ANO C
Lc 5,27-32
Comentário do Evangelho
Jesus à mesa com os publicanos
A refeição na casa de Levi é a ocasião para Jesus explicitar sua missão ante aqueles que lhe faziam oposição, neste caso, os escribas e os fariseus. Chamado ao seguimento de Jesus, Levi oferece um "grande banquete" em que estão presentes "um grande número de publicanos e de outras pessoas", e Jesus com eles à mesa. Quem diz publicano, diz pecador. A mesa, o banquete, é símbolo da acolhida, de comunhão e prefiguração do banquete escatológico. No episódio de Zaqueu, chefe dos coletores de impostos, o leitor é informado de que não se entra na casa de um pecador: "Foi hospedar-se na casa de um pecador!" (Lc 19,7; ver também Lc 15,1ss). Por isso, a murmuração dos escribas e dos fariseus. Mas não há quem Jesus não acolha. A misericórdia de Deus tem precedência sobre o sistema de pureza. Nesse contexto, a missão de Jesus é afirmada: "Não é justos que vim chamar à conversão, mas sim a pecadores" (v. 32). O final do episódio de Zaqueu é ainda mais explícito: "... o Filho do Homem veio buscar e salvar o que estava perdido" (Lc 19,10).
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, estou certo de que, mesmo sendo pecador, sou amado por ti, e posso contar com a tua solidariedade, que me descortina a misericórdia e a justiça como jeito novo de ser.
Fonte: Paulinas em 16/02/2013
Comentário do Evangelho
A missão de Jesus
“Depois disso” refere-se ao episódio da cura do paralítico e à discussão com os escribas e os fariseus sobre o perdão dos pecados (Lc 5,17-26). O banquete oferecido por Levi a Jesus pode ser considerado expressão da alegria pelo encontro com o Senhor e a despedida do publicano de sua vida passada. Os seus amigos estão presentes, entre eles um grande número de publicanos, reconhecidos pelos judeus praticantes como impuros, pecadores públicos, pessoas na casa de quem um justo não pode entrar nem assentar-se à mesa com eles, sob pena de tornar-se impuro. A mesa, a refeição são símbolos de comunhão, de acolhida e antecipação do banquete escatológico. Eis a razão da murmuração dos escribas e fariseus. Mas não há quem Jesus não acolha e quem não possa acolhê-lo. O amor de Deus, sua misericórdia, tem absoluta precedência em referência a qualquer regra, inclusive em relação às regras de pureza que excluem da comunhão com Deus e eximem do dever de socorrer o outro em suas necessidades (ver: Lc 10,25-37). É a presença do Senhor, e não outro alguém ou coisa, que purifica e santifica a todos, e integra-os na comunhão com Deus. O nosso texto é ocasião para afirmar, com clareza, a missão de Jesus (vv. 31-32; cf. Lc 19,10).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, estou certo de que, mesmo sendo pecador, sou amado por ti, e posso contar com a tua solidariedade, que me descortina a misericórdia e a justiça como jeito novo de ser.
Fonte: Paulinas em 08/03/2014
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Não vim chamar os justos ao arrependimento
Quaresma é tempo de conversão, tempo de retorno e de mudança de rumo, tempo de revisão das ideias que povoam a nossa mente, tempo de mudar de mentalidade e purificar o coração. Levi era considerado pecador público por coletar impostos para os invasores romanos.
Passando por ele, Jesus o chama. Ele se levanta, deixa tudo e segue Jesus. Deixa todas as amarras. Uma vez livre, levanta-se e põe-se a andar. Movimento é vida. Antes Levi estava sentado na coletoria de impostos. Agora se levanta e segue Jesus. Levi faz uma festa com seus amigos publicanos e com outras pessoas consideradas pecadoras. E Jesus estava com eles porque precisavam da sua presença salvadora.
Fariseus e escribas criticavam tudo o que estavam vendo. Julgavam ser justos. Podiam reconhecer que também eram pecadores necessitados de salvação e então participar da festa, mas não. Afastam-se da fonte da vida, isolam-se em suas críticas. Estão presos na sua imaginária justiça. Se abrirem as portas do coração, Jesus entrará em suas vidas. O início da graça é puro dom de Deus, mas necessita ser acolhido. Jesus chamou Levi, e este tomou a iniciativa de preparar-lhe uma festa.
Cônego Celso Pedro da Silva,
Fontes: Catequisar e Comece o Dia Feliz em 17/02/2024
Vivendo a Palavra
O Mestre nos ensina a ver o ser humano além da sua pequenez aparente. Que nós saibamos enxergar em cada Levi, assentado em sua banca de cobrador de impostos, o futuro Mateus, apóstolo, evangelista, capaz de oferecer a vida em sacrifício pelo Reino que anunciava, a mandato do Senhor.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/02/2013
VIVENDO A PALAVRA
Um simples chamado – «Siga-me.» – transforma uma vida. O Evangelho escrito pela Comunidade de Mateus deixa transparecer a profundidade da conversão daquele homem. Como a Mensagem do Cristo encharcou a vida do cobrador de impostos, tão mal visto pelas autoridades religiosas e pelo povo do seu tempo. Uma ocasião oportuna para pensarmos na nossa própria conversão...
Fonte: Arquidiocese BH em 17/02/2018
Vivendo a PalavrA
Quando acolhe Levi, um cobrador de impostos discriminado pelo povo, Jesus vive e nos ensina a viver – como discípulos seus que nós tanto desejamos ser – o Amor pleno: ele é espontâneo, não precisa ser ordenado; é indiscriminado, deve se estender a todos; é gratuito, não deseja e nem espera nenhuma recompensa; e é, sobretudo, livre e libertador.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/03/2019
VIVENDO A PALAVRA
Levi, um judeu a serviço do Império Romano, era discriminado por seu povo. Mas Jesus não pensava assim. Chamou-o para sua companhia e aceitou o convite para jantar em sua casa. Estabelecia, assim, um modelo de relação aberta com todos os irmãos, sem preconceitos ou discriminações. Sigamos o bom exemplo do Mestre!
Fonte: Arquidiocese BH em 29/02/2020
vIVENDO A PALAVRa
Um simples chamado – Siga-Me! – transforma uma vida. O Evangelho transmitido pela Comunidade de Mateus deixa transparecer toda a profundidade da conversão daquele homem. Como a Mensagem e a Companhia do Cristo Jesus encharcaram a vida do cobrador de impostos, que era tão mal visto pelo povo e as autoridades religiosas do seu tempo. Uma ocasião oportuna para pensarmos na nossa própria conversão…
Fonte: Arquidiocese BH em 20/02/2021
Reflexão
Nós queremos afastar os pecadores da Igreja e isso é o maior erro que podemos cometer. Jesus acolhia todos os pecadores e pecadoras e comia com eles, sendo que muitas vezes como, por exemplo, no evangelho de hoje, os chamava para ser seus seguidores, e até mesmo apóstolos. A nossa prática, no entanto, está na maioria das vezes fundamentada na discriminação das pessoas por causa de determinados tipos de pecado, e isso faz com que sejamos iguais aos fariseus do tempo de Jesus, que discriminavam os pecadores, os expulsavam do Templo e consideravam impuras todas as pessoas que se relacionavam com eles. Devemos acabar com o farisaísmo que muitas vezes marca a Igreja na discriminação dos pecadores e termos a atitude da acolhida que Jesus tinha.
Fonte: CNBB em 16/02/2013 e 08/03/2014
Reflexão
Na época de Jesus, cobradores de impostos eram malvistos por estarem a serviço da autoridade romana: aproveitavam-se do ofício para se enriquecerem à custa do povo. “Os fariseus e seus doutores da Lei” os tachavam de “pecadores”. Por isso, Jesus toma uma atitude ousada ao convidar um desses fiscais a fazer parte do seu grupo de seguidores. Ademais, aceita o convite para comer em sua casa, ocasião em que Levi se despede do passado e presta homenagem ao novo senhor (Jesus). Os fariseus, que classificam as pessoas como puras ou impuras, sentem-se provocados. Questionam o Mestre, o qual esclarece sua missão: “Eu não vim chamar justos, e sim pecadores, para a conversão”. Levi é modelo do pecador arrependido e perdoado que se converte em apóstolo (Mateus).
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 17/02/2018
Reflexão
Ao convidar alguém para compor o grupo dos apóstolos, Jesus não busca a opinião dos fariseus nem dos mestres da lei. Estes jamais teriam indicado Levi-Mateus, que era cobrador de impostos. Ora, fariseus e mestres da lei desprezavam essa profissão e tinham preconceito contra quem a exercia. Seguros de terem a salvação garantida, eles ficavam indignados porque Jesus se sentia à vontade na casa dos marginalizados. Jesus envolve de especial atenção os excluídos da sociedade. Não só os convida à conversão, mas acredita no potencial deles para uma grande missão: evangelizar o mundo, como no caso de Mateus. Jesus oferece a salvação a toda a humanidade. Só quem se julga cheio de saúde é que dispensa o médico!
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 09/03/2019
Reflexão
Jesus convida um cobrador de impostos – considerado pecador – chamado Levi (Mateus) para que o siga. Levi era um funcionário a serviço do Império. Imediatamente segue Jesus e ainda o convida para uma refeição em sua casa. Os adversários entram em cena e criticam os discípulos de Jesus que comem com os pecadores. A resposta do Mestre mostra claramente a que veio, qual é a sua missão. Ele é aquele que vai ao encontro dos considerados impuros e excluídos e come com eles, sem medo de contaminações rituais. Jesus não se preocupa tanto com as “pessoas de bem”, mas, sim, com os pecadores e com aqueles que são discriminados por essas “pessoas de bem”. O Mestre quer que todos façam parte do banquete da dignidade e da inclusão. Quaresma é tempo de conversão, de rever nossa caminhada rumo à Páscoa.
ORAÇÃO
Ó misericordioso Jesus, nos teus dias terrenos, os cobradores de impostos eram desprezados pelos fariseus e seus doutores da Lei. Tu, porém, os acolhias cordialmente e os tratavas com toda atenção, porque vieste não para os que se consideravam justos, mas para chamar os pecadores à conversão. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 20/02/2021
Reflexão
As palavras e o agir de Jesus são marcados por aparente simplicidade e, ao mesmo tempo, por grande profundidade. Ao responder que são os doentes que precisam de médico, Jesus está afirmando o óbvio; contudo, muitas vezes o óbvio não é percebido e, por isso mesmo, não desperta nossa sensibilidade nem provoca em nós algum tipo de atitude. Infelizmente, o olhar do ser humano se acostuma a ver realidades duras e pesadas, feias e injustas, e as considera como algo “normal”, parte do cenário ou da paisagem. A sensibilidade do olhar de Jesus é bem diferente, pois leva ao acolhimento dos excluídos, e possibilita que eles retomem sua dignidade. Jesus “viu” Levi e o chamou para segui-lo. Jesus sabia que Levi era um pecador público, mas essa condição não o desqualificava como ser humano, desde que tivesse o desejo de mudar e converter-se.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 05/03/2022
Reflexão
Ao convidar alguém para compor o grupo dos apóstolos, Jesus não busca a opinião dos fariseus nem dos mestres da Lei. Estes jamais teriam indicado Levi-Mateus, que era cobrador de impostos. Ora, fariseus e mestres da Lei desprezavam essa profissão e tinham preconceito contra quem a exercia. Seguros de terem a salvação garantida, eles ficavam indignados porque Jesus se sentia à vontade na casa dos marginalizados. Jesus envolve de especial atenção os excluídos da sociedade. Não só os convida à conversão, mas acredita no potencial deles para uma grande missão: evangelizar o mundo, como no caso de Mateus. Jesus oferece a salvação a toda a humanidade. Só quem se julga cheio de saúde é que dispensa o médico!
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 25/02/2023
Reflexão
Na época de Jesus, cobradores de impostos eram malvistos por estarem a serviço da autoridade romana: aproveitavam- se do ofício para enriquecer à custa do povo. “Os fariseus e seus doutores da Lei” os tachavam de “pecadores”. Por isso, Jesus toma uma atitude ousada ao convidar um desses fiscais para fazer parte do seu grupo de seguidores. Ademais, aceita o convite para comer em sua casa, ocasião em que Levi se despede do passado e presta homenagem ao novo Senhor (Jesus). Os fariseus, que classificam as pessoas como puras ou impuras, sentem-se provocados. Questionam o Mestre, o qual esclarece sua missão: “Eu não vim chamar justos, e sim pecadores, para a conversão”. Levi é modelo do pecador arrependido e perdoado que se converte em apóstolo (Mateus).
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
Fonte: Paulus em 17/02/2024
Reflexão
«Eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores»
Rev. D. Joan Carles MONTSERRAT i Pulido
(Cerdanyola del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje vemos como avança a Quaresma e a intensidade da conversão a que o Senhor nos chama. A figura do apóstolo e evangelista Mateus é muito representativa daqueles que podemos chegar a pensar que por causa do nosso historial, ou pelos pecados pessoais ou por situações complicadas, é difícil que o Senhor repare em nós para colaborarmos com Ele.
Pois bem, Jesus Cristo, para nos tirar de toda a dúvida põe-nos como primeiro evangelista um cobrador de impostos Levi, a quem diz sem rodeios: «Segue-me» (Lc 5,27). Fez, com ele exatamente o contrario daquilo que a mentalidade “prudente” poderia esperar. Hoje procuramos ser “politicamente corretos”, Levi —pelo contrário— vinha de um mundo que tinha repulsa pelos seus compatriotas, pois consideravam-no, apenas por ele ser publicano, colaboracionista dos romanos e possivelmente fraudulento com as “comissões”, o que afogava os pobres ao cobrar-lhes os impostos, em fim, um pecador público.
Aos que se consideravam perfeitos não se lhes passava pela cabeça que Jesus não apenas os chamaria a segui-lo, nem muito menos apenas a sentarem-se à mesma mesa.
Mas com esta atitude, ao escolhe-lo, Nosso Senhor Jesus Cristo diz-nos que é mais deste tipo de gente de quem gosta de se servir para estender o seu Reino; escolheu os malvados, os pecadores, e os que não se consideram justos: «Para confundir os fortes, escolheu os que são débeis aos olhos do mundo» (1Cor 1,27). São estes os que necessitam de médico, e sobretudo, são eles os que compreenderão que os outros o necessitam.
Devemos pois evitar pensar que Deus quer expedientes limpos e imaculados para O servir. Este expediente apenas o preparou para a Nossa Mãe. Mas para nós, sujeitos da salvação de Deus e protagonistas da Quaresma, Deus quer um coração contrito e humilhado. Precisamente, «Deus escolheu-te débil para te dar o seu próprio poder» (Sto. Agostinho). Este é o tipo de gente que, como diz o salmista, Deus não menospreza.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Podes ser salvo, se é isso que tu queres. Só tens de te pôr nas mãos do médico, e ele abrirá os olhos da tua alma e do teu coração. ¿Que médico é este? Deus, que salva e vivifica mediante a sua Palavra. E é que foi por meio da Palavra e da sabedoria que tudo foi feito» (São Teófilo de Antioquia)
- «Um dado que salta à vista: Jesus no exclui ninguém da sua amizade: ‘Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores’ (Mc 2,17). A boa nova do Evangelho consiste de facto nisto: no oferecimento da graça de Deus ao pecador!» (Bento XVI)
- «Jesus convida os pecadores para a mesa do Reino: ‘Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores’. Convida-os à conversão sem a qual não se pode entrar no Reino, mas por palavras e atos, mostra-lhes a misericórdia sem limites do Seu Pai para com eles e a imensa ‘alegria que haverá no céu, por um só pecador que se arrependa’ (Lc 15,7). A prova suprema deste amor será o sacrifício da sua própria vida ‘pela remissão dos pecados’ (Mt 26,28)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 545)
Fonte: Evangeli - Evangelho - Feria em 25/02/2023 e 17/02/2024
Reflexão
O anúncio do Evangelho consiste no oferecimento da graça de Deus ao pecador
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, Jesus acolhe no grupo dos seus íntimos um homem que era considerado como um pecador público. Mateus não só manejava dinheiro considerado impuro por provir de pessoas de fora do povo de Deus, mas que além do mais colaborava com uma autoridade estrangeira, odiosamente ávida, cujos tributos podiam ser determinados arbitrariamente. Em mais que uma ocasião, os Evangelhos mencionam conjuntamente aos “publicanos e pecadores”, aos “publicanos e prostitutas”.
Um dado que salta à vista: Jesus não exclui ninguém da sua amizade. E mais, precisamente enquanto se encontra sentado na mesa da casa de Mateus-Levi, respondendo a quem estava escandalizado pelo facto de frequentar companhias pouco recomendáveis, Cristo pronuncia a importante declaração: “Não vim a chamar os justos, mas os pecadores”.
— A boa nova do Evangelho consiste precisamente nisto: no oferecimento da graça de Deus ao pecador! Quem se encontra aparentemente mais afastado da santidade, pode converter-se inclusive em modelo de acolhimento da misericórdia de Deus.
Fonte: Evangeli - Evangelho Master - Feria em 17/02/2024
Recadinho
Preciso de conversão? - Vocação é Deus chamando a gente para ser útil em algum serviço. Que serviço presto? - Sempre é tempo de pensar melhor nas coisas de Deus. Vamos refletir? - Faço periodicamente algum plano para minha vida espiritual? - Jesus acolheu os doentes, os pecadores. Como vai meu coração? Está sadio?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 08/03/2014
Meditação
Levi ou Mateus talvez não fosse o chefe dos coletores, mas devia ser um dos principais, pois era bastante rico para oferecer grande banquete para muita gente. Pelo jeito não tivera antes relacionamento com Jesus. Logo, porém, que foi chamado, levantou-se pronto para seguir o Mestre, e para o seguir, deixou tudo. Não sabemos o que deixou. Sabemos apenas que deixou tudo. Só isso. Se fosse para mim ou para você esse mesmo convite, como será que reagiríamos?
Oração
Ó Deus eterno e todo-poderoso, olhai com bondade a nossa fraqueza, e estendei, para proteger-nos, a vossa mão poderosa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 25/02/2023
Meditação
“Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão.” Jesus e seus discípulos nem sempre estavam entre gente piedosa e de boa fama. Na verdade, muitos nem eram gente má, apesar de tratados com desdém pelos que se consideravam justos. Na resposta de Jesus podemos até notar certo ar de ironia quando disse que não tinha vindo para os justos, para os que não se reconheciam necessitados de salvação, contentes consigo mesmos. A resposta de Jesus é clara e forte.
Oração
Ó DEUS ETERNO E TODO-PODEROSO, olhai com bondade a nossa fraqueza e estendei, para proteger-nos, a vossa mão poderosa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 17/02/2024
Comentário sobre o Evangelho
Jesus chama Mateus: «Segue-me». Ele deixa tudo e o segue
Hoje seguimos a História de Leví (são Mateus). Jesus o chamou e imediatamente deixou aquela posição acomodada para ir com o Senhor. Estava tão feliz que organizou um banquete para que sus colegas e amigos também estivessem com Jesus. Os fariseus criticaram que o Mestre comesse com eles. Que tipos tão chatos, esses fariseus! Quem eram eles para dizer que os amigos de Levi eram pecadores?
—Jesus Cristo come com todos, especialmente com os mais “doentes da alma”.
Fonte: Family Evangeli - Feria em 17/02/2024
Meditando o evangelho
CONVIDADOS À CONVERSÃO
A proximidade de Jesus com os cobradores de impostos e os pecadores era mal vista pelos fariseus e mestres da Lei. Por malevolência, faziam juízos apressados a respeito dele, de forma a levá-lo a perder a credibilidade, tanto diante dos discípulos quanto diante das multidões que o procuravam. Não existe melhor meio de "queimar" alguém, do que levantar suspeitas sobre sua vida moral. No fundo, este era o ponto visado pelos adversários de Jesus: quem se mistura com os pecadores, assim pensavam, só pode ser do mesmo calibre deles.
Entretanto, conviver com os pecadores e excluídos fazia parte da pedagogia de Jesus, a fim de levá-los a converter-se ao Reino. A solidariedade com os pecadores não se estendia aos pecados que cometiam. Era preciso também alertá-los para que banissem de suas vidas tudo quanto os afastava de Deus.
Jesus acreditava, com todas as forças de seu coração, na possibilidade de conversão do coração humano. Por isso, empregava todos os meios disponíveis para atrair os pecadores para Deus, mesmo correndo o risco de ser vítima da maledicência de seus adversários. Menosprezando as críticas alheias, importava mostrar aos pecadores a possibilidade de uma vida fundada na misericórdia e na justiça. O caminho escolhido por Jesus foi o da solidariedade, que revela como cada um de nós é tratado por Deus.
Fonte: Dom Total em 17/02/2018, 29/02/2020, 20/02/2021 e 25/02/2023
Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Pai, estou certo de que, mesmo sendo pecador, sou amado por ti, e posso contar com a tua solidariedade, que me descortina a misericórdia e a justiça como jeito novo de ser.
Fonte: Dom Total em 17/02/2018, 29/02/2020 e 20/02/2021
Meditando o evangelho
VIM CHAMAR OS PECADORES
A presença do Filho de Deus, na história humana, tinha uma finalidade bem concreta: trazer salvação para toda a humanidade. Fiel à missão recebida do Pai, Jesus foi em busca dos mais necessitados de salvação. Sua presença no meio dos publicanos e pecadores, com os quais comia e bebia, tinha o objetivo, claramente missionário, de sensibilizá-los para a oferta que o Pai lhes fazia.
Os marginalizados mostraram-se mais sensíveis à presença de Jesus, e mais puderam beneficiar-se dela, do que os escribas e fariseus. Fechados em sua própria arrogância, e seguros de terem a salvação garantida, estes últimos censuravam a atitude do Messias Jesus, quando ele se misturava com gente de má-fama, e dava mostras de sentir-se bem no meio deles.
Pensando bem, os que censuravam Jesus, eram os verdadeiros doentes, que careciam de médico. Segregando-se dos pecadores, revelavam uma grave falta de solidariedade e incapacidade de colocar-se do lado daqueles aos quais Deus queria ver salvos. Pensavam que, assim agindo, agradavam a Deus. Na verdade, estavam indo na contramão, pois o desejo divino era e é ver toda a humanidade reconciliada consigo.
A presença eficaz de Jesus junto aos pecadores deve inspirar os cristãos, uma vez que sua missão é fazer o amor de Deus fermentar este mundo que precisa ser salvo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de universalidade, sensibiliza meu coração para acolher os apelos que me vêm da humanidade sofredora, para a qual devo ser testemunha do Reino.
Fonte: Dom Total em 09/03/2019 e 05/03/2022
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Seguir Jesus com Liberdade e Dignidade
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)
O chamado do publicano Levi, nos três Evangelhos sinóticos, segue-se à proclamação do perdão dos pecados feita por Jesus ao paralítico. Confirmam-se, assim, com o chamado e o convívio com Levi, a valorização e a libertação que Jesus vem trazer aos "pecadores" discriminados pelo sistema religioso.
Os publicanos, ou coletores de impostos, trabalhavam para administradores romanos e, por sua profissão, tinham contínuos contatos com os comerciantes gentios; com isso, eram considerados impuros e pecadores pelos critérios religiosos raciais da Lei, e excluídos pelos chefes religiosos de Israel, que se achavam "justos".
Jesus não se volta para os excluídos apenas para libertá-los e restituir-lhes a dignidade. Ele os inclui também na colaboração em seu ministério. A sucinta narrativa inicial, do chamado de Levi, é típica das narrativas bíblicas de vocação.
Contudo, compreende-se que o seguimento de Jesus pelo discípulo é resultado de um amadurecimento de convívio e de conhecimento entre ambos.
Fonte: NPD Brasil em 16/02/2013
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. O chamado de Levi
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Quaresma é tempo de conversão, tempo de retorno e de mudança de rumo, tempo de revisão das ideias que povoam a nossa mente, tempo de mudar de mentalidade e purificar o coração. Levi era considerado pecador público por coletar impostos para os invasores romanos. Passando por ele, Jesus o chama. Ele se levanta, deixa tudo e segue Jesus. Deixa todas as amarras. Uma vez livre, levanta-se e põe-se a andar. Movimento é vida. Antes Levi estava sentado na coletoria de impostos. Agora se levanta e segue Jesus. Levi faz uma festa com seus amigos publicanos e com outras pessoas consideradas pecadoras. E Jesus estava com eles porque precisavam da sua presença salvadora. Fariseus e escribas criticavam tudo o que estavam vendo. Julgavam ser justos. Podiam reconhecer que também eram pecadores necessitados de salvação e então participar da festa, mas não. Afastam-se da fonte da vida, isolam-se em suas críticas. Estão presos na sua imaginária justiça. Se abrirem as portas do coração, Jesus entrará em suas vidas. O início da graça é puro dom de Deus, mas necessita ser acolhido. Jesus o chamou e Levi tomou a iniciativa de preparar-lhe uma festa.
Fonte: NPD Brasil em 17/02/2018
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Deixando tudo, levantou-se e seguiu-o
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Jesus está na casa de Levi, que cobrava impostos para os romanos. Fariseus e escribas têm razão de reagir. Jesus está perturbando a ordem. Afinal, os publicanos se enriqueciam às custas do povo e favoreciam a dominação estrangeira. Por que Jesus se aproxima deles? E por que chama alguns deles para serem seus discípulos? Talvez seja melhor tê-los por perto do que tê-los à distância. O fato é que os que se converteram deram passos decisivos e mostraram por seus frutos a vida nova no seguimento de Jesus. Aí está Mateus, aí está Zaqueu, aí está Levi. Jesus não se aproxima deles para aumentar o número de ladrões, mas para pôr as coisas em ordem. São pessoas desonestas, mas não medíocres, e Jesus quer oferecer-lhes um ministério de qualidade. Se até agora exploraram, agora se vão dedicar ao bem dos outros. A presença de Jesus é transformadora. Não é alienante nem confirmante. Ele não se junta aos corruptos para se tornar um deles. Menos ainda para confirmar o que fazem. Não os despreza, porém, e sabe da vitalidade que possuem. Jesus também entrava na casa dos fariseus e os censurava. O que ele não fazia era deixar as águas paradas.
Fonte: NPD Brasil em 09/03/2019
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Levi preparou um grande banquete na sua casa - Lc 5,27-32
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Nestes dias das Cinzas, São Mateus nos ensinou a praticar os atos quaresmais no segredo de Deus, sem querer que os outros vejam o que estamos fazendo e nos elogiem por isso. Mateus também nos ensinou que o verdadeiro jejum é estar sem Jesus. São Lucas, por sua vez, nos fez ouvir o anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus, e o convite para segui-lo na renúncia de nós mesmos. Hoje, antes de entrarmos na primeira semana da Quaresma, São Lucas nos põe em companhia de Levi, o cobrador de impostos, pecador público, que Jesus chama para segui-lo. Jesus é tão diferente dos religiosos de seu tempo, e de muitas pessoas religiosas do nosso tempo! Não é difícil ser bom com quem é bom nem andar com quem anda direito. Mais difícil, e mais segundo o coração de Cristo, é estar próximo de quem consideramos pecador. Veja com que rapidez Levi respondeu ao chamado do Senhor e com que alegria organizou uma festa. Jesus o valorizou. Ajudou-o a libertar-se de tudo o que o prendia na coletoria de impostos, ajudou-o a se levantar para que o seguisse. Outros teriam passado adiante sem notar sua presença e sem querê-lo em sua companhia. Era um pecador!
Fonte: NPD Brasil em 29/02/2020
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. A alegria de Mateus...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Um cobrador de impostos deveria ser uma pessoa bem triste, de um lado era usado pelo sistema Imperialista para arrecadar valores, e de outro, eram odiados pela maioria do povo e pela liderança dos Judeus que viam neles pessoas inescrupulosas, exploradoras e que roubavam do povo pobre e dos pequenos lavradores uma vez que, eram eles que faziam suas próprias comissões. Basta aqui lembrar de Zaqueu, que após a experiência com Jesus, se mostrou disposto a restituir até quatro vezes mais, tudo o que tinha roubado...
A verdade é que, viver dessa maneira, embora se possa ter fartura de bens materiais, acaba sendo triste porque se tem poucos amigos (os da mesma laia) não se tem autoestima, não se pode contar com uma amizade sincera. Quando Jesus passou por Levi, que era o nome de Mateus, o olhou de um modo especial, não era um olhar de ódio como os demais Judeus, nem um olhar acusador que o maldiz… Mas era um olhar amigo que manifestava um amor e um afeto gratuito e incondicional, mostrando-lhe que era possível iniciar uma vida totalmente Nova.
Mateus sentiu isso, viu algo diferente em Jesus, senão não seria louco de o seguir, pois poderia cair em uma armadilha. Interessante porque Mateus deixa de lado naquele momento, algo que supostamente lhe dava felicidade, conforto e bem estar material, mas não o fazia feliz enquanto pessoa. Percebeu que aquele homem que o chamava tinha uma proposta inédita, talvez fosse sofrer prejuízos em sua economia, mas havia algo que aquele Homem poderia lhe oferecer, e que o faria realizar-se como pessoa, tendo a partir de então uma nova perspectiva que o dinheiro dos impostos não conseguia lhe dar...
O mesmo se pode dizer hoje do consumismo, que de maneira ilusória pode nos dar tudo, mas não nos pode fazer feliz porque Segurança e Felicidade só encontramos no Senhor como nos diz um Salmo.
Está explicado porque Mateus correu preparar um grande banquete para Jesus em sua casa. Ele queria comemorar a Vida nova que recebera de Jesus naquele simples chamado. Mas aí surgiu um problema... Os amigos que convidara para a festa especial eram todos da mesma laia que ele. Possivelmente foi este o primeiro trabalho de evangelização do mais novo discípulo, o evangelho não menciona, mas quem sabe quantos que estavam ali, vendo o entusiasmo de Mateus e a sua alegria incontida, e conhecendo de perto Jesus de Nazaré, que se sentou à mesa com eles, comeu, bebeu e se divertiu... Não tiveram suas vidas transformadas...
Se Jesus mantivesse a compostura de um Judeu Fiel, jamais iria chamar Mateus para integrar o grupo dos discípulos, e muito menos iria a casa dele, um ambiente mal frequentado, por gente impura e inimiga do seu povo. É isso que os Fariseus e os Escribas não compreendem, pois no modo de pensar deles, Deus só se relaciona e traz a Salvação aos que o obedecem e cumprem a Lei de Moisés. Nem notaram que Deus estava bem ali, ao lado deles, e que a sua Misericórdia e amor pelos pecadores era a maior de todas as novidades que os homens poderiam esperar...
Qual é o Jesus que está em nossas comunidades? O moralista ou Aquele que é todo amor e misericórdia, e que sabe acolher a todos, mesmo os piores pecadores…
2. Deixando tudo, levantou-se e seguiu-o - Lc 5,27-32
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
“Deixando tudo, levantou-se e o seguiu”. Foi a atitude de Levi ao ouvir o chamado de Jesus. Levantou-se com rapidez, estava leve, deixou tudo. Muito peso impede a agilidade. Deixe as amarras e siga adiante livremente. Celebre a liberdade. Por vezes festejamos o que nos domina, aplaudimos o que traz um bem-estar momentâneo. Levi fez um grande banquete para celebrar a liberdade adquirida na renúncia e no seguimento de Jesus. Não é estranho que fariseus e escribas murmurassem. Os participantes da festa eram pecadores. No meio deles estava Jesus, o santo de Israel, amigo dos pecadores, pessoas com vida feita de ilusões e destinada ao fracasso, ricos de bens deste mundo, mas não “ricos para Deus”. E, no entanto, fazem festa com Levi, que decidiu dar novo rumo à sua vida. E aceitam em seu meio Jesus, o causador do “desvio” de Levi. O que faz Jesus entre eles? Não é ele o justo, o santo de Deus, o Salvador? Com ele deveriam estar também os justos fariseus e escribas se percebessem que na vida desses pecadores há uma fresta por onde pode passar um raio de luz da graça, se tivessem a sensibilidade de perceber que doentes precisam de médico.
Fonte: NPD Brasil em 20/02/2021
HOMILIA DIÁRIA
A misericórdia de Deus vai em busca dos perdidos
Postado por: homilia
fevereiro 16th, 2013
A proximidade de Jesus com os cobradores de impostos e os pecadores era mal vista pelos fariseus e mestres da Lei. Por malevolência, faziam juízos apressados a respeito dele, de forma a levá-lo a perder a credibilidade, tanto diante dos discípulos quanto diante das multidões que o procuravam. Entretanto, conviver com os pecadores e excluídos fazia parte da pedagogia de Jesus, a fim de levá-los a converter-se ao Reino. Chama precisamente o “evitado” por todos para fazê-lo também merecedor do Reino. A solidariedade com os pecadores não se estendia aos pecados que cometiam, mas sim à pessoa deles, pois era preciso também alertá-los para que banissem de suas vidas tudo quanto os afastava de Deus.
Jesus acreditava, com todas as forças de seu coração, na possibilidade de conversão do coração humano. Por isso, empregava todos os meios disponíveis para atrair os pecadores para Deus, mesmo correndo o risco de ser vítima da maledicência de seus adversários. Menosprezando as críticas alheias, importava mostrar aos pecadores a possibilidade de uma vida fundada na misericórdia e na justiça. O caminho escolhido por Jesus foi o da solidariedade, que revela como cada um de nós é tratado por Deus.
Os cobradores de impostos eram marginalizados porque colaboravam com o poder opressor romano, e porque tiravam o seu lucro cobrando a mais, através de extorsão. Jesus, quando entra na casa de Mateus para uma refeição, misturando-se com outros publicanos e pecadores, infringe prescrições fundamentais farisaicas e entra em comunhão com essas pessoas marginalizadas.
O termo “pecadores” era um termo técnico da época para membros de profissões desprezadas e consideradas suscetíveis de impureza ritual. Uma lista indica pessoas que trabalhavam com asnos ou camelos, marinheiros, pastores, comerciantes, médicos (por causa do sangue), açougueiros, curtidores e cobradores de impostos como membros dessa categoria de “pecadores”. Jesus se defende usando um provérbio de bom senso, também conhecido nos escritos de outros autores como Plutarco. Como o médico tem que se expor ao contágio para curar doentes, o médico espiritual se expõe à impurezas legais para salvar os marginalizados.
A misericórdia de Deus não somente acolhe, mas vai em busca dos perdidos, e os reintegra na comunidade de fé, como também mostra especialmente Lucas.
O texto pode nos levar a questionar a nossa prática de misericórdia. Pois nós também criamos categorias de “puros” e “impuros”, muitas vezes em nome de Deus. Sempre existe a tendência de formar comunidades elitizadas, que se gabam de ser praticantes, observadoras da Lei, e quem sabe, desprezam, sem que digam ou notem isso, os que não correspondem aos seus critérios.
Como são tratadas as pessoas com problemas de divórcio, de vícios, ou com uma outra orientação sexual, em nossas comunidades? As nossas comunidades se assemelham a Jesus, que ia atrás das pessoas taxadas de impuras no seu tempo, ou se assemelham aos fariseus, que se fechavam nos seus rituais e rotulavam e marginalizavam os outros – comunicando um Deus mais preocupado com a pureza ritual do que com a misericórdia?
Jesus não condena o sacrifício e os ritos, mas denuncia a situação quando o apego a eles leva ao abandono do mandamento fundamental de misericórdia. Para todos nós ressoa fortemente o desafio lançado por Jesus “aprendam, pois, o que significa: Eu quero a misericórdia e não o sacrifício”.
Seja Jesus o nosso modelo de compaixão, para não cairmos numa prática religiosa que rotula e marginaliza, em nome de Deus, exatamente os que mais precisam sentir o seu rosto misericordioso e compassivo.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 16/02/2013
HOMILIA DIÁRIA
Deus não leva em conta o tamanho dos nossos pecados!
Não existe pecado que nos impeça de nos aproximarmos de Deus. Muito pelo contrário, se grande é o nosso pecado, maior é a misericórdia e o amor bondoso de Deus para conosco.
”Os que são sadios não precisam de médico, mas sim os que estão doentes. Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão.” (Lc 5, 31-32)
No contexto do Evangelho de hoje Jesus chama Levi para segui-Lo. Levi, que depois será chamado de Mateus, estava ali na coletoria de impostos, onde ele vivia de certa forma até desonesta. Os cobradores de impostos eram, muitas vezes, desonestos com as pessoas. Mas duas coisas devem ser observadas. A primeira delas: Deus é quem toma a iniciativa, Ele é quem vai atrás dos Seus filhos que estão perdidos, largados, vivendo em uma vida errada, a qual não está de acordo com a vontade d’Ele. Além de tomar a iniciativa, Deus não leva em conta o tamanho do nosso pecado ou do nosso erro.
Em outras palavras, não existe pecado que nos impeça de nos aproximarmos de Deus, nenhum pecado pode ser obstáculo para Deus se aproximar de nós. Muito pelo contrário, se grande é o nosso pecado, maior é a misericórdia e o amor bondoso de Deus para conosco, o Seu bálsamo de amor, que purifica o nosso coração para nos aproximarmos d’Ele.
Às vezes, as pessoas ficam fechadas em si, dizendo: ”Eu não tenho mais jeito, já sou um perdido”. Outros ainda dizem: ”Não, este não tem mais jeito, já é um perdido, já é um grande pecador!”. Nunca diga que alguém está perdido, nunca diga que alguém não tem jeito! Eu e você temos jeito!
O que Deus não pode fazer? O que é impossível para o Nosso Deus? Se os homens dizem que: ”Pau que nasce torto vai morrer torto”, no Reino de Deus não é assim não! As pessoas podem ser as mais tortas e envergadas por causa deste mundo, mas a bondade de Deus alcança a todas que se abrem para o Seu amor e para a Sua misericórdia.
O segundo ponto a ser observado é: uma vez alcançados pela a misericórdia de Deus, pela bondade d’Ele, que toma a iniciativa de nos salvar, é preciso que, da nossa parte, nós reconheçamos o nosso pecado e é preciso querer sair deste caminho do pecado. Não basta dizer: ”Eu tenho esse pecado, eu sou assim mesmo e pronto e acabou!”. Não, a graça, o amor, a misericórdia de Deus vão nos levantar, vão nos tirar do lamaçal que nos encontramos, do erro, da ignorância e de tudo aquilo a que nossa mente se prende. O que nós precisamos fazer é: confiar, nos entregar e seguir atrás de Jesus, porque, uma vez que nós aceitamos a Sua salvação, Ele vai nos salvando ao longo do caminho!
Que nós não sejamos portas fechadas para que os pecadores, e tantos outros que se perderam neste mundo, não encontrem o caminho da salvação. Que nós sejamos portas abertas para que quem precise de vida encontre o sentido para a vida. Para que quem vive na escuridão encontre essa Luz maravilhosa, que é Jesus!
Deus abençoe você!
Fonte: https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/deus-nao-leva-em-conta-o-tamanho-dos-nossos-pecados/?sDia=8&sMes=3&sAno=2014 (08/03/2014)
HOMILIA DIÁRIA
Os pecadores são chamados à conversão
Deus nos chama para viver um tempo de conversão
“Os que são sadios não precisam de médicos, mas sim os que estão doentes. Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão.” (Lc 5, 27-32)
A sinceridade do coração nos leva a entender e a compreender que todos nós somos fracos, doentes e pecadores. Mais cedo ou mais tarde, a fragilidade bate na nossa porta e ninguém, por mais que nos esforcemos, que façamos exercícios físicos ou sejamos disciplinados no alimentar, tudo isso pode prolongar um pouco mais a nossa vida e, é ótimo! Mas, a fragilidade bate na nossa porta, pois, uma vez que, a morte entrou no mundo, somos sujeitos a ela e à medida que o tempo passa, ela nos chama para mais perto.
É o ciclo o ciclo natural da vida e isso não é ruim. Na verdade é uma graça reconhecer a nossa fraqueza, impotência e miséria, porque isso não eleva aquele espírito orgulhoso e soberbo que, muitas vezes, tomam conta de nós. Reconhecer as nossas fraquezas nos ajuda, inclusive, a compreender a condição de pecadores que nós somos.
Não é simplesmente dizer: “eu sou o pecador”, e sim, reconhecer que, de fato, tenho pecado. Quando reconheço o pecador e a pessoa miserável que eu sou; reconheço a misericórdia de Deus para comigo, desse modo, não me sinto melhor do que os outros, não julgo os outros e não os condeno.
Quem gasta as suas energias para julgar, condenar e fazer juízos de valores é porque não conhece a si mesmo. Às vezes reclamamos, porque (deduzimos) que Deus não está perto de nós, mas, Deus está perto dos pecadores!
Deus vem para cuidar dos pecadores e quanto mais frágil nós nos reconhecermos, mais podemos experimentar da doçura, ternura, bondade, e da misericórdia de Deus para conosco.
É muito importante nos nossos exercícios Quaresmais a sinceridade de coração, pois, ela nos leva a uma verdadeira conversão. Nós só somos convertidos, quando reconhecemos com seriedade, serenidade e profundidade o abismo que encontra-se a minha alma e o meu coração; quando reconhecemos com verdade o pecador que somos, os pecados que temos, a nossa fragilidade; quando reconhecemos que não somos melhor do que ninguém. Quando esses “reconhecimentos” acontecem, Deus vem em nosso socorro, em nosso auxilio e nos transforma, nos toca, nos cura e abençoa, porque a misericórdia d’Ele nos socorre, nos salva e transforma
Devemos nos apresentar diante do Senhor não como justo, mas como pecador que somos e a Sua misericórdia é o balsamo e o socorro que a nossa alma e o nosso coração tanto precisa.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/os-pecadores-sao-chamados-a-conversao/?sDia=17&sMes=2&sAno=2018 (17/02/2018)
HOMILIA DIÁRIA
A conversão é o convite de Jesus a cada um de nós
O essencial, naquilo que Jesus nos trás, é o chamado à conversão
“Os que são sadios não precisam de médico, mas sim os que estão doentes. Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão.” (Lucas 5, 31-32)
Quem não é capaz de escutar ao chamado de Jesus à conversão, de fato, não precisa de Jesus. Porque Ele não apenas nos chama à conversão, Ele cuida do nosso pecado. Pois, muitas vezes, nós não sabemos e nem damos conta de lidar com ele. O pecado, por vezes, torna-se maior do que nós, desde o menor pecado que entrou em nós, do menor egoísmo até as diversas facetas da soberba e do orgulho na nossa vida pessoal.
O bom médico, Jesus, veio cuidar da nossa enfermidade. Quem está sadio, justo, santo; quem se acha Deus certamente não precisa d’Ele. Por isso, o encontro do Senhor é com os pecadores. E, por esse motivo que, ao ver um homem na banca de cobrança dos impostos, ou, em outras palavras, o lugar onde ele cometia as falcatruas, fazia seus atos de corrupção, Jesus o chama. Pois, Ele não faz acepção de pessoas, não tem menor pecador ou grande pecador, pois Ele chama a todos.
Na situação em que nos encontramos, Ele nos chama: “Vem”. E assim Ele chamou a Levi, assim Ele me chama e chama a você “Venha”. E Levi deixou tudo e O seguiu. E, deixar tudo é, acima de tudo, deixar mesmo. É deixar aquilo a que somos apegados, aquilo que tem nos seduzido e amarrado, para que Jesus realmente possa cuidar de nós.
Jesus foi comer na casa de pessoas vistas como pecadoras, porque Ele vai atrás para cuidar, no lugar onde o pecador se encontrar. Ele vai atrás de nós onde estivermos e, se permitirmos, Ele nos arrancará do caminho de pecado que estejamos vivendo. Então, deixe-se converter! Deixe, acima de tudo, o convite de Jesus (para seguir a Ele) chegar docemente ao seu coração. Mas responda prontamente ao desejo de segui-Lo e não mais viver no caminho do pecado.
Quaresma é um tempo de graça; é um caminho a ser percorrido. E o caminho que agora percorremos é o de mudar a rota da nossa vida que, muitas vezes, se dirigia para a nossa forma egoísta e orgulhosa de pensar. E, humildemente, queremos pensar nos pensamentos, nos sentimentos de Jesus, e nos arrepender das nossas faltas e pecados. Deixemos que a Palavra d’Ele cure as nossas insanidades, pecados e todo mal que está em nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 09/03/2019
HOMILIA DIÁRIA
Jesus veio chamar os pecadores à conversão
Jesus respondeu: “Os que são sadios não precisam de médico, mas sim os que estão doentes. Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão”. (Lc 5,31-32)
Quem escuta Jesus, quem é a alma que se abre, verdadeiramente, para Ele? Não são os justos, os justificados nem os piedosos que se colocam santos acima de todos. Estes, que já se sentem santos, justificados, convertidos, estão aí criando confusões, semeando discórdias, colocando-se acima dos outros, criando sistemas de piedades para chamar à atenção. Esses são comportamentos próprios dos fariseus, dos hipócritas da época de Jesus, que usavam roupas maiores, vestes para chamar a atenção sobre si.
Não! Jesus não veio para esses, porque esses já se justificam, já se elevam, já se colocam acima dos outros. Jesus veio para as almas humilhadas, pelo odor do pecado, pela luta da conversão diária. Jesus veio para aquelas almas desprezadas até pelos sentimentos religiosos dos tempos e de hoje também, para dizer: “Eu sou a luz da sua vida”. Ele veio para se sentar com os pecadores, como, hoje, Ele veio no banquete com Levi; assim como Ele se sentou com inúmeros cobradores de impostos desprezados. Aí, talvez, você queira dizer assim: “Não, mas eles se converteram!” Nem todos se converteram nem se tornaram menos amados por isso, porque Jesus ama o pecador e quer que ele se converta.
Jesus é quem está chamando os pecadores à conversão, foi para estes que Ele veio
Você já viu a quanto tempo seguimos Jesus, mas ainda não nos convertemos de verdade? Você já viu que nos achamos melhores do que os outros, porque temos esse comportamento moral, mas os outros pecados nós colocamos debaixo do tapete como a poeira escondida, e não trabalhamos a nossa conversão interior, não trabalhamos esse nosso temperamento difícil, nosso jeito grosso, egoísta, soberbo de ser?
Nós achamos que a nossa condição moral nos faz mais santos que os outros. Não! “Eu vim para os doentes”, disse Jesus. Por isso, quando assumimos as nossas doenças, nossas enfermidades, nossas fraquezas, inclusive emocionais, espirituais e morais, é para nós que o Senhor veio. Deixemos que Ele cuide de nós; e, quando, realmente, Ele cuida de nós, quando realmente deixamos Ele cuidar das nossas fraquezas, doenças e enfermidades, nós podemos cuidar dos outros, sem julgar, sem condenar, sem levantar a bandeira do moralismo, mas levantarmos a bandeira da misericórdia, do amor, da bondade, do cuidado que devemos ter de uns para com os outros.
Jesus é quem está chamando os pecadores à conversão, foi para eles que Ele veio, foi para nós que somos pecadores que o Senhor veio. Assumamos a nossa condição, não deixemos que o orgulho, sobretudo o orgulho e a soberba espiritual encubram aquilo que, de fato, somos, para que possamos alcançar o bálsamo da misericórdia, o remédio da cura divina, a ação salvadora de Jesus em nós, para sermos também bálsamo e misericórdia de Deus para tantos corações feridos e machucados. Não sei se mais ou menos feridos que nós, mas o fato é que fazemos parte de uma humanidade doente, ferida, que precisa do Mestre Jesus para ser curada.
Deus abençoe imensamente você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 29/02/2020
HOMILIA DIÁRIA
Busquemos com toda humildade a graça da conversão
“Os que são sadios não precisam de médico, mas sim os que estão doentes. Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão.” (Lucas 5,31-32)
O quanto é importante olharmos para o nosso Mestre Jesus que pegou Levi, que estava na coletoria de impostos e, o fato de estar sobre ele, já tinha sobrecarregado na imagem dele todos os pecados.
Os cobradores de impostos eram desonestos, eram cruéis, injustos, maldosos e, de repente, um homem que vivia tudo isso foi chamado por Jesus. Do outro lado, o Mestre Jesus, que chamou Levi, entrou na casa de publicanos, de pecadores, foi comer com eles e os fariseus se escandalizaram porque Jesus foi comer com os pecadores, e a resposta cirúrgica do Mestre Jesus: “De fato, eu não vim chamar os justos”.
Os justos já estão justificados, os santos já estão santificados, mas são os pecadores… É para pecadores como eu e você que Jesus veio; Ele veio para realmente nos salvar do pecado da arrogância que tantas vezes toma conta do nosso coração; da vaidade e da ilusão de nos acharmos melhores que os outros. Veio nos arrancar das artimanhas do pecado que nos ilude e nos engana, que nos faz acreditar que aquelas virtudes que nós temos são suficientes para sermos melhores que os outros.
O Mestre Jesus veio para que nós, pecadores, alcancemos a graça da conversão
O Mestre Jesus veio para iluminar as trevas interiores, tantas vezes escondidas dentro de nós que não nos permitem mudar o que precisamos mudar, transformar o que precisamos transformar e, sobretudo, mudar a nossa mentalidade. O Mestre Jesus veio para que nós, pecadores, alcancemos a graça da conversão.
Paremos de justificar as nossas próprias falhas em cima do que os outros fazem. “Eu não faço o que os outros fazem” – Imagina! Mas precisamos reparar aquilo que fazemos a cada dia. Quanta maldade escondida, quantos maus desejos guardados, quantas más intenções. Olhar os nossos atos, nossas atitudes e humildemente reconhecer: “Eu sou pecador. Preciso me converter”.
Precisamos realmente reconhecer que o mal está em nós e pedir a graça de Deus para alcançarmos a Sua misericórdia; a graça de Deus para que a Sua misericórdia nos lave, nos purifique, nos renove e nos transforme a cada dia. É essa graça que precisamos. É essa graça que buscamos com toda a intensidade do nosso coração. Já alcanço a primeira delas reconhecendo que sou pecador, assim as outras graças virão em consequência. A graça da conversão diária, da santificação dos meus atos e das minhas atitudes.
É com muita humildade que nos aproximamos de Jesus, Senhor da misericórdia, para que alcancemos a conversão verdadeira dos nossos pecados.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 20/02/2021
HOMILIA DIÁRIA
Que seu coração possa aderir à proposta de Jesus
“Naquele tempo, Jesus viu um cobrador de impostos, chamado Levi, sentado na coletoria. Jesus lhe disse: ‘Segue-me’. Levi deixou tudo, levantou-se e o seguiu. Depois, Levi preparou em casa um grande banquete para Jesus.” (Lucas 5,27-29)
Estamos meditando a Palavra de Deus e nos maravilhamos com a forma como Jesus coloca em prática — digamos assim — o seu plano pastoral, a sua forma de cuidar das almas, de cuidar dos corações, de cuidar das pessoas. É interessante que, no Evangelho, aparecem alguns verbos, infelizmente, a tradução em português deixou escapar o primeiro verbo; ele diz que Jesus ‘saiu’, ‘viu’ e ‘disse’.
São três verbos que aparecem no Evangelho. O primeiro deles: “Jesus saiu”; nós precisamos, apoiados pelas orientações e pelos conselhos do Papa Francisco ser, de fato, uma Igreja em saída, uma Igreja que vai ao encontro dos corações dos filhos de Deus que estão perdidos nas diversas realidades e nas diversas circunstâncias do mundo atual. Como diríamos: devemos pescar fora do aquário. É claro, devemos nos ocupar da formação permanente dos membros da nossa comunidade, mas nós precisamos tomar consciência de que existem muitos que estão fora, muitos não estão aqui conosco, muitos não caminham com o Senhor, muitos não seguem Jesus de perto, muitas pessoas precisam experimentar a graça de Deus. Então, a primeira realidade que precisamos enxergar é se nós somos uma Igreja em saída, se nós estamos dispostos a ir ao encontro do outro.
O segundo verbo diz que: “Jesus viu”. Aqui cabe-nos um realismo muito grande. Devemos deixar de lado aquele pensamento: “Seria tão bom se fosse assim”, “Seria tão bom se todos estivessem no seguimento de Jesus”, você pode dizer isso, talvez, da sua família, das pessoas que estão perto de você. Seria tão bom se essa pessoa já fosse uma pessoa engajada, se fosse uma pessoa comprometida com o seguimento de Jesus, mas a realidade é essa, a realidade é a que você tem diante de você; a realidade é essa e precisamos enxergá-la como Jesus viu aquele homem, na condição em que ele se encontrava: estava ali sentado na coletoria de impostos.
A proposta de Jesus precisa tocar os corações, precisamos dizer às pessoas o que Jesus propõe
Então, o realismo é muito importante para nós, não nos iludamos, mas olhemos para a realidade e nos empenhemos para transformar essa realidade. Jesus não tem medo de olhar a nossa realidade. Se nós fôssemos pensar: quando o Senhor nos encontrou, qual era a minha realidade e a tua realidade? Estávamos perdidos no pecado, estávamos na condição de pecadores. Somos ainda pecadores, mas passamos do reino das trevas para o reino da luz. Jesus viu aquele homem.
Terceiro e último verbo: “Jesus disse: deixa tudo, segue-me”. Esse dizer de Jesus é a proposta. O cristianismo não pode nunca ser um entretenimento, o cristianismo precisa ser sempre o lugar de provocar a liberdade das pessoas e não de agrupar marionetes. A proposta de Jesus é radical: “Vem e segue-me”, “Deixa tudo e segue-me”, mas a proposta de Jesus precisa tocar os corações, precisamos dizer às pessoas o que Jesus propõe, temos de ter a coragem de dizer às pessoas o que é caminhar com Jesus. E vejam vocês: Levi levantou-se imediatamente e seguiu a Jesus é uma resposta. Ou se levanta e segue Jesus ou se levanta e vai embora. Com Jesus, não existe neutralidade, então, que o nosso coração realmente possa aderir à proposta de Jesus e ser também, na vida dos nossos irmãos, instrumento de salvação.
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Fonte: https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/que-seu-coracao-possa-aderir-a-proposta-de-jesus/?sDia=5&sMes=3&sAno=2022 (05/03/2022)
HOMILIA DIÁRIA
Abandone o pecado e decida seguir Jesus
“Jesus viu um cobrador de impostos, chamado Levi, sentado na coletoria. Jesus lhe disse: ‘Segue-me’. Levi deixou tudo, levantou-se e o seguiu. Depois, Levi preparou em casa um grande banquete para Jesus.” (Lucas 5,27-29)
Quaresma é o tempo de conversão, tempo de mudança de vida, tempo de abandonar a vida velha, ou seja, a vida de pecados, para vivermos uma vida nova e nos voltarmos de todo o coração para Deus.
E, hoje, podemos ver que é o Senhor quem toma a iniciativa de nos chamar para essa vida nova. A iniciativa da salvação vem de Deus. E, sendo uma iniciativa de Deus, cabe a nós, unicamente, aceitar esse convite e segui-Lo. Assim como fez Levi ao escutar Jesus lhe dizer: “Segue-me”; Levi deixou tudo e O seguiu; não pensou muito, mas teve essa iniciativa rápida em seguir Jesus. E, a partir desse seguimento, Levi teve a sua vida transformada.
Quando decidimos nos levantar e sair do pecado, oferecemos a oportunidade para que o Senhor transforme a nossa vida
Às vezes, por causa do nosso pecado, nos sentimos indignos de nos aproximarmos do Senhor, porém, o nosso pecado — por pior que seja —, não é obstáculo para o Senhor. Isso porque Jesus veio, justamente, para curar a enfermidade do pecado. Ele veio para os pecadores, Ele é um médico que veio para os doentes; Ele veio para nos dar o perdão.
Se Levi fosse alguém perfeito e santo, certamente, Jesus não o chamaria, mas Jesus o chamou porque nesta atitude de se levantar e seguir — de Levi para Mateus —, Mateus saiu do seu pecado, abandonou o pecado e decidiu seguir a Jesus.
Levantar e seguir, meus irmãos, é reconhecer que não posso mais continuar na vida velha, mas é preciso assumir a vida nova que Jesus nos oferece. E, ao aceitar seguir Jesus, Mateus teve não somente a sua vida transformada, mas desejou que os seus amigos também conhecessem a salvação. Por isso, ele oferece um jantar, oferece uma oportunidade para que as demais pessoas do seu convívio também conhecessem Aquele que o chamou para a vida nova.
Quando permitimos que o Senhor transforme a nossa vida, quando decidimos nos levantar e sair do pecado, oferecemos a oportunidade para que o Senhor transforme a nossa vida, mas também a vida de muitos ao nosso redor.
Desça sobre você a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Bruno Antônio
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 25/02/2023
HOMILIA DIÁRIA
Abandone o pecado e siga o caminho do Senhor
“Jesus viu um cobrador de impostos, chamado Levi, sentado na coletoria. Jesus lhe disse: ‘Segue-Me’. Levi deixou tudo, levantou-se e o seguiu. Depois, Levi preparou em casa um grande banquete para Jesus. Estava aí um grande número de cobradores de impostos e outras pessoas sentadas à mesa com eles.” (Lucas 5,27-30)
Quaresma é um tempo de conversão, já sabemos disso. É tempo de mudança, é tempo de abandonar a vida velha, ou seja, a vida de pecado que vivemos para viver uma vida nova e nos voltarmos de todo coração para Deus. Esse é o tempo favorável para isso!
Hoje, podemos ver que o Senhor toma a iniciativa em nos chamar para viver essa vida nova. A iniciativa da salvação vem de Deus, é Ele quem nos convida a segui-Lo, é Ele quem nos convida a vivermos essa vida nova. E, sendo uma iniciativa de Deus, cabe a nós somente aceitar ou não.
Deus nos deixa livre, mas Ele nos faz esse convite, assim como fez para Levi (Mateus), que, ao escutar Jesus lhe dizer: “Segue-me”, ele deixou tudo e começou a seguir Jesus. E, a partir desse seguimento, Levi teve a sua vida completamente transformada; ele não só deixou o trabalho que fazia, mas deixou a vida velha e assumiu verdadeiramente uma vida nova ao lado do Senhor, seguindo o Senhor.
Não podemos imaginar, meus irmãos, o que Deus é capaz de fazer em nós quando damos abertura para Ele, quando aceitamos esse convite “Segue-me”. Não temos dimensão do que Deus pode realizar em nós.
É tempo de abandonar a vida velha, ou seja, a vida de pecado que vivemos para viver uma vida nova
Às vezes, por causa do nosso pecado, sentimo-nos indignos de nos aproximar do Senhor, porém, o nosso pecado, por pior que seja, não é obstáculo para o Senhor transformar a nossa vida. É por isso que Ele veio justamente para curar as nossas enfermidades, para nos libertar do pecado, para nos dar vida nova.
Ele veio para os pecadores, é o médico para os seus doentes. Ele veio para nos dar o perdão, então, não podemos temer nos aproximar do Senhor, ainda que possamos ver na nossa vida uma vida cheia de pecados. Não podemos temer nos aproximar!
Se Levi fosse alguém perfeito e santo, certamente Jesus não o chamaria, mas Ele o chamou porque, a partir da atitude de Levi: seguir a Jesus, a vida dele foi transformando, dando a ele a graça de viver uma vida nova.
Precisamos também nos levantar e seguir, ou seja, reconhecer que não posso mais continuar levando uma vida velha, mas que preciso assumir a vida nova que Jesus veio para nos dar, para nos oferecer.
Que possamos aceitar esse convite, não tenha medo de se aproximar do Senhor, Ele veio justamente para nós que somos pecadores.
Sobre você, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Bruno Antonio
Padre Bruno Antonio de Oliveira é Brasileiro, nasceu no dia 18/10/1987, em Lavras, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2012 no modo de compromisso do Núcleo.
Fonte: Canção Nova em 17/02/2024
Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a construir uma Igreja sem preconceitos, isenta de julgamentos entre os irmãos. Que vejamos dentro de todo ser humano o teu Espírito que quer habitá-lo e anseia por se manifestar ao mundo, fazendo o bem a todos. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/02/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-me ouvir o chamado feito a Levi. E me dá força, coragem e perseverança para seguir esse apelo, tornando-me um novo Mateus, seguidor fiel e entusiasmado do Caminho; anunciador alegre da Vida e defensor da Verdade do Cristo Jesus – teu Filho que se fez meu Irmão e contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/02/2018
Oração FinaL
Pai Santo, dá à tua Igreja a ousadia de viver o Amor. Mesmo se for preciso ultrapassar regras, que sejamos fraternos com todos os companheiros de jornada neste mundo; e que saibamos transmitir-lhes a alegria de saber que somos acolhidos em teu Reino de Amor. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/03/2019
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, a sociedade dos homens vem, pelos tempos afora, criando mil razões para discriminar pessoas, privando-as da convivência fraterna. Ajuda-nos, amado Pai, a vencer preconceitos, acolhendo os teus filhos em nosso meio com espírito fraterno, pois sabemos que somos todos filhos teus, e muito amados por Ti. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/02/2020
oRAÇÃO FINAl
Pai muito amado, que governas o mundo com Justiça e os povos com retidão! Faze-nos ouvir o chamado feito a Levi e nos dá força, coragem e perseverança para atender ao teu Apelo, tornando-nos novos Mateus, seguidores fiéis e entusiasmados do Caminho; anunciadores alegres da Vida, e defensores da Verdade do Cristo Jesus – teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/02/2021
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