segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 20/02/2023

ANO A


Mc 9,14-29

Comentário do Evangelho

Na oração, o fortalecimento da fé

Esta narrativa de Marcos é uma composição de vários fragmentos extraídos de episódios anteriores de cura e exorcismo. O tema principal é a fragilidade do entendimento e da fé dos discípulos, o que é colocado em evidência em vários episódios do seu evangelho. Com sua composição, Marcos caracteriza a ação libertadora de Jesus, promovendo a vida, fazendo com que as pessoas enxerguem, tenham consciência, falem e ajam inserindo-se no mundo novo que é o Reino de Deus. A prática e as palavras de Jesus são uma luz para a fé das comunidades. Na oração encontramos o fortalecimento desta fé, pela qual se expulsa o espírito surdo-mudo que dificulta a compreensão de Jesus.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, reforça minha fé, de modo a me predispor a ser beneficiado por teu filho Jesus, por meio do qual tua misericórdia chega até a mim.
Fonte: Paulinas em 20/02/2012

Comentário do Evangelho

Jesus é vitorioso sobre o mal

No tempo de Jesus, algumas enfermidades, sobretudo as psíquicas, em que não se sabia a origem, tampouco o tratamento adequado e eficaz, eram atribuídas a um espírito impuro. O mal é o que faz mal ao ser humano. O mal desfigura o ser humano, impede-o de falar, e de falar bem, confunde e distorce a palavra.
A fé, a confiança e adesão à pessoa de Jesus Cristo possibilitam reconhecer sua presença como dom da salvação de Deus; somente recorrendo à ajuda de Deus é que mal não tem poder sobre nós. O homem entregue às próprias forças não pode vencer o mal. Por isso, Jesus responderá à pergunta dos discípulos desse modo: “Essa espécie só pode ser expulsa pela oração” (v. 29). O evangelho é uma proclamação da fé: Jesus é vitorioso sobre o mal.
Carlos Alberto Contieri,sj
ORAÇÃO
Pai, reforça minha fé, de modo a me predispor a ser beneficiado por teu filho Jesus, por meio do qual tua misericórdia chega até a mim.
Fonte: Paulinas em 20/05/2013

Comentário do Evangelho

Importância da fé

No tempo da vida terrestre de Jesus de Nazaré, as enfermidades, sobretudo aquelas de origem psíquica, como parece ser o caso do evangelho de hoje, que não se sabia a causa nem tampouco era conhecido um tratamento adequado e eficaz, eram atribuídas a um espírito impuro, uma forma de designar o mal. Ora, o mal é o que prejudica o ser humano; é o que desfigura nele a imagem de Deus. O mal impede de falar bem e de bem falar; o mal distorce o sentido da palavra e a palavra que dá sentido a todas as coisas. A cena parece, num primeiro momento, apresentar o fracasso dos discípulos, pois eles não conseguiram livrar o menino de seu mal. Mergulhado numa geração sem fé, o ser humano busca num poder externo a solução de seus problemas. Aqui, o tratamento passa pela coerência da palavra, que faz a pessoa sair de si e abrir-se para a fé e que transforma a vida não importa de quem seja. Para todos que empreendem um combate contra o mal, não há outro meio para vencê-lo senão pela oração. Quando nos defrontamos com o limite e o impossível, a súplica a Deus se torna “poder”.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça minha fé, de modo a me predispor a ser beneficiado por teu filho Jesus, por meio do qual tua misericórdia chega até a mim.
Fonte: Paulinas em 24/02/2014

Vivendo a Palavra

Jesus quer mostrar o poder da oração. Como filhos de Israel, os discípulos eram pessoas afeitas à oração ritual e frequente. Certamente não era a este tipo de oração que o Mestre se referia, mas a momentos de encontro íntimo com o Pai, talvez até silenciosos, mas densos de Amor e encantamento.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/02/2012

Vivendo a Palavra

O Mestre acentua o poder da oração. Mas, uma oração como a dele, que tinha consciência de estar na presença do Pai amado e a Ele se entregava cheio de gratidão. Oração de Filho que se reconhece como Irmão da humanidade. Mostramos que cremos ser filhos de Deus, vivendo a fraternidade universal.
Fonte: Paulinas em 20/05/2013

VIVENDO A PALAVRA

Os apóstolos, como judeus devotos, eram pessoas ‘acostumadas’ a orar. A Lei do Templo prescrevia várias ocasiões diárias em que essa obrigação devia ser cumprida, o que a tornava uma rotina às vezes tediosa. Mas a oração que Jesus vinha ensinar era coisa diferente: um verdadeiro encontro com o Pai Misericordioso, sempre uma novidade, ocasião muito mais própria para ouvi-lo do que para repetir fórmulas decoradas que, às vezes nada mais lhes queria dizer...
Fonte: Arquidiocese BH em 25/02/2019

Reflexão

Todos nós queremos dar soluções rápidas para todos os problemas e, por isso, podemos ser surpreendidos porque não conseguimos revolvê-los de forma satisfatória ou eles voltam a acontecer. Isso acontece principalmente porque não paramos para refletir sobre o problema e não buscamos todos os meios necessários para a sua superação. Jesus, antes de realizar o exorcismo, conversou com o pai da criança e exigiu dele uma postura de fé. Depois, chamou a atenção dos discípulos sobre a necessidade da oração. Devemos conhecer profundamente os desafios que nos são colocados no trabalho evangelizador e nos preparar em todos os sentidos para a sua superação.

Reflexão

No centro da cena e no meio da multidão alvoroçada, encontra-se um menino com sintomas de epilepsia. Ele simboliza o povo oprimido e desesperado. Recorrem aos discípulos para que o curem. Não conseguem; falta-lhes fé. Sentem-se impotentes diante do mal que aprisiona as pessoas. Jesus os recrimina: “Oh, geração incrédula! Até quando hei de suportar vocês?”. Recorrem a Jesus, a quem o pai conta o drama do menino. Mas também o pai, que representa a esperança da multidão, tem fé miúda: “Se podes fazer alguma coisa…”. Jesus reforça a lição sobre a fé: “Tudo é possível para quem crê”. Finalmente, Jesus ordena que o espírito surdo e mudo deixe a criança em paz. Aos discípulos decepcionados pela incapacidade de curar o menino, Jesus esclarece o motivo do fracasso: falta de fé e oração.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 25/02/2019

Reflexão

No centro da cena e no meio da multidão alvoroçada, encontra-se um menino com sintomas de epilepsia. Ele simboliza o povo oprimido e desesperado. Recorrem aos discípulos para que o curem. Não conseguem; falta-lhes fé. Sentem-se impotentes diante do mal que aprisiona as pessoas. Jesus os recrimina: “Oh, geração incrédula! Até quando estarei com vocês?”. Recorrem a Jesus, a quem o pai conta o drama do menino. Mas também o pai, que representa a esperança da multidão, tem fé miúda: “Se podes fazer alguma coisa…”. Jesus reforça a lição sobre a fé: “Tudo é possível para quem crê”. Finalmente, Jesus ordena que o espírito surdo e mudo deixe a criança em paz. Aos discípulos decepcionados pela incapacidade de curar o menino, Jesus esclarece o motivo do fracasso: falta de fé e oração.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Ajuda-me na minha falta de fé»

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje contemplamos — mais uma vez!— o Senhor solicitado pela gente («correu para saudá-lo») e, por sua vez, Ele solícito da gente, sensível as suas necessidades. Em primeiro lugar quando suspeita que alguma coisa está acontecendo, se interessa pelo problema. Intervém um dos protagonistas, isto é, o pai de um jovem que está possuído por um espírito maligno: «Mestre, eu trouxe a ti o meu filho que tem um espírito mudo. Cada vez que o espírito o agride, joga-o no chão, e ele começa a espumar, range os dentes e fica completamente duro» (Mc 9,17-18).
É terrível o mal que o Diabo pode chegar a fazer! Uma criatura sem caridade. — Senhor, temos que rezar!: «Libra-nos do mal» Não se entende, como hoje em dia, pode haver vozes que dizem que o Diabo não existe, ou outros que lhe rendem algum tipo de culto... É absurdo! Nós temos que tirar uma lição de tudo isto: não se pode brincar com fogo!
«Eu pedi aos teus discípulos que o expulsassem, mas eles não conseguiram». (Mc 9,18). Quando Jesus ouve essas palavras, sente grande desgosto. Desgosta-se, sobretudo, pela falta de fé... E lhes falta fé porque tem que rezar mais: «Essa espécie só pode ser expulsa pela oração» (Mc 9,29).
A oração é um diálogo “íntimo” com Deus. João Paulo II tem afirmado que «a oração supõe sempre uma espécie de encobrimento com Cristo em Deus. Só nesse “encobrimento” atua o Espírito Santo» Em um ambiente íntimo de encobrimento se pratica a assiduidade amistosa com Jesus, a partir da qual se gera o incremento de confiança Nele, quer dizer, o aumento da fé.
Mas esta fé, que move montanhas e expulsa espíritos maliciosos («Tudo é possível para quem crê») é, sobretudo, um dom de Deus. Nossa oração, em todo caso, nos coloca em disposição para receber o dom. Mas a esse dom temos que implorá-lo: «Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé» (Mc 9,24). A resposta de Cristo não se fará “rogar”!

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Nós tínhamos ficado indignos de orar, mas Deus, pela sua bondade, nos permite falar com Ele. Nossa oração é o incenso que mais lhe agrada» (São João Mª Vianney)

«A palavra de Deus é palavra de amor, palavra purificadora: expulsa os espíritos de temor, soledade e oposição a Deus; assim purifica nossa alma e nos dá paz interior» (Bento XVI)

«(…) Para viver, crescer e perseverar até ao fim na fé, temos de a alimentar com a Palavra de Deus; temos de pedir ao Senhor que no-la aumente (37); ela deve ‘agir pela caridade’ (Gal 5,6), ser sustentada pela esperança (39) e permanecer enraizada na fé da Igreja» (Catecismo da Igreja Católica, nº 162)

Recadinho

Dou-me conta de que muitas vezes as coisas do mundo querem dominar meu espírito? - Que atitude tomo diante de tais situações? - Em situações complicados, lembro-me em primeiro lugar de pedir as luzes de Deus? - Lembro-me sempre de que o importante não é viver sem problemas, mas ter fé para superá-los? - Busco forças na oração?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 24/02/2014

Meditação

Quando pedimos alguma coisa a Deus, nossa oração deve ser acompanhada pela fé. Devemos ter certeza de que Deus, em sua misericórdia, sempre atende nossa oração, fazendo o que for melhor para nossa felicidade. Não podemos pretender que faça exatamente o que pedimos, por mais que achemos que o vai fazer. Nossa oração deve ser sempre um ato de entrega nas mãos de Deus. Confiar e esperar nele, no meio de nossa história humana.
Oração
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Meditando o evangelho

TUDO É POSSÍVEL A QUEM CRÊ

Foi incessante a luta de Jesus contra a incredulidade de seus contemporâneos. Até mesmo os discípulos, chamados para estar com ele e compartilhar sua missão, davam mostras de possuir uma fé demasiado superficial. Sem falar dos adversários, sempre atentos para colhê-lo em alguma falha.
O Evangelho refere à irritação de Jesus diante da insuportável falta de fé dos que chamou de "raça incrédula". Ele se perguntava até quando seria capaz de suportá-los! A quem se referia? Sem dúvida alguma, aos mestres da Lei e a muita gente da multidão que assistia a cena. Não seria impertinente incluir os discípulos e o pai do menino epiléptico nessa categoria. Quiçá tivessem Jesus na categoria de um mago ambulante, operador de milagres, e gostavam de vê-lo atuando.
A fé em Jesus, porém, consistia em reconhecê-lo como o instrumento escolhido por Deus para realizar seus prodígios em benefício da humanidade, e assim, implantar o Reino na História. O cristão sabe que o poder taumatúrgico de Jesus foi-lhe dado pelo Pai para reconduzir a humanidade para si.
O Mestre não era um milagreiro qualquer. Antes, seus milagres comportavam responsabilidade para quem deles se beneficiava. Somente quem pensava assim estava em condições de recebê-los. Por isso o pai do menino só foi atendido quando mostrou ter fé verdadeira em Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, tenha eu coragem bastante para realizar o que ainda me falta para concretizar minha condição de discípulo do Reino.
Fonte: Dom Total em 20/02/2017 e 25/02/2019

Comentário ao Evangelho

AUMENTA A MINHA FÉ!

Os discípulos de Jesus, no exercício da missão, viram-se às voltas com situações delicadas onde estava em jogo sua credibilidade. Quem recorria a Jesus movido pela fé, era sempre atendido. O mesmo não acontecia com os discípulos. Houve casos em que estiveram impossibilitados de aliviar o sofrimento de quem buscava socorro junto deles.
O exercício da missão recebida de Jesus requeria muita fé. O anúncio da novidade do Reino exigia dos discípulos convicção visceral de ser aquele o caminho de acesso a Deus. A realização de gestos prodigiosos, a exemplo de Jesus, só se daria num contexto de uma certeza inabalável no poder recebido do Senhor para realizar milagres. A suportação das consequências da missão tornava-se efetiva somente por parte de quem estava absolutamente convencido de estar servindo ao verdadeiro Senhor. Caso contrário, todo o projeto de missão iria de água abaixo.
Diante de exigências tão radicais, em certos momentos os discípulos fraquejavam e se tornavam impotentes para realizar o milagre solicitado. A declaração sincera do pai da criança doente valia também para eles. Senhor, eu creio! Mas vem ajudar minha falta de fé!  ficaria igualmente bem na boca dos discípulos. Quando a fé é pequena a missão fica comprometida. Jesus não se omite, quando solicitado, para reforçar a fé de seus discípulos.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. “Fazer junto com Jesus...”
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

É difícil falar com precisão sobre esse episódio entre Jesus e seus discípulos, refletido pelas comunidades de Marcos, pois á primeira vista parece que o foco seria a impotência da comunidade, ali representada pelos discípulos, diante das Forças que oprimem as pessoas, entretanto, o homem que trouxe o filho possesso de um espírito mudo, o seu desespero de PAI e ao mesmo tempo a sua Fé no Cristo Libertador, parece ser o foco principal porque a narrativa termina com uma bela profissão de Fé por parte daquele homem “Creio! Vem em Socorro à minha falta de Fé”.
Com essa afirmação magnífica, de quem coloca toda sua esperança em Jesus, desfaz-se aquela primeira impressão de que ele estava descontente com a comunidade, ali representada pelos discípulos, por estes não terem conseguido expelir o espírito do mal, pois chamou para si toda a “culpa”... Vem em Socorro á minha falta de Fé... Ele admite que tenha Fé e até a professa solenemente com esta afirmação que certamente era uma formula da profissão de Fé da comunidade, mas reconhece que ainda lhe falta.
Quanto à enfermidade, parece que se trata de um ataque epilético, do qual o jovem era portador desde a infância. Cair por terra, espumar e ranger os dentes ficando enrijecido, isso é, paralisado, são ações perniciosas que o pecado e a opressão da força do mal causa na vida de uma pessoa. Qual é o segredo para se conseguir iniciar na vida das pessoas o processo de libertação? Parece que só Jesus tinha a fórmula e não a havia passado á seus discípulos e poderíamos dizer em uma linguagem simples “Não ensinou o pulo do gato”.
Nada disso! Na continuidade do evangelho encontramos a explicação, pois os discípulos querem saber onde foi que erraram, por que se sentiram impotentes diante daquele espírito possessivo que oprimia aquele menino e Jesus, vai lhes falar que a oração e o jejum são as armas principais para se promover uma ação libertadora, isto é, fazer em comunhão com ELE.
Não seria essa a explicação para certos projetos bonitos de nossas comunidades, que acabam não indo para frente? Sim, sem sombra de dúvida, toda e qualquer ação evangelizadora da Igreja, deve e só pode ser feita na espiritualidade onde a oração, a escuta da palavra, os Sacramentos, nos dão a certeza de que estas ações são feitas em sintonia com Jesus.
Quando uma comunidade ou um grupo quer ocupar esse lugar que só pertence a Deus, fazendo em nome próprio, o Espírito possessivo acaba vencendo a “parada”.

2. RAÇA INCRÉDULA!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Como entender a reação enérgica de Jesus, quando alguém lhe disse que os discípulos não foram capazes de expulsar um espírito mudo, que infernizava a vida de um menino? Eles foram chamados de "raça incrédula", incapaz de realizar a missão confiada por Jesus, por pura falta de fé. Se foram enviados para expulsar os demônios, por que hesitaram neste caso concreto? Só porque o demônio se mostrava tão feroz?
O desabafo de Jesus estava carregado de evocações. Lembrava o povo de Israel no deserto, quando foi incapaz de perceber o amor salvífico que Deus lhe manifestara de tantos modos. Agindo desta forma, colocaram Deus e seu enviado sob suspeita.
No episódio evangélico, pode ter havido falta de fé nos discípulos, quando se viram diante de um caso difícil de possessão demoníaca. Devem ter duvidado do poder recebido do Mestre, julgando-o insuficiente para resolver aquela situação. Por sua vez, o pai do menino possuído pelo espírito mudo deve ter desconfiado do poder dos apóstolos, preferindo recorrer diretamente a Jesus. De onde a impossibilidade de o milagre ser realizado.
A confissão do pai - "Creio, Senhor! Mas aumenta minha fé" - deveria ter sido feita também pelos discípulos, já que também eles necessitavam de fortificar a própria fé, para não serem vítimas da dúvida, nos momentos difíceis de seu ministério.
Oração
Espírito de confiança total, não me deixes levar pela incredulidade, quando minha fé no Senhor for submetida à provação.
Fonte: NPD Brasil em 20/02/2012

HOMILIA DIÁRIA

Pela humildade e confiança alcançamos as bênçãos necessárias

Postado por: homilia
fevereiro 20th, 2012

Na descida da montanha da Transfiguração, Jesus encontrou muita gente ao redor dos discípulos. Um pai estava desesperado, pois um espírito mudo tinha tomado conta de seu filho.
Com muitos detalhes, Marcos descreve a situação do menino possesso, a angústia do pai, a incapacidade dos discípulos e a reação de Jesus. O que mais nos chama à atenção são duas coisas: de um lado, a confusão e a impotência do povo e dos discípulos diante do fenômeno da possessão; do outro lado, o poder de Jesus e o poder da fé n’Ele diante do qual o demônio perde toda a sua influência.
O pai tinha pedido aos discípulos para expulsar o demônio do menino, mas eles não foram capazes disso. O Senhor ficou impaciente e disse: “Até quando vou aguentar esta geração sem fé? Tragam o menino aqui!”. E pergunta a respeito da doença do garoto. Pela resposta do genitor Cristo fica sabendo que o filho desse homem “desde pequeno” tinha uma doença grave que o colocava em perigo de vida. O pai pede: “Se o Senhor puder fazer alguma coisa, tenha pena de nós!”. A frase do genitor expressa a situação bem real do povo. Ele estava com a fé abalada, sem condições de resolver seus problemas, mas tinha muito boa vontade de acertar. Não é esta a minha e a sua situação hoje?
Veja que o evangelista reúne várias passagens com os milagres de cura e libertação realizados pelo Mestre, como fruto da fé, tanto dos curados quanto dos que apresentavam os enfermos. É para você e para mim que Jesus se dirige: “Ó geração incrédula, acredite! Afaste-se as dúvidas e as trevas do seu coração”.
Marcos nos faz ver o contraste entre a fé do pai da criança e a pouca fé dos discípulos. Por isso, o Senhor lastima e, sobretudo, procura fortalecer os Seus discípulos e a multidão. Em contrapartida, é admirável a oração simples e confiante do pai, que se apresenta como homem de pouca fé, mas que pede para ser nela fortalecido. Só pela humildade e pela confiança – como aquelas que inspiraram a oração daquele pai aflito – alcançamos as bênçãos necessárias para a nossa fé.
Feito o trabalho, libertado o garoto, o pai feliz da vida, é a hora dos discípulos amuados perguntarem ao Mestre: “Como explicar o nosso fracasso? Por que não pudemos expulsar o demônio?” E Jesus responde de forma objetiva: “Esta espécie de demônios com nada se pode expulsar, a não ser com oração e jejum.”
Pode ser que você esteja torcendo o nariz: “Jejum e oração?! Que coisa mais arcaica!” Ora, o “chazinho dos tempos da vovó” pode ser um remédio “arcaico”, mas faz efeito ainda hoje! Os espíritos malignos do tempo de Jesus são os mesmos do nosso tempo, ainda que mais treinados e especializados. Tal como ontem, ainda hoje Cristo Ressuscitado continua realizando curas e libertações. Basta ter fé, confiança e esperança no nome e no poder de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Portanto, é urgente que – como o pai daquela criança – gritemos diante das diversas situações pelas quais passamos: “Eu tenho fé! Ajude-me a ter mais fé ainda!”
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 20/02/2012

HOMILIA DIÁRIA

Tudo é possível àquele que tem fé

Tudo é possível àquele que tem fé e confia no poder do Senhor.

“Jesus disse: ‘Tudo é possível para quem tem fé’. O pai do menino disse em alta voz: ‘Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé.’ Jesus viu que a multidão acorria para junto dele. Então, ordenou ao espírito impuro: ‘Espírito mudo e surdo, eu te ordeno que saias do menino e nunca mais entres nele’” (Mc 9,23-25).

Veja, no Evangelho de hoje, o quanto este espírito impuro fez a criança sofrer; e fazendo-a sofrer, é claro que também fez sofrer os pais e todos aqueles que a conheciam.
Perceba que toda e qualquer espécie de espírito impuro nos leva ao sofrimento, à agitação, leva-nos, muitas vezes, a sairmos de nós, dizer coisas que não queremos, fazer coisas que não queremos fazer, e, às vezes, achamos que a libertação, a restauração de Deus é coisa complicada, de outro mundo, e somente pessoas possessas precisam disso.
Não, meus irmãos! Nós precisamos dessa libertação a cada dia da nossa vida, porque, no bom sentido da palavra ou na forma genérica de a entendermos, muitas vezes ficamos possessos. Isso quer dizer que ficamos com raiva, irados, nervosos. E ai de quem se aproxima de uma pessoa altamente irada, chateada!
O que fazer nessa hora? Pedir para que a graça de Deus nos liberte. Estou dizendo que todos nós precisamos da libertação do Senhor, precisamos da graça divina para nos libertar das contrariedades da vida diária.
O que precisamos fazer? Precisamos deixar que o Espírito Santo aja em nós e nos liberte da revolta, do ressentimento, da mágoa, porque, senão, também ficamos muito revoltados, agitados e vamos dizer aquilo que não queremos dizer.
Há situações que parecem impossíveis; há pessoas das quais nós dizemos assim: “Não tem mais jeito! Meu filho não tem mais jeito, minha esposa não tem mais jeito, a minha vida não tem mais jeito…”. Mas não é verdade, porque tudo é possível àquele que tem fé e confia no poder do Senhor.
Se sua fé é pouca, clame: “Senhor, eu tenho fé, mas, por favor, ajude a minha pouca fé”. O Senhor nosso Deus vem em nosso socorro, vem em auxílio à nossa falta de fé.
Que nós experimentemos, a cada dia da nossa vida, o poder libertador do Senhor Nosso Deus.
Deus o abençoe!
Padre Roger AraújoComunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 20/05/2013

HOMILIA DIÁRIA

Peçamos a Jesus que auxilie a nossa falta de fé

Tudo é possível para quem tem fé

“Jesus disse: ‘Se podes!… Tudo é possível para quem tem fé’. O pai do menino disse em alta voz: ‘Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé’” (Marcos, 9,23-24).

Acompanhamos com o Evangelho de hoje um pai que vivia uma situação dramática. Ele sofria com o seu filho desde criança. Pois, desde então, um espírito agitava aquele menino, o lançava ao fogo e à água.
Então, o pai e a mãe dessa criança já não sabiam mais o que fazer para ajudarem o filho. Era a dor de um pai e de uma mãe com o coração desesperado diante da fragilidade que vivia aquela criança. Então, eles recorreram a Jesus.
E o pedido do pai foi: “Senhor, se Tu podes, por favor, faça algo pelo meu filho”. E Jesus responde: “Se tu podes, tudo é possível para quem tem fé”. Que beleza a resposta do pai! Pois, humildemente ele diz: “Senhor, tenho fé sim, talvez seja uma fé fraca, uma fé frágil, mas com essa fé que tenho, eu Te peço: ‘Socorre, ajuda a minha pouca fé ou a minha falta de fé’”.
Quando olho a situação desse pai, olho a situação de tantos pais, que têm fé, acreditam em Deus, sabem que Ele é Pai, mas muitas vezes, não sabem recorrer a Deus, pois sentem que não têm tamanha fé.
Digo para vocês, pai e mãe: “Não importa o tamanho da sua fé, mesmo que ela esteja minúscula, abalada, arrasada por tantas situações da vida, mas sobretudo, pelos sofrimentos que seus filhos possam te causar: não tenha receio. Busque a Jesus com todo o seu coração e toda a sua alma”.
Assim como aquele pai, rasguemos também o nosso coração para Jesus. Peçamos a Ele socorro e que Ele auxilie a nossa falta de fé. Que Ele venha nos ajudar diante dos nossos sofrimentos.
Não precisamos ter medo e receio, porque o Senhor vem em socorro às nossas fragilidades, quando humildemente nos colocamos em Sua presença. Olho para o Evangelho de hoje e me vem à mente tantos pais que, muitas vezes, se colocam de joelhos, dia e noite, suplicando a Deus pelos filhos.
Hoje, quero suplicar a todos e colocar a semente em todos que nos acompanham: homens e mulheres, papais e mamães. Coloquem-se de joelhos na presença de Jesus para clamarem pelos seus filhos. Não espere seu filho manifestar algum problema, alguma dificuldade ou sofrimento.
Peço aos pais que, desde o momento em que a criança for concebida, a primeira coisa a fazer é se ajoelhar, é entregar para Jesus, é clamar o Sangue de Jesus pelo seu filho.
Que alegria e que benção quando nasce uma criança! Mas não se deixe levar somente pela exaltação da vida que nasceu, coloque-se de joelhos na presença do Senhor. E, quando ela for crescendo e se tornando um menino, uma menina, um adolescente, um jovem e, em todas as épocas da vida dela, os joelhos do pai e da mãe no chão são súplicas da bênção de Deus para conduzir, libertar, salvar e restaurar os filhos.
Coloque sempre seus filhos na presença de Jesus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 25/02/2019

Oração Final
Pai Santo, concede-nos a felicidade da oração. Envia o teu Espírito e faze-nos dóceis, para que Ele, em nós e por nós, mostre o caminho que nos coloca em tua presença de Pai que também é Mãe. Que a nossa oração nos faça bons filhos do teu Reino, fieis seguidores do Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/02/2012

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a orar. Envia sobre nós o teu Espírito e nos dá coragem para nos entregarmos docilmente ao seu sopro divino, em oração filial cheia de gratidão e encantamento. Nós te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/05/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ensina-nos a orar, silenciando o coração! Faze-nos sábios para escutar a Palavra que Tu nos envias através dos sinais dos tempos, dos irmãos de caminhada, dos Livros Sagrados, da Igreja, da quietude do fundo do nosso coração e, sobretudo, através do Cristo, teu Filho Unigênito que se fez humano como nós em Jesus de Nazaré. Por Ele, que contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/02/2019

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