terça-feira, 13 de junho de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 14/06/2017

Ano A


Mt 5,17-19

Comentário do Evangelho

Jesus realiza plenamente a Lei a partir da centralidade do mandamento do amor

Em primeiro lugar, nosso texto visa eliminar o equívoco de que Jesus tivesse vindo para eliminar a Escritura. A expressão “a Lei e os Profetas” (v. 17a) não é um registro puramente jurídico, mas um modo de designar a Escritura na sua totalidade. A Lei designa o Pentateuco enquanto receptáculo do imperativo divino. Os Profetas são portadores da promessa e, enquanto tais, podem ser invocados como testemunhas do direito de Deus. Jesus realiza plenamente a Lei a partir da centralidade do mandamento do amor, pois dos dois mandamentos do amor a Deus e ao próximo dependem toda a Lei e os Profetas (cf. 22,40). A Torá é integralmente respeitada e cumprida por Jesus e o deve ser para a Comunidade dos discípulos, porque recomposta sobre a exigência do amor. Nesse sentido, a Lei é pensada a partir da cristologia. É nela que a Lei encontra sua instância de validade e, em consequência, o princípio de ponderação das suas prescrições.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito de plenificação, como Jesus, quero estar submisso à vontade primeira do Pai para a humanidade, pondo em prática, de maneira perfeita, as suas exigências.
Fonte: Paulinas em 12/06/2013

Vivendo a Palavra

Nós devemos e desejamos cumprir a Lei de Deus plenamente. Não o fardo pesado das 613 prescrições farisaicas – 365 ‘façam’ e 248 ‘não façam’ – pois era assim que os escribas e doutores traduziam a Lei para o povo, mas a Lei do Amor trazida por Jesus de Nazaré. Amor espontâneo, indiscriminado, gratuito e libertador.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/06/2013

VIVENDO A PALAVRA

Cumprir a letra da Lei, pensava-se então, era buscar a perfeição, observando uma série de normas impostas ‘de fora’ ao crente. Seguir a Lei do Amor é procurar a santidade: assumir a nossa identidade interior, gerada pelo Espírito Santo que nos habita, oferecendo ao Pai a nossa vida para que, por ela, Ele se manifeste ao mundo.

Reflexão

O verdadeiro cumprimento da Lei não significa apenas a obediência a ela. Significa descobrir os valores que são inerentes a ela, as motivações que estão por trás dela e as conseqüências da sua observância para a felicidade pessoal, para a construção de um mundo melhor para todos e principalmente para que possamos descobrir o bem maior para as nossas vidas, que é o projeto de Deus para a humanidade, e assumir como próprio de cada um de nós este projeto que nos é proposto pelo próprio Deus. Jesus nos mostra que Deus não quer de nós a infantilidade da obediência cega, mas a maturidade da co-responsabilidade no projeto do Reino.
Fonte: CNBB em 12/06/2013

Meditando o evangelho

UMA OBEDIÊNCIA DIFERENTE

O modo como Jesus se comportava e ensinava os discípulos a se comportarem fez com que seus adversários suspeitassem de que o Mestre fosse um anarquista. Numa sociedade firmemente alicerçada sobre os ditames da Lei mosaica seria uma loucura contrariar algo inquestionável. A prudência aconselhava a submeter-se sem muitas delongas. Além disso, os fariseus funcionavam como uma espécie de fiscais do cumprimento da Lei. Ai de quem ousasse contrariá-la por menor que fosse! Era denúncia na certa.
Por outro lado, os discípulos mal-avisados poderiam enganar-se e pensar que, de fato, com suas palavras e gestos, o Mestre estivesse propondo uma independência radical em relação à Lei, declarando, desta forma, inútil um elemento venerável da piedade popular.
Qual foi a verdadeira postura de Jesus em relação à Lei? Ele não a proclamou inútil, mas também recusou-se a se submeter a ela de maneira servil e ingênua. Antes, introduziu uma maneira diferente de obedecer às exigências dela. Como? Superando a materialidade da letra para buscar o desígnio divino que a inspirou. Diante de cada mandamento concreto, importava colocar-se a questão: o que o Pai estava desejando ao dar este preceito ao povo? A obediência de Jesus tocava este nível de profundidade. Por isso, sua obediência era tão diferente da de seus adversários, a ponto de dar-lhes a impressão de parecer uma perigosa desobediência.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, livra-me do perigo de reduzir minha obediência aos teus mandamentos à execução mecânica de gestos exteriores. Revela-me, cada vez mais profundamente, a tua vontade.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. A PRÁTICA DA LEI
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Jesus respeitava a Lei mosaica, porém tratando-a com a liberdade que lhe era característica. Seu cumprimento da Lei deu-se de forma tão radical, a ponto de poder dizer tê-la plenificado. Portanto, longe de abolir os preceitos da Lei, Jesus os viveu em radicalidade e ensinou seus discípulos a fazer o mesmo.
O respeito radical de Jesus à Lei não se deu em forma de submissão fanática à formulação dos preceitos legais. A letra da Lei importava pouco para Jesus. Ele cumpriu plenamente a Lei ao nortear sua vida pelo espírito que subjazia à letra. O espírito da Lei correspondia à vontade do Pai escondida atrás de suas palavras.
A atitude de Jesus serve de modelo para os discípulos do Reino, que têm a obrigação de respeitar a Lei e os Profetas, porém procurando atingir-lhe o espírito sem apegar-se exageradamente à sua letra. Essa postura lhes propicia um apego criativo à Lei, sem o risco de descambar para o fanatismo e a intransigência.
A violação da Lei, na perspectiva de Jesus, é de suma gravidade e pode ter conseqüências desastrosas por ser uma forma de afronta ao Pai. Rejeitando a vontade de Deus, o indivíduo ousa constituir-se em autor de sua própria lei, atitude de soberba exclusão de Deus. Jesus, de forma alguma, foi um violador da Lei como o acusavam seus adversários.
Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a cumprir a Lei, em plenitude, como tu, de modo a submeter toda a minha vida ao querer do Pai.
Fonte: NPD Brasil em 12/06/2013

HOMILIA DIÁRIA

Os mandamentos são o caminho para a vida

Os mandamentos são o caminho para a vida, para a nossa salvação. Precisamos nos esforçar para colocá-los em prática e ensinar os outros a também observá-los.
Disse Jesus: “Quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus” (Mt 5,19).
Jesus está chamando nossa atenção para o fato de que nós, de forma nenhuma, podemos dar menos importância a nenhum, sequer, dos mandamentos da Lei de Deus.
Os mandamentos são o caminho para a vida, para a nossa salvação. Precisamos nos esforçar para colocá-los em prática e ensinar os outros a também observá-los.
Observando estes mandamentos, nós não podemos transgredi-los nem ensinar outros a fazer o mesmo ou dar menos importância à Palavra de Deus e aos Seus ensinamentos.
Que seja o esforço do nosso coração, o esforço da nossa vida para colocá-los em prática.
Uma boa coisa é relembrar quais são esses mandamentos, desde o primeiro – ‘Amar a Deus sobre todas as coisas’ – até os outros que vêm em seguida, do jeito como aprendemos na catequese.
Quando éramos crianças, aprendemos, de cor, esses ensinamentos; agora, precisamos saber colocá-los em prática, exercitá-los no cotidiano de nossa vida, no mundo em que vivemos, cercado por mentiras, impurezas e maldades. É muito importante que ensinemos o caminho da verdade, da vida, os quais estão nos mandamentos da Lei do Senhor nosso Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 12/06/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, livra-nos da vaidade e do orgulho de desejarmos ser perfeitos. Faze-nos humildes para que busquemos descer a cada dia os degraus da santidade, aproximando-nos mais e mais do Caminho ensinado pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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