossa fé

Eu, porém, vos digo: ‘Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!’” (Mateus 5,44).

A vivência do amor é a grande exigência da nossa fé. Ter fé em Deus não é o mais difícil, mas amarmos a Deus e amarmos uns aos outros é a grande demonstração do nosso grau de fé, porque amar é muito exigente, amar não é simples.
Só conseguimos amar verdadeiramente se nós temos uma verdadeira experiência de fé com o Deus vivo e verdadeiro. Quando a nossa fé n’Ele é autêntica, nós O amamos de verdade, prostramo-nos na presença d’Ele e Ele injeta o Seu amor em nós.
É o amor que nos leva a amar os nossos inimigos. Talvez, não tenhamos inimigos declarados, mas há aqueles que se comportam como nossos inimigos, não nos querem bem, falam mal de nós, tramam contra nós, não comungam conosco, não gostam de nós.
Amemos, mas não é amar com amor bajulação, amor falso e hipócrita: “Nossa, eu gosto tanto de você!”. Não precisa nem falar nada. Ame com obras, com atitudes, e a primeira e verdadeira atitude de amor que podemos ter é orarmos por quem nós precisamos amar.
Temos de amar com o sentimento e o afeto do coração, porque a oração é aquilo que brota da nossa alma e do nosso interior, do nosso coração. Por isso, a oração é a uma resposta de amor.
Há pessoas que me fizeram mal. Em algum momento da minha vida, deixaram uma marca negativa dentro de mim. Lembrar-me daquelas pessoas me fazia muito mal, então, eu peguei a Palavra do Evangelho e comecei a rezar nominalmente por aquelas pessoas e situações. Talvez, tenha uma boa vantagem alguém não me querer bem, porque receberá a minha oração de uma forma até mais intensificada. E como eu orei de verdade, como me fez bem, como me libertou, como me redimiu, como colocou o meu coração na vanguarda da fé!

Amarmos a Deus e amarmos uns aos outros é a grande demonstração do nosso grau de fé

É preciso orar, mas não é para rezar uma Ave-Maria por quem não nos quer bem, precisamos orar nominalmente. A pessoa tem nome, reze para que ela seja abençoada, porque o que, no fundo, exprimimos é maldição para quem nos prejudicou em alguma situação da vida.
O Evangelho precisa ser muito concreto em nós. Precisamos ter decisão de oração, porque isso vai ser uma libertação para nós. E essa bênção vai atingir, desfazer o mal feito, vai dar uma direção, seja lá o que for. É importante que, evangelicamente falando, não nutramos ódio por ninguém, mas amemos por todos.
Vamos gostar de pessoas mais afins, mas existe um amor diferenciado, é o amor cáritas, amor caridade, é o amor de Deus para conosco. Não podemos negar esse amor para ninguém nem para quem nos prejudicou da pior forma nessa vida. É só esse amor que salva.
O amor é a maior exigência da vida, e para bem viver a vida, precisamos amar.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 18/06/2019

HOMILIA DIÁRIA

A essência do seguimento de Jesus é o amor

“Eu, porém, vos digo: ‘Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!’” (Mateus 5,44).

Se formos fazer como os pagãos, amaremos quem é próximo a nós e odiaremos quem é inimigo ou quem não nos quer bem. Mas não somos pagãos, somos cristãos, não seguimos o paganismo, não seguimos o mundo; seguimos Cristo Jesus, Aquele que morreu na cruz perdoando os Seus algozes. A mais sublime súplica e resposta que Jesus deu na cruz àqueles que O mataram foi: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23,34).
Seguidores de Jesus, tenhamos em nós os sentimentos d’Ele, tenhamos em nós, em nosso coração, as atitudes de Jesus. E a atitude mais sublime e evangélica é o amor.
Como precisamos nos amar para além das teorias, das discussões, dos conhecimentos teológicos e doutrinários; para além de todas as divisões que possam ter aqui e acolá, para além das nossas divisões místicas ou assim por diante!

Demos o melhor de nós, que é a nossa oração e o nosso amor àqueles que não nos querem bem

Muito mais do que as orações que nutrimos, noites de vigílias e assim por diante, que tudo isso coloque em nosso coração o essencial. A essência do seguimento de Jesus é o amor.
Veja, amar o próximo é a coisa mais normal e natural. É bem negativo se você não está conseguindo amar nem os que estão próximos a você. Se você não consegue amar os da sua casa, da sua família é um péssimo sinal de que nem humano você está sendo, nenhuma vida humana digna você está vivendo.
Amar os seus é mais do que uma obrigação. Até quem é ateu, quem não crê em Deus, ama os que são próximos; até os animais fazem isso! Os cachorrinhos, os filhos daquele mesmo cachorro, estão ali se amando, ou qualquer grupo de animais. Por isso, nós, que nos olhamos na dimensão da graça, não podemos perder essa dimensão, a mística do amor que Deus colocou em nós.
Amamos quem não nos ama, fazemos o bem a quem não nos quer bem. Retribuímos com amor a quem semeou ódio ou vingança no meio de nós. Buscamos a perfeição de Deus, porque Ele faz o sol nascer para quem é bom e para quem não é. Deus faz a chuva vir sobre todos.
Deus não é como nós, seletivos. Deus não vai mandar o sol só para os católicos e cristãos. A bondade e o amor d’Ele são para todos os Seus filhos, o amor de Deus é para com todos. Se alguns se achegam mais ao amor d’Ele, é óbvio que experimentam de uma forma mais sublime o Seu amor, mas Ele não nega o Seu amor a ninguém. Também não podemos negar amor, não podemos dar amor só a quem nos dá amor. Isso é viver no campo humano, mas nós, cada vez mais, caminhamos, trabalhamos para que a graça divina molde a nossa humanidade.
Precisamos trabalhar com seriedade para vivermos como filhos de Deus, para sabermos testemunhar, neste mundo, que o nosso amor não é só para os nossos, mas o amor de Deus é para com todos.
Amemos os nossos inimigos e rezemos, demos o melhor de nós, que é a nossa oração e o nosso amor, àqueles que não nos querem bem. É assim que nos tornamos de verdade filhos de Deus, o nosso Pai que está nos Céus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 15/06/2021

Oração Final
Pai Santo, faze-nos viver o Amor – o teu Amor e o Amor de Jesus – que não se limita a algumas ‘boas ações’, mas é um estado de espírito: todo o nosso ser entregue ao teu Espírito que, em nós e por nós, faz-nos discípulos evangelizadores do mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/06/2013

ORAÇÃO FINALPai Santo, nos tempos em que vivemos, parece impossível estender até aos inimigos o nosso amor. Mas, pela palavra de Jesus, nós queremos seguir nessa direção, sabendo que esse caminhar, desde já, nos coloca no teu Reino de Amor. Dá-nos força e coragem para perseverar nesse desejo, nós Te pedimos, amado Pai, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.Fonte: Arquidiocese BH em 18/06/2019

ORAÇÃO FINAL
Pai amantíssimo, nós aclamamos a Ti com a terra inteira! Não permitas que apequenemos o nosso amor, reduzindo-o àqueles que nos querem bem. Abre, Pai querido, as portas do nosso coração para que sejamos capazes de acolher com calor humano não apenas os peregrinos que baterem à nossa porta, mas busquemos nos aproximar dos que estão distantes. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/06/2021

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