segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 02/12/2019

ANO A


Mt 8,5-11

Comentário do Evangelho

Fé e universalidade da salvação

Este episódio, presente também em Lucas e João (Lc 7,1-10; Jo 4,46-53), é a ocasião para afirmar a universalidade da salvação trazida por Jesus e a eficácia de sua palavra. No centro do episódio está a fé do centurião na palavra do Senhor, que o cristão deve imitar.
 O centurião, chefe de cem soldados, é um pagão. A súplica do centurião a Jesus é por um servo seu, que ele estimava muito. Para o centurião o valor essencial parece ser a vida. Ele mesmo não se diz impuro, pois isso é um conceito judaico-religioso. Ele parece conhecer as normas dos judeus quanto à pureza, por isso diz: “Senhor, eu não sou digno…” (v. 8). Dizer-se indigno é reconhecer a autoridade de Jesus. O Senhor acolhe a todos e pretende ir à casa do centurião. No entanto, o chefe pede que Jesus simplesmente dê uma ordem, pois é o poder da palavra que importa. A fé do centurião causa uma profunda admiração em Jesus. A fé do pagão ultrapassa à manifestada em Israel. O v. 11 aponta para a universalidade da salvação: “Muitos virão do oriente e do ocidente e tomarão lugar à mesa no Reino dos Céus, juntamente com Abraão, Isaac e Jacó” (v. 11).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que a purificação da fé predisponha-me para ir ao encontro do Senhor. Como o homem pagão, quero manifestar uma fé imensa no poder salvífico de teu Filho Jesus.
Fonte: Paulinas em 02/12/2013

Vivendo a Palavra

O oficial romano reconhecia que sua patente militar lhe conferia um poder superior às próprias forças e sua fé lhe dizia que naquele homem – Jesus de Nazaré – estava encarnada a Palavra do Pai, o Verbo Criador e, por isto, era possível a cura do seu empregado ainda que sem a presença física do Mestre.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/12/2013

VIVENDO A PALAVRA

O oficial romano reconhecia que sua patente militar lhe conferia um poder superior às próprias forças e sua fé lhe dizia que naquele homem – Jesus de Nazaré – estava encarnada a Palavra de Deus, o Verbo Criador e, por isto, era possível a cura do seu empregado por um poder superior – a ‘Palavra de Deus’ – ainda que sem a presença física do Mestre.

Reflexão

A presença de Jesus no meio dos homens significa a chegada dos tempos messiânicos e o pleno cumprimento de todas as profecias do Antigo Testamento. Os sinais que Jesus realiza atestam este fato. Mas para que as pessoas participem do Reino de Deus de modo a usufruir dos dons que lhes são oferecidos nestes tempos messiânicos, faz-se necessária a aceitação plena de Jesus e de sua palavra, assim como a adesão à causa do Reino de Deus. Não basta ser católico para participar das coisas do alto, é necessário assumir a fé e ter uma vida coerente com ela.
Fonte: CNBB em 02/12/2013

Recadinho

Será que damos chance a Jesus para que entre em nossa casa, em nosso coração? - Reconhecemos que sem ele nada podemos fazer? - É possível ter fé e não demonstrar um grande amor para com o próximo? - Tem consciência de que quanto mais voltarmos nossa atenção para com o próximo menores se tornarão nossos problemas? - Reflita sobre a frase: “Deus consertará um coração partido se lhe levarmos os pedaços!”
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 02/12/2013

Reflexão

Duas virtudes se destacam de imediato na pessoa do oficial romano: a humildade e a fé. O oficial, chamado também de centurião, era responsável por cem soldados romanos. Portanto exercia importante cargo na sociedade. Mesmo assim, desapega-se de sua posição social e se dispõe a procurar Jesus para lhe pedir discretamente que venha em socorro do seu empregado enfermo. Embora não pertença ao povo de Israel, o centurião crê que Jesus é um enviado de Deus e tem poder de curar. Jesus não só atende ao seu pedido, curando-lhe o empregado, mas elogia a sua fé. O centurião é um dos primeiros de uma série de pagãos que vão se abrir para formar a nova família de Deus, os cristãos.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

PURIFICADO POR JESUS

A religiosidade judaica considerava impuros todos os pagãos. Este era o motivo por que se proibia todo e qualquer contato com eles, por serem transmissores de impureza. Não era permitido mesmo uma simples conversa com eles, muito menos ir à casa deles.
Jesus procurou distanciar-se dos preconceitos sociais e religiosos que pudessem afastá-lo das pessoas. Sua missão de salvar o povo de seus pecados exigia dele contatar com todos, sem exceção, para comunicar-lhes a salvação divina de que era portador. Sua salvação era universal , não tinha barreiras. Importava-lhe comunicá-la a todos.
O episódio bíblico fala de um pagão, conhecedor de sua inferioridade como gentio, mas portador de uma fé de alta qualidade. Indigno de receber Jesus em sua casa, para que este não se contaminasse, suplicou-lhe que curasse o seu servo com sua palavra poderosa. Seu pedido foi prontamente atendido por estar sustentado por uma imensa fé desconhecida em Israel.
O milagre operado por Jesus implodiu os preconceitos religiosos de sua época. Para ele não existe diferença entre judeus e pagãos, pois todos são igualmente dignos de beneficiar-se da misericórdia divina. A impureza não está ligada à origem étnica. Portanto, o contato com um pagão cheio de fé nada tem de impuro. Daí seu direito de "sentar-se à mesa com Abraão, Isaac e Jacó no Reino dos Céus", em pé de igualdade com os fiéis judeus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, que a purificação da fé predisponha-me para ir ao encontro do Senhor. Como o homem pagão, quero manifestar uma fé imensa no poder salvífico de teu Filho Jesus.

Liturgia comentada

E tomarão lugar à mesa... (Mt 8,5-11)
Desde o banquete servido por Abraão aos Três visitantes (Gn 18) até a Ceia do Cordeiro (Ap 19,9), a Sagrada Escritura sugere que Deus nos convida a sua mesa. O Povo escolhido era o convidado de honra, mas os estrangeiros – os não-povo! – acabaram ocupando os lugares que ficaram vagos...
Neste Evangelho, um centurião romano, chefe de cem soldados, está acostumado a dar ordens e a vê-las cumpridas. Uma só palavra e basta! Por certo, já está informado sobre Jesus, o Rabi da Galileia que cura enfermos e liberta possessos. Reconhece sua autoridade sobre os males físicos e espirituais. Este reconhecimento (um tipo de fé?) o anima a rogar pelo servo doente.
Ao ver que Jesus faz menção de ir à sua casa, o romano se espanta: não precisa tanto, basta uma palavra! Afinal, um judeu que entrasse no ambiente “impuro” do estrangeiro, ficaria também ele ritualmente impuro. E o centurião tem um argumento invencível para que Jesus de Nazaré não visite seu lar, a casa de um estrangeiro, invasor e “pagão”: “Senhor, eu não sou digno!”
Como não pensar no publicano da parábola (cf. Lc 18,9ss), que sequer se aproximava do altar e, lá do fundo do Templo, olhos no chão, batia no peito e se rebaixava diante do Senhor: “Tem piedade de mim, que sou pecador”?
Não é sem motivo que nossas eucaristias começam por um ato penitencial. É, talvez, a tentativa desesperada da Igreja para nos recordar nossa condição de pecadores. Espera-se que, batendo no peito, examinando a própria consciência, nós desistamos da impropriedade de cobrar alguma coisa de Deus, ou de apresentar-lhe nossos méritos (aliás, inexistentes) ou, mesmo, reclamar asperamente do Senhor pela má qualidade dos serviços que Ele nos presta...
Como faz falta esse sentimento de indignidade! O sentimento do pródigo que volta a casa com um discurso ensaiado: “Já não sou digno de ser chamado filho... Trata-me como um dos empregados...” (Lc 15,19.) E ouve, surpreso, a resposta do Pai: “Não tem jeito, filho! Enquanto eu for Pai, tu serás meu filho!”
É assim que se descobre a verdade fundamental em nossa relação com Deus: não somos amados porque somos bons; somos amados porque somos filhos... Não é por mérito nosso. É pelo amor do Pai...
Existe uma mesa à minha espera. Nela cabem todos os estrangeiros, chamados também eles à filiação. Mas eu preciso achar um meio de abrir espaço para o irmão que também tem fome...
Orai sem cessar: “Junto ao Senhor se acha a misericórdia!” (Sl 130,7)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 02/12/2013

HOMILIA

A Palavra de Jesus é sempre eficaz

Os santos são homens e mulheres que se deixaram conduzir pela Palavra e pelo Espírito de Deus e, por isso, alcançaram a santidade. Celebramos hoje a memória de São Francisco Xavier.
O Evangelho de hoje é o de Mt 8,5-11. Estamos diante da narrativa do milagre que também aparece nos Evangelhos de Lucas e de João com diferenças sensíveis entre si.
O milagre em favor de um pagão, excluído do povo de Deus, é prova de uma fé que não havia sido mostrada em Israel. Assim, Jesus o apresenta como um membro do novo povo de Deus que não mais será formado por aqueles que pertencem a uma raça (a de Abraão), mas por aqueles que têm fé como Abraão: “Em verdade vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé”.
Por isso, cabe dizer que o conteúdo principal da mensagem de Jesus, neste Evangelho, é a grande manifestação de fé de um gentio e a cura à distância, sem o toque direto d’Ele. A fé do gentio contrasta com a incredulidade dos israelitas. Com esta cura à distância, fica destacada a eficácia da Palavra de Jesus.
Além deste episódio com o centurião, a cura à distância acontece apenas com outra pagã: a mulher cananéia. Assim, é fortalecida a fé dos discípulos nas comunidades, em todo o mundo, que darão continuidade ao ministério de Jesus, sem a sua presença sensível.
Com Jesus, todos os povos de todos os tempos têm seu lugar à mesa de Deus, em comunhão com sua vida divina e eterna. Trata-se, portanto, de uma refeição, um banquete aberto para todos os povos, nações, línguas, tribos e raças desde que tenham como elemento fundamental a fé na Palavra do Filho do Homem: “Senhor … dizei somente uma ‘Palavra’ o meu criado ficará curado”.
Foi a partir da fé deste centurião que, hoje – antes de comungarmos -, professamos a nossa fé no Corpo e no Sangue de Jesus presentes na hóstia e no vinho consagrados: “Senhor, eu não sou digno de entreis em minha morada, mas dizei somente uma palavra e serei salvo”.
É comungando o Corpo e o Sangue de Jesus que o homem e a mulher se tornam fortes e comprometidos com a missão de anunciá-Lo aos seus irmãos. E, dentre estes homens ilustres, a Santa Mãe Igreja nos faz, hoje, meditar nas qualidades de São Francisco Xavier. Homem de uma fé verdadeira e sincera, o maior missionário dos nossos tempos. Com a garra de um verdadeiro “facho ardente”, São Francisco Xavier levou o Evangelho de Cristo para junto das culturas orientais, adaptando-as ao seu modo de compreender a Palavra da Salvação.
Que São Francisco Xavier nos inspire o seu jeito certo de hoje evangelizar, tal como ele se inspirou em Cristo nosso Senhor.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Liturgia da Palavra em 02/12/2013

HOMILIA DIÁRIA

Reconheçamos a nossa fragilidade

A primeira coisa a fazer é termos a capacidade de reconhecer a nossa fragilidade, a capacidade de reconhecer nossos limites, ou seja, que nós não podemos tudo.

“Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e o meu empregado ficará curado” (Mt 8,8).

O oficial romano sabe o que Jesus pode fazer pelo seu empregado, sabe que o seu empregado está de cama. Por outro lado, ele, com todos os recursos financeiros que tem, com todo o poder que possui, sabe que não pode fazer nada para dar a vida ao seu empregado. Mas tem confiança por saber quem é Jesus. Ao mesmo tempo, ele reconhece sua indignidade, sua fragilidade, reconhece os seus pecados, e é por isso que confessa: “Eu não sou digno, Senhor, de que entres em minha casa”, isto é, ele sabe que é digno de que o Senhor se aproxime dele.
A primeira coisa a fazer é termos a capacidade de reconhecer a nossa fragilidade, a capacidade de reconhecer nossos limites, ou seja, que nós não podemos tudo. Quando nos portamos movidos pelo nosso orgulho, pela nossa autossuficiência, por nos acharmos santos e justificados, Deus realmente não pode fazer muito por nós, porque a nossa autossuficiência é barreira para que Ele entre em nossa casa e faça a Sua obra.
Mas se aprendermos, com esse oficial, a reconhecer nossa indignidade, nossa miséria, a batermos no peito e a dizer: “Senhor, eu não sou digno! Mas eu creio, eu tenho confiança, tenho a convicção e certeza de que basta uma palavra Sua para que a minha casa fique transformada. Basta uma palavra Sua, Senhor, para que a minha vida seja curada. Basta uma palavra Sua, Senhor, para que eu seja salvo da situação de pecado em que vivo, da opressão pela qual estou passando. Nesses tormentos, Senhor, pelos quais, muitas vezes, estou passando na minha vida. Eu não sou digno, Senhor! O Senhor não vai fazer a graça acontecer por causa da minha dignidade, mas é por causa da Sua misericórdia, do Seu poder, que vem em auxílio à minha fraqueza, em auxílio à minha pequenez”.
Hoje, eu coloco diante do Senhor o quão pequeno eu sou, o quão indigno eu sou. O quão pecador eu sou! Confesso a grandeza de Deus, o poder d’Ele, o quanto Ele pode fazer pela minha pequenez, pela minha miséria. Eu não sou digno, Senhor, mas uma palavra Sua e todas as coisas poderão mudar!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 02/12/2013

Oração Final
Pai Santo, nós cremos, mas aumenta a nossa fé! Não leves em consideração a pequenez e a fragilidade do nosso acreditar, mas a grande vontade de ouvir, acolher e seguir os ensinamentos e a vida do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/12/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós cremos, mas aumenta a nossa fé! Não leves em consideração a pequenez e a fragilidade do nosso acreditar, mas a grande vontade de ouvir, acolher e seguir os ensinamentos e a vida do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário