segunda-feira, 17 de junho de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 18/06/2019

ANO C


Mt 5,43-48

Comentário do Evangelho

A postura do misericordioso

Sexta antítese. Trata-se, aqui, da postura do misericordioso, daquele que sabe suportar a perseguição, daquele que aceita o mal permanecendo “fazedor de paz”, de perdão, daquele que não tem nada a perder porque o seu tesouro é fazer o exigido pelo evangelho, que mostra a nossa filiação divina. A partir do momento em que aceitamos o evangelho da paternidade de Deus, nos comportamos com a confiança, a serenidade, a certeza dos bens maiores que são próprios dos filhos. “Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.” Além da integridade física e moral, a perfeição tem o significado de fidelidade na observância da Lei (Sl 119[118],1). A passagem paralela de Lucas (6,36) põe o acento sobre a misericórdia do Pai, que se é convidado a imitar. Mas a perfeição do Pai está na universalidade do seu amor, que é dom absolutamente gratuito.
Carlos Albero Contieri, sj
Oração
Espírito de amor perfeito, coloca-me no caminho da perfeição do Pai, que ama a humanidade, fazendo o bem a todos os seres humanos, sem distinção.
Fonte: Paulinas em 18/06/2013

Vivendo a Palavra

O amor sem limites é o ponto central do Sermão da Montanha e da Mensagem de Jesus. Não se trata de um sentimento – simpatizar, gostar de alguém –, mas de desejar-lhe o mesmo bem que desejamos aos nossos amigos e de colocarmos a serviço do próximo, sem discriminações, tudo que temos e que somos.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/06/2013

VIVENDO A PALAVRA

Continuamos saboreando o Sermão da Montanha, sorvendo o néctar essencial para o ser Cristão. Hoje, Ele afirma que seus seguidores devem ser pessoas diferentes: muito além do perdão, Jesus ensina o amor ao inimigo, o carinho de orar pelos que nos querem mal. O exemplo vem do Pai Misericordioso, que desconhece discriminações entre seus filhos. Com justos e injustos, bons e maus, Ele é todo compassivo.

Reflexão

Um dos valores mais determinantes da nossa vida é a justiça, mas na maioria das vezes deixamos de lado a justiça de Deus para viver a justiça dos homens, fundamentada na troca de valores e não na gratuidade de quem de fato ama. Quem ama verdadeiramente reconhece que Deus é amor e tudo o que somos e temos vem dele, como prova desse amor gratuito. Assim, as nossas atitudes não podem ser determinadas pelas diferentes formas de comportamento das pessoas que nos rodeiam, mas pelo amor gratuito de Deus que deve fazer com que sejamos capazes de superar toda forma de vingança em nome da justiça e procurar dar a nossa contribuição para que o mundo seja cada vez melhor.
Fonte: CNBB em 18/06/2013

Reflexão

O amor de quem crê em Jesus não pode ficar limitado a pessoas da mesma família ou círculo de amizade: “Se vocês cumprimentam apenas seus irmãos, o que fazem de mais?”. Seria incompleto e estaria muito distante do modelo de amor que é o próprio Deus. Seu amor é universal; ele não faz distinção de pessoas, cultura ou credo. Para todos, sem exceção, Deus oferece os benefícios do sol, da chuva e de toda a natureza. O cristão, à semelhança de Cristo, não pode deixar ninguém fora do alcance do seu amor nem mesmo os que se tornam inimigos. Aos que nos perseguem ou que dificultam o nosso caminhar (também nas comunidades cristãs), Jesus recomenda a oração: “Rezem por aqueles que perseguem vocês”. Nosso amor deve ser absoluto e universal, semelhante ao amor do próprio Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditação

Rezo pelos que me ofendem, para que Deus lhes cure o coração? - Como fazer para amar os que não me amam? - Quero a recompensa de Deus? E então, como devo agir? - Procuro tratar bem a todos? - Lembremo-nos sempre: posso condenar os erros, mas não as pessoas!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 18/06/2013

Meditando o evangelho

A PERFEIÇÃO DO AMOR

A exigência de amar os inimigos revolucionou a mentalidade dos discípulos do Reino. O AT recomendava agir com deferência em relação aos inimigos, mormente em certas circunstâncias especiais. A Lei obrigava a reconduzir o boi do inimigo, caso se tivesse desgarrado da manada. Ao inimigo faminto e sedento, dever-se-ia dar comida e bebida. Ninguém poderia alegrar-se com a queda do inimigo. No entanto, não encontramos aí um ensinamento preciso acerca do amar os inimigos.
Jesus deu um passo considerável em relação à tradição judaica.
O amor evangélico supera o nível do puro sentimento ou o da relação de amizade. Amar consiste em estabelecer uma comunhão profunda com o outro, tornar-se seu intercessor junto do Pai - "Orai por aqueles que vos perseguem e caluniam" -, desejar-lhe, ao saudá-lo, um shalom pleno, ou seja, saúde, prosperidade e bem-estar, e implorar para ele as bênçãos divinas - "Bendizei aqueles que vos maldizem".
O amor recusa-se a nutrir desejos de vingança contra o inimigo. Antes, esforça-se continuamente para fazer-lhe o bem.
A motivação do amor ao próximo funda-se no modo de agir do Pai. Quando se trata de fazer o bem às pessoas, ele não as divide entre más e boas, justas e injustas, de forma a conceder benefícios a umas e punição a outras.
A perfeição do amor consiste na imitação do modo divino de agir. Por isso, o ideal do discípulo é ser perfeito como o Pai dos céus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Espírito de amor perfeito, coloca-me no caminho da perfeição do Pai, que ama a humanidade, fazendo o bem a todos os seres humanos, sem distinção.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. O AMOR AOS INIMIGOS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Jesus apelou para o modo de proceder do Pai para ensinar o amor aos inimigos. O Pai não faz distinção das pessoas entre boas e más, quando concede seus benefícios à humanidade. O sol e a chuva derramam-se abundantes sobre todos e lhes são benéficos, independentemente, de sua conduta.
O discípulo do Reino, do mesmo modo, não divide as pessoas em boas e más, santas e pecadoras, amigas e inimigas, sendo atencioso e serviçal para umas e repelindo as outras. Porém, a atitude do discípulo pode não encontrar correspondência por parte de outras pessoas e, eventualmente, ser hostilizado por elas. Pois bem, embora tenha que sofrer, o discípulo não retribui com a mesma moeda. Ele bendiz, quando lhe maldizem. Dispõe-se a fazer o bem a quem lhe nutre ódio. Intercede por seus perseguidores e caluniadores. Esta é a marca registrada do discípulo.
Se agisse de outra forma, o discípulo não se distinguiria de um não-discípulo. Revidar ódio com ódio e maldição com maldição não é novidade. O discípulo, inspirado no agir do Pai, vai na contramão da cultura reinante. Aí, sim, ele mostra ser o Pai o modelo e o motivo de sua ação. Aliás, o Pai se torna para ele modelo de perfeição. Quando mais o discípulo é capaz de agir sem fazer acepção de pessoas, tanto mais próximo da perfeição estará.
Oração
Senhor Jesus, livra-me de dividir a humanidade em bons e maus e aproxima-me sempre mais da perfeição do Pai que não faz acepção de pessoas.
Fonte: NPD Brasil em 18/06/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Amor não é Amizade...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Provavelmente todos nós achamos muito mais difícil amar os nossos inimigos porque confundimos amor com amizade, o que não é a mesma coisa, nem toda amizade acontece entre amigos, as vêzes chamamos de amizade uma relação mais tranquila com as pessoas, são relações ocasionais, sem comprometimento algum de ambas as partes, se a relação for mais frequente poderá surgir uma grande amizade motivada pelo respeito e admiração que se nutre pelo outro. Mesmo assim não se trata de amor, logicamente costumamos dizer que amamos nossos amigos, mas nem todos com a mesma intensidade!
A amizade requer alguma exterioridade, algo em comum, gestos acenos, apertos de mão e em situações mais delicadas até um abraço... Ainda assim não é amor. O amor é algo presencial, nem sempre precisa ser manifestado, porque existe concretamente no coração daquele que ama.
O amor existe, mesmo que não hajam palavras ou manifestações afetivas e cordiais, o amor ás vêzes é feito de silêncio, olhares, expressões, risos ou mesmo pranto. O amor é como o vapor de uma grande caldeira, se não houver uma válvula de escape, acabará explodindo. Por isso não existe amor fechado, em uma comunidade, em um casal, em uma família, pois ele é envolvente e abrangente.
Deus não tem por nós uma simples amizade, e nem foi por pura amizade que o Senhor deu a sua vida por todos nós, mas por amor, não um amor que é manifestado por Ele quando nós correspondemos e somos bons, não um amor que tem sua razão de ser por causa de nossas "virtudes" e boas ações, aliás, Deus não teria nenhum motivo para nos amar. Mas trata-se de um amor que simplesmente nos ama. Deus é AMOR e fez de cada homem e cada mulher o objeto desse amor. Deus nos criou porque nos ama, e nos ama porque nos criou.
Só assim podemos compreender um pouco melhor o ensinamento de Jesus nesse evangelho, que desmonta a antiga forma de amor, que é manifestado sob condição e que exige uma correspondência "Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam e perseguem. Somente assim somos a imagem e semelhança de Deus, somente assim nos tornamos seus Filhos e Filhas.
Os cristãos que vivem em comunidade são assim chamados a superar qualquer lei e obrigatoriedade sobre a ação de amar. Mais do que isso, são vocacionados a viver um amor sem medidas, o mesmo amor que levou Jesus á cruz do calvário, é o amor da esperança, o amor que teima em acreditar no Ser humano, porque ele é imagem e semelhança daquele que é o AMOR verdadeiro.

2. Amai!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O nosso dia é hoje iluminado com o mandamento do amor em toda a sua extensão, do próximo ao inimigo. Tenho inimigos? Quero amá-los, vencendo a inimizade com o amor. Alguém me persegue? Rezo por ele. Amar quem nos ama, saudar quem pertence ao nosso grupo é comum e se faz de forma espontânea. O Evangelho me pede para dar um passo a mais. Devo fazer o que todos fazem e um pouco mais. O pouco a mais é o que geralmente não é feito. A medida da minha perfeição é a perfeição do Pai. Devo ser perfeito como o Pai celestial é perfeito. Um propósito com um horizonte ilimitado. Como é possível atingir a perfeição de Deus? Um objetivo aparentemente inalcançável, mas com força de atração. Se não estivesse tão distante, eu talvez não me esforçaria para alcançá-lo. Com um objetivo distante, talvez eu chegue ao meio do caminho. Se a meta for curta, talvez eu nem saia do lugar. Um ministério medíocre atrai ministros medíocres. Grandes projetos necessitam de forte motivação. Gente cansada e desmotivada não caminha. Amar os inimigos e orar pelos que nos perseguem é projeto para gente forte, de espírito forte, que não se arrasta na vida nem espera a morte encostada num barranco.

HOMILIA DIÁRIA

Preciosa é a nossa oração por aqueles que nos perseguem

Precisamos desejar todo o bem àqueles que nos perseguem, e o nosso querer bem tem de ser o mais ativo, porque, se tem uma coisa que é preciosa é a nossa oração.

Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!” (Mt 5,44).

No fundo, essa é uma das coisas mais difíceis de se viver no segmento de Jesus Cristo. Para mim, uma das mais importantes e fundamentais características dos discípulos de Jesus é a capacidade de amar, de querer bem a quem não nos quer bem.
Amar os inimigos quer dizer querer que ele esteja bem, querer que tudo seja próspero para ele. Orar por aqueles que nos perseguem é a melhor resposta que podemos dar àqueles que nos fizeram algum mal nessa vida.
Às vezes, nossa atitude é de total indiferença, de frieza; nós, simplesmente, eliminamos alguém de nossa vida. No fundo, essa pessoa sai do nosso consciente, mas fica em nosso inconsciente e vai para o porão do nosso coração, da nossa vida. Muitas vezes, elas estão lá, marcando nossos sonhos, trazendo-nos pesadelos e más lembranças.
Volto a lhes dizer: nós não precisamos andar de braços dados com essas pessoas, e pode ser que elas nem queiram mais falar conosco. O que precisamos é desejar todo o bem a ela, e o nosso querer bem tem de ser o mais ativo, porque, se tem uma coisa que é preciosa é a nossa oração.
É importante que, em nossas orações, na nossa intimidade com Deus, haja espaço para pedirmos e suplicarmos por aqueles que não nos querem bem. Orarmos mesmo, desejarmos que o Senhor as abençoe, as proteja e livre-as de todo o mal. É preciso, inclusive, verbalizar suas intenções.
“Senhor, abençoe a quem me fez muito mal, abençoe a este, aquele e também aquele outro; guarde seus passos, ilumine sua vida.”
Se nós somos seguidores do Senhor do bem, o que nós podemos desejar, até para o pior dos seres humanos, é que a graça de Deus os acompanhe.
Deus abençoe você neste dia!
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 18/06/2013

Oração Final
Pai Santo, faze-nos viver o Amor – o teu Amor e o Amor de Jesus – que não se limita a algumas ‘boas ações’, mas é um estado de espírito: todo o nosso ser entregue ao teu Espírito que, em nós e por nós, faz-nos discípulos evangelizadores do mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/06/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nos tempos em que vivemos, parece impossível estender até aos inimigos o nosso amor. Mas, pela palavra de Jesus, nós queremos seguir nessa direção, sabendo que esse caminhar, desde já, nos coloca no teu Reino de Amor. Dá-nos força e coragem para perseverar nesse desejo, nós Te pedimos, amado Pai, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário