quarta-feira, 20 de março de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 20/03/2024

ANO B


Jo 8,31-42

Comentário do Evangelho

Em Jesus se revela a libertação

Depois do episódio da mulher adúltera, retornamos ao discurso de Jesus. O gênero do discurso é um dos traços característicos do evangelho segundo João.
Os destinatários desta parte do discurso são os judeus que haviam crido em Jesus (v. 31), mas que têm dificuldade de se abrir e compreender em profundidade seu ensinamento, e colocá-lo em prática.
É em Jesus que se revela a verdade de Deus que liberta. Esta verdade não é, em primeiro lugar, movimento do intelecto, mas algo recebido na fé e na escuta atenta da Palavra encarnada de Deus. É essa verdade, recebida como dom pela revelação, que permite ao ser humano não cair na escravidão. O pecado escraviza e nega a liberdade, pois é fechamento à comunhão com Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, ajuda-me a acolher, sem preconceitos, a revelação de Jesus, pois sua identidade messiânica de Filho de Deus transparece nas palavras e nos sinais que ele realizou.
Fonte: Paulinas em 20/03/2013

Comentário do Evangelho

A verdade de Deus revelada em Jesus.

Diante da pessoa de Jesus, os judeus se dividiam. Se há os que lhe faziam forte oposição e lhe condenariam à morte, há também os que passaram a crer nele. São estes os destinatários dessa parte do discurso de Jesus. No entanto, esses judeus que passaram a acreditar em Jesus continuam com dificuldade de se abrir ao seu ensinamento e compreender em profundidade a sua mensagem e de viver dessa verdade. A fé de Israel deveria abri-lo à novidade de Deus revelada em Jesus Cristo. Pois a verdade que liberta é a verdade de Deus revelada em Jesus. Essa verdade liberta de uma imagem equivocada e severa de Deus que arranca do coração do ser humano a alegria de viver em Deus. Verdade, aqui, não é movimento do intelecto que busca o acordo entre conceito e realidade, mas algo recebido na fé e que vem da escuta atenta da Palavra encarnada de Deus. É Jesus Cristo, caminho, verdade e vida, que liberta da escravidão causada pelo pecado. É essa verdade recebida como dom que permite ao ser humano não se tornar prisioneiro de sua própria mentalidade, inclusive. Como verdade, ela ilumina e orienta a vida em Deus e para Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, liberta-me por tua palavra de verdade que afasta o egoísmo do coração, e capacita-me a amar meu semelhante, como amor total, a exemplo de Jesus.
Fonte: Paulinas em 09/04/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

A verdade vos libertará


A polêmica dos judeus com Jesus é prenúncio de sua morte que se aproxima. Na polêmica, surgem afirmações válidas para sempre: o verdadeiro discípulo permanece na palavra de Jesus, conhece a verdade e a verdade o liberta. É livre quem o Filho liberta. O Filho fala o que viu junto do Pai. Fala a verdade que ouviu de Deus. Foi Deus quem o enviou. Sua palavra não encontra espaço em todos, por isso alguns sempre procuram matá-lo, mas ele ressuscita.
Cônego Celso Pedro da Silva,

Vivendo a Palavra

O pior escravo é aquele que não tem consciência da própria escravidão e se considera livre. Jesus adverte aos seus conterrâneos para a condição de dependência a que o pecado conduz, apontando o único caminho de libertação: ouvir, guardar e viver a Palavra Criadora que Ele encarna.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/03/2013

Vivendo a Palavra

Jesus revela o que é liberdade: ouvir, guardar e viver a Palavra do Senhor. O que nos torna livres não é só o fato de termos Deus como Pai – Ele é Pai de todos os povos –, mas reconhecer os nossos limites e tentar vencê-los, seguindo o Caminho de Jesus rumo ao Reino do Céu, cujas primícias já vivemos nesta terra abençoada.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/04/2014

VIVENDO A PALAVRA

Jesus anuncia a liberdade plena, a felicidade verdadeira, a cidadania no Reino do Pai Misericordioso. Elas vêm com o conhecimento do Caminho, Verdade e Vida que é o Cristo, o Filho de Deus que se fez nosso Irmão e nos conduz em nossa volta à Casa do Pai.

VIVENDO A PALAVRA

Como acontecia com aqueles judeus, também nós muitas vezes pensamos que já somos livres. Tornamo-nos, então, seres acomodados e isto nos impede de reconhecer esta verdade: somos escravos do egoísmo, da luxúria, do orgulho e da ambição. A libertação nos vem pelo seguimento a Jesus de Nazaré pelos caminhos da vida.

VIVENDO A PALAVRA

Jesus anuncia a liberdade plena, a felicidade verdadeira, a cidadania do Reino do Pai Misericordioso. Elas vêm com o conhecimento do Caminho, Verdade e Vida que é o Cristo, o Filho de Deus que se fez nosso Irmão em Jesus de Nazaré e nos conduz em nossa volta à Casa do Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/04/2020

VIVENDO A PALAVRA

Como acontecia com os judeus daquele tempo, também nós somos tentados a pensar que já somos livres. A partir dessa presunção, nós nos tornamos seres acomodados e satisfeitos com o nosso jeito de viver. Isto nos impede de reconhecer essa triste verdade: não poucas vezes somos escravos do egoísmo, da luxúria, do orgulho e da ambição. A libertação nos vem pelo seguimento do Caminho de Jesus de Nazaré por todos os dias de nossa existência.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/03/2021

Reflexão

Em que consiste a liberdade? A resposta a esta pergunta sempre nos parece clara, mas só à primeira vista. O Evangelho de hoje nos mostra que os judeus pensaram que eram livres e, no entanto, não eram, porque existem muitas formas sutis de escravidão, sendo que as piores são as nossas tendências ao mal, as nossas imaturidades e as nossas fraquezas, e são piores porque brotam no nosso interior, nos enganando, porque pensamos que estamos fazendo a nossa vontade quando na verdade estamos cedendo aos nossos desejos, que não nos deixam ser livres. Somente permanecendo unidos a Cristo é que podemos vencer a nossa natureza e sermos verdadeiramente livres.
Fonte: CNBB em 20/03/2013, 09/04/2014 05/04/2017

Reflexão

Jesus convida os judeus que creram nele a manter-se fiéis. Pois ainda continuam tão fechados em suas instituições e tradições, que têm real dificuldade de aceitar o Filho de Deus, que veio justamente para cumprir o que a Lei e os Profetas anunciaram a seu respeito. O debate se desenrola em três momentos: no primeiro, os judeus dizem ser descendência de Abraão e nunca foram escravos de ninguém. Jesus responde que são escravos do pecado de querer matá-lo, porque a sua palavra não penetrou neles. No segundo, Jesus nega que são filhos de Abraão, pois não fazem as obras de Abraão (crer), mas querem matá-lo por lhes dizer a verdade. No terceiro momento, os judeus afirmam ter a Deus por Pai. Jesus contesta: se isso fosse verdade, deveriam amar também aquele que vem do Pai e volta ao Pai.
Oração
Divino Mestre, disseste aos teus conterrâneos: “Se Deus fosse mesmo o Pai de vocês, vocês me amariam, porque eu saí de Deus e estou aqui; não vim por mim mesmo, foi ele que me enviou”. Dá-nos compreender tua preciosa mensagem, a fim de aproximar-nos cada vez mais de ti. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 01/04/2020

Reflexão

As controvérsias entre Jesus e os judeus que tinham acreditado nele continuam. No texto de hoje, a discussão é em torno da liberdade/escravidão e filiação/paternidade. Jesus convida seus adversários a aderirem às suas palavras, para que assim sejam libertados. Eles reagem dizendo que nunca foram escravos de ninguém e alegam, inclusive, que são da descendência de Abraão. O pecado escraviza, diz Jesus, ressaltando que eles não podem esquecer que, ao longo da história, foram escravos dos impérios vizinhos. Diante da declaração de que são filhos de Abraão, o Mestre recorda-lhes que, sendo filhos de Abraão, deveriam praticar as obras dele. Os filhos, em geral, aprendem a se comportar e a fazer vendo o próprio pai. A verdade liberta quando rompemos com uma ordem injusta que impede a experiência do amor de Deus.
Oração
Divino Mestre, disseste aos teus conterrâneos: “Se Deus fosse mesmo o Pai de vocês, vocês me amariam, porque eu saí de Deus e estou aqui; não vim por mim mesmo, foi ele que me enviou”. Dá-nos compreender tua preciosa mensagem, a fim de nos aproximarmos cada vez mais de ti. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 24/03/2021

Reflexão

Jesus convida os judeus que creram nele a manter-se fiéis, pois ainda continuam tão fechados em suas instituições e tradições, que têm real dificuldade de aceitar o Filho de Deus, que veio justamente para cumprir o que a Lei e os Profetas anunciaram a seu respeito. O debate se desenrola em três momentos: no primeiro, os judeus dizem ser descendência de Abraão e que nunca foram escravos de ninguém. Jesus responde que são escravos do pecado de querer matá-lo, porque sua Palavra não penetrou neles. No segundo, Jesus nega que são filhos de Abraão, pois não fazem as obras de Abraão (crer), mas querem matá-lo por lhes dizer a verdade. No terceiro momento, os judeus afirmam ter a Deus por Pai. Jesus contesta: se isso fosse verdade, deveriam amar também aquele que vem do Pai e volta ao Pai.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)

Reflexão

«Se Deus fosse vosso pai, certamente me amaríeis»

Pe. Givanildo dos SANTOS Ferreira
(Brasilia, Brasil)

Hoje, o Senhor dirige duras palavras aos judeus. Não a quaisquer judeus, mas, precisamente, àqueles que abraçaram a fé: Jesus falou «aos judeus que acreditaram nele» (Jn 8,31). Sem dúvida, este diálogo de Jesus reflete o início daquelas dificuldades causadas pelos cristãos judaizantes na primeira hora da Igreja.
Como descendiam de Abraão segundo a carne, esses tais discípulos de Jesus consideravam-se acima não somente dos gentios que viviam longe da fé, mas também acima de qualquer discípulo não judeu partícipe da mesma fé. Diziam eles: «Nós somos descendentes de Abraão» (Jn 8,33); «nosso pai é Abraão» (v. 39); «só temos um pai, Deus» (v. 41). Apesar de serem discípulos de Jesus, temos a impressão de que Jesus nada representava para eles, nada acrescentava ao que já possuíam. Mas é aí mesmo que se encontra o grande erro de todos eles. Os verdadeiros filhos não são os descendentes segundo a carne, mas os herdeiros da promessa, isto é, aqueles que creem (cf. Rom 9,6-8). Sem a fé em Jesus não é possível que alguém alcance a promessa de Abraão. Assim sendo, entre os discípulos, "não há judeu ou grego; não há escravo ou livre; não há homem ou mulher", porque todos são irmãos pelo batismo (cf. Gal 3,27-28).
Não nos deixemos seduzir pelo orgulho espiritual. Os judaizantes se consideravam superiores aos outros cristãos. Não é necessário falar, aqui, dos irmãos separados. Mas pensemos em nós mesmos. Quantas vezes alguns católicos se consideram melhores do que os outros católicos porque seguem este ou aquele movimento, porque observam esta ou aquela disciplina, porque obedecem a este ou àquele uso litúrgico. Uns, porque são ricos; outros, porque estudaram mais. Uns, porque ocupam cargos importantes; outros, porque vêm de famílias nobres. «Gostaria que cada um sentisse a alegria de ser cristão... Deus guia a sua Igreja, a apoia mesmo e sobretudo nos momentos difíceis» (Bento XVI).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Que morte mais fatal para a alma do que a liberdade de errar?» (Santo Agostinho)

- «“Libertação” significa transformação interior do homem, como consequência do conhecimento da verdade. A transformação é, então, um processo espiritual no qual o homem amadurece na verdadeira justiça e santidade» (São João Paulo II)

- «Quanto mais o homem fizer o bem, mais livre se torna. Não há verdadeira liberdade senão no serviço do bem e da justiça. A opção pela desobediência e pelo mal é um abuso da liberdade e conduz à escravidão do pecado (31)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.733)

Reflexão

«Conhecereis a verdade, e a verdade vos tornará livres»

Rev. D. Iñaki BALLBÉ i Turu
(Terrassa, Barcelona, Espanha)

Hoje quando estão faltando poucos dias para a Semana Santa, o Senhor pede-nos que lutemos para viver coisas concretas, pequenas, mas às vezes, não fáceis. Ao longo da reflexão as iremos explicando: basicamente trata-se de perseverar na sua palavra. Que importante é referir nossa vida sempre no Evangelho! Podemo-nos perguntar: que faria Jesus nesta situação que devo afrontar? Como trataria a esta pessoa que me custa especialmente? Qual seria a sua reação ante esta circunstancia? O cristão deve ser — segundo São Paulo— “outro Cristo”: «Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim» (Gl 2,20). O reflexo do Senhor na nossa vida de cada dia, Como é? Sou seu espelho?.
O Senhor assegura-nos que se perseveramos na sua palavra, conheceremos a verdade e, a verdade nos fará livres (cf. Jo 8,32). Dizer a verdade não sempre é fácil. Quantas vezes se nos escapam pequenas mentiras, dissimulamos, fazemos como se não ouvíssemos? Não podemos enganar a Deus. Ele vê-nos, nos contempla, nos ama e nos acompanha no nosso dia-a-dia. No oitavo mandamento ensina-nos que não podemos fazer falsos testemunhos, nem dizer mentiras, por pequenos que sejam, ainda que podem parecer insignificantes. Tampouco tem cabimento as mentiras “de piedade”. «Seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não» (Mt 5,37), nos diz Jesus em outro momento. A liberdade, esta tendência ao bem, está muito relacionada com a verdade. Algumas vezes não somos suficientes livres porque na nossa vida há como um duplo fundo, não somos claros. Temos de ser contundentes. O pecado da mentira nos escraviza.
«Se Deus fosse vosso Pai, certamente me amaríeis» (Jo 8,42), diz o Senhor. Como se concreta nosso interesse diário por conhecer o Mestre? Com que devoção lemos o Evangelho, por pouco que seja o tempo de que dispomos? Que posso deixar na minha vida, no meu dia? Os que me veem poderiam dizer que leio a vida de Cristo?

Reflexão

A “Redenção” faz que a verdade seja reconhecível

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, a verdade e a opinião erradas estão misturadas no mundo. A verdade, em toda a sua grandeza, não aparece. Contudo, o mundo é “verdadeiro” se reflete a Deus, a Razão eterna da qual tem surgido. E o homem se faz verdadeiro, se chegasse a ser conforme a Deus.
A "irrendenção” do mundo consiste, precisamente, na ilegibilidade da criação, no irreconhecimento da verdade; o que leva necessariamente ao domínio do pragmatismo e, então, o poder dos fortes se converte no “deus” deste mundo. Na grande matemática da criação, que hoje lemos no código genético humano, percebemos a linguagem de Deus, mas não a linguagem inteira. A verdade funcional sobre o homem se fez visível. Mas a verdade sobre si mesmo e com respeito do bem moral não pode se lê-la do mesmo modo.
—A “Redenção” faz com que a verdade seja reconhecível. E chega a ser reconhecível se Deus é reconhecível: Ele dá-se a conhecer em Jesus Cristo crucificado.

Recadinho

Você tem orgulho de ser cristão e procura sempre falar bem de sua Igreja? - Você tem consciência de que não basta ser batizado para se dizer filho de Deus? - Cite uma boa obra recente que você realizou. - A seu modo de ver, qual a melhor obra que sua comunidade faz ou já fez? - Tem consciência de que liberdade é estar em condições de fazer o bem e não o mal?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 09/04/2014

Meditação

“Se permanecerdes na minha palavra... a verdade vos libertará.” Serei discípulo e seguidor de Jesus se continuar fiel a sua palavra; ou melhor: se continuar vivendo sempre do jeito que Ele ensinou. Assim terei descoberto a verdade, a realidade do amor e da misericórdia do Pai, que me quer fazer feliz e liberto do mal. Serei livre, na liberdade do amor e da verdade, livre do egoísmo e da tirania dos instintos, livre do ódio e do medo. Livre para a esperança.
Oração
Ó DEUS DE MISERICÓRDIA, iluminai nossos corações purificados pela penitência, e ouvi com paternal bondade aqueles a quem dais o afeto filial. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Comentário sobre o Evangelho

Jesus aos seus discípulos: «A verdade vos tornará livres»


Hoje ouvimos um dos ditos de Jesus que más gostavam a São Joao Paulo II: «A verdade vos tornará livres». Fala-se muito de liberdade. Todo mundo quer isso! Mas nós sabemos realmente o que significa "ser livre"? Para muitos é o mesmo que "fazer o que se quer" sem limites. Mas ... Jesus não vendeu-nos essa liberdade tão caprichosa; Jesus relaciona a liberdade com a verdade. Jesus-Deus era infinitamente livre, e não podemos vê-lo: pregado, imobilizado na Cruz, sereno, desculpando as nossas ofensas.
- Adivinhas para o que é a liberdade? Para amar, não é para "jogar". Quem vive a vida jogando, termina sendo um escravo do jogo.

Meditando o evangelho

LIBERTOS PELA VERDADE

A série de mal-entendidos em torno das palavras de Jesus prosseguiu com aqueles que diziam ter crido nele. Jesus queria ajudá-los a abrir-se para a novidade revelada mediante a sua palavra. Ela é que poderia torná-los, efetivamente, livres da escravidão da interpretação estreita da Lei, e colocá-los no verdadeiro caminho do Pai. Somente o Filho Jesus estava em condições de proporcionar-lhes esta liberdade.
Os judeus, tomando as palavras do Mestre num sentido indevido, afirmavam que não precisavam de libertação, pois jamais foram escravos de ninguém. Seria necessário Jesus explicar-se melhor.
A libertação trazida por Jesus tocava o mais íntimo do ser humano e o libertava da tirania do pecado. Escravos do pecado, os judeus mantinham-se fechados aos apelos que Deus lhes dirigia por meio de seu Filho. Sua rebeldia contra Deus manifestava-se na intenção de matar Jesus, de modo a fazer calar a palavra que lhes era dirigida. Ao mesmo tempo que julgavam ter Deus como Pai, tentavam eliminar o seu enviado. Por inspiração de um pai espúrio, e não do Pai de Jesus, é que agiam. Enquanto se deixassem levar por este pai, recusando-se a acolher Jesus como Filho do verdadeiro Pai, continuariam escravos do pecado. A superação desta situação supunha acolher Jesus e deixar-se converter por sua palavra.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que tua palavra libertadora caia no meu coração e me liberte da escravidão do pecado.
Fonte: Dom Total em 05/04/2017

Meditando o evangelho

A VERDADE QUE LIBERTA

No confronto com os judeus, Jesus apresentou-se como a única verdade que pode trazer libertação. Com isto, punha em xeque a prática religiosa judaica na qual fora educado e que era a base da fé de seus discípulos e de seus interlocutores. Em que sentido o ensinamento de Jesus era diferente, a ponto de proporcionar uma libertação impossível de ser alcançada por outras vias?
A força libertadora da verdade ensinada pelo Mestre está ligada à sua origem: ele ensinava o que havia visto junto do Pai. Suas palavras tinham uma força única de colocar os discípulos em contato com o desígnio do Pai e estabelecer uma profunda comunhão de amor com ele. A libertação resultava da presença amorosa do Pai no coração do discípulo. Presença capaz de banir toda forma de egoísmo escravizador e estabelecer relações fraternas com o próximo. Presença suficientemente forte para arrancar o discípulo das trevas do pecado e introduzi-lo no reino da luz. Presença humanizadora e plenificadora.
Jesus considerava a doutrina dos judeus demasiadamente contaminada por elementos espúrios, nem sempre compatíveis com o querer divino. De fato, de tanto se intrometer na Lei de Deus, os judeus acabaram por desvirtuar-lhe o sentido.
As palavras de Jesus serviam de alerta para quem desejava tornar-se discípulo. Urgia deixar-se libertar pela verdade proclamada por ele.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, liberta-me por tua palavra de verdade que afasta o egoísmo do coração, e capacita-me a amar meu semelhante, como amor total, a exemplo de Jesus.
Fonte: Dom Total em 09/04/201421/03/201801/04/2020 24/03/2021

Oração
Ó Deus de misericórdia, iluminai nossos corações purificados pela penitência. E ouvi com paternal bondade aqueles a quem dais o afeto filial. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 09/04/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. A verdade vos tornará livres
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

A polêmica dos judeus com Jesus é prenúncio de sua morte que se aproxima. Na polêmica, surgem afirmações válidas para sempre: o verdadeiro discípulo permanece na palavra de Jesus, conhece a verdade e a verdade o liberta. É livre quem o Filho liberta. O Filho fala o que viu junto do Pai. Fala a verdade que ouviu de Deus. Foi Deus quem o enviou. Sua palavra não encontra espaço em todos, por isso alguns sempre procuram matá-lo, mas ele ressuscita.
Fonte: NPD Brasil em 21/03/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Comunicar a palavra de Deus claramente
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Jesus está falando com um grupo de Judeus que a princípio acreditaram nele, entusiasmados pelas suas sábias palavras e pelos prodígios que realizava. Jesus os convida a darem um passo á frente: permanecer na Palavra que um dia acolheram... É aí que vem o grande desafio...
Às vezes as pessoas vagam de paróquia em paróquia, principalmente nos grandes centros urbanos, á, procura de padres que sejam pregadores de primeira. O que essas pessoas buscam? A palavra transformadora ou palavras bonitas e frases de efeito, buscam um evangelizador ou um exímio orador?
Claro que hoje em dia se exige um desempenho melhor dos nossos pregadores de celebrações, sejam eles sacerdotes, Diáconos ou Ministros Leigos, evidentemente nos estudos teológicos deve constar da grade curricular uma boa aula de comunicação, técnicas para aprimorar a oratória, postura, impostação da voz, pois a concorrência é muito grande e há pastores evangélicos que nesse particular são ótimos comunicadores.
Mas uma pregação, para ser boa, depende de como ela é acolhida, conheço sacerdotes que não têm muita eloquência no falar, mas são sábios no pouco que dizem, pois, o Espírito Santo não fica selecionando oradores para os inspirar, não é esse o critério de Deus...
Quando não se acolhe interiormente a Santa Palavra, mas apenas a ouve como algo bonito e comovedor, acontece o que aconteceu com esse grupo de admiradores de Jesus: não percebem que a Palavra de Deus manifestada em Jesus é essencialmente Libertadora!
Em resumo, Jesus fala muito bem, prega muitas verdades, tem uma linha profética diferenciada e superior aos demais, entretanto, a pregação serve para o meu vizinho, pois em mim não há nada a ser mudado, está tudo muito bem…"Pertencemos a Tradição de Israel, somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém, não precisamos tanto assim da sua Palavra.
É o homem da pós-modernidade "escritinho"! Aprecia o cristianismo, é capaz até de frequentar a celebração dominical, vibra ao ouvir as leituras e a pregação (quando o pregador tem cultura e conhecimento teológico) entretanto, do jeito que entra ele sai, não sendo um crente sincero, mas apenas um admirador de Jesus e da sua Igreja.
E quando esse grupo de fervorosos Judeus que haviam manifestado uma certa queda por Jesus, perceberam que seus ensinamentos e o seu modo de viver, contrariava certas regrinhas e normas importantes do Judaísmo, passaram a rejeitá-lo e agora articulam sua morte.
E no final Jesus os chama de "Judeus de meia Pataca", porque se diziam descendentes de Abraão, mas não seguiam o seu exemplo de Homem Santo, temente a Deus e fiel na sua Fé, quem é realmente de Deus, jamais apoia as forças da morte e da violência...
Muitos cristãos hão que, finda a celebração, guardam o seu cristianismo em uma das gavetas junto com a Bíblia, e vivem e pensam de um modo que contradiz tudo o que celebram aos domingos: aborto, pena de morte, desigualdade social, intolerância religiosa, opressão, exploração e violência. Filhos de Abraão ou Cristãos de meia tigela?

2. Se, pois, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres - Jo 8,31-42
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Entregue-se a Jesus e sinta-se livre. Quando falamos em pecado, estamos pensando na maldade que impera no mundo. Pense no que nos escraviza, tira a nossa liberdade, nos torna dependentes, nos faz perder a dignidade. Entregar-se a Jesus significa, na prática, meditar a sua Palavra escrita nos Evangelhos e encontrar-se com ele nos irmãos e irmãs necessitados. Mostre que Deus é seu Pai, amando a Jesus e a todos, sobretudo os mais esquecidos.
Fonte: NPD Brasil em 01/04/2020

HOMILIA

A VERDADE LIBERTA

A verdade que Liberta é Jesus, nosso Senhor! Como poderemos encontrar esta liberdade, nós que somos escravos do mundo, escravos do dinheiro, escravos dos desejos da carne? É meu irmão, minha irmã olhando para Jesus, ouvindo Sua palavra, guardando-a e vivendo no nosso dia a dia!
Jesus Cristo é a verdade do Pai para nós. Ele veio ao mundo para revelar aos homens a face de Deus que não tem face. Veio para nos comunicar o jeito de ser do Pai e assim nos fazer desejar imitá-Lo já que fomos feito à Sua imagem e semelhança. Só Jesus, que conhece o Pai, pode nos ensinar as coisas que O Pai nos deseja transmitir. Assim, nós poderemos ser livres de nós mesmos, das nossas tendências pecaminosas, da nossa humanidade decaída pelo pecado. Em Jesus, fomos livres do pecado que antes nos escravizava. Essa experiência nós podemos tê-la na nossa vida quando temos um encontro pessoal com a Salvação de Jesus que nos comunica o amor e a misericórdia do Pai. Nunca mais seremos os mesmos e podemos afirmar com convicção: somos filhos de Abraão, somos filhos da promessa de Deus, se como Abraão vivemos da palavra de Deus alicerçada na fé. Meu irmão, Deus é o nosso Pai, somos livres porque conhecemos a Jesus, Caminho, Verdade e Vida.
Você já se deu conta disso? Você se considera uma pessoa livre de você mesma? Qual é a imagem que você tem de Deus, Pai? O que Jesus veio lhe ensinar em relação ao Pai? Você conhece a verdade sobre você mesmo?
Claro que me esforço por me corrigir, julgo-me a mim próprio, condeno as minhas faltas. Que os meus ouvintes examinem por seu lado o que pensam do seu próprio coração. Mas, digo-o do fundo do meu coração, enquanto estiver preso a alguma destas coisas, não estou convertido ao Senhor, não atingi a verdadeira liberdade, porque ainda me deixo prender por tais preocupações. Está escrito, sabemo-lo: É-se escravo daquele por quem nos deixamos vencer (2Ped 2, 19).
Ainda que não seja vencido pelo amor ao dinheiro, ainda que não esteja preso pela preocupação dos bens e das riquezas, estou, contudo ávido de elogios e desejoso da glória humana, quando me preocupo com o rosto que me mostram os homens e com o que dizem de mim, quando quero saber o que pensam de mim, como me consideram, quando temo desagradar a uns e desejo agradar a outros.
Enquanto tiver estas preocupações, sou seu escravo. Mas quereria fazer um esforço para me libertar, tentar livrar-me do jugo desta escravidão vergonhosa e chegar a esta liberdade de que nos fala o apóstolo Paulo: foi para a liberdade que vós fostes chamados; não vos torneis escravos dos homens (Gal 5, 13; 1 Cor 7,23). Mas quem me dará esta liberdade? Quem me libertará desta escravidão vergonhosa, senão Aquele que disse: Se o Filho vos libertar, sereis realmente livres? Sirvamos, portanto, fielmente, pois o mandamento do Senhor nos diz: amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças e ao próximo como a ti mesmo (Mc 12, 30), para merecermos receber de Cristo Jesus nosso Senhor o dom da verdade que nos conduzirá a plena liberdade de filhos e filhas de Deus.
Pai, liberta-me por tua palavra de verdade que afasta o egoísmo do coração, e capacita-me a amar meu semelhante, como amor total, a exemplo de Jesus.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 09/04/2014

REFLEXÕES DE HOJE

QUARTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 09/04/2014

HOMILIA DIÁRIA

Na medida em que servimos a Deus somos livres

Postado por: homilia
março 20th, 2013

No Evangelho de hoje está o caminho da santidade que passa pelo seguimento a Cristo. Fazer-se seus discípulos, isto é, o caminho da santidade é, na realidade, um caminho na verdade e na liberdade. De fato, Jesus diz: ”Se permanecerdes fiéis à minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos; conhecereis a verdade e a verdade libertar-vos-á”.
Propor a santidade de vida não é mais do que propor o caminho da verdade e da liberdade.
À luz da fé, a santidade é vida na verdade total não limitada às realidades materiais ou apenas à vida terrena. Com efeito, o santo tem em consideração tanto os bens materiais como os espirituais; tem em consideração tanto a realidade terrena como a sobrenatural; contempla a própria vida não apenas na perspectiva temporal, mas também eterna. Por outras palavras, o santo vive na verdade considerando todos os aspectos da própria existência.
Aquele que deseja a santidade abre-se a Deus, bem supremo e fonte da verdade. Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 6). Depois da Sua Morte e Ressurreição, prometeu que nos enviaria o Espírito Santo como “o Espírito de verdade” (Jo 16, 13), que nos “guiaria à verdade total” (Jo 16, 13). Rezou ao Pai pelos seus discípulos: ”Consagra-os na verdade. A tua palavra é verdade” (Jo 17, 17). Diante de Pilatos disse: ”Foi por isso que nasci e para isso vim ao mundo: para dar testemunho da verdade” (Jo 18, 37). Seguindo radicalmente Cristo, caminhamos na verdade, na verdade total, na verdade que não desilude (cf. Rm 9, 33).
A santidade de vida e a abertura à graça ajudam-nos na realidade a compreender, mais profundamente, as verdades de Deus. São Paulo justamente escreve: ”O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus; para ele são loucura, e não é capaz de as compreender” (1 Cor 2, 14). Ou ainda: “Todo aquele que peca não viu Deus nem o conheceu” (1 Jo 3, 6). Não alcançamos a contemplação plena do rosto do Senhor unicamente com as nossas forças, mas deixando-nos guiar pela graça.
Somente a experiência do silêncio e da oração oferece o horizonte adequado no qual pode maturar e desenvolver-se o conhecimento mais verdadeiro, aderente e coerente do mistério de Deus. Por este motivo, com frequência nos surpreende a compreensão perspicaz da verdade de Deus que os santos demonstram, mesmo os que não fizeram muitos estudos.
Sim, o caminho da santidade é um caminho na verdade, na verdade total.
No Evangelho, Jesus diz também que “a verdade libertar-vos-á”. O Mestre Divino fala aqui da liberdade verdadeira, espiritual. Na realidade, o caminho na verdade, isto é, o olhar sobre todos os aspectos da nossa existência, ajuda-nos a encontrar uma justa escala de valores. Ajuda-nos, por conseguinte, a não nos tornarmos – ou a permanecermos – escravos dos bens materiais e das nossas concupiscências, dos vícios, do pecado, mas estimula-nos e torna-nos capazes de desejar os valores mais importantes, indestrutíveis, perenes.
Jesus, no Evangelho de hoje, responde aos judeus de maneira clara: ”Em verdade, em verdade vos digo: aquele que cometer pecado é escravo do pecado”. Vem à nossa mente tantos jovens que hoje são escravos da droga, do sexo, do prazer, do dinheiro, do orgulho, da preguiça, da inveja, etc. Não são livres. Não são livres de desejar os valores maiores. Contudo, quem de nós não experimentou e não experimenta – em maior ou menor medida – a escravidão de vários vícios e debilidades? Santo Agostinho, que depois de uma vida tão libertina teve que se esforçar bastante para encontrar esta liberdade espiritual, isto é, para partir as correntes dos seus maus hábitos e da paixão carnal, depois escreveu com convicção: ”Ouso dizer que, na medida em que servimos a Deus, somos livres, enquanto que na medida em que servimos a lei do pecado somos escravos”.
Santo Agostinho também tinha a consciência de que a liberdade espiritual não se alcança plenamente com as próprias forças, mas unicamente por meio da graça, da ajuda do Senhor. Contudo, Jesus afirma isto de maneira clara no Evangelho que ouvimos: ”Por conseguinte, se o Filho vos libertar sereis verdadeiramente livres”. Portanto, seremos verdadeiramente livres se o Filho nos libertar!
O caminho da santidade é um caminho para a liberdade verdadeira, espiritual, que pode se manifestar “até em condições de constrição exterior” como nos ensinou o beato João Paulo II, na carta Encíclica Redemptor hominis, 12. A condição da sua autenticidade é “a exigência de uma relação honesta em relação à verdade [...] a toda a verdade acerca do homem e do mundo”, continua Sua Santidade. Assim, voltam à nossa mente as palavras de Jesus no Evangelho de hoje: ”a verdade libertar-vos-á”.
Peçamos ao Senhor que nos ajude a aceitar seriamente o convite à santidade nas nossas condições de vida cotidiana, que não é mais do que um convite a caminhar na verdade total e na liberdade autêntica.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 20/03/2013

HOMILIA DIÁRIA

Jesus veio para nos libertar da escravidão do pecado

Não se condene, mas não se mantenha escravo de nada neste mundo, pois Jesus veio para nos libertar e nos fazer livres. E hoje a Palavra de Deus quer nos libertar de toda escravidão do pecado!

“Em verdade, em verdade vos digo, todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. O escravo não permanece para sempre numa família, mas o filho permanece nela para sempre.” (João 8, 34-35)

Palavra de Deus, hoje, nos permite refletir sobre aquilo que o pecado provoca em nós e aquilo que a graça de Deus pode fazer em nós e em nossa vida. Primeiramente, é óbvio que o pecado nos mantém cativos e escravos dele. Olhando a história, ou, melhor ainda: esse embate que há entre Jesus e os judeus que se opõem a Ele há um terrível pecado ali: o pecado de não querer reconhecer Jesus como Senhor.
Sabem quando alguém coloca alguma coisa na cabeça e não quer mudar e não quer aceitar? Não aceita ser corrigido, não aceita nem refletir sobre o assunto? E a pior das durezas é a incapacidade de refletirmos e de mudarmos nossas atitudes! É dela que brota o autoritarismo e deste vem todas as outras formas de ignorância humana, que nos mantém cativos, presos e escravos das nossas atitudes. O orgulho e a soberba são venenos terríveis para a nossa vida espiritual, para a nossa vida com Deus.
Na passagem bíblica de hoje Jesus mostra aos judeus onde está o pecado neles, sobretudo, o pecado de não saber reconhecê-Lo. E você sabe que eles começam então a se contradizer, eles começam então a rebater o que o Senhor lhes diz, porque eles não aceitam, de forma nenhuma, a verdade que Jesus nos traz!
Não há problema em assumir as nossas fraquezas e as nossas misérias. O problema é quando o pecado nos corrói, nos corrompe e nos mantém cativos dele e quando ele cega a nossa visão e a nossa maneira de ver e nos quer convencer de que o errado está certo. Quando quer nos mostrar que não há problema e não há erro em muitas coisas incorretas e injustas que fazemos; e quando nos deixa conformados às injustiças, à mentira, a uma vida hipócrita, como se não tivesse problema em viver assim.
O problema do pecado é nos acomodarmos a ele e nos tornarmos cativos, reféns e escravos daquilo que ele é. Deus hoje não quer apontar nenhuma condenação a você, mas a Palavra d’Ele hoje quer nos iluminar para discernirmos: que pecado e que situação pecaminosa nos mantêm cativos? Pode ser que sejam coisas que estejam em nosso interior, que só nós mesmos fazemos e sabemos que é errado. Não se condene, mas não se mantenha escravo de nada neste mundo, pois Jesus veio para nos libertar e nos fazer livres. E hoje a Palavra de Deus quer nos libertar de toda escravidão do pecado!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 09/04/2014

HOMILIA DIÁRIA

A Palavra de Jesus liberta nosso coração

A Palavra de Jesus liberta nosso coração da ignorância, liberta-nos de todo mal que o mundo e as trevas realizam no nosso coração

“Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8,31)

Todos nós precisamos de libertação, precisamos ser libertos da ignorância, do espírito das trevas. Precisamos ser libertos de tantas coisas que nos machucaram e feriram! Precisamos ser libertos do nosso egoísmo, da nossa soberba, precisamos ser libertos da ação do mundo que, muitas vezes, entra no nosso coração.
Jesus está no meio de nós, porque nos quer livres e libertos para servirmos a Deus, para entrarmos no Seu Reino e vivermos Sua graça em nós.
Jesus nos quer libertos da ação do maligno e do poder das trevas. Ele mesmo nos aponta o caminho, mas, primeiro, precisamos conhecer a verdade. Quanto é apaixonante para Jesus trazer ao nosso coração a Sua verdade, que é única! E de que modo permaneceremos nessa verdade e a conheceremos? É Ele quem está nos dizendo: “Se permanecerdes na minha palavra!”.
Sabe, meus irmãos, podemos conhecer Jesus, podemos estar com Ele, fazer uma experiência com Cristo, mas não permanecermos n’Ele; e permanecer quer dizer ficar, estar colocado e junto, não se separar.
Há um tempo em que precisamos de Deus, precisamos da Sua graça; enchemo-nos dela, mas agora já nos achamos autossuficientes, não precisamos mais ficar na casa ou ficarmos ligados, porque já sabemos tudo o que é de Deus e assim por diante. Isso é um tremendo engano!
Precisamos permanecer unidos ao coração de Jesus todos os dias da nossa vida! Por isso, para permanecer n’Ele, precisamos conhecer e mergulhar nas Palavras de Jesus. Precisamos meditar Suas Palavras, banharmo-nos nelas e nos inebriarmos delas, porque, a cada dia, a Palavra do Senhor se renova, cura e, acima de tudo, liberta.
A Palavra liberta o nosso coração da ignorância, liberta-nos de todo o mal que o mundo e as trevas realizam no nosso coração. Por isso, não podemos fugir da Palavra de Deus, porque o meio mais cômodo e fácil de sairmos da presença d’Ele é fugirmos de Sua Palavra, é não perseverarmos na meditação da Palavra de Deus.
O Senhor nos quer unidos a Ele, e assim permaneceremos. Seremos libertos, curados, transformados quando fizermos da Palavra de Deus a palavra de vida, que nos liberta e cura; a palavra que nos ajuda e nos conduz, de fato, a permanecermos na verdade.
É hora de permanecer em Jesus, precisamos permanecer n’Ele e não podemos sair da Sua presença!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo

HOMILIA DIÁRIA

Transformemos nossas provações em louvor

Quando as provações vêm ao nosso encontro, é a hora de levantarmos e dizermos a quem servimos

“Se o nosso Deus, a quem rendemos culto, pode livrar-nos da fornalha de fogo ardente, Ele também poderá libertar-nos de tuas mãos, ó rei. Mas, se Ele não quiser libertar-nos, fica sabendo, ó rei, que não prestaremos culto a teus deuses e tampouco adoraremos a estátua de ouro que mandaste fazer.” (Dn 3,16-18)

Os três jovens a quem Daniel transcreve: Sidrac, Misac e Abdênago, são exemplos de três corações tementes e fiéis a Deus. O rei Nabucodonosor pediu que eles deixassem o Deus que serviam, para servir os deuses, para servir a idolatria dele e queria que todos servissem. O rei os ameaçava, pois, se não o fizessem, arderiam na fornalha ardente que queimava e conduzia à morte.
Esses jovens foram jogados na fornalha porque não obedeceram a ordem do rei, aliás, eles não só não obedeceram, mas testemunharam a fé que tinham no Deus de Israel. É como se eles dissessem: “Não vamos te seguir, porque o rei a quem servimos, tem o poder de nos livrar da fornalha da morte, e mesmo que Ele não nos livre, jamais O deixaremos para seguir a um deus desse mundo”.
Fé não é colocar condição para Deus, “Deus vai me livrar dessa doença, e só assim vou servi-Lo”. Deus pode nos livrar e se Ele não nos livra, O servirei ainda mais, porque o nosso coração é d’Ele, mas não pelas condições que colocamos, o nosso coração é de Deus pelo amor que temos por Ele. Quem ama não impõe condição, quem O ama coloca-se todo para Ele.
No meio da fornalha, do fogo incandescente, no meio do fogo que queimava, aqueles três jovens poderiam reclamar, murmurar, maldizer o Deus a quem serviam, mas, eles andavam no meio das chamas, entoando hinos a Deus, louvando, bendizendo ao Senhor. Por esse motivo o fogo não os atingiu, porque eles transformaram a provação em motivo de louvor, de ação de graças e de bendizer ao Senhor.
Todos nós “andamos” no meio de tantas fornalhas ardentes que queimam o nosso coração, a nossa vida e, muitas vezes, desanimamos, desistimos, afastamo-nos de Deus, mas é o contrário, quando as provações vêm ao nosso encontro é a hora de levantarmos e dizermos a quem servimos, quem é o Deus em que acreditamos. E, ainda que consumam a nossa vida, ainda que dores e enfermidades batam à nossa porta, rendemos ao Senhor Nosso Deus, o louvor, a honra, a glória; rendemos o nosso coração a Ele que é bendito para sempre.
Ainda que, experimentemos os fracassos, somos do Senhor e a nossa vida pertence a Ele. Não é pelas vitórias que servimos a Deus, O servimos porque Ele é o amor da nossa vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 21/03/2018

HOMILIA DIÁRIA

A verdade do Senhor liberta a nossa alma de todo o mal

“Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8,31-32)

Para permanecer em Deus, é preciso permanecer na Palavra de Jesus. É necessário que a Palavra permaneça em nós, que ela esteja gravada em nós, impregnada em nossa alma e em todo o nosso ser, por isso, precisamos ouvir a Jesus.
A Palavra de Jesus só permanece em nós se ela entrar em nós, se penetrar em nós e se abrirmos o nosso coração, a nossa alma e todo o nosso ser para ouvirmos o coração de Jesus, para ouvirmos as palavras que saem da boca d’Ele, para ouvirmos as Palavras de salvação, de cura, de libertação, de restauração que o Senhor nos dá.
As Palavras do Senhor são Palavras de Espírito e vida, são elas que nos dirigem, orientam e governam a nossa vida de seguidores de Jesus. Porque, se permanecermos nas Suas Palavras, seremos verdadeiros discípulos do Senhor; se não permanecermos nas Suas Palavras, não seremos verdadeiros discípulos, a verdade não permanecerá em nós.

Se conhecermos a verdade, ela nos libertará de todo mal, de toda opressão e mentira

No mundo em que estamos, vivemos muitas confusões e, muitas delas, estão no meio de nós. Muitas inverdades, falácias, coisas falsas, muitas mentiras tornam-se o centro no meio de nós, pois, nos deixamos confundir, misturamos as coisas, mas não podemos, porque a Palavra de Deus é Palavra de Deus.
As Palavras de Jesus precisam entrar em nós para nos libertar, porque, se conhecermos a verdade, ela nos libertará de todo mal, de toda opressão e mentira, nos libertará daquilo que mantém a nossa alma cativa e presa às forças do mal.
Deus não nos criou para sermos escravos, Ele nos criou para sermos livres, para que a liberdade do Espírito esteja agindo em nós. Quando não vivemos a Palavra de Deus, nos escravizamos com tantas coisas que estão ao nosso lado: escravidão da mente, pensamentos tortos e que atormentam a nossa cabeça, preocupações demasiadas, inquietações e provocações do mundo.
Quando vivemos presos às vaidades, elas nos inquietam; quando vivemos presos aos nossos sentimentos, eles nos escravizam; sejam eles os melhores sentimentos, mas que se corrompem pelos sentimentos do mundo e se tornam ressentimentos, mágoas, rancores, pavores, tremores e tantas coisas que apavoram o nosso ser.
Permitamos que a Palavra de Deus nos liberte do poder do mal! Permaneçamos em Jesus e a Sua Palavra permanecerá em nós e seremos livres pela verdade do Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 01/04/2020

HOMILIA DIÁRIA

A Palavra do Senhor nos liberta do poder do mal

“Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8,31-32)

A primeira coisa é que precisamos permanecer na Palavra de Jesus e para permanecermos nela precisamos ouvi-Lo, precisamos dar atenção, precisamos nos voltar para a Palavra a cada dia da nossa vida. Não podemos ignorar a Palavra, não podemos deixar de nos alimentar dela, não podemos deixar de ter foco na Palavra de Jesus.
Somos cheios de palavras, palavras do mundo, nossas palavras, temos, inclusive, uma mania de termos palavra para tudo. É preciso ouvir e se guiar pela Palavra de Jesus e, ao mesmo tempo, permanecer nela, porque eu escuto, a acho bonita, mas eu não permaneço; saio dela, me volto para a minha palavra e a do mundo. Porque, se a Palavra d’Ele me grava amor no coração, vem outras palavras do mundo que falam do egoísmo, de uns contra os outros e deixo essa Palavra de Jesus para permanecer na palavra do mundo.
Temos que permanecer na Palavra d’Ele, porque, se nós permanecermos na Sua Palavra, seremos de verdade seus discípulos. Depois, se permanecermos na Palavra d’Ele, conheceremos a verdade.

A Palavra de Jesus nos liberta do orgulho, da soberba, do ressentimento, da mágoa, do rancor e do poder do mal

Sei que muitos estão usando com chacota essa Palavra de Jesus, estão usando para discursos políticos e ideológicos, estão usando a Palavra de Jesus para corroborar suas verdades que não são verdades. A verdade não é a verdade de cada um, a verdade é a verdade de Deus, é a verdade sublime, é aquele que conhece Jesus não da boca para fora, e sim que tenha intimidade com Jesus e com a Sua Palavra.
Se permanecermos na Sua Palavra, nós conheceremos a Sua Palavra que é a verdade. E essa verdade, que é a Palavra, nos liberta da mentira, da ilusão, da fantasia, do engano, da hipocrisia e das maldades. A Palavra de Jesus nos liberta do poder da ira, da divisão e da separação. A Palavra de Jesus nos liberta do orgulho, da soberba, do ressentimento, da mágoa, do rancor e do poder do mal.
Se queremos ser libertos de tudo que nos engana e nos ilude na vida, é preciso permanecer na Palavra. A verdade que nos liberta é a verdade de Jesus.
Cuidado! Porque, em nome de discursos políticos e ideológicos, em nome de convicções pessoais, as pessoas querem plantar as suas verdades, inclusive, verdades com estopins religiosos. Aqui é a verdade libertadora que só Jesus nos dá.
“Se, pois, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres”. Livres do poder do mal, livres daquilo que nos prende e nos aprisiona, livres daquilo que nos mantém reféns… Seremos livres para o louvor e para a glória de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 24/03/2021

Oração Final
Pai Santo, que a nossa consciência de pecadores nos torne um terreno preparado para acolher a semente de tua Palavra; que cuidemos dela com carinho, que a vivamos em nossas relações com os companheiros do caminho e a proclamemos ao mundo. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/03/2013

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a perceber que a liberdade que o mundo nos oferece é falsa e quer nos manter reféns de seus caprichos e seduções. Faze-nos desejar a verdadeira liberdade de filhos teus, buscando-a na tua Palavra Criadora que se fez Carne em Jesus de Nazaré. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/04/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos um coração dócil para acolher a tua Palavra Encarnada e cumpri-la na nossa caminhada por este planeta-jardim que nos emprestas para ser cuidado, usufruído e repartido com os irmãos. Dá-nos a liberdade plena, que – nós sabemos – virá pelo conhecimento da Verdade anunciada por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos a consciência de que os desejos da glória mundana, do ter, do poder e do prazer são amarras que nos tornam escravos. Infunde em nós, Pai amado, o anseio pela verdadeira libertação, que alcançamos pelo seguimento ao Cristo Jesus, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos um coração dócil para acolher a tua Palavra Encarnada e coragem para segui-La na nossa caminhada por este planeta-jardim que nos emprestas para ser cuidado, usufruído e repartido com os irmãos. Dá-nos a liberdade plena, que – nós bem o sabemos! – virá pelo conhecimento da Verdade anunciada por Jesus, o Cristo teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/04/2020

ORAÇÃO FINAL
Pai que tanto desejamos amar, a tua Misericórdia nos eleva ao Céu! Dá-nos a consciência de que os desejos da glória mundana, do possuir riquezas efêmeras, do domínio sobre o próximo e do prazer exacerbado são amarras que nos tornam escravos e nos conservam prisioneiros. Infunde em nós, amado Pai, o anseio pela verdadeira libertação, que alcançamos pelo seguimento ao Cristo Jesus, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/03/2021

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