ALBUQUERQUE,
29 Ago. 13 / 04:10 pm (ACI/EWTN Noticias).- A
Corte Suprema de Novo México, nos Estados Unidos, sentenciou que um pequeno
negócio de fotografia, de propriedade de um cristão, não tem o direito a
negar-se por motivos religiosos a trabalhar em uma cerimônia do mal chamado
"matrimônio" gay.
O
especialista Ryan Anderson, em um texto publicado em 22 de agosto no National
Review Online, assinalou que esta sentença explica "a crescente
preocupação que muitos têm contra as leis antidiscriminação, e a pressão para
que o matrimônio homossexual atropele os direitos de consciência e liberdade
religiosa".
"As
consequências para os crentes religiosos se estão fazendo visíveis",
indicou.
A
Corte Suprema de Novo México sentenciou, em 22 de agosto, que a legislação
antidiscriminação estatal obriga Elane Photography a "servir os casais do
mesmo sexo da mesma forma que serve os casais de sexos opostos".
Elane
Photography, de propriedade de Elaine Huguenin e de seu marido, Jon, recusou
tirar fotos da "cerimônia de compromisso" de duas mulheres, em Taos,
Novo México.
Elaine
recusou o contrato, dizendo que a fé cristã dela e de seu marido entrava em
conflito com a mensagem que a cerimônia comunicava. O casal de lésbicas
encontrou outro fotógrafo para sua cerimônia.
Uma
das mulheres, Vanessa Willock, colocou uma queixa ante a Comissão de Direitos
Humanos de Novo México, acusando o negócio de violar a legislação estatal que
proíbe a discriminação em base à orientação sexual.
Em
2008, a comissão sentenciou a favor de Willock.
O
negócio de fotografia apelou, representado pela organização defensora da
liberdade religiosa nos Estados Unidos Alliance Defending Freedom (ADF).
Jordan
Lorence, conselheiro sênior do ADF, assinalou que é muito provável que apelem à
Corte Suprema dos Estados Unidos.
"Achamos
que a Primeira Emenda (da Constituição dos Estados Unidos) protege o direito
das pessoas de não comunicar mensagens com as que discrepam", disse
Lorence à agência Reuters.
De
acordo com o juiz Richard Bosson, que sentenciou a favor do casal de lésbicas,
é o "preço da cidadania" ceder nas próprias crenças religiosas em
favor de quem acredita em algo diferente.
Entretanto,
para Lorence, "o preço da cidadania não significa ceder seus direitos
constitucionais. É aterrador pensar que um artista ou qualquer americano pode
ser forçado pelo governo a promover mensagens com as que não está de
acordo".
"Em
uma sociedade livre, as pessoas com diferentes crenças têm que aprender a
levar-se bem. Havia muitos fotógrafos disponíveis, dispostos a fotografar esta
cerimônia homossexual".
Uma
pesquisa realizada em julho pelo Rasmussen Reports revelou que 85 por cento de
americanos acha que um fotógrafo de casamento cristão, com profundas crenças
religiosas contra o mal chamado "matrimônio" homossexual, deve ter o
direito a recusar um trabalho em uma cerimônia de "matrimônio" gay.
Só
8 por cento disse que o fotógrafo deve ser obrigado a trabalhar na cerimônia.
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