sexta-feira, 27 de outubro de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 27/10/2023

ANO A


Lc 12,54-59

Comentário do Evangelho

Capacidade de julgar com discernimento

Neste texto articulam-se dois temas, o sinal dos tempos e a reconciliação.
Jesus interpela as multidões sobre a percepção dos sinais dos tempos. A partir do tempo meteorológico, cujos sinais são bem avaliados, Jesus questiona a indisposição que têm em avaliar o tempo da presença de Deus entre eles. "Por que não julgais por vós mesmos o que é justo?" É um questionamento contundente e sempre atual. Nas questões fundamentais da vida, tais como a justiça, o direito e a dignidade, a mente humana fica enganada e embotada pela massificação da mídia, sob controle dos poderosos. Jesus, com sua prática e sua palavra, leva o povo a se libertar da ideologia que o oprime e começar a fazer seu juízo crítico sobre a realidade violenta que vive. Às comunidades dos discípulos cabe a continuidade desta missão libertadora.
Somos chamados a perceber que este é o tempo da misericórdia e da reconciliação, que são os passos fundamentais no caminho da paz, no mundo novo.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, corrige a negligência que me impede de entregar-me inteiramente a ti, sem demora. Torna-me hábil para as coisas do teu Reino!
Fonte: Paulinas em 26/10/2012

Comentário do Evangelho

É preciso renunciar à hipocrisia.

Os sinais do novo tempo já estão presentes e é preciso compreendê-los e discerni-los; irromperam na história da humanidade com a encarnação do Filho único de Deus, que pela sua vida, paixão, morte e ressurreição reconciliou a humanidade com Deus.
Nosso texto desta sexta-feira é uma repreensão de Jesus àqueles que não são capazes de reconhecer o “hoje” da salvação (cf. 4,21). Este novo tempo é tempo de reconciliação, para o que são necessários iniciativa e empenho: “Quando, pois, estás indo com teu adversário apresentar-te diante do magistrado, procura resolver o caso com ele enquanto ainda a caminho” (v. 58). É preciso renunciar à hipocrisia (v. 56), pois o novo tempo engaja o ser humano todo. É preciso passar do que é exterior a uma verdadeira e profunda conversão.
Carlos Alberto Contieri,sj
Fonte: Paulinas em 25/10,2013

Comentário do Evangelho

A fé cristã é iluminação.

A fé cristã é iluminação. Como tal, ela exige discernimento, saber distinguir o que é de Deus do que não é. Os sinais de Deus estão mesclados com outros tantos sinais, por isso a necessidade de uma atitude espiritual que busque compreender o tempo em que se está. Na pessoa mesma de Jesus é que se realiza o “hoje” da salvação (Lc 4,21). A crítica que Jesus faz, dirigindo-se às multidões, tem como tema a dificuldade dos seus contemporâneos, e dos homens de todos os tempos, de reconhecer a graça do tempo presente, pois os sinais do “novo céu e da nova terra” já irromperam em meio às vicissitudes do tempo, pela encarnação do Filho unigênito de Deus, e chegarão à luz com o clarão da ressurreição do Senhor. Esse novo tempo, que é preciso discernir e compreender, é tempo de reconciliação; para tal são necessários iniciativa e esforço (v. 58). É fundamental renunciar à hipocrisia, pois o novo tempo, o tempo da salvação, o tempo do testemunho, engaja integralmente o discípulo no testemunho de Cristo. É preciso superar a pura aparência e fazer a Páscoa do exterior ao interior, ou seja, da aparência a uma profunda e verdadeira conversão.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, corrige a negligência que me impede de entregar-me inteiramente a ti, sem demora. Torna-me hábil para as coisas do teu Reino!
Fonte: Paulinas em 24/10/2014

Comentário do Evangelho

Uma profunda e verdadeira conversão

A fé cristã é iluminação. Como tal, ela exige discernimento, ou seja, saber distinguir o que é de Deus do que não é. Os sinais de Deus estão mesclados com outros tantos sinais, por isso a necessidade de uma atitude espiritual que busque compreender o tempo em que se está. Na pessoa mesma de Jesus é que se realiza o “hoje” da salvação. A crítica que Jesus faz, dirigindo-se às multidões, tem como tema a dificuldade dos seus contemporâneos, e dos homens de todos os tempos, de reconhecer a graça do tempo presente, pois os sinais do “novo céu e da nova terra” já irromperam em meio às vicissitudes do tempo pela encarnação do Filho unigênito de Deus e chegarão à luz com o clarão da ressurreição do Senhor. Esse novo tempo, que é preciso discernir e compreender, é tempo de reconciliação; para tal é necessário iniciativa e esforço. É preciso renunciar à hipocrisia, pois o novo tempo, o tempo da salvação, o tempo do testemunho, engaja integralmente o discípulo no testemunho de Cristo. É preciso superar a pura aparência e fazer a passagem do exterior ao interior, ou seja, da aparência ao coração, em vista de uma profunda e verdadeira conversão.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, corrige a negligência que me impede de entregar-me inteiramente a ti, sem demora. Torna-me hábil para as coisas do teu Reino!
Fonte: Paulinas em 23/10/2015

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

JULGAIS POR VÓS MESMOS O QUE É JUSTO


Para quem mora na Galileia, a oeste, está o mar, fonte de umidade e chuva; bem ao sul, estão os desertos, fonte de muito calor. Os moradores sabem interpretar corretamente esses sinais meteorológicos, mas não sabem interpretar “o tempo presente”.
A grande dificuldade, para as gerações de todas as épocas, é interpretar a história, os fatos de nossa vida cotidiana, à luz da manifestação do plano da salvação, e discernir como deve ser a justa atuação dos cristãos em cada situação concreta que se abre a nossa frente.
Deveríamos, em cada situação, perguntar: “Se Jesus estivesse aqui, como ele agiria, o que ele diria?”. Ter a justa medida do discernimento das situações, à luz da grande revelação do Evangelho, é o que significa ser sábio. Jesus, então, dá um exemplo concreto: se existe uma contenda com um adversário, cada um deve ponderar se leva o caso ao juiz ou se é preferível fazer um acordo. Pode ser que o caso levado ao tribunal tenha uma conclusão desfavorável. Os sinais estão aí. A hora do julgamento e da decisão está chegando. A partir daí, não há mais negociação.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa

Vivendo a Palavra

O Mestre nos encoraja, discípulos seus que somos, a julgar por nós mesmos o que é justo. Para isto, é preciso que estejamos atentos aos sinais dos tempos – à história que está acontecendo e não apenas àquela nuvenzinha que prediz a chuva – e, discernir, nos acontecimentos, a Presença Amiga de Deus a nos conduzir pelos caminhos da vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/10/2015

Vivendo a Palavra

O texto evangélico de hoje nos desafia a interpretar os sinais dos tempos. Não é suficiente estarmos sempre vigilantes, se não percebermos a mensagem que chega até nós nos acontecimentos do tempo presente: a dor dos irmãos originada na falta de justiça, de fraternidade, de misericórdia e de compaixão.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/10/2016

VIVENDO A PALAVRA

O Evangelho alerta para a nossa responsabilidade pessoal. Deus fala de maneira carinhosa com cada um de nós, seus filhos, através do que está acontecendo à nossa volta. São os ‘sinais dos tempos’, aos quais devemos estar atentos para descobrir neles a Santa Vontade do Pai e, em resposta, viver uma fé comprometida com Ele e com os irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/10/2017

VIVENDO A PALAVRA

O Mestre quer nos lembrar que o Pai Se manifesta a nós de forma criativa e variada. Podemos percebê-Lo, por exemplo, através da natureza, da história, dos nossos irmãos, dos sinais dos tempos, da Igreja e das Sagradas Escrituras. Mas, em todos os casos, é preciso que estejamos sintonizados com Ele, abertos à Sua Palavra Criado – que é o Cristo Jesus, o Filho Unigênito.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/10/2019

Reflexão

Devemos saber reconhecer o tempo em que estamos vivendo. Vivemos os últimos tempos, o tempo pós-pascal. Tempo de edificação do Reino de Deus na história dos homens. Tempo de fazer com que o mistério da cruz e da ressurreição produzirem frutos de fraternidade, justiça e solidariedade. Tempo de presença do Espírito Santo na vida de todos, tempo de crescimento no amor e na verdade. Tempo de reconciliação, de construção da paz e da vida nova. Tempo de sentir os apelos do reino que se manifestam na história, apelos para nos comprometermos com os pequenos, apelos para celebrarmos o Deus atuante na história.

Reflexão

Todas as pessoas, sobretudo as autoridades, deveriam reconhecer os sinais da chegada do Reino de Deus por meio das palavras e atos de Jesus. Mais que fazer uma revolução política, econômica e social, Jesus denunciou todos os contra-valores criados pela ideologia do poder, da riqueza e do prestígio, colocando em seu lugar os valores da fraternidade e da partilha, que geram liberdade e vida para todos. Somente o projeto de Jesus pode libertar o povo da escravidão e da morte. No final, Jesus adverte: É importante valorizar o momento presente. É tempo de possível reconciliação com Deus e com o próximo. Quando chegar a hora do julgamento, será tarde demais. Os contemporâneos de Jesus não discerniram os sinais da presença de Jesus e do seu Reino.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 25/10/2019

Reflexão

Todas as pessoas, sobretudo as autoridades, deveriam reconhecer os sinais da chegada do Reino de Deus por meio das palavras e atos de Jesus. Mais que fazer uma revolução política, econômica e social, Jesus denunciou todos os contra-valores criados pela ideologia do poder, da riqueza e do prestígio, colocando em seu lugar os valores da fraternidade e da partilha, que geram liberdade e vida para todos. Somente o projeto de Jesus pode libertar o povo da escravidão e da morte. No final, Jesus adverte: É importante valorizar o momento presente. É tempo de possível reconciliação com Deus e com o próximo. Quando chegar a hora do julgamento, será tarde demais. Os contemporâneos de Jesus não discerniram os sinais da presença de Jesus e do seu Reino.
Oração
Senhor Jesus, teus concidadãos sabiam interpretar os movimentos da natureza. Ignoravam, porém, o tempo de Deus, justamente esse em que realizavas as obras do Pai no meio deles. Torna-nos, Senhor, sensíveis às manifestações de Deus em nossa vida, para nos convertermos enquanto é tempo. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 22/10/2021

Reflexão

Todas as pessoas, sobretudo as autoridades, deveriam reconhecer os sinais da chegada do Reino de Deus por meio das palavras e atos de Jesus. Mais que fazer uma revolução política, econômica e social, Jesus denunciou todos os contravalores criados pela ideologia do poder, da riqueza e do prestígio, colocando em seu lugar os valores da fraternidade e da partilha, que geram liberdade e vida para todos. Somente o projeto de Jesus pode libertar o povo da escravidão e da morte. No final, Jesus adverte: é importante valorizar o momento presente. É tempo de possível reconciliação com Deus e com o próximo. Quando chegar a hora do julgamento, será tarde demais. Os contemporâneos de Jesus não discerniram os sinais da presença de Jesus e do seu Reino.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Como é que não sabeis avaliar (...) o tempo presente? Por que não julgais por vós mesmos o que é justo»

Rev. D. Frederic RÀFOLS i Vidal
(Barcelona, Espanha)

Hoje, Jesus quer que levantemos os olhos para o céu. Esta manhã, depois de três dias de chuva persistente, o céu apareceu luminoso e claro num dos dias mais esplêndidos deste outono. Vamos entendendo o tema das mudanças do tempo, já que agora os meteorologistas são quase da família. Pelo contrário, custa-nos mais a entender em que tempo estamos ou vivemos: «Sabeis avaliar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis avaliar o tempo presente?». (Lc 12,56). Muitos dos que escutavam Jesus perderam uma oportunidade única na História de toda a Humanidade. Não viram em Jesus o Filho de Deus. Não perceberam o tempo, a hora da salvação.
O Concílio Vaticano II, na Constituição Gaudium et Spes (n. 4), atualiza o Evangelho de hoje: «Pesa sobre a Igreja o dever permanente de escutar a fundo os sinais dos tempos e interpretá-los à luz do Evangelho (...)». É preciso, portanto, conhecer e compreender o mundo em que vivemos e as suas esperanças, as suas aspirações, o seu modo de ser, frequentemente dramático.
Quando vemos a história, não nos custa muito assinalar as ocasiões perdidas pela Igreja por não ter descoberto o momento que então se vivia. Mas, Senhor: «Quantas ocasiões não teremos perdido agora por não descobrir os sinais dos tempos ou, o que significa o mesmo, por não viver e iluminar a problemática atual com a luz do Evangelho? Por que não julgais por vós mesmos o que é justo?» (Lc 12,57), continua a recordar-nos hoje Jesus.
Não vivemos num mundo de maldade, ainda que também haja bastante. Deus não abandonou o seu mundo. Como recordava São João da Cruz, habitamos uma terra onde andou o próprio Deus e que ele encheu de formosura. Santa Teresa de Calcutá captou os sinais dos tempos, e o tempo, o nosso tempo, entendeu santa Teresa de Calcutá. Que ela nos estimule. Não deixemos de olhar para o alto, sem perder de vista a terra.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «A oração intensa não nos afasta do compromisso com a história: ao abrir o nosso coração ao amor de Deus, abrimo-lo também ao amor aos nossos irmãos, e isso torna-nos capazes de construir a história de acordo com os desígnios de Deus» (São João Paulo II)

- «Devemos caminhar firmes na fé em Cristo, firmes na verdade do Evangelho; mas a nossa atitude deve mover-se continuamente de acordo com os sinais dos tempos» (Francisco)

- «(...) Toda a pessoa humana, criada à imagem de Deus, tem o direito natural de ser reconhecida como ser livre e responsável. Todos devem a todos este dever do respeito (...), nomeadamente em matéria moral e religiosa (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.738)

Reflexão

“Positivismo” e “Direito Natural”

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje achamos melhor predizer o tempo que discernir o justo. O auge do “positivismo jurídico” (“o justo é o permitido pela lei”) marginou ao clássico "Direito Natural" como uma doutrina típica do catolicismo.
O “positivismo” considera a natureza como um conjunto de dados objetivos, vinculados entre si como causas e efeitos. Desde a concepção puramente funcional (própria das ciências naturais), não se pode estabelecer nenhuma ponte entre a “natureza” (“ser”) e a “ética” (“deve ser”); somente podem originar-se explicações funcionais. Paralelamente, aquilo que não é verificável ou falsificável não entraria no âmbito da razão. Assim, a moral e a religião passariam ao “subjetivo” (fora do âmbito da estrita razão), formando uma “subcultura” Mas, realmente o homem é reduzível a funções mecânicas?
—A razão positivista, que somente percebe o funcional, se parece aos edifícios de concreto armado sem janelas, nos quais atingimos o clima e a luz por nós mesmos, sem querer receber ambas as coisas do grande mundo de Deus.

Recadinho

Jesus censura os homens que se gabavam de entender de tudo, mas eram cegos, não viam as necessidades do próximo. Procuro estar de olhos abertos e atento às necessidades dos pobres, dos humildes, dos simples? - Sei dar uma nova chance e compreender meu irmão que erra? - Jesus quer ver em nós a misericórdia! Sou brando e pacífico? - Tenho doçura no coração? - Meu exterior revela o que vai em meu íntimo? Eliminemos o fel de nossa vida. Tenhamos mansidão e caridade! “Perdoai... assim como nós perdoamos...” (Em que arapuca nos metemos!)
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 – Santuário Nacional em 24/10/2014

Meditação

No dizer de Jesus, em geral, somos prudentes e precavidos nas coisas deste mundo. Sabemos interpretar as circunstâncias e tomar as decisões devidas. Temos de ter a mesma esperteza com as coisas de Deus e saber interpretar as mensagens que continuamente nos envia. Ele nos fala em nosso coração, através dos acontecimentos ou do que nos dizem e aconselham nossos irmãos. Ficar atentos aos sinais dos tempos é nosso dever.
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor e vos servir de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário sobre o Evangelho

Orar é a melhor maneira de saber o que Jesus quer de cada um de nós


Hoje, Jesus parece o “homem do tempo” (como aquele que vemos na TV a falar do tempo que faz ou que irá fazer). Mas Jesus Cristo queixa-se de que nós não procedamos também como o “homem do tempo”. Nós?
- Sim! «Por que não julgais por vós próprios o que é justo?». Uma pergunta muito atual em tempos de neblina e confusão! Como fazê-lo? É fácil! Jesus é o “Senhor dos tempos”: escuta-O, fala-Lhe,… e entenderás que tempo está a fazer.

Meditando o Evangelho

A ÚLTIMA CHANCE

A parábola dos inimigos a caminho do tribunal quer mostrar aos discípulos a necessidade inadiável de aderir, sem restrições, ao Reino, e deixar-se transformar por ele, antes da chegada do Senhor.
O fato da vida, que serve como referencial para a parábola, funda-se no bom senso: é preferível reconciliar-se antes de comparecer diante do juiz, para evitar ser submetido a pesados castigos. Por outro lado, a necessidade de reconciliação é mais forte entre os pobres. Resolver os problemas, sem a necessidade de processo judicial, é o caminho para se evitar a prisão ou outro tipo de condenação.
Jesus oferecia aos seus a última chance de conversão. Adiar tal decisão poderia resultar em consequências trágicas. Seria mais inteligente reconciliar-se, imediatamente, com Deus e com o próximo.
Jesus admirava-se da capacidade de discernimento das pessoas em relação às coisas do mundo, como também, da incapacidade de discernir quais atitudes deveriam tomar, em se tratando da salvação. Ou seja, a incapacidade de acolher sua palavra, seu convite a aderir ao Reino. Só um louco haveria de preferir ver-se diante do tribunal, correndo o risco de ser severamente punido. No entanto, os contemporâneos de Jesus acharam por bem virar-lhe as costas.
Oração
Espírito que move à decisão, faze-me suficientemente sensato para não adiar ainda mais minha decisão de viver, de fato, reconciliado com Deus e com meu próximo.
Fonte: Dom Total em 23/10/2015

Meditando o evangelho

ALERTA PARA A CONVERSÃO

Tomando como ponto de partida um dado da habilidade humana, Jesus chamou a atenção de seus ouvintes para as realidades espirituais. As pessoas de seu tempo eram hábeis em prever os fenômenos atmosféricos, pois as nuvens carregadas, provindas do mar, e o vento quente, oriundo das regiões desertas do sul, punham em risco seus interesses materiais. O sucesso da colheita dependia das condições climáticas. Donde a preocupação de tê-las sob contínuo controle.
Mas, em se tratando das coisas do Reino de Deus, estas mesmas pessoas mostravam-se obtusas, incapazes de perceber os sinais da presença divina em seu meio. A pessoa de Jesus, seus milagres e seus ensinamentos, pouca importância tinham para elas. Havia circunstâncias em que se mostravam indiferentes, noutras assumiam posturas hostis, em aberta rejeição a ele.
A parábola dos inimigos a caminho do tribunal alertava-os: não há tempo a perder. Era preciso agir sem demora para evitar o castigo. Os impenitentes corriam o risco de serem punidos por Deus, sem ter a quem apelar. A perspectiva da condenação eterna está contida na conclusão: o condenado não sairá da prisão enquanto não pagar o último centavo. Como preso o infeliz estaria sem condições de trabalhar para recolher a soma necessária. Por conseguinte, dificilmente seria libertado. É o que acontece com quem se recusa a acolher o dom de Deus, pelo ministério de Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Pai, corrija a negligência que me impede de entregar-me inteiramente a ti, sem demora. Torna-me hábil para as coisas do teu Reino!
Fonte: Dom Total em 21/10/2016

Meditando o evangelho

O DISCERNIMENTO URGENTE

A sabedoria cristã aconselha os discípulos do Reino a se colocarem numa situação de discernimento urgente e contínuo. E mais: a tirar dele consequências práticas.
Certo de que o Senhor vem, o cristão jamais se deixará levar pela loucura de entregar-se a um projeto de vida mundano, que lhe oferece prazeres efêmeros. Antes, será perseverante no caminho do amor, seguro do fim que lhe espera.
A exigência de discernimento indica que o Senhor não aceitará falsas desculpas de quem for excluído do Reino. Quem não se decide seriamente, não terá como se justificar diante do Senhor. É sempre possível saber o que é justo e corresponde ao projeto do Reino. Basta que o cristão, com a graça de Deus, se empenhe.
A parábola da reconciliação, antes do processo, alude à urgência do discernimento e da decisão. Se não se chega a um acordo, enquanto os adversários estão a caminho do tribunal, o culpado será punido na certa. O bom senso recomenda não perder a chance. O discípulo de Jesus vê-se como se estivesse sempre diante da última oportunidade de aderir integralmente ao Reino e conformar sua vida com ele. Adiar esta decisão pode ser fatal. O tempo urge e o cristão não pode se dar ao luxo de agir como se tivesse um longo tempo pela frente. A prudência recomenda decidir-se já.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Senhor Jesus, faze-me viver consciente de que urge entregar-me integralmente ao Reino e conformar minha vida com ele.
Fonte: Dom Total em 23/10/201427/10/201725/10/2019 e 22/10/2021

Oração
Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor e vos servir de todo o coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 23/10/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Como é que não sabeis avaliar o tempo presente?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Somos capazes de interpretar os sinais da atmosfera, se vai chover ou ventar forte. Por que não somos capazes de interpretar os acontecimentos da vida? Por nós mesmos podemos julgar o que é justo. Os contemporâneos de Jesus não estavam sabendo interpretar os sinais dados por ele. Começaram os últimos tempos, o dia do Senhor se aproxima, é bom preparar-se. Esta era a pregação do precursor São João Batista. Jesus a repete e vai ao núcleo central de seus ensinamentos: entender-nos uns com os outros enquanto estamos a caminho. Desde o pecado original as pessoas começaram a se distanciar e a ter dificuldade de convivência. Jesus vem aproximar os corações, estender pontes, encurtar distâncias. Alguns interpretam “ficar na prisão até pagar o último centavo” como o tempo de purgatório antes da entrada no céu. Interpretar os sinais dos tempos significa perceber os sinais de Deus na vida, interpretar a realidade, examinar os fatos, as conjunturas e os sistemas, saber usar das ciências para conhecer a realidade que abrange esta vida material e o que vai além dela.
Fonte: NPD Brasil em 27/10/2017

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Os sinais de Deus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

É até bonito de se ver algumas pessoas remanescentes dos anos 60, principalmente as que vieram do campo, fazerem previsão do tempo, saem na porta ou na janela da casa, olham o horizonte ao longe e ditam a sentença "Hoje a tarde vai chover...", meu saudoso sogro era do tipo assim..., e quanta chuva tomei por não lhe dar crédito. O homem sabe interpretar os sinais da natureza e por conta disso prevê frio, calor, chuva e até vento.
Entretanto, quando se trata dos sinais do Reino de Deus, a coisa fica mais difícil, porque essa interpretação dos tempos, mais do que experiência de vida, necessita da Fé, tive um amigo de estudo que dizia "Ter Fé é saber enxergar as coisas por dentro, às avessas...". Os fatos aparentes todo mundo enxerga e sabe interpretar, porque é algo evidente. Mas sinais de algo que ainda virá, mas que de certo modo já está em nosso meio, daí a coisa fica bem mais difícil.
Jesus sempre anunciou o Reino colocando ao homem a necessidade de um esforço para ver, ouvir e interpretar, citando os ouvidos e os olhos, mais do que isso, curando algumas deficiências nesses sentidos, justamente mostrando-nos que é possível enxergar algo que os olhos ainda não viram, e ouvir algo que ainda não chegou até os ouvidos.
Jesus tornou visível o que era invisível, e fez ouvir, o que era inaudível, nele o Reino do Céu se fez presente de maneira definitiva no meio dos homens. Por aquele tempo, os sábios e entendidos que deveriam por primeiro ver, ouvir e dar crédito, anunciando aos demais, nesse sentido eles não enxergavam um palmo diante do nariz. Jesus volta para o Pai, envia o seu espírito que na igreja e nos acontecimentos da história, continua dando visibilidade do Reino.
A Igreja é a própria imagem da Esperança, que aguarda ansiosamente a plenitude do Reino, ela sinaliza nos sacramentos a graça operante e santificante de Deus, que só é perceptível na Fé. O que o evangelho nos pede, é para que não nos detenhamos no presente, mas que saibamos como igreja e com a Igreja esperar por algo que ainda virá, mas que ao mesmo tempo já vamos construindo.
Mas no meio do mundo, toda força do bem é um sinal mais que evidente de que o Reino já está acontecendo... Não sejamos hipócritas, não somos os Donos do Reino, apenas os seus colaboradores agraciados por Deus... E por isso haverá um julgamento final, onde seremos cobrados talvez por aquilo.

2. O que é justo?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Ser capaz de discernir os sinais dos tempos é um dom do Espírito Santo. Para levar a cabo a missão de dirigir a todas as pessoas a sua palavra, a Igreja sabe que é seu “dever investigar a todo o momento os sinais dos tempos, e interpretá-los à luz do Evangelho; para que assim possa responder, de modo adaptado em cada geração, às eternas perguntas dos homens acerca do sentido da vida presente e da futura… É por isso necessário conhecer e compreender o mundo em que vivemos, as suas esperanças e aspirações, e o seu caráter tantas vezes dramático”. Assim disse o Concílio Vaticano II sobre a Igreja no mundo contemporâneo. Somos capazes de interpretar os aspectos da terra e do céu, quando vai fazer calor ou quando vai chover. Não seremos capazes também de discernir os sinais dos tempos e interpretá-los à luz do Evangelho? Não temos capacidade de avaliar o tempo presente e julgar por nós mesmos o que é justo? Perceber, em primeiro lugar, que Jesus está entre nós e, ao mesmo tempo, desvendar a força geradora dos acontecimentos. Todo efeito tem sua causa.
Fonte: NPD Brasil em 25/10/2019

HOMILIA DIÁRIA

O Deus que nos ensina a pescar

Postado por: homilia
outubro 26th, 2012

Interessante é podermos ler e meditar os textos bíblicos, também com os seus paralelos, como acontece com Lc 12,54-59 – semelhante a passagem presente em Mt 16,1-3 – para então percebermos melhor o contexto.
Jesus, pra variar, estava sob o fogo dos fariseus e saduceus que reclamavam dele um sinal messiânico (cf. Mt 16,1). Então Cristo, tão paciente quanto profético, recusou-se em dar um “espetáculo” visto ser O Sinal, Sacramento do Pai das misericórdias enviado para salvar o mundo, ou como bem expressou o teólogo São Paulo: «Ele é a imagem de Deus invisível, o primogênito de toda a criação» (Cl 1,15).
Por isso, num transbordar de misericórdia, Jesus Cristo não se calou e nem virou as costas para quem exigia um “peixe” Àquele que já havia multiplicado milagrosamente e distribuído às multidões. Pedir com fé e humildade é totalmente diferente do que a arrogância espiritual de pretender colocar Deus “na parede”.
Ano da Fé: tempo propício para descobrirmos o Deus que é maior do que a “parede” do desespero e orgulho espiritual. Deus único e verdadeiro que nunca se deixa manipular por uma caricatura de fé que acha ser possível curvar o Senhor do mundo ao mundo dos meus desejos egoístas e decisões injustas.
Mas, retornando ao Evangelho, encontramos Jesus que não se cansa do ser humano por amá-lo extraordinariamente. Por isso, resolveu “dar a vara para pescar” no oceano da Misericórdia Divina: «Sabeis avaliar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis avaliar o tempo presente? Por que não julgais por vós mesmos o que é justo?» (Lc 12,56). De fato, as pessoas daquele tempo que se depararam com Jesus de Nazaré, tiveram – no presente de suas vidas – a mesma oportunidade de conhecer e proclamar: «a insondável riqueza de Cristo» (Ef 3,8).
Bastava crer e querer. Ou querer crer, para receber do Espírito Santo o auxílio necessário para se viver pela fé que se manifesta por obras de amor (cf. Gl 5,6). Mas será que o tempo presente está blindado para semelhantes experiências de fé? Claro que não! Há fé, existe liberdade!
Neste Ano da Fé, meditemos as verdades presentes no Catecismo da Igreja Católica que também aponta para a “vara de pesca” necessária à barca de Pedro, a qual tem como mastro principal a Cruz do Salvador do mundo e Reconciliador do Pai: «Antes de mais, a fé é uma adesão pessoal do homem a Deus. Ao mesmo tempo, e inseparavelmente, é o assentimento livre a toda a verdade revelada por Deus» (CIC, nº 150).
Eis uma verdade de fé fundamental: «Jesus Cristo é o mesmo, ontem hoje e sempre» (Hb 13,8). Por isso, hoje e sempre – até a volta gloriosa do Senhor Jesus – será preciso crer e decidir-se por esta Fé-Revelação, a qual precisa ser abraçada no tempo presente de nossas vidas, até a Eternidade futura chegar. Uma vida de fé, que não se deixa prender pelo individualismo espiritual, como alertou o Papa Bento XVI: «O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um fato privado» (Porta Fidei, nº 10).
Então, como estranhar no Evangelho de hoje um contexto de vigilância (cf. Lc 12) tão atento à nossa vida relacional e à reconciliação? «Quando pois, estás indo com teu adversário apresentar-te diante do magistrado, procura resolver o caso com ele enquanto ainda a caminho. Senão ele te levará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e o oficial de justiça te jogará na prisão» (Lc 12,58).
Reflitamos sobre isso e oremos: Senhor, tende misericórdia de nós. Dai-nos no tempo presente uma fé que faça a diferença pelo amor comunicado e por uma esperança transformadora das nossas atitudes e do mundo inteiro. Virgem Maria, ajudai-nos a crer com e como a Igreja! Amém.
Padre Fernando Santamaria
Fonte: Canção Nova em 26/10/2012

HOMILIA DIÁRIA

O pecado tem o seu jeito próprio de agir em cada um de nós

O pecado tem o seu jeito próprio de agir em cada um de nós, ele age conforme a fraqueza, conforme o “buraco” que ele mesmo foi cavando dentro de nós.

“Com efeito, não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero. Ora, se faço aquilo que não quero, então já não sou eu que estou agindo, mas o pecado que habita em mim” (Rm  7,19-20)

Quem de nós já não desejou fazer o bem, já não fez propósitos e teve vontade de realizar as coisas justas e corretas; de viver uma vida honesta, segundo a vontade de Deus, direcionada por Deus e guiada por Sua Palavra.
Nós nos propomos, muitas vezes, a ser mais silenciosos, mais meditativos e contemplativos, a viver mais em oração, a não brigar mais uns com os outros, a não dizer desaforos nem a fazer desavenças. Mas parece que existe uma força estranha agindo em nós. Alguém me disse assim: – “Quanto mais eu faço bons propósitos, mais parece que eu caio, mais parece que eu cedo, mais parece que a força do mal toma conta de mim!”.
Isso acontece com todos nós, meus irmãos e minhas irmãs, que estamos na caminhada com Deus. Dentro de nós há o desejo do bem, a vontade de fazer o bem, dentro de nós há este grande propósito de querer acertar sempre, mas existe uma força que, às vezes, parece até ser maior que nós. É uma força que enfraquece a nossa vontade, enfraquece os nossos desejos, nos seduz e nos mantém, muitas vezes, presos, cativos. Essa força se chama pecado.
O pecado tem o seu jeito próprio de agir em cada um de nós, ele age conforme a fraqueza, conforme o “buraco” que ele mesmo foi cavando dentro de nós. Assim, ele vai nos deixando presos a ele. A fraqueza de alguns é o temperamento: se aborrecem e perdem a paciência por qualquer coisa. Algumas vezes dizem assim: – “Padre, queria tanto ser paciente com os meus filhos! Queria ser paciente com meu marido, mas qualquer coisa que ele me diz já me irrita”. Para outros, a fraqueza é a língua, a pessoa não quer falar mal de ninguém, mas quando menos percebe já está novamente fazendo isso.
O pecado também pode nos levar pela fraqueza da carne, pelas impurezas, pelas desordens nos pensamentos e nos sentimentos. E, assim, uns mais, outros menos, o pecado vai enveredando por nossa vida. Dificultando a luta de muitos que querem parar de beber, de fumar, de largar as drogas.
Em todos esses casos parece que há uma força maior nos dominando. A Palavra de Deus, meditada hoje, está nos convidando a reconhecermos a força do pecado que existe no meio de nós, a força do pecado que exerce um fascínio em nossa vida. Não o estou convidando a esmorecer; não, pelo contrário, é apenas para que nós meditemos sobre isso e ninguém se ache pronto, ninguém ache que não vai mais cair ou que não vai ter mais esta ou aquela fraqueza.
Enquanto estivermos vivos, meus irmãos, mantenhamos a vigilância, porque Deus nos libertou, mas o pecado nos ronda e é por isso que temos de nos manter humildes, para termos forças para combater o mal.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

A graça de Deus nos faz progredir sempre

Não somos os santos, os justos que deveríamos ser ou desejamos ser, mas reconheçamos que vamos continuar lutando, nos esforçando e, sobretudo, contando, todos os dias, com a graça do Senhor

“Com efeito, não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero.” (Romanos 7, 19)

São Paulo, hoje, apresenta-se para nós como um homem fraco e sem potência diante do mal, do pecado e de suas próprias fragilidades. É muito belo termos a graça de reconhecer as nossas fraquezas e nossos limites, não é nenhuma vergonha saber que, muitas vezes, quisemos fazer o bem, desejamos fazê-lo, quisemos fazer a coisa certa, mas não conseguimos.
A impotência que São Paulo nos apresenta é a que muitos de nós vivemos em nossa vida cristã, humana, em nossos relacionamentos. Porque, nós temos muitas boas intenções, aspiramos fazer muita coisa correta, justa e, muitas vezes, quando temos a melhor das intenções, não conseguimos fazer o bem ou os propósitos que desejamos na vida.
Na vida pessoal fazemos tantos propósitos: ‘Não vou mais fazer isso e aquilo!’ Até fazemos aquele propósito bem justo dentro de nós: ‘A partir de hoje não faço mais isso!’ . O outro se propõe: ‘Não vou mais fumar! Não vou mais beber! Não vou falar mal de mais ninguém!’. Quando, de repente, está bebendo mais do que em outros tempos, está fumando mais do que queria, continua falando mal da vida dos outros, continua praticando isso ou aquilo que não desejaria fazer.
Isso é para desanimar? É para nos deixar esmorecidos? Pelo contrário, é para, primeiro, nos dar ciência da fragilidade humana que todos nós somos. Não somos super-heróis, não somos máquinas! E, ao mesmo tempo, para nos dar a consciência do quanto dependemos da graça de Deus.
A grande dádiva da vida humana é a soma do esforço humano e da graça divina. Precisamos nos esforçar, combater, lutar; precisamos realmente querer fazer o bem, nos esforçar para fazer o que é correto, justo e nos superar a cada dia. Mas vamos, muitas vezes, na força da superação, nos deparar com nossas fraquezas e fragilidades.
Entreguemo-nos a Deus, reconheçamos diante d’Ele que somos fracos e, muitas vezes,  incapazes. Mas, reconheçamos que é a graça de Deus que nos mantém de pé. Não somos os santos, os justos que deveríamos ser ou desejamos ser, mas reconheçamos que vamos continuar lutando, nos esforçando e, sobretudo, contando, todos os dias, com a graça do Senhor. Reconheçamos: ‘É verdade que já não sou mais o homem que era antes, já tive mais vícios, pecados, mais fraquezas, mas não sou o homem que ainda desejaria ser ou precisaria ser, mas não posso negar que a graça de Deus me faz progredir’.
Continuemos a progredir; alguns talvez mais lentamente, outros consigam avançar um pouco mais, mas o importante é contarmos com a graça de Deus para não esmorecermos e progredirmos sempre.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Analisemos o que é melhor para nossa vida

Somos bons para analisar tantas coisas da vida, mas nos tornamos pobres na forma de analisar o que é essencial para a nossa vida

“Hipócritas! Vós sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis interpretar o tempo presente? Por que não julgais por vós mesmos o que é justo?” (Lucas 12,56-57)

Jesus está advertindo, falando com muita seriedade para os Seus, porque todo mundo sabe distinguir os sinais do tempo e da terra, sabemos quando vai chover, quando a tempestade está vindo, quando o tempo fechou e está nublado, quando o sol vai chegar, ou seja, sabemos reconhecer a natureza das coisas, mas não reconhecemos a nossa própria natureza, não sabemos distinguir o que é certo e o que é errado, o que nos convêm do que não convêm.
Não sabemos distinguir o tempo em que vivemos, o tempo em que estamos nem a forma como vivemos. Essa é uma forma de sermos também negligentes com a graça de Deus, de não termos prudência, discernimento naquilo que fazemos ou na forma como levamos a vida.
Sabemos, no mínimo do bom senso, que muitas coisas nos levarão a ficar doentes, mas somos tão negligentes com a vida, que é preciso um médico, um atestado, exames para mostrar que nossa saúde está correndo riscos. Não precisa ninguém falar que o cigarro vai estragar os nossos pulmões, até uma criança sabe disso, nós sabemos, mas fingimos não saber. Dei o exemplo do cigarro, para falar de tantas coisas que nós comemos, de tantas situações da vida que levamos, para depois dizermos: “Senhor, socorra-me!”. No entanto, somos nós quem nos expomos, não fazemos discernimento do que nos convêm e do que não convêm.
Somos bons para analisar tantas coisas da vida, mas nos tornamos pobres – para não dizer que somos miseráveis – na forma de olhar, analisar o que é essencial para nossa vida, as posturas que temos diante dos outros, diante dos acontecimentos e assim por diante.
É fundamental o dom do discernimentos não é só para aquilo que temos como prioridade, mas sim discernir todas as coisas. É discernir se devemos sair dirigindo, porque a estrada não está boa, porque o tempo está fechando. Discernir se devemos comprar ou não tal coisa, se é a hora de falar ou não, se devemos ou não fazer assim. Não levemos a vida de qualquer jeito.
A sabedoria de Deus está no ar. A sabedoria que nos leva a saber os sinais dos tempos é maior e mais sensível para discernir o que devemos ou não fazer. Se não nos aplicamos para buscá-la, ela também não pode nos ajudar. Precisamos nos aplicar em ser dóceis, porque a sabedoria vai guiar os nossos passos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 27/10/2017

HOMILIA DIÁRIA

Busquemos a sabedoria do Espírito

“Hipócritas! Vós sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis interpretar o tempo presente?” (Lucas 12,56)

Vivemos num mundo de muitas especialidades, há pessoas especialistas em diversos assuntos. Há aqueles que sabem realmente prever a meteorologia, os aspectos do céu e da terra. Há os diversos profissionais nas diversas áreas da vida. Há os psicólogos, psiquiatras, médicos, e cada um procura crescer mais no conhecimento da sua área. E, que assim seja abençoado, porque é muito importante uma ciência cada mais séria e serena que traga luz para a nossa vida.
Não podemos ser insensatos e hipócritas, não podemos, na verdade, cometer a leviandade na fé. Muitos têm sabedoria para tudo, têm respostas para tudo, mas, infelizmente, não têm discernimento espiritual, não sabem discernir a voz de Deus, a luz de Deus, a Palavra de Deus, aquilo que Ele dirige à nossa vida.

A vida no Espírito é a vida de oração e intimidade com Deus

Dedicamo-nos tanto às outras coisas, somos sábios aos nossos próprios olhos, mas não temos a sabedoria do Espírito.
Por que não temos a vida do Espírito? Primeiro, porque não procuramos levar a vida no Espírito como precisa ser levada. A vida no Espírito é a vida de oração e intimidade com Deus. Segundo, não mergulhamos na Palavra de Deus, não nos voltamos para a Palavra que nos dá vida e sabedoria divina. Terceiro, porque não submetemos a nossa vontade à vontade de Deus, à luz de Deus, à sabedoria de Deus. Até queremos transformar a vontade de Deus na nossa vontade, queremos transformar o conhecimento de Deus no nosso conhecimento; queremos que Ele pense como nós, fale como nós e falamos até no lugar de Deus. Porque tamanha é a sabedoria que cada um de nós acha que tem.
Eu sei que para futebol tem especialistas, para cada um dos esportes tem aqueles que têm as respostas e explicação para tudo. Eu sei que para as outras áreas da ciência, na gastronomia têm aqueles que são conhecedores profundos, mas de Deus não existe conhecedores profundos. De Deus, não é estudo filosófico nem teológico, o discernimento em Deus é aquele que procura ter intimidade com Deus, obediência a Deus, comunhão com a Igreja e vida no Espírito.
Procuremos viver uma vida de maturidade em Deus, mas, sobretudo, vivendo na espiritualidade que nos leva a ser submissos a Ele.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 25/10/2019

HOMILIA DIÁRIA

O discípulo do Senhor está sempre atento aos sinais dos tempos

“Hipócritas! Vós sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis interpretar o tempo presente.” (Lucas 12,56-57)

Temos que cuidar muito para a hipocrisia não dilacerar o nosso coração, porque é uma hipocrisia, de fato, sabermos distinguir quando as coisas estão nos incomodando. Quando dizemos: “O tempo está fechado. Vai chover”, “O tempo está aberto. Vai fazer sol”, é porque sabemos olhar os aspectos da natureza. Também sabemos olhar as pessoas, se estão bem ou não, de acordo com os nossos interesses, mas, muitas vezes, portamo-nos numa atitude de indiferença e falta de cuidado.
O discípulo do Senhor é aquele que está sempre atento aos sinais dos tempos. Primeiro, atento ao sinal do tempo em que nós vivemos. Não podemos ignorar as coisas que acontecem no meio de nós, como se tudo estivesse bem quando tudo não está bem. Vivemos tempos acelerados, vivemos tempos de profundas transformações e não podemos nos comportar com ingenuidade diante dos acontecimentos do tempo presente de forma alguma.

Que saibamos interpretar os tempos em que nós vivemos com a graça, com a luz e com o discernimento necessário que o Senhor nos dá

Não é simplesmente achar que vivemos uma revolução digital e tecnológica, com tudo aquilo ela que traz, realmente é um mundo de transformação, mas não consigo prestar atenção no que está acontecendo ao meu lado. Os pais que não conseguem prestar atenção nas transformações que seus filhos estão vivendo… Não estou aqui para acusar, estou aqui para alertar a cada um de nós. Muitas vezes, um filho fica trancado dentro de um quarto dia e noite, e um pai e uma mãe não estão atentos ao que está acontecendo; muitas vezes, ele está lá escravizando-se com esses meios digitais, vivendo processos de transformações profundas, e não estamos atentos.
Você sabe que, desde pequeno, você acompanha uma criança; e todo e qualquer processo de mudança exige uma atenção, até porque causa uma tensão, mas toda atenção não é para nos deixar tensos, é para nos alertar do que precisamos cuidar, o que nós precisamos fazer, como precisamos agir.
Não deixe as coisas andarem por andarem, não deixe as coisas acontecerem por acontecerem; incêndios seriam evitados se as pessoas prestassem atenção na primeira chama que se acendeu e apagasse aquela chama. “Mas é apenas uma ‘chaminha’. Não tem problema”. Tem! Porque depois provocam desastres porque não se cuidou daquela pequena chama. Quantas coisas acontecem no nosso corpo! Às vezes, é uma “verruguinha” que vem; às vezes, é um sinal de que se cuidássemos daquele primeiro sinal evitaríamos o câncer ou tantas outras coisas, porque não prestamos atenção nos sinais que o próprio corpo está dando.
É preciso prestar atenção nos sinais dos tempos. E aqui não é criar alarde, não é ser profeta da desgraça, não é sempre ficar prevendo ou provocando o mal, mas é cuidar para que o mal não cresça. Se estivermos atentos aos sinais da vida, nós a viveremos com mais cuidado, mais responsabilidade, sabendo transformar os tempos em que nós vivemos.
Não sejamos hipócritas, se nós sabemos interpretar tanta coisa, que saibamos interpretar os tempos em que nós vivemos com a graça, com a luz e com o discernimento necessário que o Senhor nos dá.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 22/10/2021

Oração Final
Pai Santo, dá-nos olhos capazes de enxergar a tua presença paterna em todos os momentos da nossa vida. Que nós sabíamos contemplá-la em nossa oração diária e agradecer-te pelos dons inefáveis da Vida e da Fé que nos ofereces. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/10/2012

Oração Final
Pai Santo, que por tantos meios procuras nos mostrar o teu Amor e tua Presença constante a nos proteger na caminhada, ilumina-nos com o Espírito Santo para que reconheçamos agradecidos o teu braço forte sustentando nossos passos – especialmente nos momentos de nossa maior fraqueza. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/10/2015

Oração Final
Pai Santo, além de acordados, faze-nos também participantes da caminhada dos irmãos no retorno ao Lar Paterno. Que sejamos solidários e fraternos e morem em nossos corações a mansidão e a humildade de Jesus de Nazaré, o Cristo que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/10/2016

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos olhos, ouvidos, inteligência e coração capazes de ver, ouvir, entender, acolher e responder com a nossa vida os ‘sinais dos tempos’ que com zelo e carinho nos envias para orientar nossa caminhada de volta ao teu Reino de Amor. Por Jesus Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/10/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que os nossos corações saibam ouvir a Palavra portadora de tua Mensagem de Amor, além dos limites impostos pela nossa pobre inteligência. O Espírito nos ajude a discernir a tua Vontade e nos dê forças para vivê-la nas relações existenciais com o próximo, com a Natureza, com nossos próprios limites e, sobretudo, contigo, amado Pai. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/10/2019

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