segunda-feira, 30 de setembro de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 30/09/2024

ANO B


Lc 9,46-50

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Quem é o maior?


Quem recebe uma criança em nome de Jesus, está recebendo o próprio Jesus. Quem recebe Jesus, recebe o Pai que o enviou. Quem for o menor, esse será grande. O meu “eu” não é o primeiro em uma escala de importância, nem como indivíduo nem como grupo.
O tema aqui abordado sobre “quem é o maior” volta no Evangelho de São Lucas, depois da última ceia, no contexto da Paixão do Senhor, e é lido no Domingo de Ramos, no Ano C. No texto de hoje, o destaque é da criança que tem de ser valorizada. Escrevendo aos Coríntios, na primeira Carta, São Paulo os exorta a serem adultos quanto ao modo de julgar e crianças quanto à malícia.
Criança é um ser humano, por isso não é fácil, mas tem características que inspiram o que chamamos de infância espiritual. A criança é simples, sem duplicidade, sem malícia e apresenta-se como é. Tem consciência da sua fraqueza. Sabe que precisa do pai e da mãe. Tem confiança no que dizem e não faz cálculos para amar. Pula no pescoço do pai e se agarra na saia da mãe. Assim também, diz o salmista, “meu coração não se eleva e não ando atrás de grandezas. Fiz calar e repousar meus desejos como criança desmamada no colo de sua mãe”.
Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/quem-e-o-maior/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/quem-e-o-maior-30092024

Reflexão

A conversão é processo lento e fatigoso. Várias vezes, Jesus explica aos discípulos qual é a característica do seu messianismo. Ele veio para dar a própria vida por todos. Está entre nós para servir ao Pai e ao povo, não para explorar e ser servido. Surdos às palavras e cegos às atitudes de Jesus, os apóstolos disputam o primeiro lugar. A presença da criança oferece a Jesus imagem forte de simplicidade, pureza, abertura à partilha e à fraternidade. Esses são os valores do Reino que Jesus está implantando e que seus discípulos precisam assimilar. Outro aspecto importante é a tolerância com os de fora do grupo. Não se deve rejeitá-los, mas estabelecer comunhão com eles. Os apóstolos não têm exclusividade sobre a prática do bem.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/30-segunda-feira-6/

Reflexão

«Aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior»

Prof. Dr. Mons. Lluís CLAVELL
(Roma, Italia)

Hoje, caminho de Jerusalém em direção à paixão, «surgiu entre os discípulos uma discussão sobre qual deles seria o maior» (Lc 9,46). Cada dia os meios de comunicação e também nossas conversas estão cheias de comentários sobre a importância das pessoas: dos outros e de nós mesmos. Esta lógica só humana produz, frequentemente, desejo de vitória, de ser reconhecido, apreciado, correspondido, e a falta de paz, quando estes reconhecimentos não chegam.
A resposta de Jesus a estes pensamentos -até mesmo comentários- dos discípulos, lembra o estilo dos antigos profetas. Antes das palavras estão os gestos. Jesus «pegou uma criança, colocou-a perto de si» (Lc 9,47). Depois vem o ensinamento: «aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior» (Lc 9,48). -Jesus, por que custa tanto aceitar que isto não é uma utopia para as pessoas que não estão implicadas no tráfico de uma tarefa intensa, na qual não faltam os golpes de uns contra os outros, e que, com a tua graça, podemos vivê-lo todos? Se o fizéssemos, teríamos mais paz interior e trabalharíamos com mais serenidade e alegria.
Esta atitude é também a fonte da onde brota a alegria, ao ver que outros trabalham bem por Deus, com um estilo diferente do nosso, mas sempre assumindo o nome de Jesus. Os discípulos queriam impedi-lo. Em troca, o Mestre defende aquelas outras pessoas. Novamente, o fato de sentir-nos filhos pequenos de Deus facilita-nos a ter o coração aberto para todos e crescer na paz, na alegria e na gratidão. Estes ensinamentos valeram à Santa Teresinha de Lisieux o titulo de Doutora da Igreja: em seu livro História de uma alma, ela admira o belo jardim de flores que é a Igreja, e está contenta de perceber-se uma pequena flor. Ao lado dos grandes santos -rosas e açucenas- estão as pequenas flores -como as margaridas ou as violetas- destinadas a dar prazer aos olhos de Deus, quando Ele dirige o seu olhar à terra.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «É melhor ser cristão sem o dizer, do que dizê-lo sem o ser. É uma coisa ótima ensinar, mas na condição de que se pratique o que se ensina» (Santo Inácio de Antioquía)

- «Comportamo-nos frequentemente como controladores de graça e não como seus facilitadores. Mas a Igreja não é uma alfândega» (Francisco)

- «Extraordinários ou simples e humildes, os carismas são graças do Espírito Santo que, direta ou indiretamente, têm uma utilidade eclesial, ordenados como são para a edificação da Igreja, o bem dos homens e as necessidades do mundo» (Catecismo da Igreja Católica, nº 799)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-09-30

Reflexão

A tolerância virtuosa

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, Jesus Cristo estende uma ponte de "tolerância" —inclusive de "sã cooperação"— diante do arrebato de "exclusivismo" que se escapa ao apóstolo João, não é em vão o apelido de "filho do trovão". É um chamado de atenção diante do perigo da intolerância e da violência. Para impedir que a força do Direito se transforme em arbitrariedade, deve ser submetido a critérios firmes que todos devem reconhecer...
Ademais, são necessários gestos de humanidade que interrompam a intolerância e a violência, que busquem ao homem que há no próximo e apelem à sua humanidade, inclusive quando a primeira vista pareça um desperdiço. É urgente um autêntico "ius gentium" livre de intenções e de atos de predomínio hegemônico: só assim pode resultar claro que se trata de defender o Direito comum a todos, incluindo os que, por assim dizer, estão no lado oposto.
—Senhor, como cristão desejo aprender a disposição à reconciliação, fazendo todo o possível para que prevaleça a consciência, sem que sejam pisoteadas por ideologias ou interesses particularistas.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-09-30

Comentário sobre o Evangelho

Quem acolhe os mais pequenos e humildes, acolhe o Senhor


Hoje, ficamos surpreendidos com a discussão que nos narra o Evangelho. Até temos vergonha: discípulos que estão a conviver com Jesus - o Filho de Deus! - e discutem a ver qual… Podia dizer-se que esses “mais velhos” se comportam como crianças. Oxalá fossem mais crianças e menos idosos! Jesus convida-nos a imitar as crianças (na sua simplicidade, naturalidade…). «Tomou uma criança, colocou-a junto de Si e disse-lhes: ‘Quem acolher em meu nome uma criança como esta, acolhe-Me a Mim’».
- Ou nos fazemos “crianças”, ou ficamos sem Jesus. Talvez não tenha sido por casualidade que Deus chegasse ao mundo sob a forma de uma criança!
https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-09-30

Meditação

Certamente todos nós, mais de uma vez, rimos dessa discussão pueril dos discípulos de Jesus. Não entendemos como ainda pudessem ser tão vaidosos, depois de ter ouvido o Mestre tantas vezes. Mas é exatamente isso que também nós fazemos. Continuamos preocupados com questões de prestígio e precedência, procurando distinções, condecorações e cargos de importância. Quantos conflitos inúteis na Comunidade, que escondem exatamente o mesmo desejo dos Apóstolos. Quando o amor não é serviço, desejamos distinção.
Oração
Ó Deus, que destes ao presbítero São Jerônimo um profundo amor pela Sagrada Escritura, concedei que o vosso povo seja alimentado cada vez mais com a vossa palavra e nela encontre a fonte da vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=30%2F09%2F2024&leitura=meditacao

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