quarta-feira, 21 de novembro de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 21/11/2018

ANO B


Mt 12,46-50

Comentário do Evangelho

O vínculo maior

Nesta narrativa de Mateus, percebemos três grupos relacionados com Jesus. Por um lado, as multidões a que Jesus falava. Por outro lado, sua família. E, finalmente, os discípulos a quem Jesus destaca, estendendo a mão.
Em um primeiro nível, as multidões, como aglomerado circunstancial de dispersos, são compostas de curiosos e esperançosos, que desejam libertar-se de suas exclusão e de suas carências. Buscam algo de novo, atentos a Jesus, porém ainda não deram sua adesão ao seu projeto.
Num segundo nível, a família, caracterizada por sua unidade carnal e tradicional, fica de fora das multidões. Porém, os laços consanguíneos não são, por si só, a garantia absoluta do amor e da unidade.
No terceiro nível, com proximidade maior, temos os discípulos. Eles formam o grupo que deu sua adesão ao projeto de Jesus, irmanados no cumprimento da vontade do Pai, que é a prática do amor que comunica a vida. Todos são chamados ao discipulado. A família, particularmente, é o espaço privilegiado para se viver a experiência do amor. O crescimento no amor leva a família a abrir-se na solidariedade e em comunhão com os mais carentes e necessitados.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo pai és tu.
Fonte: Paulinas em 21/11/2012

Vivendo a Palavra

O Filho Divino faz a verdadeira apresentação de sua Mãe. Ela é feliz, sim, mas não só tê-lo gerado: muito mais porque ouviu e cumpriu a vontade do Pai que está no Céu. Esta mesma porta e este mesmo caminho permanecem abertos para quantos se disponham a seguir o Cristo Jesus.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/11/2012

VIVENDO A PALAVRA

O Filho Divino faz a verdadeira apresentação de sua Mãe. Ela é feliz, sim, mas não apenas tê-lo gerado: antes, e muito mais, porque ouviu e cumpriu a vontade do Pai que está no Céu. Esta mesma porta e este mesmo caminho para a felicidade permanecem abertos para quantos se disponham a seguir o exemplo de Maria.

Reflexão

Os evangelhos nada informam a respeito da infância de Maria. Entretanto, à luz do que conhecemos, intuímos que a infância e adolescência da Mãe de Deus tenham sido totalmente assinaladas pela graça de Deus. Mesmo sem levar em conta as edificantes histórias dos evangelhos apócrifos, podemos entrever uma clara mensagem que emerge da festa da Apresentação de Nossa Senhora: o coração de Maria sempre esteve voltado para a vontade de Deus. O surgimento desta festa deu-se no Oriente no século VI. Somente no século XIV é que Roma a introduziu no seu calendário litúrgico. Não obstante as incertezas, devidas à falta de fundamentação bíblica e histórica, a celebração foi mantida no atual Calendário romano, não como festa, mas como “memória”.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

QUEM É MINHA MÃE E QUEM SÃO MEUS IRMÃOS?

A ruptura com os laços familiares foi uma das exigências do serviço ao Reino, com as quais Jesus se defrontou. Também por exigência do Reino, foi levado a constituir, sobre novas bases, uma comunidade cujo relacionamento interpessoal deveria ter a profundidade do relacionamento familiar. A comunidade dos discípulos de Jesus pode ser definida como a família do Reino, cuja característica são os laços fraternos que unem seus membros.
Nesta perspectiva, fica em segundo plano a consangüinidade. Doravante, ser mãe ou irmão de sangue não tem importância. O critério de pertença à família do Reino consiste em submeter-se à vontade do Pai, sendo-lhe obediente em tudo. Importa mostrar, com ações concretas, esta submissão. Aí o agir do discípulo identifica-se com o agir do Mestre, a ponto de Jesus poder considerá-lo como irmão: a vontade do Pai é o imperativo na vida de ambos.
Assim, a ligação entre Jesus e os seus discípulos era muito mais profunda do que a sua convivência física com eles. Havia algo de superior que os unia, sem estar na dependência de elementos conjunturais, quais sejam, a pertença a uma determinada família, raça ou cultura. Basta alguém viver um projeto de vida fundado na vontade do Pai, para que Jesus o reconheça como pertencente à sua família. Para ele, estes são seus irmãos, suas irmãs, suas mães. São irrelevantes outros títulos de relação com Jesus, quando falta este pré-requisito.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de adesão à vontade do Pai, faze-me sentir sempre mais membro da família do Reino, levando-me à perfeita submissão ao querer divino.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. APRESENTAÇÃO NO TEMPLO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Esta narrativa de Mateus também é encontrada nos evangelhos de Marcos e Lucas. A figura central é a "mãe". No processo de geração a mulher-mãe tem um papel fundamental. A própria Terra é tida como "mãe" em relação à vida que, sem cessar, desabrocha em sua superfície.
Na narrativa há um confronto entre as multidões às quais Jesus fala, e sua família, mãe e irmãos, que ficam de fora e procuram falar com Jesus. A família, tendo a mãe como centro, está na base do conceito de Israel e é o elo fundamental da continuidade da tradição do judaísmo. Abraão e sua descendência, a partir de Sara, constituem o povo eleito. Em continuidade, Davi e sua descendência constituem a dinastia real escolhida por Javé.
O sacerdote hereditário é a base do poder do Templo. Daí as genealogias que confirmavam as purezas racial e funcional. Enquanto a pureza religiosa exigia o afastamento das multidões, Jesus se põe em íntimo contato com elas. Removendo a prioridade dos laços consangüíneos familiares, que garantiam o privilégio da eleição, Jesus, sem exclusões, constitui a grande família unida no cumprimento da vontade do Pai, que deseja vida plena para todos.
Fonte: NPD Brasil em 21/11/2012

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. AS MARAVILHAS DE DEUS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Em nossas comunidades há pessoas carismáticas dotadas de dons maravilhosos concedidos por Deus, as pessoas desenvolvem aptidão para alguma coisa, alguma tarefa, mas há muitos que se omitem em usar seus dons, dizendo que não querem aparecer, achando que assim estão sendo "humildezinhas", esse é um grave pecado chamado de omissão...
É como aquele servo avarento que recebeu uma dessas minas para administrar, e com medo da responsabilidade e de uma punição pelo mau uso do seu talento, manteve o seu dom trancado a sete chaves para restituir ao Senhor no momento certo porém, a sua produção foi zero, usou o talento e o dom apenas em benefício próprio, querendo só salvar a sua vida e a sua alma.
Jesus inaugurou o Reino de Deus entre nós, mas só inaugurou. Isto é, colocou a pedra fundamental que é ele próprio, e depois confiou á sua Igreja a missão de edificá-lo. O homem que foi para um país distante confiou a administração de suas minas a um grupo de pessoas, e como qualquer bom acionista, Deus quer ver o seu reino se expandir, para que todos o conheçam e venham dele participar. A construção do Reino de Deus depende dos homens! Essa afirmação poderá escandalizar os que não a compreenderem, mais isto é a mais pura verdade. Deus só age quando o homem colabora.
Basta imaginarmos o que teria acontecido com a nossa Igreja, se o grupo de apóstolos tivessem mantido a comunidade apenas em Jerusalém, não permitindo que ela se expandisse entre os pagãos, através do apóstolo Paulo. Nos dias de hoje precisamos pensar com muita seriedade no ensinamento desse evangelho, pois diante dos desafios da evangelização na pós-modernidade, temos todos a tentação de vivermos o cristianismo "enterrados" em nossas comunidades cristãs, preservando assim o santo evangelho como coisa santa e sagrada que não pode e nem deve ser levado a um ambiente profano que é a sociedade atual e todos os seus segmentos.
Esquecemos que a missão primária da Igreja teve início com uma ordem do Senhor... "IDE, a todas as Nações da terra". O cristianismo quando vivido com autenticidade e coerência, tem essa força de penetrar em qualquer cultura de qualquer época da nossa história, a Palavra que levamos e o testemunho que vivemos, tem essa força transformadora que ninguém consegue segurar. É exatamente isso que Deus espera de nós, é essa a missão que Jesus nos confiou.
Estamos investindo bem e negociando em nossas relações a riqueza da sua graça, ou egoisticamente queremos guardar tudo para nós e garantir a nossa salvação? Se assim procedermos, esse pouco que dispomos nos será tirado e ao chegarmos diante de Deus estaremos de mãos abanando...

2. Olha! Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

No ano de 543 foi feita a dedicação da basílica de Santa Maria, a Nova, em Jerusalém, e comemorada a apresentação de Maria no Templo. Por ocasião de um terremoto, esta basílica praticamente desapareceu e, com o passar dos anos, já não se sabia a localização exata da construção original. Foram feitos estudos, levantaram-se hipóteses, até que, um dia, um arqueólogo israelense descobriu as ruínas. Os arcos restantes demonstram que a basílica era muito grande. Recuperá-la ou deixá-la aberta tornava-se muito dispendioso. Está no subsolo da Cidade Velha no bairro judeu. Pretendia ser uma réplica do Templo, por isso uniram a memória da apresentação de Maria à basílica que recebeu o nome de Nova. Era chamada de Nea, em grego. Segundo a tradição, ainda muito jovem Maria foi levada ao Templo de Jerusalém por seus pais em cumprimento da promessa que fizeram para terem filhos. O significado dessa apresentação é a consagração de Maria a Deus. Essa consagração não excluía o casamento, considerado muito importante em Israel pela expectativa do nascimento do Messias. O Messias podia nascer de qualquer mulher judia ou aparecer de forma extraordinária. As moças do Templo deixavam o local para se casar. Assim aconteceu com Maria, prometida em casamento a José.

HOMILIA DIÁRIA

Fazemos parte da família de Jesus

Postado por: homilia
novembro 21st, 2012

Fazer a vontade de Deus é o pré-requisito que Jesus nos apresenta para também sermos considerados seus irmãos e irmãs. Portanto, membros da sua família. Por isso, podemos dizer que fomos também escolhidos por Jesus Cristo para participar da sua família, quando nós fazemos a vontade do Pai que está no céu.
O exemplo de Maria foi dado por Jesus às multidões naquele tempo, e hoje é dado para nós, com a finalidade de nos clarear a mente e o coração para que percebamos que todos nós somos chamados a fazer parte da família de Jesus. Portanto, não é difícil para nós imaginarmo-nos membros da linhagem de Jesus.
Somos participantes da graça de filhos, de irmãos e irmãs, se, como a Mãe de Jesus, estivermos abertos a fazer tudo conforme Deus nos manda realizar. Assim como estendeu a mão para os seus discípulos e os considerou na mesma qualidade de mãe e de irmãos seus, Jesus nos aponta a sua mão e nos acolhe como membros da sua família, se estivermos dispostos a fazer a vontade de Deus a qual se expressa na sua Palavra.
E a vontade do Pai é que todos nós, pela fé em Jesus Cristo, alcancemos a salvação e a vida eterna sem fim. Não devemos nos admirar da expressão que Jesus usou quando se referiu à sua Mãe e aos seus irmãos: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?”
Ele aproveitou a oportunidade para também nos enquadrar como pessoas especiais, discípulos e discípulas dignos de ser chamados filhos de Deus Pai, tendo Maria como Mãe, irmãos de Jesus Cristo e motivados pelo poder do Espírito Santo, a fazer a vontade de Deus.
Você também se considera da família de Jesus Cristo? O que você entende por fazer a vontade de Deus? Você é discípulo de Jesus? O que falta para que você faça a vontade do Pai, aqui na terra, do jeito que ela acontece no céu?
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 21/11/2012

Oração Final
Pai Santo, dá-nos força e audácia para seguirmos caminhando ao lado de Maria de Nazaré, procurando imitá-la na humildade, disponibilidade para servir ao irmão e na entrega incondicional à tua Vontade. Pedimos, Pai amado, pelo mesmo Jesus, nascido de Maria, o Cristo teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/11/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos força e audácia para seguir caminhando ao lado de Maria de Nazaré, procurando imitá-la na humildade, na disponibilidade para servir ao irmão e na entrega incondicional à tua Vontade. Pedimos, amado Pai, pelo mesmo Jesus, nascido de Maria, o Cristo teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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