segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Aprendendo a ser missionário com Santa Teresinha


Santa Teresinha do Menino Jesus e São Francisco Xavier são os Padroeiros das Missões

por Flávio Sobreiro *

Iniciamos o mês de outubro celebrando a memória litúrgica de Santa Teresinha do Menino Jesus, virgem e doutora da Igreja. Outubro é conhecido também como o mês missionário, e Santa Teresinha é a padroeira das missões.

O Decreto Conciliar Ad Gentes sobre a atividade missionária da Igreja afirma: “A Igreja peregrina é, por sua natureza, missionária, visto que tem sua origem, segundo o desígnio de Deus Pai, na ‘missão’ do Filho e do Espírito Santo” (AG,6). Em nosso “DNA espiritual” de batizados, está impresso o nosso desígnio missionário, e Santa Teresinha do Menino Jesus, mesmo vivendo no Carmelo, viveu sua identidade missionária, rezando pelas vocações.



Em seus escritos autobiográficos, intitulados “História de uma alma”, Santa Teresinha afirma: “Ó Jesus, meu amor, minha vocação, encontrei-a afinal: Minha vocação, é o amor! […]”. Seu exemplo é caminho para que todos nós sejamos missionários onde nos encontramos: família, trabalho, escola…
Siga o exemplo de Santa Teresinha

Nos domingos e dias de festa, Santa Teresinha colocava seu pouco tempo disponível para prestar pequenos favores às suas irmãs do Carmelo. Também nós podemos seguir esse exemplo. Quanto tempo dedicamos àqueles que nos são importantes? Conseguimos nos desconectar dos nossos computadores e celulares para valorizar aqueles a quem realmente amamos? Ser missionário é também amar com gestos concretos e atenção a todos, começando, em primeiro lugar, pelos de nossa própria casa.

Por saber que uma das madres, que já tinha idade avançada, tinha alergia a perfume de flores, Santa Teresinha deixou de colocá-las diante da imagem do Menino Jesus, que ficava no claustro. Esse pequeno gesto demonstra o carinho e a atenção para com a religiosa. E nós? Quais são os pequenos sacrifícios que podemos fazer para nossos irmãos de comunidade? Muitas vezes, sabemos de algo que alguns não gostam e insistimos em continuar fazendo. A missão exige um abrir mão de nossas vontades, para acolher o outro com doçura e delicadeza.

Quando percebia que alguma irmã estava nervosa ou de mau humor, ela sempre a tratava com mais delicadeza, sendo amável e meiga: “Precisamos agir, pois, como o Senhor, desdobrarmo-nos em delicadezas e previdências para com as almas imperfeitas […]”. Todos os dias, também somos confrontados com inúmeras situações em que muitos se encontram nervosos ou estressados no trabalho. Como reagimos diante desses desafios? Temos a delicadeza do Senhor, que se manifesta a nós de um modo amável? Ou nos deixamos envolver pela atmosfera de mau humor e aumentamos ainda mais o mal-estar em nosso trabalho? Ser missionário é aprender a vivenciar as mais delicadas situações com prudência e carinho.

Santa Teresinha também nos ensina que ser missionário é nos empenharmos em uma contínua vida de oração por todos: familiares, amigos, colegas de trabalho, enfermos, pessoas necessitadas, religiosos, seminaristas, diáconos, padres, bispos, papa. A exemplo de Santa Teresinha do Menino Jesus, que nossa missão seja sempre o amor!

* Padre Flávio Sobreiro, bacharel em Filosofia pela PUCCAMP e Teólogo pela Faculdade Católica de Pouso Alegre (MG). Vigário paroquial da paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Santa Rita do Sapucaí (MG), e padre da arquidiocese de Pouso Alegre (MG). Fonte: Canção Nova

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