quarta-feira, 21 de março de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 22/03/2018

ANO B


Jo 8,51-59

Comentário do Evangelho

Jesus ensina buscar a glória do Pai.

O trecho do evangelho de hoje é a conclusão da controvérsia entre Jesus e os judeus, no Templo de Jerusalém, antes da Páscoa. Guardar a palavra significa pô-la em prática. A palavra do Senhor é um sopro que faz viver. Permitir que essa palavra viva em nós e pôr em prática essa palavra é experimentar a vitória da vida sobre toda realidade de morte. Somente Deus pode fazer viver, não obstante as circunstâncias que nos cercam. Por isso, para o leitor que ouve a crítica dos judeus, a conclusão não pode ser outra senão a de que eles blasfemam, encerrados na dificuldade de ouvir atenta e detidamente as palavras de Jesus. Em razão dessa verdadeira surdez espiritual, eles fazem um juízo precipitado acerca daquilo que move e orienta toda a vida de Jesus. O nó de toda a controvérsia está no fato de que o filho não busca a própria glória, ao passo que certas pessoas, cristãos e judeus, no interior de sua própria fé e usando-a como justificativa buscam a sua própria glória. Essa busca de si é ainda muito mais destrutiva do qualquer outra, porque é religiosa. É o Filho que ensina a buscar a glória do Pai.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, coloca-me em sintonia com as palavras e o modo de pensar de teu Filho Jesus, para que eu possa compreender seus ensinamentos, sem deturpá-los.
Fonte: Paulinas em 10/04/2014

Vivendo a Palavra

O Mestre mostra o caminho para a Vida em plenitude, que jamais verá a morte: guardar a sua Palavra. Palavra que é tesouro precioso, pérola rara que, pela fé, cremos ser o início, a fonte, a origem de tudo que existe. Paremos, extasiados e agradecidos diante do Mistério de Jesus Cristo, o Verbo de Deus encarnado.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/04/2014

VIVENDO A PALAVRA

Contemplemos como Jesus vai se revelando: aquela série de afirmações – “EU SOU” – não podia ainda ser compreendida pelos discípulos. Mas, recordada sob a luz da ressurreição, revelou-lhes – e também a nós! – a sua identidade de Filho muito amado do Pai Misericordioso.

Reflexão

O nosso Deus é o Deus da vida e da vida em abundância. Ele é causa de alegria para todos os que verdadeiramente crêem nele e em Jesus ele manifesta todo o amor que tem por nós. Assim sendo, Jesus, que é o Filho do Deus vivo, veio nos ensinar o caminho da verdadeira vida, por isso nos diz que quem guarda a sua palavra jamais verá a morte. E como todos nós desejamos a vida e nos alegramos com ela, Jesus também é a causa de nossa alegria, assim como foi a causa para Abraão exultar de alegria ao ver o seu dia, ao reconhecer o seu Deus como o Deus da vida. Aos que não acreditam nas verdades do Reino de Deus e rejeitam os valores evangélicos, só resta a revolta, a tristeza e a morte.
Fonte: CNBB em 10/04/2014

Recadinho

Você procura viver pensando na morte, que é certa, e na vida eterna que é uma conquista? - Tem consciência de que seus exemplos é que atraem outros à vivência da fé? - Você já teve oportunidade de defender alguém que foi injustiçado ou caluniado? - Em sua comunidade procura-se valorizar as pessoas pelas boas obras que realizam? - Você é daqueles que têm facilidade para jogar pedras nos outros sem ao menos ter conhecimento pleno da realidade dos fatos?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 10/04/2014

Comentário do Evangelho

O SENHOR DA VIDA

A origem e o destino de Jesus foram motivo de controvérsia com os judeus. Por um lado, o Mestre proclamava: “Se alguém guarda a minha palavra, jamais verá a morte”. Por outro, afirmava: "Antes que Abraão existisse, Eu sou".
Seus adversários raciocinavam de maneira aparentemente lógica. Os personagens mais veneráveis do povo, como Abraão e os profetas, morreram. Acreditava-se na volta do profeta Elias, que fora arrebatado ao céu numa carruagem de fogo. Não se tinha, porém, notícia de alguém que não iria experimentar a morte. Com Jesus, não haveria de ser diferente. Quanto à sua origem, era suficiente considerar sua idade bastante jovem – "Ainda não tens cinqüenta anos..." – para se dar conta da falsidade de sua afirmação.
Este modo de pensar estava em total descompasso com a real intenção de Jesus. Referindo-se à morte, pensava em algo muito mais radical que a pura morte física. Suas palavras abririam caminho para a vida eterna, na comunhão plena com o Pai, para além das vicissitudes desta vida terrena. Ao referir-se à sua origem, não estava pensando no seu nascimento carnal, historicamente determinável, e sim na sua vida prévia, no seio do Pai. Neste sentido, pode-se dizer anterior ao patriarca Abraão, por possuir uma existência eterna.
Os inimigos de Jesus eram demasiados terrenos para compreender esta linguagem.
Oração
Pai, coloca-me em sintonia com as palavras e o modo de pensar de teu Filho Jesus, para que eu possa compreender seus ensinamentos, sem deturpá-los.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Assisti, ó Deus, aqueles que vos suplicam e guardai com solicitude os que esperam em vossa misericórdia, para que, libertos dos nossos pecados, levemos uma vida santa e sejamos herdeiros das vossas promessas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 10/04/2014

Meditando o evangelho

A MORTE FOI VENCIDA

Quando Jesus afirmou que o cumprimento de sua palavra pouparia o ser humano da morte, os judeus interpretaram mal a declaração dele. Tomando a afirmação no sentido da morte física, não conseguiam entender como Jesus podia ser imortal e propiciar imortalidade, se até mesmo o venerável Abraão morrera.
Na perspectiva do Mestre, a imortalidade ia além do aspecto físico da vida. Tratava-se da participação da vida eterna, em comunhão com o Pai. A imortalidade de Jesus decorria de sua condição de enviado do Pai. Ele possibilitaria a quem cresse ter a mesma participação. Neste sentido, a fé se tornava penhor de imortalidade, neutralizando as conseqüências do pecado.
Os judeus recusavam-se a aceitar que a imortalidade já estivesse acontecendo na vida de Jesus. Eles partiam da idade cronológica do Mestre e daí deduziam ser impossível alguma relação entre Abraão e Jesus.
Jesus, então, fez uma afirmação insuportável para os judeus: "Antes que Abraão existisse, Eu Sou". A irritação foi causada por estas últimas palavras: "Eu sou". Era demais Jesus querer unir, de maneira tão radical, sua existência à de Deus! Sua palavra pareceu-lhes uma blasfêmia. Daí a decisão de apedrejá-lo. Senhor da vida, ele se defrontava com a morte!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, vieste libertar-me da escravidão do pecado e trazer-me a verdadeira vida. Coloca, em meu coração, tua palavra libertadora.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O perigo da leitura fundamentalista...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Podemos dizer que os Judeus eram fundamentalistas em extremo e entendiam a escritura antiga ao pé da Letra. Desta visão distorcida e equivocada dos Profetas e da Torá, é que vem o confronto com Jesus, que jamais contradisse uma só letra da escritura antiga, mas fazia dela uma releitura, aplicando à sua vida, tornando-se ele próprio a Palavra Viva e a revelação mais clara da vontade de Deus, o mesmo Deus Javé ou o Deus da Aliança, Pai de Jesus Cristo.
Jesus interpretava a Lei e os Profetas mostrando em seu conteúdo o Deus que se revela e que busca o homem para salvá-lo e resgatá-lo em definitivo das Forças do Mal. Interpretar significa exatamente aplicar a Palavra de Deus escrita na Bíblia, nos dias de hoje, na minha vida e na vida da comunidade, se não houver essa interpretação, corre-se o risco de ser fundamentalista e isso acontece quando não se faz a hermenêutica.
Jesus mostra com palavras e obras á sua relação direta com o Pai, que é o Deus da Aliança, o Deus de Moisés, o Deus de Abrão, Isaac e Jacó. Os Judeus julgam serem exímios conhecedores de Deus, apenas pelas escrituras, são eles os interpretadores oficiais e não admitem que nenhum outro o faça, muito menos Jesus, um simples galileu. O que na verdade eles conhecem de Deus é o que dele escreveram os profetas e se falaram dos Patriarcas, conheciam na teoria mas Jesus, o Filho Vivo de Deus está ali diante deles, mais do que conhecer a Deus, Ele provém de Deus, Ele é o Deus vivo...
Jesus nunca se preocupou em fazer sinais prodigiosos para superar os profetas ou os Patriarcas, pois estes apenas prepararam o caminho para aquele que haveria de vir, preliminarmente Deus se manifestou nesses Santos Homens, mas jamais com a perfeição com que se manifestou em Jesus Cristo, seu Filho. Todos os que o precederam anunciaram a Salvação e a libertação, Jesus é a Salvação e a Libertação, ele não mostra o caminho mas ele é o caminho, ele não mostra a Verdade, ele é a Verdade, ele não mostra a Vida, ele é a Vida!
Jesus é a Escritura Viva de Deus, é o Verbo Encarnado, mas os Judeus fundamentalistas só o veem como um intermediário, na linha dos Patriarcas e dos Profetas de Israel, valorizam a "casca" e menosprezam o fruto doce que está dentro dela, enfiam as mãos pelos pés e confundem o meio com o fim... Confusão típica de quem é fundamentalista e não consegue sentir em sua vida os efeitos maravilhosos da Graça operante e santificante que Jesus oferece mediante a Fé... Próprio de quem se fecha no mero racionalismo, fechando o coração à Deus...

2. Aquele que guardar a minha palavra...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Mais uma vez Jesus afirma que ele é o “Eu Sou”. “Antes que Abraão existisse, ‘Eu Sou’”, diz ele aos que o ouvem. Eu sou o quê? Perguntaríamos nós a procura de um complemento do verbo. Não há, porém, complemento. Tudo está completo na expressão que afirma simplesmente que ele é, que ele é a existência, que ele é, enfim, a vida. E a discussão é feita na proximidade de sua morte. Querem apedrejá-lo pela blasfêmia de se fazer igual a Deus. “Quem tens a pretensão de ser?”, perguntaram. E com razão! Afinal, quem é esse Jesus de Nazaré? Mesmo se for o Messias, como pretende se identificar com Deus? Pouco a pouco vamos percebendo e descobrindo que ele já existia antes que qualquer coisa tivesse o seu princípio. É um caminho de fé, não dado a todos. O que é dado a todos é a caridade com que são tratados pelos que têm fé.

HOMILIA

ANTES QUE ABRAÃO EXISTISSE EU SOU!

A origem e o destino de Jesus foram motivos de controvérsia com os judeus. Por um lado, o Mestre proclamava: "Se alguém guarda a minha palavra, jamais verá a morte". Por outro, afirmava: "Antes que Abraão existisse, Eu sou".
Seus adversários raciocinavam de maneira aparentemente lógica. Os personagens mais veneráveis do povo, como Abraão e os profetas, morreram. Acreditava-se na volta do profeta Elias, que fora arrebatado ao céu numa carruagem de fogo. Não se tinha, porém, notícia de alguém que não iria experimentar a morte. Com Jesus, não haveria de ser diferente. Quanto à sua origem, era suficiente considerar sua idade bastante jovem – "Ainda não tens cinqüenta anos" – para se dar conta da falsidade de sua afirmação.
Este modo de pensar estava em total descompasso com a real intenção de Jesus. Referindo-se à morte, pensava em algo muito mais radical que a pura morte física. Suas palavras abririam caminho para a vida eterna, na comunhão plena com o Pai, para além das vicissitudes desta vida terrena. Ao referir-se à sua origem, não estava pensando no seu nascimento carnal, historicamente determinável, e sim na sua vida prévia, no seio do Pai. Neste sentido, pode-se dizer anterior ao patriarca Abraão, por possuir uma existência eterna.
Os inimigos de Jesus eram demasiados terrenos para compreender esta linguagem.
Neste texto, temos a conclusão do tenso e longo diálogo de Jesus com os judeus em Jerusalém, por ocasião da festa das Tendas. Jesus mostra-se acolhedor e reafirma o dom da vida eterna, já: "Se alguém cumprir a minha palavra, nunca verá a morte". Contudo os judeus permanecem firmes em sua rejeição a Jesus, procurando apedrejá-lo.
Jesus, que cumpre a palavra do Pai, já vive a eternidade. Pois antes que Abraão existisse, Eu sou. Disse Jesus àquele povo e continua dizendo o mesmo hoje. Quando estas palavras encontrarem espaço em nossos corações, então significa que vivemos em comunhão eterna com Jesus e com o Pai ao cumprirmos sua palavra, no despojamento e na partilha, na mansidão, na acolhida ao irmão, na prática da misericórdia e da justiça que liberta e promove a vida.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 10/04/2014

HOMILIA DIÁRIA

As palavras do Senhor são de vida eterna!

O Senhor, um dia, se manifestou em nossa vida e, dia a dia, Ele vem nos apresentando e nos presenteando com a Sua Palavra; e as palavras do Senhor são de vida eterna!
”Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte” (João 8, 51).
Todos nós precisamos de vida. Temos a graça de viver, mas, muitas vezes, não é o fato de estarmos vivos, respirando, andando e caminhando que significa que temos a vida em nós. Quantas vidas opacas, sem gosto, sem sabor, sem sentido, sem direção! Quantas vidas sem luz interior há! Então não basta saber que estamos respirando! Algumas vezes, existem pessas que não estão caminhando, estão prostradas, doentes, acometidas por alguma enfermidade, mas estão vivas, estão em plena vivacidade e exprimem alegria interior, mesmo diante de um vale de lágrimas que as rodeia, porque encontraram o sentido da vida.
E qual é o sentido da vida? É guardar a Palavra de Jesus! Nós conhecemos, um dia, Jesus e Ele se manifestou em nossa vida e, dia a dia, Ele vem nos apresentando e nos presenteando com a Sua Palavra; e as palavras do Senhor são de vida eterna!
Não entenda ”palavras de vida eterna” com ganharmos um ”selinho” para, quando morrermos, irmos para o céu. Glória a Deus por isso [irmos para o céu]! Pois a palavra de vida eterna é trazer a eternidade para a nossa vida, é dar um sentido pleno à vida que nós estamos vivendo, de forma a não permitir que –, onde quer que nós estejamos, passando por aflições, dificuldades e provações devido a coisas que não deram certo – nossa vida seja transformada em um inferno e perdermos a alegria de viver. Jesus traz vida para a nossa vida, mesmo que estejamos passando por grandes aflições, sofrimentos e angústias.
Que possamos refletir sobre a nossa vida! Ela está sendo guiada, orientada, iluminada e conduzida pela Palavra de vida de Jesus ou estamos simplesmente caminhando nessa vida?
Senhor, só Tu tens palavras de vida eterna! Que as Tuas palavras conduzam e iluminem meus passos, e tragam luz ao meu coração, tragam vida interior a mim e deem sentido ao meu viver. Que as palavras de Jesus, hoje, ressuscitem quem estiver morto e paralisado! Que as palavras de Jesus, hoje, tragam vida e um sentido novo para o nosso viver!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 10/04/2014

Oração Final
Pai Santo, nós queremos continuar crianças em teu Reino. Somente as crianças são capazes de se encantar diante dos fatos simples da vida, e nós tememos ‘crescer’ e nos acostumarmos, perdendo a admiração por tua misericórdia infinita, que nos ofereceu teu próprio Filho, o Cristo Jesus. Ele, que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/04/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, acolhe-nos como crianças no teu Reino de Amor. Ensina-nos a simplicidade e a alegria para que possamos nos encantar com o Mistério de Amor que foi prometido aos nossos pais e concretizado no Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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