quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 06/12/2023

ANO B


Mt 15,29-37

Comentário do Evangelho

Jesus entre os gentios

Jesus, desde o início de seu ministério, dirige-se a judeus e a gentios, fazendo discípulos entre eles. Neste texto de Mateus temos, de início, um resumo das atividades de Jesus entre os gentios. Jesus mantém-se em contato com as multidões, o que seria uma impureza do ponto de vista do judaísmo. As diversas curas de Jesus são sinais de sua ação libertadora da opressão e da exclusão. Já ocorrera uma partilha dos pães na área de influência do judaísmo, onde Jesus "abençoa" (uso hebraico) os pães (Mt 14,19). Agora a partilha dos pães se dá no próprio território gentílico, e Jesus "dá graças" (uso grego) ao partir o pão. Comendo com os gentios, Jesus revela que o banquete do Reino é para todos.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, a acolhida que teu Filho Jesus me dispensa deve mudar profundamente o meu coração. Que eu seja transformado por ele e me torne mais disponível para ti.
Fonte: Paulinas em 05/12/2012

Comentário do Evangelho

Jesus e a multidão

As multidões acorrem a Jesus levando toda sorte de enfermos para serem curados por ele. A admiração da multidão acerca de tudo o que Jesus fazia é dita com os termos de Is 35,5, que tem um alcance messiânico. Segue-se o segundo relato da multiplicação dos pães (vv. 32-37). Os discípulos são apresentados como mediadores entre Jesus e a multidão (cf. v. 36). O relato tem uma forte conotação eucarística (cf. v. 36). Jesus é o verdadeiro alimento do povo que ele reúne, não somente judeus, mas pagãos igualmente.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, a acolhida que teu Filho Jesus me dispensa deve mudar profundamente o meu coração. Que eu seja transformado por ele e me torne mais disponível para ti.
Fonte: Paulinas em 04/12/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

TODOS COMERAM E FICARAM SACIADOS


Os milagres são sinais do início dos tempos messiânicos. Mateus faz um sumário de milagres, realizados no monte. Jesus senta-se com a autoridade de alguém que ensina uma palavra nova, confirmada pelas ações salvíficas e libertadoras. Deus visitou nossa história. A multidão o reconhece e glorifica o Deus de Israel.
O evangelista passa, então, a um relato de milagre de domínio sobre a natureza, forma clássica de expressão do poder de Deus. Tudo começa com a atitude profunda de Jesus diante do sofrimento das multidões. Ele sente compaixão. O verbo grego significa revolver as entranhas; ter sentimentos de uma mãe diante da dor dos seus filhos; colocar-se no lugar do outro; desenvolver empatia.
O problema é a fome do povo. Como outrora, no deserto, Deus não abandona seu povo. O sinal: Jesus multiplica e partilha pães. E todos têm acesso a eles. Comem com abundância. O milagre tem um forte teor eucarístico, especialmente pelos verbos usados: tomou, deu graças, partiu e deu. Sobram sete cestos: nascem comunidades cristãs missionárias alimentadas pela Palavra e pela Eucaristia.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa

Vivendo a Palavra

Os discípulos duvidaram e nós continuamos duvidando: onde vamos buscar tantos pães para alimentar os que têm fome? Somos pretensiosos e o orgulho nos impede de simplesmente fazer a nossa parte, reconhecendo que somos apenas instrumentos e a obra é do Senhor.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/12/2012

Vivendo a Palavra

O Senhor deixa para nós, sua Igreja, a missão de levar aos irmãos o alimento espiritual – a Sua Palavra Viva –, mas também o pão material que sustenta o corpo para a caminhada nesta Terra, planeta-jardim, que já é parte do Reino do Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/12/2013

VIVENDO A PALAVRA

Jesus se compadeceu e se compadece dos que têm fome: seja aquela multidão sofrida e atenta que estava à sua frente, sejamos nós, sua Igreja dos tempos pós-modernos. Ao aceitar a oferta dos poucos pães e peixes, Ele quis mostrar-nos que milagres podem acontecer a partir de gestos solidários e fraternos.

VIVENDO A PALAVRA

Os discípulos duvidaram e nós continuamos duvidando: onde vamos buscar tantos pães para alimentar os que têm fome? Somos pretensiosos e o orgulho nos impede de simplesmente fazer a nossa parte – oferecer nossos sete pães e alguns peixinhos… – reconhecendo que somos apenas instrumentos. A obra é do Senhor.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/12/2018

VIVENDO A PALAVRA

Jesus se compadeceu e se compadece ainda dos que têm fome: seja aquela multidão sofrida que estava à sua frente, sejamos nós, a sua Igreja, vivendo esse sofrido tempo de pandemia que inaugura o terceiro milênio. Ao aceitar a oferta daqueles poucos pães e peixes dos discípulos, Ele quis mostrar-nos o seu Caminho: milagres podem acontecer a partir de pequenos gestos solidários de fraternidade.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/12/2020

Reflexão

Todas as promessas que foram feitas no Antigo Testamento a respeito de Jesus começam a ser realizadas. Jesus cura todas as deficiências, de modo que as pessoas, além de não serem mais escravas do mal que possuíam, também podem ser novamente inseridas na vida social, deixando de ser excluídas e dependentes do auxílio dos demais. Jesus também multiplica os pães mostrando que Deus quer a saciedade de todos e que não quer entre os homens a fome e a miséria, pois o Reino de Deus é o reino da abundância de bens e de dons.
Fonte: CNBB em 05/12/2012 04/12/2013

Reflexão

Enquanto muitos poderosos exploram a população, eis que surge um líder (Jesus) que investe todas as suas capacidades a fim de renovar a vida do povo. E o faz, não com promessas ou boas intenções. Ele realiza de fato uma mudança significativa na história de quem o busca com fé e coração aberto. Então vemos o poder de Deus transformando a vida da sociedade: Jesus restitui a saúde aos doentes, reintegra no convívio social a muitos marginalizados, oferece dignidade a todos. O episódio da partilha de alimento para incontável multidão é um sério apelo a todos nós: se houver partilha igualitária dos bens da criação (sete pães indica totalidade), todos ficarão alimentados. Bendigamos ao Senhor pelo pão da terra e pelo pão do céu.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 05/12/2018

Reflexão

Enquanto muitos poderosos exploram a população, eis que surge um líder (Jesus) que investe todas as suas capacidades a fim de renovar a vida do povo. E o faz, não com promessas ou boas intenções. Ele realiza de fato uma mudança significativa na história de quem o busca com fé e coração aberto. Então vemos o poder de Deus transformando a vida da sociedade: Jesus restitui a saúde aos doentes, reintegra no convívio social a muitos marginalizados, oferece dignidade a todos. O episódio da partilha de alimento para incontável multidão é um sério apelo a todos nós: se houver partilha igualitária dos bens da criação (sete pães indicam totalidade), todos ficarão alimentados. Bendigamos ao Senhor pelo pão da terra e pelo pão do céu.
Oração
Ó Jesus, divino Mestre, contemplamos admirados tua solicitude com a multidão, seus pobres e enfermos. Além de curares os doentes, organizas a partilha de alimento para todos. Desperta, Senhor, o zelo dos governantes em favor da saúde pública e dos serviços hospitalares de nossas cidades. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 02/12/2020

Reflexão

Jesus está cercado de gente pobre, doente e com fome. A todas essas pessoas ele dava atenção: curava os doentes e alimentava os famintos. Dois problemas que atingem as pessoas em sua dignidade: doença e fome. Esses dois problemas deveriam ser as primeiras e principais preocupações de toda autoridade que se propõe a assumir qualquer cargo público. Doença e fome são dois problemas que vêm de longa distância e, até hoje, em muitos países, ainda causam muito sofrimento. Se houvesse boa vontade das autoridades e da sociedade em geral, parte desse sofrimento poderia ser amenizado. Ao envolver os discípulos, Jesus nos mostra que esse é também um problema para a Igreja. Ela não pode ficar neutra nem indiferente diante de tanta miséria e descaso.
Oração
Ó Jesus, divino Mestre, contemplamos admirados tua solicitude com a multidão, seus pobres e enfermos. Além de curares os doentes, organizas a partilha de alimento para todos. Desperta, Senhor, o zelo dos governantes em favor da saúde pública e dos serviços hospitalares de nossas cidades. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 01/12/2021

Reflexão

Jesus cura toda espécie de doenças e dá de comer à multidão faminta. Os cristãos logo entenderam que os gestos de Jesus não consistiam apenas em distribuir pães e curar enfermidades, mas eram a mensagem de uma cura mais profunda e de um alimento mais duradouro. Jesus oferece uma salvação integral. Nossa fome será saciada com a fé em sua Palavra e com a participação no banquete eucarístico. Não é por um ato mágico que Jesus alimenta o povo; ele se serve dos pães e peixes que as pessoas entregam. Deus atende as necessidades das pessoas, mas normalmente conta com a colaboração delas. Essa prática nos motiva a sermos instrumentos eficazes da misericórdia divina.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Quantos pães tendes? Eles responderam: Sete, e alguns peixinhos»

Rev. D. Joan COSTA i Bou
(Barcelona, Espanha)

Hoje, contemplamos no Evangelho a multiplicação dos pães e peixes. Muitas pessoas —comenta o evangelista Mateus — «iam até ele» (Mt 15,30) ao Senhor. Homens e mulheres que necessitam de Cristo, cegos, coxos e doentes de todo tipo, assim como outros que os acompanhavam. Todos nós também temos necessidade de Cristo, de sua ternura, do seu perdão, da sua luz, da sua misericórdia... Nele acha-se a plenitude do humano.
O Evangelho de hoje nos ajuda a dar-nos conta, também, da necessidade de homens que conduzam outros a Jesus Cristo. Os que levam os doentes a Jesus para que os cure são imagem de todos aqueles que sabem que o maior ato de caridade para com o próximo é aproximá-lo a Cristo, fonte de toda a Vida. A vida de fé exige, portanto, a santidade e o apostolado.
São Paulo exorta a ter os mesmos sentimentos de Cristo Jesus (cf. Fl 2,5). Nosso relato mostra como é o coração: «Sinto compaixão dessa multidão» (Mt 15,32). Não pode deixá-los porque estão famintos e fatigados. Cristo busca o homem em toda a necessidade e faz-se encontrado. Que bom é o Senhor conosco!; e que importantes somos as pessoas diante dos seus olhos! Só em pensá-lo dilata-se o coração humano cheio de agradecimento, admiração e desejo sincero de conversão.
Esse Deus feito homem, que tudo pode, e que nos ama apaixonadamente e a quem necessitamos em tudo e para tudo —«sem mim, nada podeis fazer» (Jo 15,5)— precisa, paradoxalmente, também de nós: esse é o significado dos sete pães e os poucos peixes que usará para alimentar a multidão do povo. Se nos déssemos conta de como Jesus se apoia em nós, e do valor que tem tudo o que fazemos para Ele, por pequeno que seja, nos esforçaríamos mais e mais para Lhe corresponder com todo o nosso ser.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Doente, a nossa natureza precisava ser curada; decaída, ser reerguida; morta, ser ressuscitada. Havíamos perdido a posse do bem, era preciso no-la restituir. Enclausurados nas trevas, era preciso trazer-nos à luz.» (São Gregório de Nissa)

- «A Misericórdia é o segundo nome do Amor.» (Francisco)

- «A compaixão de Cristo (...) para com todos os que sofrem vai ao ponto de identificar-Se com eles: «Estive doente e visitastes-Me» (Mt 25, 36). O seu amor de predileção para com os enfermos não cessou, ao longo dos séculos, de despertar a atenção particular dos cristãos para aqueles que sofrem no corpo ou na alma. Ele está na origem de incansáveis esforços para os aliviar.» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.503)

Reflexão

O Filho de Deus encarnou para nossa salvação

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, este panorama de curas (sinal de salvação!) interpela a controvérsia sobre o messianismo de Jesus: Ele redimiu verdadeiramente Israel? A missão, tal como Ele a viveu, não corresponde certamente às expectativas de salvação messiânica imediata que os homens tinham, dado que se sentiam oprimidos não tanto pelos seus pecados, como pela miséria das suas vidas.
S. José recebeu ordem para dar um nome ao menino; o mesmo nome que o anjo também tinha indicado a Maria: “Jesus”, que significa “Deus é salvação”. O anjo que falou a José em sonhos esclareceu em que consiste esta salvação: “Ele salvará o seu povo dos pecados”.
- Se o homem rompe a sua primeira e fundamental relação – a que tem com Deus – então já não resta nada que possa estar verdadeiramente em ordem. Jesus quer mostrar ao homem o núcleo do seu mal e fazê-lo compreender: se não ficares curado “nisto”, apesar de todas as coisas boas que possas encontrar, não ficarás verdadeiramente curado.

Comentário sobre o Evangelho

A multiplicação dos pães e peixes


Hoje vemos a Jesus curando a muitos doentes e dando de comer a muitas pessoas que estavam com fome. Deus quer curar-nos e alimentar-nos a todos. Por isto Jesus vai nascer no Natal: se aproxima a nós para salvar a todos; quer levar-nos à casa eterna do Pai.
—Pode Jesus salvar a todos os homens? Sim, porque é Deus. Então, como é que ainda há tantos males no mundo? Porque ainda não o acolhemos. Você quer recebê-lo de verdade?

Recadinho

Todos comeram e ficaram satisfeitos! Você se alimenta da Eucaristia? Ela o deixa satisfeito? De quê? Das coisas de Deus? Ou tão somente das coisas do mundo? - Tem consciência da importância da Eucaristia em sua vida? Prepara-se bem para a Eucaristia? - A Missa dominical é essencial. Tem consciência disso?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 04/12/2013

Meditação

É comovente ver o que aquele povo fez. Foi procurar Jesus para ouvir sua Palavra, mas levou consigo coxos, aleijados, cegos, mudos e doentes. Não deve ter sido fácil. E para nós a lição é muito clara: não basta procurar Jesus, nem basta segui-lo. Por mais difícil que seja, por mais pesado, é preciso levar conosco os que ainda não o conhecem, para que nele encontrem a cura e a salvação.
Oração
SENHOR DEUS, preparai os nossos corações com a vossa força, para que o vosso Filho, o Cristo que vem, nos encontre dignos do banquete da vida eterna e mereçamos receber o alimento celeste, por ele mesmo servido. Ele, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Meditando o evangelho

ACOLHIDOS PELO MESSIAS

Traço marcante da ação de Jesus foi a sua capacidade de acolher a todos. Os pobres e marginalizados foram os que melhor captaram esta predisposição do Messias. Houve quem o hostilizasse, o rejeitasse e assumisse contra ele postura de inimigo. Neste caso, jamais a iniciativa partiu do Mestre. Ele tinha consciência de ter sido enviado para a salvação de todos.
Os coxos, aleijados, cegos, mudos e toda sorte de gente flagelada por doenças e enfermidades, levados a Jesus para serem curados, retratam a imensa misericórdia contida de seu coração, e seu desejo de comunicá-la à humanidade sofredora. Por seu amor eficaz, os mudos começavam a falar, os aleijados, a sarar, os coxos, a andar, os cegos, a enxergar. Nenhuma necessidade humana passava-lhe despercebida. O Messias Jesus, apesar de sua condição de Filho de Deus, preocupava-se com os problemas materiais do povo, como foi o caso da falta de alimento para os que tinham vindo escutá-lo, numa região bastante afastada.
O episódio da multiplicação dos pães serviu-lhe para ensinar às multidões a lição da solidariedade e da partilha. Este, sem dúvida, foi seu milagre maior: eliminar o egoísmo presente no coração de seus ouvintes, e movê-los a colocar em comum o que cada um possuía para sua própria alimentação, de modo que todos pudessem ser igualmente saciados. Desta forma, a acolhida do Messias estava dando os seus primeiros frutos nos corações dos que o seguiam.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, a acolhida que teu Filho Jesus me dispensa deve mudar profundamente o meu coração. Que eu seja transformado por ele e me torne mais disponível para ti.
Fonte: Dom Total em 04/12/2013 e 05/12/2018

Oração
Senhor Deus, preparai os nossos corações com a força da vossa graça, para que, ao chegar o Cristo, vosso Filho, nos encontre dignos do banquete da vida eterna e ele mesmo nos sirva o alimento celeste. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 04/12/2013

Meditando o evangelho

DEIXAR-SE ALIMENTAR PELO SENHOR

Os discípulos, na relação com o Mestre, reconhecem suas carências e a necessidade de serem ajudados por ele. A experiência da multidão no deserto, à escuta de Jesus, revela esta situação. Aí, o povo foi duplamente alimentado: com a Palavra e com o pão.
Como a multidão, os discípulos necessitam ser alimentados pela Palavra, que abre seus horizontes para compreender a presença do amor misericordioso do Pai na história humana, por meio de Jesus, e suas exigências. A Palavra liberta-os das trevas do erro, abrindo-lhes um caminho de luz; move-os a aderir ao Reino, com sinceridade de coração, e a superar todos os empecilhos; educa-os para a humilde obediência à vontade divina.
Já o pão eucarístico alimenta os discípulos, inserindo-os numa perfeita comunhão com Jesus. Este alimento leva-os a assimilar o modo de ser do Mestre, cuja abertura para o Pai é perfeita. Move-os a buscar a comunhão com o próximo, que se torna destinatário de seu amor e de sua atenção. Impede que se deixem levar pelo egoísmo, sensibilizando-os para a solidariedade e a reconciliação. Esta é a forma como o pão revigora as forças dos discípulos, em sua longa marcha para o Pai.
Sem esses alimentos, os discípulos tornam-se vulneráveis, podendo desfalecer pelo caminho. Só Jesus pode proporcionar-lhes forças para chegar até o fim.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Oração
Espírito de força, que a Palavra e o pão eucarístico revigorem minhas forças na longa caminhada ao encontro do Senhor.
Fonte: Dom Total em 06/12/2017 02/12/2020

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. OS POBRES BUSCAM O SENHOR
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)

Foram os pobres os primeiros a contar com Jesus. Reconheceram seu poder de restaurar a vida e de curar toda sorte de doença e enfermidade. Coxos, aleijados, cegos, mudos e tantos outros aproximavam-se de Jesus, na esperança de serem curados, porque tinham a certeza de que um poder divino atuava por intermédio dele. E, por isso, davam glória ao Deus de Israel.
A pobreza e a marginalização levavam-nos a esperar a intervenção de Deus na História, por meio do Messias anunciado pelos profetas, o qual iria restituir a fala aos mudos, curar os aleijados, fazer os coxos andarem e os cegos enxergarem. Tudo isto eles viam acontecer na ação de Jesus, a quem reconheciam como o Messias.
Não se notava nos ricos a mesma sensibilidade dos pobres. Aqueles não precisavam de Jesus, nem de Deus, pois se bastavam a si mesmos. Depositavam sua confiança nos bens que possuíam. Não tinham tempo para perceber a ação amorosa de Deus, em benefício da humanidade. Sendo assim, a pessoa de Jesus e sua ação taumatúrgica nada representavam para eles. Quiçá o tomassem por um milagreiro qualquer. Enquanto os pobres buscavam, encontravam e reconheciam o Senhor, os ricos, em sua insensatez, ficavam à margem da ação de Deus na história humana.
Oração
Senhor Jesus, dá-me a simplicidade e a sensibilidade dos pobres, para reconhecer-te como Mediador do amor do Pai pela humanidade.
Fonte: NPD Brasil em 05/12/2012

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Sinto compaixão dessa multidão
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Na primeira semana do Advento ainda estamos debaixo do julgamento de Deus, que pede contas a todos os povos do que fizeram e deixaram de fazer ao próximo. Falando com os discípulos, Jesus lhes disse que tinha compaixão das pessoas que estava com fome, entre elas aleijados, coxos e cegos que tinham sido curados por Jesus. Jesus tem compaixão do povo que tem fome e multiplica sete pães e alguns peixinhos. Todos comeram e ficaram satisfeitos. Quando ele vier em sua glória, conta-nos o mesmo evangelista São Mateus, ele se sentará e diante dele estarão todos os povos da terra, indistintamente, e a todos igualmente será perguntado se deram de comer a quem tinha fome.
Fonte: NPD Brasil em 05/12/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Quando o “pouco” vira um banquete...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Para a gente pobre de Israel, que tomavam apenas uma refeição principal ao dia, falar de um banquete era estimular o seu imaginário, é como aquele Pai de família que tem um salário bem modesto, filhos pequenos e que faz malabarismos para passar o mês. Quando tem diante de si alguma festa onde há fartura de alimentos, ele e toda a família se alegram.
Na concepção judaica, Salvação era prosperidade de bens materiais e alimentação farta para todos. Alguns profetas, entre eles Isaias, primeira leitura de hoje, vivem aguçando o imaginário do povo, com a ideia de um Deus que dará um grande banquete no alto de uma montanha, onde todos serão convidados. Mas não é só isso, Deus vai acabar com a morte e a tristeza daquele povo, acabando também com a sua desonra. No exílio tornou-se um povo desamparado, causa de vergonha e humilhação que passavam. “Confiou no seu Deus, que ele venha salvá-lo”, essas palavras sobre o povo, foram também ditas aos pés da cruz, referindo-se a Jesus Crucificado, cuja derrota era iminente naquele momento trágico.
Mateus neste evangelho mostra exatamente que em Jesus o tempo Novo chegou, é o tempo de um Deus que se compadece e cura todos os males, de um Deus que sacia a fome do seu povo. No Reino Novo ninguém irá passar necessidades, ninguém terá sofrimento ou passará fome.
É no alto de uma montanha que Jesus assenta-se e em seguida cura as multidões que o procuram, formada por coxos, aleijados, cegos, mudos e outros doentes. Em seguida Jesus manifesta compaixão pela fome do seu povo e de sete pães e alguns peixinhos, faz um verdadeiro banquete. É o sonho do profeta Isaias se realizando.
Na prática a liturgia nos mostra que a Salvação não é algo que só vai chegar ao pós-morte, pois nosso Deus presente em Jesus está agindo continuamente no meio do seu povo. A Vida Nova vem do Amor e o Amor de Deus nunca é pouca coisa, mas fartura e exagero. Sacia a todos e ainda sobra 12 cestos. Por isso ninguém se iluda achando que Vida Nova que traz alegria sem fim, provém do “muito” que o materialismo pode nos oferecer.
No Dom da Fé do nosso “pouco”, Deus sempre faz muito, como neste evangelho, e essa é a lógica do seu Reino onde o “pouco” com Ele é muito, mas o “muito” sem Ele é nada.

2. Sinto compaixão dessa multidão - Mt 15,29-37
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Jesus, o Verbo de Deus encarnado, veio humanizar nosso mundo. Aparentemente fracassou, porque o puseram na cruz. O fracasso parece perdurar porque nada mudou desde aqueles tempos até os dias de hoje. A multidão com fome continua atrás de milagres. O que fez Jesus? Sensibilizou-se e multiplicou sete pães e alguns peixinhos. Outros, em nome dele, tiram proveito pessoal da multidão desnorteada. Outros, ainda, dizem: “Não é problema meu”, ou “o assunto não é religioso!”. E eu, o que penso, o que faço, o que digo? Há gente, movida pelo Espírito, que sabe tomar iniciativa. Já ouviram falar em Irmã Dulce da Bahia, Madre Teresa de Calcutá, Irmã Emmanuelle do Cairo?
Fonte: NPD Brasil em 02/12/2020

Liturgia comentada

Quantos pães tendes? (Mt 15,29-37)
A multidão tem fome. Jesus provoca os discípulos: “Quantos pães tendes?” Não é uma questão de logística. O problema não é econômico. É espiritual: estou disposto a repartir o pouco que me sobra?
O levantamento dos recursos materiais não é nada animador: sete pães e alguns peixinhos. Convenhamos: uma miséria! Mas é de nossas misérias que Deus edifica o seu Reino. Notável mestre de obras, sabe construir com matéria-prima aparentemente desprezível: nosso lixo, nossos pecados, nossas doenças...
A multidão tem fome. Fome da Palavra de Jesus. Por isso aquela legião veio de longe, por estradas e areais, faminta de esperança. Além dos corações, também o estômago reclama. E Deus não salva apenas nossas almas. Salva também nossos corpos.
Hoje, Jesus olha em volta (olha para nós!) como quem espera que esvaziemos nossas mochilas para alimentar o mundo. Ou vamos acumular?

Ofereço-lhe meu soneto “O CAMINHEIRO”:

Se baixo o olhar dos celestiais espaços
E fito a Humanidade em seus caminhos,
Eu vejo pés feridos nos espinhos
Gravando as marcas rubras de seus passos...

Passadas trôpegas, os membros lassos
Batidos pelos ventos mais mesquinhos,
Trigo inerme ante a roda dos moinhos,
Vejo o povo partido em mil pedaços...

Pobre gente! Imagina que vai só
No seu caminho, feito lama e pó,
Romaria de dores e pecado...

E não percebe – oh! universal loucura! -
Que, no sendeiro grave de amargura,
Jesus Cristo caminha ao nosso lado...

Orai sem cessar: “Saciarei de pão os seus pobres.” (Sl 132,15)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 04/12/2013

HOMILIA

JESUS, O HOMEM QUE CURA

É difícil acolher quando nosso coração já se encontra cheio de tantas coisas. Neste Tempo do Advento é preciso ter um “coração vazio” de si mesmo, como o de José e o de Maria, como o de João Batista e o dos pobres e simples do evangelho, que acolheram e reconheceram em Jesus o Filho de Deus que veio para nos salvar. Se outras coisas ocuparam o lugar de Deus em nós, então Deus não tem lugar em nosso coração. Mas, em sua misericórdia, podemos mudar nosso jeito e nosso modo de ser. Agora a decisão é nossa.
O traço marcante da ação de Jesus foi a sua capacidade de acolher a todos. Os pobres e marginalizados foram os que melhor captaram esta predisposição do Messias. Houve quem o hostilizasse, o rejeitasse e assumisse contra ele postura de inimigo. Neste caso, jamais a iniciativa partiu do Mestre. Ele tinha consciência de ter sido enviado para a salvação de todos.
Os coxos, aleijados, cegos, mudos e toda sorte de gente flagelada por doenças e enfermidades, levados a Jesus para serem curados, retratam a imensa misericórdia contida de seu coração, e seu desejo de comunicá-la à humanidade sofredora. Por seu amor eficaz, os mudos começavam a falar, os aleijados, a sarar, os coxos, a andar, os cegos, a enxergar. Nenhuma necessidade humana passava-lhe despercebida. O Messias Jesus, apesar de sua condição de Filho de Deus, preocupava-se com os problemas materiais do povo, como foi o caso da falta de alimento para os que tinham vindo escutá-lo, numa região bastante afastada.
O episódio da multiplicação dos pães serviu-lhe para ensinar às multidões a lição da solidariedade e da partilha. Este, sem dúvida, foi seu milagre maior: eliminar o egoísmo presente no coração de seus ouvintes, e movê-los a colocar em comum o que cada um possuía para sua própria alimentação, de modo que todos pudessem ser igualmente saciados. Desta forma, a acolhida do Messias estava dando os seus primeiros frutos nos corações dos que o seguiam.
A multidão aproxima-se de Jesus para escutá-lo. Aproximam-se os pobres, os coxos, os aleijados, os abandonados e a todos Ele curava física e espiritualmente. E de mim se aproximam as pessoas quando abro a minha boca para falar? Minhas palavras salvam, curam, libertam ou matam, oprimem e condenam?
O Deus que vem e permanece entre nós é aquele que traz a vida e liberta. Quando nós cristãos nos tornamos semelhantes a Jesus e bem próximos de sua missão, certamente nos aproximaremos dos mais pobres, dos sofredores e dos marginalizados.
Que a fé verdadeira me desacomode e me leve ao encontro dos que estão à margem de oportunidades e da vida. Pois, louvor maior que agrada a Deus é a misericórdia que faz viver.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 04/12/2013

REFLEXÕES DE HOJE

QUARTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 04/12/2013

HOMILIA DIÁRIA

Aquilo que ofertamos a Deus sempre tem muito valor

Postado por: homilia
dezembro 5th, 2012

Logo, logo, o Senhor sem demora chegará! E Ele iluminará o que estiver coberto pelas trevas e se manifestará a todos os povos. Este é o convite feito a nós durante os dias do Advento: enquanto esperamos, precisamos nos alimentar da Palavra e do Corpo de Jesus, o alimento vivo do homem peregrino em direção à Pátria definitiva.
Neste texto da multiplicação dos pães, Jesus toma a iniciativa – diferentemente do que ocorreu em seu primeiro milagre nas Bodas de Caná. Ele olha para a multidão e sente compaixão. Quero entender nesta compaixão de Jesus não somente a fome física, mas sobretudo a fome e a sede messiânicas. O povo tem sede e fome da Palavra de Deus e esperava por um libertador que viesse quebrar as cadeias injustas e que tornasse presente o Reino de Deus. E precisamente Jesus, desde o início de seu ministério, dirige-se a judeus e a gentios, fazendo discípulos entre eles.
Esta atitude do Mestre leva-nos a entender melhor o seu plano salvífico. Jesus é o salvador de todos os homens e do homem todo. Em Mateus temos, em primeiro lugar, um resumo das atividades de Jesus entre os gentios. Ele mantém-se em contato com as multidões, o que seria uma impureza do ponto de vista do judaísmo. As diversas curas de Jesus são sinais da sua ação redentora.
Já ocorrera uma partilha dos pães na área de influência do judaísmo, onde Jesus abençoa os pães (cf. Mt 14,19). Agora, a partilha dos pães se dá no próprio território gentílico, e Jesus dá graças ao partir o pão, para nos ensinar que a nossa oração deve ser sempre de ação de graças, mesmo quando fazemos um pedido. Mas, ação de graças por quê? Porque Deus sabe as nossas necessidades antes mesmo de pedirmos e porque – esperando e confiando – temos a certeza de que Ele nos atenderá e nos dará o que pedimos. Por isso, louvamos e agradecemos a Deus por tudo o que Ele realiza em nosso favor.
Comendo com os gentios, Cristo revela que o banquete do Reino é para todos. A multiplicação dos pães representa e preanuncia o banquete eucarístico ao qual todos são convidados, principalmente os pobres, doentes, desamparados, humildes e todos aqueles que ajudam os necessitados. Entre eles também nós queremos estar.
Se procurarmos a Jesus com humildade, conscientes da nossa própria miséria, Ele irá nos curar pelos sacramentos, principalmente os da Penitência e da Eucaristia. Poucos pães e poucos peixes se tornam matéria de salvação, de milagre, de vida. Na Missa, a oferta de nossas ações, de nossos sofrimentos e alegrias, de nosso trabalho, se tornam matéria que é assumida e valorizada, feita parte integrante do sacrifício.
A ordem de Jesus de recolher os fragmentos lembra-nos o dever de cuidarmos das minúcias, dos pormenores, com atenção às pequenas coisas, as únicas – afinal – que podemos oferecer. Poderia ser também uma advertência a nossa civilização de abundância para um mais generoso desinteresse no uso dos bens.
Que o Senhor prepare os nossos corações com a força da sua graça, para que ao chegar o Cristo, nosso Salvador, nos encontre dignos do banquete da vida eterna. E Ele mesmo, passando, nos possa servir o alimento da eternidade. Assim seja.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 05/12/2012

HOMILIA DIÁRIA

Você sabe repartir o que tem com os outros?

Não vai faltar nada, na sua casa, quando você souber repartir o que tem com os outros. Reparta seu pão, reparta seu peixe, reparta o seu sapato!

“Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que está comigo, e nada tem para comer.” (Mt 15,32a)

Jesus se preocupa conosco, se preocupa com cada um de nós. E diferentemente do que possamos imaginar, Ele não se preocupa só com nosso espírito, com a nossa alma; é verdade que o Senhor nos quer bem por inteiro. Ele nos quer bem e realizados. Quer que tenhamos uma vida plena no sentido mais profundo da palavra, ou seja, corpo, alma e espírito. Por isso, Cristo cuida do nosso psicológico e quer que a nossa mente esteja bem alimentada e bem cuidada. O Senhor cuida do nosso coração e quer que tenhamos sentimentos bons e puros.
O Senhor quer também que estejamos bem em nosso físico e sejamos bem alimentados e saciados. A fome do mundo é a dor do Coração de Deus. É verdade que o mundo tem fome não somente da Palavra de Deus, mas também tem fome de alimento. As pessoas passam fome, passam necessidades, e desculpe-me: que bom que você tem seu pão de cada dia, que bom que você trabalha e consegue manter a sua casa e a sua família! Mas não se esqueça dos pobres! Não se esqueça de repartir o seu pão com aqueles que não têm nada para comer; e também não têm a prática antiga de dar o que sobra. A prática evangélica nos ensina a multiplicar tudo o que temos para podermos dividir com aqueles que não têm nada.
A graça que Jesus operou ao multiplicar os pães e os peixes e saciar a muitos, digo a você, ao repartir o que possui: não vai faltar, na sua casa, quando você souber repartir o que tem com os outros. Reparta seu pão, reparta seu peixe, reparta o seu sapato!
Quanta gente cansada, quanta gente acumulando coisas! Uma situação triste é abrir os armários e ter roupas que ninguém sabe quem vai usar, ter uma quantidade de sapatos que ninguém sabe quem vai usá-los, quando um ser humano tem apenas dois pés. Muitas pessoas continuam descalças, continuam sem ter o que vestir, e nós, muitas vezes, acumulamos.
O Deus que nos dá a graça de repartir o que temos, nos ensina que é preciso dividir e repartir aquilo que está conosco. A graça de Deus será abundante em nossa vida quanto mais tivermos a graça de saber repartir e dividir o que temos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 04/12/2013

HOMILIA DIÁRIA

Cuidemos daqueles que estão padecendo de fome

Olhemos para o mundo em que estamos, onde muitos padecem, seja pela fome da Palavra de Deus, seja pela fome de alimento

“Jesus chamou seus discípulos e disse: ‘Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que está comigo, e nada tem para comer. Não quero mandá-los embora com fome, para que não desmaiem pelo caminho.'” (Mateus 15,32)

Jesus tem compaixão do ser humano, Ele tem compaixão e misericórdia da nossa humanidade e, por isso, Ele, primeiro, nos alimenta por dentro. Alimenta o nosso interior, a nossa alma, alimenta-nos com o pão da Palavra. E, a Palavra d’Ele, chegando ao nosso coração, preenche aquele vazio, aquela sede e fome de eternidade que todos nós sentimos. Jesus tem compaixão da nossa alma enfraquecida que, muitas vezes, está desanimada, sem alento e sem gosto.
Todo ser humano precisa se alimentar, precisa cuidar das suas necessidades fundamentais e, uma delas, não tenha dúvidas, é a de se alimentar bem. Por isso, Ele teve compaixão daquele povo que O escutava e não tinha alimento para comer. Ele chamou os discípulos e manifestou a sua preocupação. “O que vamos fazer com essas pessoas? Não podemos mandá-las embora”. A ordem de Deus para nós é essa: não mandemos ninguém embora com fome. Que ninguém saia da nossa frente, da nossa vista e da nossa vida com fome de Deus e nem fome de alimento.
Olhemos para o mundo em que estamos, onde muitos padecem, seja pela fome da Palavra de Deus, seja pela fome de alimento. A Igreja de Deus não tem uma forma pequena e nem reduzida, quanto mais egoísta de ver o ser humano. Ela vê o ser humano num todo e vê que precisamos levar a Palavra de Deus aos corações, mas precisamos despertar, no coração dos que ouvem a Palavra de Deus, o cuidado e a atenção para com os mais pobres, mais necessitados e sofridos.
Não faça uma evangelização pela metade, não se preocupe em apenas levar a Palavra. Leve a Palavra, evangelize pela Palavra, proclame a Palavra, mas leve o pão, o alimento, leve aquilo que o outro está precisando para alimentar as suas necessidades básicas e fundamentais, inclusive, para viver e sobreviver.
Que ninguém passe fome e nem necessidades, que ninguém morra ao nosso lado porque não demos atenção às suas necessidades fundamentais de sobrevivência.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 05/12/2018

HOMILIA DIÁRIA

Coloquemos nossa vida aos pés de Jesus

“Numerosas multidões aproximaram-se dele, levando consigo coxos, aleijados, cegos, mudos, e muitos outros doentes. Então, os colocaram aos pés de Jesus. E ele os curou.” (Mateus 15,30)

No tempo da graça que nós vivemos, precisamos colocar nossas dores e enfermidades aos pés de Jesus. Precisamos levar os nossos aos pés de Jesus, mas precisamos ser os primeiros a tocar n’Ele e permitir que Ele toque em nós.
Todos nós estamos chagados, doentes, enfermos; as doenças emocionais estão nos fragilizando. Às vezes, comportamo-nos como se fôssemos fortes – não podemos parar, a vida tem que ir para a frente –, mas se não cuidarmos do doente, desse doente que somos eu e você, se não cuidarmos das nossas enfermidades, se não pararmos para dar atenção ao nosso próprio interior, daqui a pouco estaremos todos combalidos, vencidos, em cima de uma cama porque não nos cuidamos.
Não deixamos para cuidar de um carro quando ele está estragado e não presta mais, nós até paramos para cuidar dele. Nós, no entanto, somos muito mais do que carros, computadores e máquinas, somos pessoas humanas dotadas de emoções, sentimentos e afetos.

Precisamos colocar nossas dores e enfermidades aos pés de Jesus

Temos uma fortaleza maravilhosa, mas temos tantas fragilidades, e somos chamados a tomar consciência delas. Sei que olhamos as pessoas que estão nos hospitais, e elas eram sadias como nós, mas, muitas vezes, não se cuidaram. Nós estamos assim também, não estamos nos cuidando.
No ponto em que nos encontramos, é importante nos colocarmos aos pés de Jesus para que Ele nos cure. No ponto em que os nossos se encontram, precisamos levar todos eles aos pés de Jesus para que Ele cuide de todos nós. Precisamos também curar o egoísmo do nosso coração, precisamos levar os cinco pães, os dois peixes; precisamos levar o que temos para o Senhor abençoar, para que Ele possa multiplicar o pão de cada dia, a fim de saciar a fome dos famintos, dos sedentos, dos que não têm o que comer.
Nada justifica pessoas passarem fome. Cada vez que vemos pessoas necessitadas, é um sinal de que o egoísmo humano impera na sociedade e no mundo. Pessoas curadas! O coração é um coração amoroso, cuidadoso e caridoso que se doa e se divide para multiplicar o seu pão a cada dia.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 02/12/2020

HOMILIA DIÁRIA

Saciemos a fome dos necessitados

“Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que está comigo, e nada tem para comer. Não quero mandá-los embora com fome, para que não desmaiem pelo caminho.” (Mateus 15,32)

Jesus tem cuidado de nós, Ele se preocupa conosco, Ele se preocupa com a nossa humanidade, com os nossos sofrimentos, com as nossas dores, com as nossas enfermidades, com a nossa fome; e quando digo “conosco”, é porque Deus se preocupa com cada um de nós. E assim como Jesus cuidou dos doentes que levaram até Ele – os cegos, os coxos, os aleijados, os mudos e todos os doentes –, Ele olhou para a multidão que ouvia a Sua Palavra e levou às multidões o Pão da Palavra, mas Jesus se preocupou com a humanidade que padecia, que estava com fome e disse: “Não posso mandá-los embora com fome”.
Precisamos cuidar uns dos outros, não podemos ser indiferentes a nenhum sofrimento, a nenhuma dor, a nenhuma enfermidade, não podemos ser indiferentes a ninguém que passa fome, porque assim não estamos sendo verdadeiramente seguidores de Cristo Jesus. Há pessoas que se aproximam de Jesus apenas para serem saciadas, para cuidarem das suas necessidades e das suas carências, e Jesus cuida, abençoa, liberta e restaura.

Deus faz milagres com tudo o que tenho porque abro meu coração para compartilhar com a fome e com a necessidade do outro

Jesus cuida de nós para que cuidemos uns dos outros, porque é um grande contratestemunho termos o que temos, termos a saúde que temos, as graças que temos e, muitas vezes, até conforto material, mas ignorarmos os sofrimentos de tantas pessoas. Alguns até reconhecem: “Porque Deus me deu isso”, “Porque Deus me deu aquilo”. Se você tem, você já reparou nos que não têm? E pior ainda é quem tem, tem saúde, tem isso e aquilo, mas ainda reclama do que tem, porque sempre quer ter mais. Por isso, da nossa conversão, nosso trabalho de conversão interior, precisamos ter alguns certames, e o primeiro deles é não reclamarmos da vida, não a transformarmos num mar de lamúrias e reclamações, mas reconhecermos a graça de Deus que está em nós, sermos agradecidos, louvarmos, bendizermos a Deus.
Quando Jesus pegou os sete pães e os peixinhos que tinham, Ele deu graças, Ele agradeceu. Não sei se você tem apenas alguns peixinhos, não sei se você tem carne na geladeira, não sei dizer quantos pães você tem na sua casa, não sei se você ensina os seus a agradecer. Vejo meninos, às vezes, jogando pão fora, comendo um pedaço de pão e desprezando o resto. O que menos vemos em nossas famílias é agradecimento, é levantar as mãos para o céu e dizer: “Obrigado, Senhor!”. Quem agradece partilha e compartilha o que tem, quem não agradece está sempre sendo mal-agradecido e reclamando até do que tem.
Precisamos nos converter para cuidar, precisamos nos converter para repartir o que temos; e não importa o que você tem, pode ser que seja apenas sete pães ou menos, alguns peixinhos, Jesus fez o milagre da partilha. Quando sou agradecido, Deus faz milagres com tudo o que tenho, porque abro meu coração para compartilhar com a dor, com a fome, com o sofrimento e a necessidade do outro.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 01/12/2021

Oração Final
Pai Santo, nós damos graças por tudo que de teu Amor nós recebemos: pela vida, pelos alimentos, pelos companheiros que colocaste ao nosso lado no caminho, pelos encantos da natureza e, sobretudo, pelo dom maior do Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/12/2012

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a exercer o Amor eficaz para todos os irmãos. Que nós jamais nos limitemos à boa vontade para com eles, mas traduzamos em obras o nosso desejo de bem estar para todos os companheiros de peregrinação. Por Jesus, o Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/12/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a tua Misericórdia, oferecendo o sol e a chuva, o frio e o calor, para todos os filhos, sem discriminações ou privilégios, aumente a nossa generosidade na partilha dos bens que entregaste ao nosso cuidado. Faze-nos especialmente atentos aos irmãos que têm fome. Por Jesus Cristo, Teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós damos graças por tudo que recebemos de teu Amor: pela vida, pelos alimentos, pelos companheiros que colocaste ao nosso lado no caminho, pelos encantos da natureza e, sobretudo, pelo teu dom maior: o Cristo, teu Filho Unigênito, que se fez nosso Irmão em Jesus de Nazaré, e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/12/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai, que tanto desejamos glorificar, nós pedimos que a tua Misericórdia, ao oferecer o sol, o vento e a chuva, o frio e o calor, a todos os filhos – sem discriminações ou privilégios –, aumente nosso desapego, para partilharmos com os irmãos, cheios de gratidão, os bens que entregas ao nosso cuidado. Faze-nos especialmente atentos e generosos com quem tem fome. Por Jesus, o Cristo teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/12/2020

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