quinta-feira, 23 de outubro de 2014

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 23/10/2014 a 27/10/2014

ANO A



23 de Outubro de 2014

Lc 12,49-53

Comentário do Evangelho

É preciso liberdade e desapego.

Jesus não promove a guerra nem tampouco a destruição. A linguagem do evangelho, muitas vezes enigmática para o homem moderno, precisa ser decodificada para fazer emergir o seu sentido. “Fogo” (v. 49) refere-se ao Batismo de Jesus (Lc 3,16). No texto do Batismo o termo “fogo” é utilizado para explicar a natureza da ação do Espírito Santo, a saber, purificação e julgamento. A morte de Jesus é também considerada como um fogo (v. 50) que dividirá e dispersará os seus próprios discípulos. Na morte de Jesus, os homens serão julgados e eles mesmos reconhecerão a sua iniquidade (Lc 23,48). A lealdade a Jesus está acima de qualquer compromisso humano com a defesa de interesses particulares, escondidos, muitas vezes, atrás do argumento da defesa de Deus. Jesus não promove a guerra nem a discórdia. Os que o rejeitam é que perseguem os que o aceitam. É preciso que o discípulo tenha consciência de que os laços afetivos verdadeiros, construídos no amor e tão caros para a saúde da humanidade, não podem ser impedimento, nem servir de coação, ao seguimento de Cristo e a uma vida segundo o Espírito, para quem, livremente, adere à vocação cristã. É preciso liberdade e desapego.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que o batismo de Jesus, por sua morte de cruz, purifique-me de todo pecado e de toda maldade, como um fogo ardente, abrindo o meu coração totalmente para ti.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

A vinda de Jesus cria um divisor de águas na história dos homens. De um lado encontramos os que são dele e, de outro, os que são do mundo. A partir dessa divisão se estabelece o conflito, que é caracterizado principalmente pela diferença de valores, e exige de todos os que abraçam a fé a consciência de suas conseqüências, entre elas a de ser odiado pelo mundo. Como cristãos, devemos enfrentar o conflito com o mundo, mas não com as mesmas armas do mundo, uma vez que estas levam à morte, o grande valor do mundo. Devemos enfrentar o mundo com a fé, a espiritualidade, a entrega, a partilha, a doação, a fraternidade, o testemunho, o profetismo, que são valores do Reino e levam à vida.
FONTE: CNBB

Recadinho

A paz de Jesus supõe comprometer-se com a verdade. Procuro viver a verdade? - Vivo em paz? - Promovo a paz? - Dou minha contribuição para que haja paz em meu lar? - E em meu ambiente de trabalho? - E em minha vida social? Onde há medo e opressão, é evidente que não existe paz!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 – santuário-nacional

Comentário do Evangelho

A CISÃO DO REINO

O Reino anunciado por Jesus criou rupturas no seio da humanidade. Pode parecer estranho, considerando que pretendia ser um Reino de paz. Entretanto, Jesus afirmou não ter vindo trazer paz à Terra, e sim, a divisão.
Como se explica a ruptura causada pelo Reino? Ele consiste numa proposta de Jesus à humanidade. Sendo proposta, pode ser acolhido ou rejeitado. Rejeitar o Reino significa optar pelos valores que lhe são contrários. Assim se estabelece uma dupla polaridade de ação. De um lado, coloca-se quem acredita no amor, na justiça e no perdão. De outro, posiciona-se quem se entrega ao egoísmo, à injustiça e à violência. Não existe conciliação possível entre estes dois projetos de vida. É ingênuo e inútil pretender juntá-los a qualquer custo, pois são inconciliáveis.
Pode acontecer que, numa mesma família, o pai faça sua opção pelo Reino e o filho não, a mãe sim e a filha não, a sogra sim e a nora não, ou vice-versa. Assim, se estabelece uma divisão irremediável dentro da família, por causa do Reino. Este não une, ao contrário, desune. Não pode acontecer, porém, que o pai pactue com a maldade do filho, ou a mãe ceda ao egoísmo da filha e, ainda, a sogra concorde com a injustiça da nora, ou vice-versa, só para não desagradar. As exigências do Reino colocam-se acima dos laços familiares.
Oração
Senhor Jesus, que eu saiba colocar o Reino e suas exigências acima do afeto familiar, de modo a não pactuar com nada que se lhe oponha.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor e vos servir de todo o coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


24 de Outubro de 2014

Lc 12,54-59

Comentário do Evangelho

A fé cristã é iluminação.

A fé cristã é iluminação. Como tal, ela exige discernimento, saber distinguir o que é de Deus do que não é. Os sinais de Deus estão mesclados com outros tantos sinais, por isso a necessidade de uma atitude espiritual que busque compreender o tempo em que se está. Na pessoa mesma de Jesus é que se realiza o “hoje” da salvação (Lc 4,21). A crítica que Jesus faz, dirigindo-se às multidões, tem como tema a dificuldade dos seus contemporâneos, e dos homens de todos os tempos, de reconhecer a graça do tempo presente, pois os sinais do “novo céu e da nova terra” já irromperam em meio às vicissitudes do tempo, pela encarnação do Filho unigênito de Deus, e chegarão à luz com o clarão da ressurreição do Senhor. Esse novo tempo, que é preciso discernir e compreender, é tempo de reconciliação; para tal são necessários iniciativa e esforço (v. 58). É fundamental renunciar à hipocrisia, pois o novo tempo, o tempo da salvação, o tempo do testemunho, engaja integralmente o discípulo no testemunho de Cristo. É preciso superar a pura aparência e fazer a Páscoa do exterior ao interior, ou seja, da aparência a uma profunda e verdadeira conversão.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, corrige a negligência que me impede de entregar-me inteiramente a ti, sem demora. Torna-me hábil para as coisas do teu Reino!
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Devemos saber reconhecer o tempo em que estamos vivendo. Vivemos os últimos tempos, o tempo pós-pascal. Tempo de edificação do Reino de Deus na história dos homens. Tempo de fazer com que o mistério da cruz e da ressurreição produzirem frutos de fraternidade, justiça e solidariedade. Tempo de presença do Espírito Santo na vida de todos, tempo de crescimento no amor e na verdade. Tempo de reconciliação, de construção da paz e da vida nova. Tempo de sentir os apelos do reino que se manifestam na história, apelos para nos comprometermos com os pequenos, apelos para celebrarmos o Deus atuante na história.
FONTE: CNBB

Recadinho

Jesus censura os homens que se gabavam de entender de tudo, mas eram cegos, não viam as necessidades do próximo. Procuro estar de olhos abertos e atento às necessidades dos pobres, dos humildes, dos simples? - Sei dar uma nova chance e compreender meu irmão que erra? - Jesus quer ver em nós a misericórdia! Sou brando e pacífico? - Tenho doçura no coração? - Meu exterior revela o que vai em meu íntimo? Eliminemos o fel de nossa vida. Tenhamos mansidão e caridade! “Perdoai... assim como nós perdoamos...” (Em que arapuca nos metemos!)
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 – santuário-nacional

Comentário do Evangelho

O DISCERNIMENTO URGENTE

A sabedoria cristã aconselha os discípulos do Reino a se colocarem numa situação de discernimento urgente e contínuo. E mais: a tirar dele conseqüências práticas. Certo de que o Senhor vem, o cristão jamais se deixará levar pela loucura de entregar-se a um projeto de vida mundano, que lhe oferece prazeres efêmeros. Antes, será perseverante no caminho do amor, seguro do fim que lhe espera.A exigência de discernimento indica que o Senhor não aceitará falsas desculpas de quem for excluído do Reino. Quem não se decide seriamente, não terá como se justificar diante do Senhor. É sempre possível saber o que é justo e corresponde ao projeto do Reino. Basta que o cristão, com a graça de Deus, se empenhe.A parábola da reconciliação, antes do processo, alude à urgência do discernimento e da decisão. Se não se chega a um acordo, enquanto os adversários estão a caminho do tribunal, o culpado será punido na certa. O bom senso recomenda não perder a chance. O discípulo de Jesus vê-se como se estivesse sempre diante da última oportunidade de aderir integralmente ao Reino e conformar sua vida com ele. Adiar esta decisão pode ser fatal. O tempo urge e o cristão não pode se dar ao luxo de agir como se tivesse um longo tempo pela frente. A prudência recomenda decidir-se já.
Oração
Senhor Jesus, faze-me viver consciente de que urge entregar-me integralmente ao Reino e conformar minha vida com ele.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor e vos servir de todo o coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


25 de Outubro de 2014

Lc 13,1-9

Comentário do Evangelho

Jesus vai semeando vida.

Subindo para Jerusalém, Jesus se encontra com uma grande diversidade de pessoas e de situações. Para ele, é ocasião de instruir os seus discípulos. Caminhando para a sua morte, ele vai semeando a vida em todos os que encontra. A perícope do evangelho proposta para hoje é própria a Lucas. Independentemente da dificuldade de verificar historicamente os fatos evocados no relato, o importante é o valor da interpelação que os fatos suscitam, a saber, a conversão. A morte dos galileus e a dos habitantes de Jerusalém é um convite à conversão e ao reconhecimento do tempo presente como tempo da visita salvífica de Deus. Para a tradição rabínica, a figueira é símbolo do estudo da Torá. Ela está plantada na vinha, assim como a Torá está plantada no coração do povo de Israel. O fruto da meditação da Lei deveria ser a conversão. No entanto, na interpretação de Jesus, isso não aconteceu. A figueira estéril pode, assim, ser símbolo da infidelidade do povo que não internalizou a Lei de Deus. Ela será, então, cortada e arrancada do meio da vinha? Não! Deus não desiste facilmente do seu povo. Ele continua confiando no fruto a ser dado e colhido. A parábola acentua a bondade de Deus e afirma que a maldade humana não impede Deus de ser bom.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que a minha vida seja uma contínua busca de comunhão contigo, por meio de um arrependimento sincero e de minha conversão urgente para ti.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Quem vive na graça de Deus tem a vida dentro de si. Ao contrário, a paga do pecado é a morte. Esta verdade deve sempre estar presente em nossas mentes, a fim de que possamos, apesar dos nossos pecados, buscar a verdadeira vida que vem de Deus. A partir dessa consciência, devemos procurar constantemente a conversão, a busca da santidade, a coerência da nossa vida com a fé que professamos. O Evangelho de hoje nos mostra que Deus tem paciência conosco e, por meio da sua graça, está sempre contribuindo para a nossa conversão e para a nossa santificação, mas é necessário que também nós procuremos fazer a nossa parte.
FONTE: CNBB

Recadinho

Os males deste mundo servem para nos despertar sobre a brevidade desta vida. Eu penso nisso? - Se não produzimos frutos do bem, estamos ocupando espaço inutilmente! Faço bom uso de meus talentos para produzir frutos? - Há muitos que são verdadeiros parasitas, levam uma vida medíocre! Coloco-me diante de Deus questionando meu modo de viver? - Foi pedida mais uma oportunidade para a figueira! Estou nesta situação de ter que pedir uma nova oportunidade a Deus? - Como entendo a palavra tão forte que é “conversão?”
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 – santuário-nacional

Comentário do Evangelho

A PENITÊNCIA NECESSÁRIA

Baseado em fatos conhecidos dos discípulos, Jesus exortou-os a não se considerarem isentos da necessidade de fazer penitência. A condição de discípulos poderia dar-lhes uma falsa segurança e levá-los a se considerarem perfeitos. Portanto, com a salvação garantida.
Por mais decidida que seja a entrega do discípulo ao Reino, ela tenderá sempre a ser precária. Além disso, a linha que delimita as fronteiras entre a fidelidade e a infidelidade é muito tênue. A passagem de um lado para outro acontece com facilidade. Só o discípulo insensato tem a pretensão de se considerar plenamente fiel e senhor de uma decisão intocável pelo Reino. Por isso, recomenda-se não excluir a penitência, pois ela manifesta a disposição de não acomodar-se no empenho de ser sempre mais fiel ao Senhor.
A exclusão da penitência pode tornar estéril a vida do discípulo. Seu orgulho não lhe permitirá agir de forma compatível com o Reino. Ele não produzirá os frutos de amor e justiça esperados pelo Senhor. Não se sentido pecador, colocar-se-á na condição de juiz do próximo e será incapaz de reconhecer a malícia de sua ação.
Jesus age com paciência em relação aos discípulos que se julgam dispensados de fazer penitência. Entretanto, a paciência tem seus limites. Chegará a hora em que se confrontarão com o Senhor e não terão como se justificar.
Oração
Senhor Jesus, que eu saiba reconhecer minha condição de pecador e expressar, pela penitência, minha disposição de ser fiel a ti.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, Pai de misericórdia, que fizestes do santo Antônio de Santana Galvão um instrumento de caridade e de paz no meio dos irmãos, concedei-nos, pó sua intercessão, favorecer sempre a verdadeira concórdia.
FONTE: dom total


26 de Outubro de 2014

Mt 22,34-40

Comentário do Evangelho

O amor como fundamento da Lei.

A liturgia da palavra deste domingo é dominada pelo tema da Lei, enquanto expressão do cuidado de Deus para com toda a humanidade e do cuidado que cada um deve ter para com o seu semelhante. A Lei de Deus é dom oferecido como caminho para a vida, para a santidade e para a liberdade. A Lei foi dada por Deus ao seu povo para que ele preservasse o dom da vida e da liberdade; para que nunca mais o povo caísse na escravidão.
A pergunta do fariseu, doutor da Lei, acerca do primeiro dos mandamentos tem por finalidade pôr Jesus à prova, testar seu conhecimento e sua ortodoxia na interpretação da Lei. Mas não podemos descartar a hipótese de que os fariseus, ante a enorme quantidade de preceitos que deviam observar de modo irrepreensível (613 preceitos), já não soubessem mais, se é que um dia compreenderam, qual era o maior mandamento, ou seja, qual o mandamento que fundamenta todos os demais; qual era aquele mandamento que diante de um conflito entre dois deles nada pode substituí-lo ou ter precedência (cf. Lc 10,25-37). Na sua resposta, Jesus une de modo indissolúvel dois mandamentos: amor a Deus e amor ao próximo. O amor ao próximo é a consequência natural do verdadeiro amor a Deus. Esse dois mandamentos, considerados unitariamente, são o fundamento da Lei. Na origem da Lei de Deus, está o seu amor e a sua compaixão pelo ser humano que Ele criou. Em todos os demais mandamentos da Lei deve estar presente o mandamento do amor, inclusive como critério para observar ou não um determinado preceito. Quem cumpre o mandamento do amor cumpre plenamente a Lei e os profetas. O amor tira todo rancor e amargura; é o amor que dá sentido a tudo, que faz com que tudo tenha gosto; é o amor que nutre o desejo de viver. O amor a Deus e ao próximo se torna, em Jesus Cristo, um modo de viver. Somente amando podemos ser verdadeira e profundamente felizes e cristãos. O amor a Deus e ao próximo é uma força de vida que nos faz viver uma Páscoa permanente da saída do eu para a entrega generosa, gratuita, a Deus e ao próximo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que o meu amor a ti se manifeste na solidariedade para com o meu próximo. E que a comunhão com o meu próximo expresse meu profundo amor por ti.
FONTE: PAULINAS

Recadinho

Tenho consciência de que tudo aquilo que faço é fruto do que vai em meu coração? - Amo a Deus que me chama para junto dele ou faço de Deus alguém que quer barrar minha liberdade? - Estou convencido de que caridade se dá em primeiro lugar com o coração e só depois  com as mãos? - Posso com tranquilidade exigir que façam a mim o que faço para meu próximo? - Meu viver é um espelho da bondade e misericórdia de Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 – santuário-nacional

Comentário do Evangelho

A CENTRALIDADE DO AMOR

Os mestres da Lei e os fariseus davam a todos os mandamentos a mesma importância. Parecia-lhes ser uma falta de respeito classificá-los segundo diferentes graus de importância. Se todos correspondiam à vontade de Deus, deveriam ser levados igualmente a sério e vividos com a mesma intensidade.
Acontece que os mandamentos foram maximamente multiplicados, a ponto de se tornarem um emaranhado de normas e prescrições. Por outro lado, até mesmo coisas irrelevantes eram objeto de prescrições legais, de forma colocar a vida diária numa espécie de camisa de força legalista.
Com este pano de fundo, entende-se a pergunta levantada pelo mestre da Lei a respeito do "maior mandamento". Embora sua intenção fosse fazer Jesus cair numa armadilha, ele compreendia que os mandamentos não tinham todos igual valor. 
A resposta de Jesus apela para o amor a Deus e o amor ao próximo, como resumo de todos os mandamentos. "Deles decorre toda a Lei, assim como os profetas." Eles são a chave de interpretação de toda a Bíblia, onde as coisas só têm sentido se conduzem ao amor. Somente quem ama está em condições de compreender os ensinamentos bíblicos. O motivo é simples: apenas o amor coloca o ser humano em perfeita sintonia com o Deus da Bíblia.
Oração
Espírito de amor, que minha vida esteja toda centrada no amor a Deus e ao próximo, decorrendo, daí, todo o meu querer e meu agir.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o que ordenais para conseguirmos o que prometeis. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


27 de Outubro de 2014

Lc 13,10-17

Comentário do Evangelho

Deus quis que a memória das feridas e sofrimentos impedisse o povo de perder a humanidade.

A cura da mulher curvada em dia de sábado, na sinagoga, é ocasião para discussão sobre o descanso sabático. A cura da mulher é dita com os verbos no passivo; trata-se do passivo divino, o que indica que Jesus e, com ele, o narrador do evangelho vêm na cura a obra de Deus. A reação da mulher, que se põe a glorificar a Deus, mostra que ela interpreta o acontecimento da mesma maneira. A menção ao longo período da enfermidade da qual a mulher sofria e o imediatismo de sua cura visam mostrar o poder da palavra de Jesus e revelam que ele é verdadeiro profeta, homem poderoso em gestos e palavras. A causa da fúria do chefe da sinagoga é o fato de Jesus ter realizado a cura no dia de sábado. No entanto, não é a Jesus que ele se dirige, mas à multidão. Com isso, o narrador quer mostrar a hipocrisia dele. Jesus ensina a verdadeira finalidade do repouso sabático: libertando Israel da casa da servidão, Deus quis que a memória das feridas e sofrimentos impedisse o povo de perder a humanidade, outro nome da bondade. Por isso, Jesus disse que era preciso que fosse curada em dia de sábado.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu saiba dar ao amor ao próximo a devida primazia, não submetendo este mandamento a preceitos secundários que me impedem de descobrir a tua verdadeira vontade.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Quando o valor material está em jogo em uma determinada situação, ninguém duvida sobre a necessidade de uma ação, pois tudo é permitido para evitar a perda material. Mas quando o valor é a pessoa humana, tudo é muito complicado. Não se pode agir por uma série de motivos como proibições legais, necessidade de uma melhor organização, haverá melhores oportunidades, não é assim que se fazem as coisas e uma série de outros argumentos. Tudo isso nos mostra que nos nossos tempos, os valores não são diferentes dos do tempo de Jesus. Nos mostra também que não vivemos plenamente o Evangelho, pois amamos mais o dinheiro do que os nossos irmãos e irmãs.
FONTE: CNBB

Recadinho

Mesmo em caso de doença, procuro ser sadio de coração? - Procuro estar atento para não agir com hipocrisia? - Elogio o bem que meu próximo realiza ou sou daqueles que vivem em busca de falhas para criticar? - O que mais espalho, o bem ou o mal? - Procuro ser compreensivo e misericordioso para com todos?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 – santuário-nacional

Comentário do Evangelho

LIVRE DA OPRESSÃO

A mulher doente, que Jesus encontrou numa sinagoga, em dia de sábado, era a imagem viva do ser humano oprimido. Ela vivia encurvada, sem poder erguer-se.
Toda doença, na mentalidade da época, era entendida como resultado da ação do Demônio sobre o ser humano. Portanto, a doença crônica desta mulher era interpretada como um enorme fardo imposto sobre ela por forças demoníacas. 
A dupla opressão dessa criatura - mulher e doente - tocou a sensibilidade de Jesus, que tomou a iniciativa de curá-la, ou seja, libertá-la do poder do Demônio. Sem precisar ser solicitado, Jesus a resgatou das garras de Satanás, assumiu suas dores e se pôs a seu lado, na luta contra o inimigo da natureza humana.
A reação espontânea da mulher mostrou como tinha entendido perfeitamente o que lhe acontecera. Dando glória a Deus pelo benefício recebido, ela reconheceu que o próprio Deus havia agido nela, por meio de Jesus. Por conseguinte, este era o Messias esperado, portador da salvação prometida. Finalmente, o ser humano via-se livre do poder do Mal.
A cura realizada por Jesus irritou o chefe da sinagoga. Esse valorizava tanto o repouso sabático a ponto de imaginar que, quem já sofria, há dezoito anos, de uma doença, podia esperar um pouco mais para ser curada. Bem outro foi o pensamento de Jesus!
Oração
Senhor Jesus, liberta-me do jugo que o pecado me impôs. Desta forma, me verei livre do peso que me mantém encurvado, impedindo-me de caminhar ereto para junto de ti.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o que ordenais para conseguirmos o que prometeis. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total


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