segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 20/02/2012

20 de Fevereiro de 2012

Marcos 9,14-29

Comentário do Evangelho

Na oração, o fortalecimento da fé

Esta narrativa de Marcos é uma composição de vários fragmentos extraídos de episódios anteriores de cura e exorcismo. O tema principal é a fragilidade do entendimento e da fé dos discípulos, o que é colocado em evidência em vários episódios do seu evangelho. Com sua composição, Marcos caracteriza a ação libertadora de Jesus, promovendo a vida, fazendo com que as pessoas enxerguem, tenham consciência, falem e ajam inserindo-se no mundo novo que é o Reino de Deus. A prática e as palavras de Jesus são uma luz para a fé das comunidades. Na oração encontramos o fortalecimento desta fé, pela qual se expulsa o espírito surdo-mudo que dificulta a compreensão de Jesus.

José Raimundo Oliva



Vivendo a Palavra

Jesus quer mostrar o poder da oração. Como filhos de Israel, os discípulos eram pessoas afeitas à oração ritual e frequente. Certamente não era a este tipo de oração que o Mestre se referia, mas a momentos de encontro íntimo com o Pai, talvez até silenciosos, mas densos de Amor e encantamento.



Reflexão
Todos nós queremos dar soluções rápidas para todos os problemas e, por isso, podemos ser surpreendidos porque não conseguimos revolvê-los de forma satisfatória ou eles voltam a acontecer. Isso acontece principalmente porque não paramos para refletir sobre o problema e não buscamos todos os meios necessários para a sua superação. Jesus, antes de realizar o exorcismo, conversou com o pai da criança e exigiu dele uma postura de fé. Depois, chamou a atenção dos discípulos sobre a necessidade da oração. Devemos conhecer profundamente os desafios que nos são colocados no trabalho evangelizador e nos preparar em todos os sentidos para a sua superação.



COMENTÁRIOS DO EVANGELHO


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1. “Fazer junto com Jesus...”(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

É difícil falar com precisão sobre esse episódio entre Jesus e seus discípulos, refletido pelas comunidades de Marcos, pois á primeira vista parece que o foco seria a impotência da comunidade, ali representada pelos discípulos, diante das Forças que oprimem as pessoas, entretanto, o homem que trouxe o filho possesso de um espírito mudo, o seu desespero de PAI e ao mesmo tempo a sua Fé no Cristo Libertador, parece ser o foco principal porque a narrativa termina com uma bela profissão de Fé por parte daquele homem “Creio! Vem em Socorro à minha falta de Fé”.

Com essa afirmação magnífica, de quem coloca toda sua esperança em Jesus, desfaz-se aquela primeira impressão de que ele estava descontente com a comunidade, ali representada pelos discípulos, por estes não terem conseguido expelir o espírito do mal, pois chamou para si toda a “culpa”... Vem em Socorro á minha falta de Fé... Ele admite que tenha Fé e até a professa solenemente com esta afirmação que certamente era uma formula da profissão de Fé da comunidade, mas reconhece que ainda lhe falta.

Quanto à enfermidade, parece que se trata de um ataque epilético, do qual o jovem era portador desde a infância. Cair por terra, espumar e ranger os dentes ficando enrijecido, isso é, paralisado, são ações perniciosas que o pecado e a opressão da força do mal causa na vida de uma pessoa. Qual é o segredo para se conseguir iniciar na vida das pessoas o processo de libertação? Parece que só Jesus tinha a fórmula e não a havia passado á seus discípulos e poderíamos dizer em uma linguagem simples “Não ensinou o pulo do gato”.

Nada disso! Na continuidade do evangelho encontramos a explicação, pois os discípulos querem saber onde foi que erraram, por que se sentiram impotentes diante daquele espírito possessivo que oprimia aquele menino e Jesus, vai lhes falar que a oração e o jejum são as armas principais para se promover uma ação libertadora, isto é, fazer em comunhão com ELE.

Não seria essa a explicação para certos projetos bonitos de nossas comunidades, que acabam não indo para frente? Sim, sem sombra de dúvida, toda e qualquer ação evangelizadora da Igreja, deve e só pode ser feita na espiritualidade onde a oração, a escuta da palavra, os Sacramentos, nos dão a certeza de que estas ações são feitas em sintonia com Jesus.

Quando uma comunidade ou um grupo quer ocupar esse lugar que só pertence a Deus, fazendo em nome próprio, o Espírito possessivo acaba vencendo a “parada”.

2. Na oração , o fortalecimento da fé(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

VIDE ACIMA

Oração


Pai, reforça minha fé, de modo a me predispor a ser beneficiado por teu filho Jesus, por meio do qual tua misericórdia chega até a mim.



3. RAÇA INCRÉDULA!(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Como entender a reação enérgica de Jesus, quando alguém lhe disse que os discípulos não foram capazes de expulsar um espírito mudo, que infernizava a vida de um menino? Eles foram chamados de "raça incrédula", incapaz de realizar a missão confiada por Jesus, por pura falta de fé. Se foram enviados para expulsar os demônios, por que hesitaram neste caso concreto? Só porque o demônio se mostrava tão feroz?

O desabafo de Jesus estava carregado de evocações. Lembrava o povo de Israel no deserto, quando foi incapaz de perceber o amor salvífico que Deus lhe manifestara de tantos modos. Agindo desta forma, colocaram Deus e seu enviado sob suspeita.

No episódio evangélico, pode ter havido falta de fé nos discípulos, quando se viram diante de um caso difícil de possessão demoníaca. Devem ter duvidado do poder recebido do Mestre, julgando-o insuficiente para resolver aquela situação. Por sua vez, o pai do menino possuído pelo espírito mudo deve ter desconfiado do poder dos apóstolos, preferindo recorrer diretamente a Jesus. De onde a impossibilidade de o milagre ser realizado.

A confissão do pai - "Creio, Senhor! Mas aumenta minha fé" - deveria ter sido feita também pelos discípulos, já que também eles necessitavam de fortificar a própria fé, para não serem vítimas da dúvida, nos momentos difíceis de seu ministério.

Oração

Espírito de confiança total, não me deixes levar pela incredulidade, quando minha fé no Senhor for submetida à provação.


Pela humildade e confiança alcançamos as bênçãos necessárias


Postado por: homilia

fevereiro 20th, 2012



Na descida da montanha da Transfiguração, Jesus encontrou muita gente ao redor dos discípulos. Um pai estava desesperado, pois um espírito mudo tinha tomado conta de seu filho.
Com muitos detalhes, Marcos descreve a situação do menino possesso, a angústia do pai, a incapacidade dos discípulos e a reação de Jesus. O que mais nos chama à atenção são duas coisas: de um lado, a confusão e a impotência do povo e dos discípulos diante do fenômeno da possessão; do outro lado, o poder de Jesus e o poder da fé n’Ele diante do qual o demônio perde toda a sua influência.
O pai tinha pedido aos discípulos para expulsar o demônio do menino, mas eles não foram capazes disso. O Senhor ficou impaciente e disse: “Até quando vou aguentar esta geração sem fé? Tragam o menino aqui!”. E pergunta a respeito da doença do garoto. Pela resposta do genitor Cristo fica sabendo que o filho desse homem “desde pequeno” tinha uma doença grave que o colocava em perigo de vida. O pai pede: “Se o Senhor puder fazer alguma coisa, tenha pena de nós!”. A frase do genitor expressa a situação bem real do povo. Ele estava com a fé abalada, sem condições de resolver seus problemas, mas tinha muito boa vontade de acertar. Não é esta a minha e a sua situação hoje?
Veja que o evangelista reúne várias passagens com os milagres de cura e libertação realizados pelo Mestre, como fruto da fé, tanto dos curados quanto dos que apresentavam os enfermos. É para você e para mim que Jesus se dirige: “Ó geração incrédula, acredite! Afaste-se as dúvidas e as trevas do seu coração”.
Marcos nos faz ver o contraste entre a fé do pai da criança e a pouca fé dos discípulos. Por isso, o Senhor lastima e, sobretudo, procura fortalecer os Seus discípulos e a multidão. Em contrapartida, é admirável a oração simples e confiante do pai, que se apresenta como homem de pouca fé, mas que pede para ser nela fortalecido. Só pela humildade e pela confiança – como aquelas que inspiraram a oração daquele pai aflito – alcançamos as bênçãos necessárias para a nossa fé.
Feito o trabalho, libertado o garoto, o pai feliz da vida, é a hora dos discípulos amuados perguntarem ao Mestre: “Como explicar o nosso fracasso? Por que não pudemos expulsar o demônio?” E Jesus responde de forma objetiva: “Esta espécie de demônios com nada se pode expulsar, a não ser com oração e jejum.”
Pode ser que você esteja torcendo o nariz: “Jejum e oração?! Que coisa mais arcaica!” Ora, o “chazinho dos tempos da vovó” pode ser um remédio “arcaico”, mas faz efeito ainda hoje! Os espíritos malignos do tempo de Jesus são os mesmos do nosso tempo, ainda que mais treinados e especializados. Tal como ontem, ainda hoje Cristo Ressuscitado continua realizando curas e libertações. Basta ter fé, confiança e esperança no nome e no poder de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Portanto, é urgente que – como o pai daquela criança – gritemos diante das diversas situações pelas quais passamos: “Eu tenho fé! Ajude-me a ter mais fé ainda!”

Padre Bantu Mendonça


Leitura Orante 

Preparo-me para a Leitura Orante, rezando com 
Jacques Lebret: 

Pai, fonte de luz e de calor, 
envia-nos hoje a tua Palavra viva, e faze que 
aceitemos sem medo o sermos por ela abrasados. 

1.Leitura (Verdade) 

- O que a Palavra diz?

Leio, na minha Bíblia, 
Marcos 9,14-29. 

Um homem levou a Jesus seu filho, que estava com um "espírito mudo", dizendo que os discípulos não tinham conseguido expulsá-lo. O menino ficava agitado por causa do demônio. Jesus afirmou que "tudo é possível ao que crê". 

"Eu creio", disse o homem, e confessou sua fé insuficiente. 
Jesus expulsou o demônio.

Em casa, os discípulos perguntaram por que eles não tinham conseguido expulsar o demônio. Jesus respondeu que aquele tipo de demônio só se expulsava com oração. 

2. Meditação (Caminho) 

- O que a Palavra diz para mim? 

Neste texto, a fé aparece como dom de Deus que se conquista pela oração. 
A oração do pai do menino pode ser modelo de nossa oração: 
"Eu creio, senhor, mas ajuda-me na minha falta de fé".
No final, Jesus explica aos discípulos que também nós cristãos só podemos agir com plena força se pedirmos esta força ao Pai, em oração.
Como é a minha oração?
 Freqüente? 
Confiante? 
Humilde? 

Disseram os bispos, em Aparecida: 
"Cremos e anunciamos" a boa nova de Jesus, Messias, Filho de Deus" (Mc 1,1). Como filhos obedientes á voz do Pai queremos escutar a Jesus (cf. Lc 9,35) porque Ele é o único Mestre (cf. Mt 23,8). Como seus discípulos sabemos que suas palavras são Espírito e Vida (cf. Jo 6,63.68). Com a alegria da fé somos missionários para proclamar o Evangelho de Jesus Cristo e, n'Ele, a boa nova da dignidade humana, da vida, da família, do trabalho, da ciência e da solidariedade com a criação."  
(DAp 103). 

3. Oração (Vida) 

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus? 

Reze ainda com 
Jacques Lebret:

Venha a tua Palavra, Senhor, e, 
uma vez aceso em nossos corações o teu fogo inextinguível, 
nós mesmos seremos portadores deste fogo uns para os outros. 
Torna-nos, Senhor, palavras quentes e luminosas, 
capazes de incendiar o mundo, 
a fim de que cada pessoa possa sentir-se cercada 
pelas chamas infinitas do teu amor. 
Amém. 

4. Contemplação (Vida e Missão)

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra? 

Quero transformar minha vida em oração para comunicar a força, a bondade e a misericórdia de Deus. 

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. 
Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. 
Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. 
Amém. 
- Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. 
Amém. 

I. Patrícia Silva, fsp


Oração Final 
Pai Santo, concede-nos a felicidade da oração. Envia o teu Espírito e faze-nos dóceis, para que Ele, em nós e por nós, mostre o caminho que nos coloca em tua presença de Pai que também é Mãe. Que a nossa oração nos faça bons filhos do teu Reino, fieis seguidores do Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.



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