terça-feira, 15 de maio de 2012

São Luís Orione - 16 de maio

Comem. litúrgica: 16 de maio

Também nesta data:  S. Simão Stok ,  João Neponucemo, Honorato,  e Margarida de Cortona
  
Fundador da Ordem dos Orionitas
Filhos da Divina Providência - FDP

                                                       Luís Orione nasceu em Pontecurone, um pequeno município na Diocese de Tortona, no Norte da Itália, no dia 23 de junho de 1872. Aos treze anos foi recebido como Aspirante num Convento Franciscano em Voghera, uma cidade próxima na Região de Pavia; saiu um ano depois devido a doença. De 1886 a 1889 foi aluno de Dom Bosco no Oratório Salesiano de Valdocco em Turim.
                                                        No dia 16 de outubro de 1889 entrou no Seminário Diocesano de Tortona. Ainda jovem seminarista se dedicava a obras de solidariedade para com os necessitados, participando da «Sociedade de Socorro Mútuo São Marciano» e das Conferências Vicentinas. No dia três de Julho de 1892 abriu seu primeiro Oratório, um centro de educação cristã e de recreação para os meninos pobres. No ano seguinte, no dia 15 de Outubro de 1893, Orione um seminarista de 21 anos, fundou no Bairro de São Bernardino um Colégio, com escola em regime de internato, para rapazes de famílias pobres. 
                                                        No dia 13 de abril de 1895, Luís Orione foi ordenado sacerdote e, no mesmo dia, o bispo deu a batina a seis alunos do Colégio com vocação sacerdotal. Numa seqüência rápida, o Pe. Luís Orione abriu novas fundações em Mornico Losana na Região de Pavia, em Noto na Sicília, em Sanremo e em Roma.
                                                        Ligados a Dom Orione se uniram Seminaristas e Padres que formaram o primeiro núcleo de uma nova Família Religiosa a «Pequena Obra da Divina Providência». Em 1899 Dom Orione deu início a mais um Ramo da nova Congregação: os «Eremitas da Divina Providência». O Bispo de Tortona, Dom Igino Bandi, com Decreto datado de 21 de Março de 1903, deu aprovação canônica aos «Filhos da Divina Providência», Congregação Religiosa de Padres, Irmãos e Eremitas da Família da Pequena Obra da Divina Providência. A Congregação e toda a Família Religiosa se propunha «trabalhar para levar os pequenos os pobres e o povo à Igreja e ao Papa, mediante obras de caridade», desejando consagrar-se com um IV Voto «de especial fidelidade ao Papa». Já nas Primeiras Constituições de 1904 constava também o propósito de «trabalhar pela união das Igrejas Separadas».
                                                        Animado por uma grande paixão pela Igreja e pelas Almas, Dom Orione se envolveu ativamente nos problemas emergente da época: a luta pela liberdade e a unidade da Igreja, a questão romana, o modernismo, o socialismo, a evangelização das massas operárias. Dom Orione teve atuação heróica no socorro às vítimas dos terremotos de Reggio e Messina (1908) e da Marsica (1915). Por decisão do Papa São Pio X, foi nomeado Vigário Geral da Diocese de Messina por 3 anos.
                                                        Vinte anos depois da fundação dos Filhos da Divina Providência, em 29 de junho de 1915, surgiu como novo ramo a Congregação das «Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade», Religiosas movidas pelo mesmo carisma fundacional. Ao novo ramo se associaram as «Irmãs Sacramentinas Adoradoras não videntes» e algum tempo depois as «Contemplativas de Jesus Crucificado».
                                                        O Pe. Luís Orione se empenhou em organizar grupos Leigos: as «Damas da Divina Providência», os «Ex-Alunos» e os «Amigos». Nos anos seguintes, outros grupos foram constituídos como o «Instituto Secular Orionita — ISO» e o amplo leque de Associações do «Movimento Laical Orionita — MLO».
                                                        Depois da primeira Grande Guerra (1914-1918) multiplicaram-se as escolas, colégios, colônias agrícolas, obras caritativas e sociais. Entre as muita obras, as mais características foram os «Pequenos Cotolengos», instituições destinadas aos mais sofredores e abandonados, localizadas nas periferias das grandes cidades, para serem «novos púlpitos» a anunciarem Jesus Cristo e sua Igreja e para serem «faróis de fé e de civilização».
                                                        O zelo missionário de Dom Orione cedo se manifestou com o envio de Missionários ao Brasil em 1913 e, em seguida à Argentina e ao Uruguai (1921), à Palestina (1921), à Polônia (1923), a Rodes (1925), aos Estados Unidos (1934), á Inglaterra (1935) e à Albânia (1936). Dom Orione esteve pessoalmente como missionário, duas vezes, na América Latina: em 1921 e nos anos de 1934 a 1937, no Brasil, na Argentina e no Uruguai, tendo chegado até ao Chile.
                                                        Recebeu grandes demonstrações de estima de Papas e de Autoridades que lhe confiaram missões importantes e delicadas, para sanar feridas profundas no seio da Igreja e da Sociedade e em difíceis situações de relacionamentos entre a Igreja e a Sociedade civil. Foi Dom Orione pregador popular, confessor e organizador de peregrinações, de missões populares e de presépios vivos. Grande devoto de Nossa Senhora, propagou de todos os modos a devoção mariana e ergueu santuários, entre os quais o de Nossa Senhora da Guarda em Tortona e o de Nossa Senhora de Caravaggio; na construção desses santuários será sempre lembrada a iniciativa de Dom Orione de colocar seus clérigos no trabalho braçal ao lado dos mais operários civis.
                                                        Em 1940, Dom Orione atacado por graves doenças de coração e das vias respiratórias foi enviado e praticamente forçado pelos médicos e confrades a se retirar para São Remo; foi para lá protestando: «não é entre as palmeiras que eu quero viver e morrer, mas no meio dos pobres que são Jesus Cristo». E ali, três dias depois de ter chegado, morreu no dia 12 de Março, sussurrando suas últimas palavras: «Jesus! Jesus! estou indo».
                                                        O corpo foi sepultado devotamente na cripta do Santuário da Guarda e encontrado incólume vinte e cinco anos depois, em 1965. No dia 26 de Outubro de 1980, João Paulo II declarou Dom Orione bem-aventurado, tendo sido canonizado em 16 de maio de 2004.


São Luís Orione
AlojzyOrione.JPG
Estatua de Padre Luís Orione em oração
Nascimento23 de junho de 1872 emPontecurone
Morte12 de março de 1940 (67 anos) emSanremo
Veneração porIgreja Católica
Beatificação26 de outubro de 1980Vaticanopor: João Paulo II
Canonização16 de maio de 2004Vaticano por:João Paulo II
PrincipaltemploSantuário N.S. da Guarda
Festa litúrgica16 de maio


Luís Orione

Luigi Orione, em português Luís Orione, (Pontecurone23 de junho de 1872 — Sanremo12 de março de 1940) foi um sacerdote católico italiano proclamado santo pelo Papa João Paulo II em 2004. 

Biografia


Nascido em Pontecurone numa família profundamente religiosa, em 14 de setembro de 1885 entra na Ordem Franciscana no Convento de Voghera, mas em 1886 foi licenciado por causa da saúde fraca que prejudicou a sua vida.
Em 1889 entra no Seminário de Tortona e torna-se sacerdote em 1895. Em 1899 fundou a Pequena Obra da Divina Providência (religiosos empenhados na caridade e em pregar o Evangelho). Os Pequenos Cotolengos são uma casa em que promovem e apoiam os deficientes físicos e mentais. A Ordem teve aprovação diocesana em 1903.
Em 1908 viaja para Messina e para Reggio Calabria para ajudar o povo por causa do terremoto.
Em 1915 esteve em Mársica (Abruzos) para ajudar por causa de outro terremoto. No mesmo ano, funda a Congregação das Pequenas Irmãs da Caridade.[1]
Logo depois da Primeira Guerra Mundial começa a espalhar o seu trabalho em Italia e no mundo: MilãoGenovaRoma;Buenos AiresSão PauloSantiago). Viajou ao Brasil por quatro vezes.
O corpo de São Luís Orione, numa urna de vidro, no Santuário N.S. da Guarda, em Tortona.
Faleceu em Sanremo, em 12 de março de 1940. Foi sepultado na cripta do Santuário N.S. da Guarda até 26 de outubro 1980quando foi proclamado beato e depositado numa urna de vidro para veneração publica (foto à esquerda).
Para sua canonização, a Igreja reconheçeu como milagroso o restablecimento, em 1990 de Pietro Penacca, 78 anos, deMomperone, doente de carcinoma nos pulmões, que viveu por mais 12 anos e morreu de velhice em 2001.[2]
A canonização ocorreu em 16 de maio de 2004.
Papa Pio XII denominou-o «...pai dos pobres, benfeitor da humanidade sofredora e abandonada...»

Bibliografia

Estatua de São Luís Orione, rezando, 
no Santuário N.S. da Guarda, em Ceranesi.


  • F. Peloso, Don Luigi Orione e padre Pio nel decennio della tormenta: 1923-1933. Fatti e documenti, 1999, ISBN 88-16-30348-4
  • Nel nome della divina provvidenza, 1995 (postumo), ISBN 8838423059
  • Ho aperto le braccia e il cuore, 2001 (postumo), ISBN 882154544X
  • AA.VV. San Luigi Orione: da Tortona al mondo. Atti del Convegno di studi (Tortona, 14-16 março 2003), 2004, ISBN 88-343-1978-8
  • Meditazioni sul vangelo. Dagli scritti e dalla parola, 2004 (postumo), ISBN 88-215-5145-8

Referências


  1.  As Irmãs dessa Congregação, são hoje chamadas Orioninas
  2.  Do sitio oficial da Pequena Casa da Divina Providencia
                                

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