sexta-feira, 18 de agosto de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 18/08/2023

ANO A


Mt 19,3-12

Comentário do Evangelho

por causa da dureza do vosso coração”

A perícope sobre o divórcio, em Mateus, está construída sobre a de Marcos 10,1-12. Tanto num como noutro evangelista, o tom é de controvérsia: trata-se de “pôr Jesus à prova” (Mt 19,3; Mc 10,2).
Como Deuteronômio 24,1-4 não especificava claramente por que motivo o marido poderia dar à sua esposa uma carta de divórcio, deixava espaço para interpretações diferentes e divergentes. Jesus defende com clareza a indissolubilidade do matrimônio, recorrendo ao projeto original de Deus (Mt 19,4-6; Gn 1,27; 2,24; 5,2). O projeto original de Deus impede o repúdio: “... o que Deus uniu, o homem não separe” (v. 6).
À pergunta do porquê da prescrição de Moisés, Jesus responde: “por causa da dureza do vosso coração” (v. 8), isto é, da incapacidade de compreender e pôr em prática os mandamentos de Deus, da resistência de amar verdadeiramente. Uma única exceção é feita por Jesus: em caso de “união ilícita” (v 9), ou seja, em casos de consanguinidade, por exemplo (ver: Lv 18).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, infunde nos casais cristãos o desejo de experimentarem a santidade do matrimônio, porque tu és a causa e a razão da comunhão que existe entre eles.
Fonte: Paulinas em 16/08/2013

Vivendo a Palavra

O homem não deve separar o que o Deus uniu. Deus – que é Amor – une em matrimônio dois corpos, corações, mentes e almas numa relação santa. Torna-se adúltero quem expõe essa relação pura ou introduz nela sentimentos, sensações, pensamentos ou desejos que traem a prometida fidelidade mútua.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/08/2013

VIVENDO A PALAVRA

O homem não deve separar o que o Deus uniu. Deus – que é Amor – une em matrimônio dois corpos, dois corações, duas mentes e duas almas numa relação santa. Torna-se adúltero quem expõe essa relação pura às luzes permissivas do mundo, ou introduz nela sentimentos, sensações, pensamentos e desejos que traem a prometida fidelidade mútua.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/08/2019

Reflexão

Quem comete adultério, peca duas vezes. O primeiro pecado é o da fornicação, do desrespeito da pessoa do outro ou da outra como templo do Espírito Santo, o que se constitui em profanação do sagrado, da propriedade divina pela consagração batismal. O segundo pecado é contra o vínculo matrimonial, é o rompimento de uma promessa que foi feita diante de Deus e da Igreja. E a causa de tão grave pecado encontra-se na dureza do próprio coração, que não é capaz de abrir-se à graça divina e aos verdadeiros valores e se torna escravo da luxúria, fazendo dela o verdadeiro deus da própria vida.
Fonte: CNBB em 16/08/2013

Reflexão

Jesus contesta a sociedade permissiva de seu tempo e recorda aos discípulos o desígnio do Criador: Deus criou o homem e a mulher para um matrimônio indissolúvel. O casamento baseia-se no amor forte que rompe os laços com os pais e deixa o casal totalmente livre para construir nova família. Se houve alguma concessão por parte de Moisés, era apenas um remendo no projeto original de Deus, e a separação era permitida por causa da insensibilidade humana ao amor. Mais que procurar motivos para se divorciar, o casal cristão deve encontrar motivos para unir-se ainda mais. O não casar, isto é, o celibato, se justifica quando for assumido em função do Reino de Deus. Em outras palavras, a pessoa acolhe o celibato como dom de Deus, a fim de entregar-se completamente à causa da justiça.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 16/08/2019

Reflexão

Jesus contesta a sociedade permissiva de seu tempo e recorda aos discípulos o desígnio do Criador: Deus criou o homem e a mulher para um matrimônio indissolúvel. O casamento baseia-se no amor forte que rompe os laços com os pais e deixa o casal totalmente livre para construir nova família. Se houve alguma concessão por parte de Moisés, era apenas um remendo no projeto original de Deus, e a separação era permitida por causa da insensibilidade humana ao amor. Mais que procurar motivos para se divorciar, o casal cristão deve encontrar motivos para unir-se ainda mais. O não casar, isto é, o celibato, se justifica quando for assumido em função do Reino de Deus. Em outras palavras, a pessoa acolhe o celibato como dom de Deus, a fim de entregar-se completamente à causa da justiça.
Oração
Senhor e Mestre, quanto ao divórcio, esclareces que  Deus criou homem e mulher para se unirem e serem “uma só carne”. E arrematas: “O que Deus uniu o homem não separe”. E admites que há pessoas que não se casam com vista a dedicar-se mais livre e intensamente ao Reino de Deus. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 13/08/2021

Reflexão

Jesus contesta a sociedade permissiva de seu tempo e recorda aos discípulos o desígnio do Criador: Deus criou o homem e a mulher para um matrimônio indissolúvel. O casamento baseia-se no amor forte que rompe os laços com os pais e deixa o casal totalmente livre para construir nova família. Se houve alguma concessão por parte de Moisés, era apenas um remendo no projeto original de Deus, e a separação era permitida por causa da insensibilidade humana ao amor. Mais que procurar motivos para se divorciar, o casal cristão deve encontrar motivos para unir-se ainda mais. O não casar, isto é, o celibato, se justifica quando for assumido em função do Reino de Deus. Em outras palavras, a pessoa acolhe o celibato como dom de Deus, a fim de entregar-se completamente à causa da justiça.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe»

Fr. Roger J. LANDRY
(Hyannis, Massachusetts, Estados Unidos)

Hoje, Jesus responde às perguntas dos seus contemporâneos sobre o verdadeiro significado do matrimônio, ressaltando a indissolubilidade do mesmo.
Sua resposta, no entanto, também proporciona a base adequada para que nós, cristãos, possamos responder a aqueles cujos corações teimosos os obrigam a procurar a ampliação da definição de matrimônio para os casais homossexuais.
Ao fazer retroceder o matrimônio ao plano original de Deus, Jesus ressalta quatro aspectos relevantes pelos quais só se pode unir em matrimônio a um homem e uma mulher:

1) «O Criador, desde o início, os fez macho e fêmea» (Mt 19,4). Jesus nos ensina que, no plano divino, a masculinidade e a feminilidade têm um grande significado. Ignorar, pois, é ignorar o que somos.

2) «Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher» (Mt 19,5). No plano de Deus não é que o homem abandone os seus pais e vá embora com quem ele queira, mas sim com uma esposa.

3) «De maneira que já não são dois, e sim uma só carne» (Mt 19,6). Esta união corporal vai mais além da pouco duradoura união física que ocorre no ato conjugal. Refere-se à união duradoura que se apresenta quando um homem e uma mulher, através do seu amor, concebem uma nova vida que é o matrimônio perdurável ou união dos seus corpos. Logicamente, que um homem com outro homem, ou uma mulher com outra mulher, não pode ser considerado um único corpo dessa maneira.

4) «Pois o que Deus uniu, o homem não separe» (Mt 19,6). Deus mesmo uniu em matrimônio ao homem e à mulher e, sempre que tentamos separar o que Ele uniu, estaremos fazendo por nossa própria conta e por conta da sociedade.

Em sua catequese sobre Gênesis, o Papa João Paulo II disse: «Em sua resposta aos fariseus, Jesus Cristo comenta aos interlocutores a visão total do homem, sem o qual não é possível oferecer uma resposta adequada às perguntas relacionadas com o matrimônio».
Cada um de nós está chamado a ser o eco desta Palavra de Deus em nosso momento.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «A estatura e os hábitos do homem podem mudar, mas a sua natureza continua idêntica e a sua pessoa é a mesma» (São Vicente de Lerins)

- «Na narração bíblica surge a ideia de que o homem é de alguma forma, incompleto, constitutivamente no caminho para encontrar no outro a parte complementária para a sua integridade, quer dizer, a ideia de que apenas na comunhão com o outro sexo se pode considerar “completo”» (Bento XVI)

- «A estima pela virgindade por amor do Reino e o sentido cristão do matrimônio são inseparáveis e favorecem-se mutuamente» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.620)

Reflexão

Sexualidade e matrimônio: são algo sagrado!

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, com o Evangelho, contemplamos a sexualidade como uma realidade central da criação. A diversidade sexual e o matrimônio (onde os esposos se doam mutuamente na sua distinção sexuada) são algo sagrado. Não é mero acaso que: 1. Deus altere a sua linguagem (“fala” na primeira pessoa do plural) quando se dispõe a criar o homem (“Façamos o homem à nossa semelhança”); 2. Cristo dignifique o matrimônio com a categoria de sacramento e assista a uma boda no início do seu ministério.
A palavra de Deus confirma esta tradição da Igreja. Além disso, lemos no “Gênesis” que Deus nos criou à sua imagem, fazendo-nos “homem” e “mulher”. Quando duas pessoas se entregam mutuamente e, juntas, dão vida aos filhos, o sagrado também fica atingido: cada pessoa alberga o mistério divino. Assim, a convivência de homem e mulher também se insere no religioso, no sagrado, na responsabilidade perante Deus.
—Deus-Criador: tu és o “nós divino” que inspira e guia o “nós humano” (matrimônio).

Reflexão

O homem esteja “incompleto”, constitutivamente a caminho a fim de encontrar no outro a parte que falta para a sua totalidade

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, Jesus explica que a narração bíblica da criação fala da solidão do primeiro homem, Adão, querendo Deus pôr a seu lado um auxílio. Dentre todas as criaturas, nenhuma pôde ser para o homem aquela ajuda de que necessita, apesar de ter dado um nome a todos os animais selvagens, integrando-os assim no contexto da sua vida. Então, de uma costela do homem, Deus plasma a mulher...
Na base desta narração, é possível entrever concepções semelhantes às que aparecem no mito referido por Platão, segundo o qual o homem originariamente era esférico, porque completo em si mesmo e auto-suficiente. Mas, como punição pela sua soberba, foi dividido ao meio por Zeus, de tal modo que agora sempre anseia pela outra sua metade e caminha para ela a fim de reencontrar a sua globalidade.
—Na narração bíblica, não se fala de punição; porém, a ideia de que o homem de algum modo esteja incompleto, constitutivamente a caminho a fim de encontrar no outro a parte que falta para a sua totalidade.

Reflexão

À imagem do Deus monoteísta corresponde o matrimônio monogâmico

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, vemos que só na comunhão com o outro sexo, o homem possa tornar-se “completo”: o “eros” (amor-paixão) está de certo modo enraizado na própria natureza do homem. Adão anda à procura e “deixa o pai e a mãe” para encontrar a mulher (cf. Gn 2,23-24); só no seu conjunto é que representam a totalidade humana, tornam-se “uma só carne”.
O segundo aspecto: numa orientação baseada na criação, o “eros” impele o homem ao matrimônio, a uma ligação caracterizada pela unicidade e para sempre. Deste modo, e somente assim, é que se realiza a sua finalidade íntima. À imagem do Deus monoteísta corresponde o matrimônio monogâmico. O matrimônio baseado num amor exclusivo e definitivo torna-se o ícone do relacionamento de Deus com o seu povo e, vice-versa, o modo de Deus amar torna-se a medida do amor humano.
—Esta estreita ligação entre “eros” e matrimônio na Bíblia quase não encontra paralelos literários fora da mesma.

Meditação

- O que você pode fazer para o bem do seu casamento? - Qual deve ser o modo de agir de sogros e sogras na educação dos netos? - E no campo de interferências? - E no que se refere a autoridade e privacidade? - Pense num exemplo de alguém que não se casou para se dedicar mais e melhor ao serviço do reino de Deus.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 16/08/2013

Meditação

Jesus dissera que o compromisso de amor matrimonial não pode ser rompido. Os discípulos espantam-se com essa doutrina e com a seriedade do amor. Jesus deixa claro que aceitar esse modo de pensar só é possível para quem recebe o dom da fé. Essa fidelidade ao amor, prometido muitas vezes, pode exigir de alguém os maiores sacrifícios para não se afastar do Reino de Deus. O amor é eternamente indissolúvel.
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos, para alcançarmos um dia a herança que prometestes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário sobre o Evangelho

O casamento implica amar com um coração nobre e generoso


Hoje, alguns fariseus querem preparar uma armadilha a Jesus. Mas, quanto ao tema do divórcio não se brinca. A dureza de coração, quer dizer, o egoísmo acaba por aprovar o divórcio. Um coração nobre não precisa de divórcios!
- Uma vez que Jesus não admite brincadeiras com o matrimônio, dá-nos uma norma para elevar o nível: se um marido não ama a sua mulher (ou vice-versa) com coração nobre e generoso, também comete adultério (está a abusar da outra pessoa).

Meditando o evangelho

A SANTIDADE DO MATRIMÔNIO

A questão levantada pelos fariseus expressava a mentalidade da época que legitimava o divórcio.
Em geral, a decisão era tomada pelo marido, sem que a mulher tivesse o direito de se defender. Os rabinos discutiam acerca dos motivos que o marido podia alegar para mandar embora sua esposa.
As duas principais escolas defendiam posições diferentes: uma, mais rigorista, exigia um ato de infidelidade da mulher; outra, mais laxista, ensinava bastar motivos triviais para que o marido pudesse repudiar sua esposa.
Jesus se recusa a tomar partido na discussão de escolas, antes proclama a santidade do matrimônio, apelando para o projeto original de Deus ao criar o ser humano. Com isto, condena a mentalidade divorcista e declara inúteis as discussões a respeito dos motivos que levam ao divórcio.
No projeto de Deus, pelo matrimônio o homem está de tal forma unido à sua mulher a ponto de formar "uma só carne". Esta expressão revela a profundidade da comunhão que o matrimônio estabelece entre os cônjuges. Separá-los seria dividir em dois o corpo humano. Coisa impensável!
Portanto, os discípulos do Reino devem precaver-se contra a profanação do matrimônio. É loucura querer destruir a obra de Deus. Aos casais cristãos, a responsabilidade de conservar essa união!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, infunde nos casais cristãos o desejo de experimentarem a santidade do matrimônio, porque tu és a causa e a razão da comunhão que existe entre eles.
Fonte: Dom Total em 16/08/2019

Comentários do Evangelho

1 - Moisés permitiu despedir a mulher, por causa da dureza do vosso coração

Moisés permitiu despedir a mulher, por causa da dureza do vosso coração. Mas foi assim desde o início.

A lei judaica permitia ao homem repudiar sua mulher, se encontrasse nela “algo vergonhoso” (Dr 24,1). Nos tempos de Jesus existia uma forte controvérsia entre escolas: a rabínica de Hillel, interpretava que o homem podia repudiar a mulher por coisas triviais; a escola de Gamaliel considerava que somente por infidelidade a mulher poderia ser despedida.
Os fariseus querem saber a opinião de Jesus, que, passando por alto o Gênesis, proclama o principio criador e igualitário entre o homem e a mulher. Deus quer que o homem e a mulher vivam unidos e se respeitem mutuamente. O texto de hoje é reflexo de uma legislação e uma prática machistas. Jesus toma partido pela unidade e também pela mulher, excluída na tomada de qualquer decisão. Somente o homem tinha o direito a repudiar.
A luta não é entre o homem e a mulher. O chamado de Jesus é à unidade criadora e igualitária no compromisso de construir, como casal, um projeto de vida respeitoso e duradouro. Contudo, são muitas as práticas machistas que discriminam a mulher na família, nas igrejas e na vida social.
Claretianos

2 - Uma só carne

"O homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne"
Quem casa quer casa longe da casa onde casa. É um ditado que se refere à independência que o casal de jovens deve ter em relação aos pais, porque muitos casamentos já foram desfeitos pelos pais dos cônjuges, principalmente pela sogra.  Aí é que está o "x" da questão. A sogra, salvo casos especiais, não tem a menor intenção de prejudicar os recém-casados. Tudo ela faz com a melhor das intenções, isto é, só para ajudar aqueles jovens inexperientes em matéria de convivência a dois. Mais para o casal, as atitudes da sogra em relação a eles, não passam de interferências, ou intrometimentos, que tiram a sua liberdade, e a sua autoridade com relação aos filhos, e até interrompe a sua privacidade.  É uma situação complicada e geradora de brigas fatais entre os dois, porque se o marido reclama das interferências da sogra na vida dele, a esposa se ofende porque está falando da sua querida mãe. Do mesmo modo, por sua vez, o marido fica aborrecido quando a mulher reclama da sogra que é a mãe dele. E por aí vão as brigas que se avolumam a ponto de causar uma separação. Certa vez tive a honra de ser convidado para o casamento de um conceituado e bem sucedido empresário, da minha cidade, e no final da cerimônia, o sacerdote chamou as mães dos recém-casados até o altar, e mandou que as duas repetissem em voz alta, que não iriam se intrometer na vida dos dois. Todos os presentes levaram aquela cena na esportiva, e muitos até elogiaram a atitude daquele padre, principalmente quem já teve ou estava tendo algum tipo de aborrecimento por causa da sogra.  Está aqui uma bela sugestão aos celebrantes de casamentos: Convidar as sogras para fazer um juramento no altar, diante de Deus, que vão deixar os dois jovens viverem a sua vida, formando uma só carne. E por formar uma só carne, se entende que a partir do altar, o corpo de um passa a pertencer ao corpo do outro, o que não dá o direito nem a esse nem àquele de ter nenhuma aventura com o seu corpo fora do seu compromisso de casamento celebrado pelo ministro de Deus na presença e com o consentimento de Deus e tendo a sociedade local como testemunha. É Por isso que  o que Deus uniu, o homem ou a mulher não devem separar. E é bom lembrar que neste mandamento de Jesus  está incluída a sogra também.
Maria, mãe da Sagrada Família. Rogai a Jesus pelas nossas famílias. Para que haja paz, amor, união, compreensão  e principalmente a presença de Deus em todas elas. Amém.
Sal

3 - “a integridade do matrimonio”

- 1a. Leitura – Josué 24, 1-13 – “retrospectiva de vida”.

Por meio de Daniel Deus recorda ao Seu povo a trajetória de vida dos seus pais, desde Abraão, Isaac e Jacó, sua entrada e saída da escravidão do Egito. Dá-lhe consciência de todas as maravilhas e prodígios realizados por Ele na travessia do deserto até a chegada a Jericó, terra prometida. Tudo o que possuíam lhes foi dado por Deus, terra, cidades, plantações e frutos numa demonstração de que Ele providencia o essencial para todas as necessidades. Se nós também fizéssemos o exercício de olhar para trás e enxergar a trajetória da nossa vida, da vida da nossa família, de todos os acontecimentos da nossa história, iríamos, com certeza, perceber que a cada instante, e em toda a dificuldade, a mão de Deus esteve sobre nós. A nossa história não começou em nós, nem tampouco irá terminar conosco. Antes de nós existiram os nossos ancestrais com quem Deus fez uma Aliança de Amor. Josué reuniu as tribos de Israel para que tomassem conhecimento de toda a sua história. Assim também nós poderíamos fazer quando nos reunimos em família: recordar para os mais jovens o nosso itinerário de vida dando a eles testemunho da providencia do Senhor. Esta, com certeza, é uma maneira segura de passarmos para as futuras gerações a nossa experiência, que lhes serviria como aprendizado. Que nós possamos perceber como este trecho se torna atual na nossa vida! - Faça uma retrospectiva da vida da sua família e da sua comunidade e anote o que “os seus olhos veem”.- O que você terá para contar aos seus filhos e netos? Registre tudo. Você precisa escrever a sua história.

- Salmo 135 – “Eterna é a sua misericórdia!”

O amor de Deus é eterno porque é constante e nunca se acaba. Em qualquer situação que nós estejamos, mesmo em pecado, Deus nos ama e espera por nós. A misericórdia é uma característica deste amor infinito. Por Amor foi que Jesus deu a vida por nós e é com Amor que Ele espera pacientemente que nós reconheçamos a sua bondade infinita. Demos graças ao Senhor, porque ele é bom!

- Evangelho – Mateus 19, 3-12 – “a integridade do matrimonio”

“Cada matrimônio é certamente fruto do livre consenso do homem e da mulher, mas a sua liberdade traduz em ato a capacidade natural inerente à sua masculinidade e feminilidade. A união realiza-se em virtude do desígnio do próprio Deus, que os criou homem e mulher, dando-lhes o poder de unir para sempre aquelas dimensões naturais e complementares das suas pessoas. A indissolubilidade do matrimônio não deriva do compromisso definitivo dos contraentes, mas é intrínseca à natureza do "poderoso vínculo estabelecido pelo Criador" (João Paulo II, Catequese de 21 de Novembro de 1979, n. 2).
O que mantém a integridade do matrimônio são a reciprocidade, a amizade, e a vivência de um mesmo ideal em conformidade com a Palavra de Deus. Deus faz aliança com o homem e a mulher para perpetuar a espécie, não apenas procriando, mas difundindo o Seu amor no mundo e deu a esse homem e a essa mulher o encargo de se unirem para povoar a terra e nela espalhar a semente do Seu amor, por meio dos filhos que gerarem. Por isso, Jesus recusa ver o matrimônio a partir de permissões ou restrições legalistas. Ele reconduz o matrimônio ao seu sentido fundamental: aliança de amor e, como tal, abençoada por Deus, e com vocação de eternidade. Marido e mulher são igualmente responsáveis por uma união que deve crescer sempre. No entanto, Jesus mesmo é quem nos fala: “existem homens incapazes para o casamento”. Nem todos estão preparados para enfrentarem os desafios de uma vida a dois, por isso, percebemos que em muitos casamentos não foi bem aprofundada a questão da complementaridade entre o homem e a mulher. Jesus adverte para que o compromisso seja conscientemente assumido diante de Deus que faz dos dois, uma só carne. “O que Deus uniu o homem não separe”. Esta Palavra deve servir de base para um discernimento muito maior entre aqueles que escolhem a sua vocação. Uma vez unidos, juntos, completados, quem poderá separá-los? - Se você escolheu ou ainda não escolheu sua vocação, o que é que o Espírito lhe revela sobre isso? - Você está certo (a) de que o que Deus une o homem não separa?
Helena Serpa

4 - Qual é a importância do sacramento do matrimônio para nós católicos?

Bom dia!
Qual é a importância do sacramento do matrimônio para nós católicos? Qual é o grau de seriedade que temos por ele? Meus irmãos! Talvez o fato, que ao longo dos anos, o casamento não tenha sido valorizado, seja culpa nossa.
Vemos artistas de TV (modelos de nossa juventude) casando e descasando inúmeras vezes; vemos ainda pessoas empurrando seus filhos para fora de casa; vemos ainda pessoas “escolhendo” maridos e esposas pelo poder aquisitivo, (…); em contra partida também vemos casais se unindo e juntos construindo ou reconstruindo seus sonhos.
Quando casamos, fazemos ou tomamos uma decisão madura: “Sim! É essa pessoa que escolhi e com ela quero construir uma história”! No entanto muitos casais não abraçam a ideia que agora sua família se reduziu a uma pessoa. Não tenho mais mãe e nem pai, tenho agora uma esposa ou um marido. É a ele (a) que tenho que focar meu pensamento, até que um dia essa família volte aos poucos a crescer com a vinda dos filhos. “Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa.”
Quantos casais sucumbem pelo fato de sua família começar com mais gente que o esperado? Não estou dizendo ou falando dos filhos que por ventura às vezes são concebidos, mas sim do não abandono de suas casas. Maridos que insistem em comparar sua esposa com sua mãe, cunhados de ambos os lados, que sugerem como o casal deve se comportar e sem querer acabam causando intrigas; esposas (os) que não desapegam de suas casas fazendo com que essa família almoce e jante na casa dos sogros (…).
Como católicos temos que fazer o possível para não estragar esse sacramento. Mas como? Dando importância a essa instituição sagrada e frágil que é a família.
“(…) porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles”.  (Mateus 18, 20).
“Estragar” ou desvalorizar a instituição família é talvez não reconhecer sua importância para nossa fé cristã. Uma instituição sagrada e também Frágil.
Certo dia em reunião do nosso grupo de discernimento, quando pedíamos a Deus a direção para o trabalho com as famílias, uma de nossas irmãs via um pé de pimenta. Talvez nossas crendices do passado pudessem lembrar-nos do famoso olho-gordo, mas a botânica e a biofísica comprovam que essa planta sofre muito com a influência externa. Sendo assim, casais e futuros casais! Coloquemos Deus em nossas relações diárias. Não nos escondamos Dele; não corramos de sua presença; não vivamos a procura da eterna adolescência; cresçamos juntos, conquistemos juntos, eduquemos juntos, (…)
Quem esta namorando ou procurando, apresente também seu Pai do céu a seu (sua) namorado (a). Não o apresente como aquele da propaganda da MASTERCARD (um urso), mas como alguém que tomará conta de nossas vidas. Se preocupe em mostrar aquilo que Deus te deu e te faz alguém diferente e não uma tatuagem tribal erótica, um piercing no umbigo, músculos (…)
Alexandre Soledade

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 16/08/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Bênção e Compromisso
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Eis aqui um evangelho que seria melhor tirar do Novo Testamento, pois falar sobre ele e a verdade que proclama, é arranjar encrenca até em família. Como é que vamos falar desse evangelho em família se temos um filho ou uma filha, um sobrinho ou neto, que está nesta situação? Na própria comunidade, já vi pregadores da Palavra tentar amenizar a pregação, para não ofender casais em segunda união, levando estes ao desanimo na Fé. Para a pós-modernidade esse ensinamento evangélico é uma velharia do passado, pois hoje em dia não dá mais para se falar em adultério.
Prestemos atenção nessa palavra tão pesada “Adultério”, que significa “Falsa” ou que foi adulterada, mudada, como os ladrões de veículos fazem com o número do chassi, tentam assim, fazer com que o veículo roubado passe por outro e não mais aquele original em sua numeração saída da fábrica.
Com dinheiro falso é também essa atitude, não ficamos escandalizados quando compramos algo e o caixa examina a nota de cem ou cinqüenta à nossa frente, para certificar-se de que ela não é falsa.... Também na compra de peças para veículos ou outro equipamento, exigimos originais, porque sabemos que têm qualidade, não são imitação, não foram adulteradas.
Mas quando tratamos das coisas de Deus, e principalmente desse ensinamento sobre a vida Conjugal dos que se uniram um dia na Igreja, deixamos de lado nosso rigorismo e exigências, e começamos a achar que tanto faz casar-se na igreja ou não, e uma vez casados, a separação é sempre uma possibilidade, e a união com outra pessoa também é coisa normalíssima em nossos dias. A confusão e o desconhecimento são tão grandes nessa área, (com certeza culpa da nossa própria igreja) que amasiados ou divorciados procuram os Ministros Ordinários do Matrimônio, para pedir uma bênção, ás vezes em um salão durante a festa. E tem mais ainda, quando o caso acontece com a filha ou o filho da vizinha, logo alardeamos que se trata de um adultério, quando, porém, é com o nosso filho ou filha, daí não é adultério pois temos uma justificativa.
Claro que Bênção também significa compromisso, mas para a maioria é um modo de envolver o Divino em nossos interesses humanos, e se ter dele a necessária proteção ou ter “sorte” no casamento, como me dizia um amigo, nessa situação, e que queria que eu fosse ministrar a bênção para ele e a sua Terceira esposa... Esse descompromisso total que têm marcado a vida conjugal de tantos casais, mesmo os cristãos, nada mais é do que influência do Neo-ateísmo que impera em nossa sociedade, onde se crê em Deus, mas Ele não tem nada a ver com minha vida da qual faço o que quiser...
Sacramento do matrimonio é uma Graça Santificante e Operante, que eleva o amor humano dando a este a mesma força e grandeza do amor Divino. No altar, homem e mulher dizem o SIM não para um amor sentimental ou somente do Eros, mas trata-se de uma decisão sagrada, manifestada naquele sim e que significa “Sei das minhas fraquezas, mas diante de Deus e da Igreja, tomo a decisão de amar para sempre, até a morte esta pessoa que Deus colocou na minha vida, confiando que só conseguirei isso com a Graça de Deus que vou agora receber”.
O SIM dos noivos supõe exatamente isso, daí que neste evangelho, Jesus manifesta o desejo e a vontade, de que este projeto original, iniciado para o casal precisamente no dia do casamento, seja mantido até o fim. Quando ocorre o contrário, e a união com uma segunda pessoa quebra e rompe este vínculo, esta união foi adulterada, falsificada e nem por isso Deus manda do céu a sua Ira na vida do casal. E então, perante a Santa Igreja, que acolheu a decisão dos nubentes no dia do casamento, a comunhão de vida do casal já não existe, e como a Igreja não pode voltar atrás em sua decisão, ela precisa sinalizar que a ruptura aconteceu e por isso, casais em segunda união são orientados a não receberem a Eucaristia, que é a expressão mais alta e por Excelência, da nossa comunhão com Deus, uma vez que, recebendo-a, não podem vivê-la na vida conjugal de maneira autêntica, já que a pessoa com quem se vive, não é aquela que diante de Deus e da Igreja decidiu amar para sempre.
E se foi um casamento errado, celebrado diante de Deus em cima de mentiras e falsidades, compete ao Tribunal Eclesiástico verificar cada caso, dando as pessoas envolvidas o direito de recomeçar a sua vida conjugal.

2. Outros ainda, tornaram-se eunucos por causa do Reino dos Céus - Mt 19,3-12
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Lembram-se de Francisco Alves cantando: “A vida de casado é boa, mas a vida de solteiro é melhor. Solteiro vai pra onde quer, casado tem que levar a mulher”? Ouvindo Jesus ensinar que o homem não deve separar o casal que Deus uniu, que quem desfaz o casamento legítimo para se casar com outro ou outra comete adultério, os discípulos disseram que era melhor não se casar. Não se trata de ficar solteiro para não ter que levar a mulher. Uns não se casam por razões naturais, outros por cirurgia ou violência, e outros ainda por dedicação a uma causa maior. Solteiro ou casado, seja bem ajuizado!
Fonte: NPD Brasil em 13/08/2021

HOMILIA DIÁRIA

Não dá para ser casado e querer viver como solteiro

Não dá para ser casado e querer viver como solteiro. Não dá para ser casado e pensar em fazer as coisas do seu modo, da sua maneira. Se o casal tem uma atitude e decide se casar, precisa assumir o matrimônio.

Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne. De modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe.” (Mt 19,5-6)

Que mistério maravilhoso o amor de Deus estar presente no coração do homem e da mulher! Quando os dois se unem para o sacramento e a união matrimonial, acontece a graça sublime do amor de Deus, o qual une duas naturezas representadas no feminino e no masculino.
As tendências, os gostos, as aptidões, o modo de encarar o mundo, as histórias de vida são tão diferentes entre homens e mulheres. Mas, de repente, em uma graça sublime, um começa a gostar do outro; e desse gostar cresce um sentimento que se torna amor, de modo que decidem viver para sempre um para o outro.
Dar-se em matrimônio é uma graça que exige renúncia, sacrifício. O matrimônio é um desafio, um mistério; ao mesmo tempo, uma graça sublime de Deus.
O mistério do amor divino está ali escondido, presente, é um mistério insondável, impenetrável, mas possível de ser vivido pela união do homem e da mulher. É um desafio, pois a vida a dois não é fácil, ela exige muita doação, sacrifício e renúncia.
Não dá para ser casado e querer viver como solteiro. Não dá para ser casado e querer pensar só em si. Não dá para ser casado e pensar em fazer as coisas do seu modo, da sua maneira. Se o casal tem uma atitude e decide se casar, precisa assumir o matrimônio. Essa é a atitude da humildade, a decisão de renunciar toda a forma de egoísmo que existe no coração do homem.
O homem e a mulher se unem e vivem um novo desafio: ser uma só carne, formar uma única família.
Hoje, quero pedir a Deus a graça de abençoar os casamentos, abençoar os casais que vivem essa linda aventura, esse grande desafio de se casarem conforme a vontade do Senhor. Casar não é fácil, mas é um mistério sublime. Vale a pena o sacrifício, a doação, no entanto é preciso consciência e responsabilidade.
Que o Senhor conceda a cada homem e a cada mulher a graça de viverem na intensidade do amor d’Ele.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 16/08/2013

HOMILIA DIÁRIA

Sem amor ninguém subsististe

Os fariseus perguntaram: ‘Então, como é que Moisés mandou dar certidão de divórcio e despedir a mulher?’ Jesus respondeu: ‘Moisés permitiu despedir a mulher por causa da dureza do vosso coração.’” (Mateus 19,7-8)

O tema principal daquilo que escutamos, hoje, na Liturgia da Palavra, de fato, é o divórcio, porque este faz parte da história da humanidade em todos os tempos.
No princípio, Deus criou o homem e a mulher para serem uma só carne, e o princípio bíblico é justamente esse: aquilo que Deus uniu o homem não separe. E quando digo “homem” é a humanidade, porque a humanidade não pode trabalhar para separar o que a bênção de Deus constituiu.
Tem sido um trabalho duro para tirar do coração a instabilidade dos casamentos. A realidade matrimonial tem se tornado descartável e querem tornar a família descartável. O amor é só enquanto dura e temos amores de dias, de tempos e não amor de assumir, amor definitivo, amor de compromisso.
Por que isso acontece? A resposta é o próprio Jesus que dá: é por causa da dureza do nosso coração. Em um coração duro o amor não penetra, o amor não cresce, não fecunda, não dá frutos. Há amor, mas ele para na dureza do coração; até o amor que há morre. Por isso, a vida matrimonial precisa ser trabalhada no coração do homem e da mulher. Onde? Na dureza que há no coração.
O coração vai se endurecendo pelo ressentimento, pelas mágoas, desentendimentos, pelas coisas que não se encaminham bem. À medida que vamos guardando ressentimentos e mágoas, todas essas coisas vão endurecendo o nosso coração.

Um coração duro, o amor não penetra, o amor não cresce, não fecunda, não dá frutos

Um relacionamento que um dia prometeu amor eterno se torna insuportável, por isso é necessário mais do que nunca trabalhar o coração. Porque se permitimos que o nosso coração se endureça, realmente não vamos suportar a realidade da vida a dois, da vida do matrimônio. É uma vida exigente, santa e séria, por isso é preciso abrir o coração para que a graça de Deus esteja nele.
Abra o coração pela oração. O que fecunda a vida de um casal é o amor, mas é o amor que é voltado primeiro a Deus. Um casal não tem que amar primeiro um ao outro. Tem que se amar muito, porque sem amor ninguém subsististe. Mas ame a Deus acima de todas as coisas, abra o coração para que Ele entre, para que oriente, conduza e esteja presente.
Uma das coisas mais duras que há na vida matrimonial hoje é que os casais não rezam, cada um reza no seu cantinho, às vezes, até vão à missa separados. Se os casais começassem a rezar juntos e fizessem disso uma prática de vida, podemos ter certeza que é um canal para Deus não permitir que o coração endureça.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 16/08/2019

HOMILIA DIÁRIA

Ressaltemos o valor da união do homem e da mulher

“‘Por isso, o homem deixará pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne’. De modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe.” (Mateus 19,5-6)

É difícil para os discípulos compreenderem, é difícil para os fariseus compreenderem, é difícil para os homens de ontem e de hoje entrarem na profundidade do mistério da união da vida conjugal. A vida matrimonial é uma bênção, aliás, foi a única bênção que não foi abolida nem pelo castigo, nem pelo pecado; é a bênção que foi dada no princípio, a união conjugal do homem e da mulher.
Quando se unem – veja que beleza e que graça! – já não são dois, mas uma só carne. É claro que em termos de pessoas são duas pessoas distintas, um é o homem, outro é a mulher, mas quando são atraídos pelos laços do amor, quando são atraídos por esses laços maravilhosos, que é o amor de Deus colocado no coração do homem e da mulher, eles se atraem. Aqui não é simplesmente uma atração física, porque se for só atração física é atração carnal, e só ela não é capaz jamais de manter um homem unido a uma mulher.

Quando quer fazer prevalecer a individualidade, o “cada um por si”, não tem união conjugal que dure

Aqui não é só uma atração intelectual, aqui é uma atração de vida, é uma atração amorosa e divina. Se essa atração é verdadeira e direcionada, purificada e cuidada, mais do que uma atração, ela vai se tornar uma realidade. A união do homem com a mulher é uma união divina, sagrada, abençoada, de modo que, nesse mistério, estão se tornando uma só carne.
É dessa carne que formam uma só família, é dessa família que brota o dom mais sublime da vida humana, que são os filhos que brotam dessa união conjugal. Nem entro aqui na discussão sobre outras formas de união que a sociedade discute, quero apenas parar no contexto do divino, do sagrado. Não há outra forma da vida humana brotar do que desta união conjugal do homem e da mulher, como o Criador concebeu desde o princípio.
Mais do que nunca, precisamos ressaltar o valor da união do homem e da mulher, a união conjugal e matrimonial. Não podemos relativizar simplesmente, porque o mundo e as tendências estão mostrando outras coisas. Não estamos atrás de tendências, estamos atrás do Criador.
O próprio Jesus está dizendo que a dureza de coração foi quem tirou o brilho da união conjugal. Moisés, em meio a toda aquela situação, teve que permitir o divórcio, mas não foi assim que Deus quis, não é assim que Ele quer. Eu sei que acaba em certas situações tendo que tolerar a separação, porque a coisa se tornou tão humanamente impossível de estar junto, que não há outro caminho a não ser separar. Mas é importante lembrar que essa não é a regra, são as exceções que vão nascendo devido à dureza do coração ou as uniões que não tiveram a maturidade e a formação suficiente.
Não podemos perder o ponto de partida, e o ponto de partida é também o ponto de chegada, e esse ponto de partida/chegada é o amor que brota do coração de Deus Não podemos criar outras formas de conceber o matrimônio e pregar simplesmente a união livre, a união enquanto durar. Desculpe, são formas mundanas, e nós estamos querendo entender o que é casar-se segundo o coração de Deus.
Casar-se segundo o coração de Deus é uma união bela, a união unitiva do homem com a mulher que formam uma só realidade. Quando quer fazer prevalecer a individualidade, o “cada um por si”, não tem realmente união conjugal que dure, mas quando sabe um morrer para que o outro viva e há doação, esforço e oração, a graça de Deus transforma isso numa bênção para toda a vida, até que a morte os separe.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 13/08/2021

Oração Final
Pai Santo, que os homens e mulheres ouçam a voz de Jesus e, a cada dia com mais vigor, vençam os desafios do mundo para manter puras as relações assumidas diante de Ti, Pai amoroso, e da comunidade. Nós te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/08/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que os homens e mulheres ouçam a voz de Jesus e, a cada dia com mais vigor, vençam os desafios do mundo para manter puras as relações assumidas diante de Ti, amoroso Pai, e da comunidade. Nós te pedimos pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/08/2019

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