sábado, 22 de abril de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 23/04/2017

ANO A


Jo 20,19-31

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Gostamos de ter provas palpáveis para acreditar. Mas, para que ainda acreditar, quando se tem provas palpáveis? E que certeza nos dão as pretensas provas? Nossa fé não vem de provas imediatas, mas da fé das “testemunhas designadas por Deus”, principalmente dos apóstolos, que foram as testemunhas da ressurreição de Jesus. Eles puderam ver o ressuscitado e, por isso, acreditaram. Por isso, a fé dos apóstolos, exige de nós que creiamos em seu testemunho sobre Jesus morto e ressuscitado, ou seja, que adiramos à mesma fé. E exige também que pratiquemos a vida de comunhão fraterna na comunidade eclesial, que brotou de sua pregação.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, o anúncio da Páscoa do Senhor ainda ressoa em nossos corações. Deus mostrou sua infinita misericórdia quando, pela morte e ressurreição de seu Filho, devolveu-nos a esperança da Vida Eterna. Foi no primeiro dia da semana, num domingo como este, que Ele entrou onde estavam reunidos os discípulos para lhes oferecer o dom da paz. Acolhamos o Senhor que nos reuniu, para novamente nos oferecer esse dom, e nos disponhamos a ser testemunhas de sua misericórdia no mundo e construtores da paz.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: O evangelho apresenta a aparição de Jesus ressuscitado num quadro "litúrgico". Os discípulos estão reunidos, no domingo à noite (dia da ressurreição) e novamente oito dias depois. Jesus apresenta-se com os sinais gloriosos da paixão; transmite-lhes, com seu Espírito, os dons pascais resumidos na paz, na reconciliação; confirma-lhes a fé e anuncia a bem-aventurança dos que creram sem tê-lo visto.

Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo, da Caridade, do Jejum e da Oração, preparemo-nos para a Páscoa do Senhor!

Fonte: NPD Brasil

Comentário do Evangelho

O dinamismo da fé

Para bem compreender o texto do evangelho nessa oitava da Páscoa, pode nos ajudar responder a uma dupla questão: Como se chega à fé na ressurreição do Cristo nosso Senhor? Como se chega à fé de que Cristo ressuscitou dos mortos e está vivo no meio de sua Comunidade? Nosso texto apresenta duas etapas com um intervalo de oito dias. Na primeira etapa, Tomé não estava, na segunda ele estava reunido com os outros discípulos. É no primeiro dia da semana que os discípulos se encontram reunidos. É como se fosse o primeiro dia da criação em que a luz foi feita (Gn 1,3). Efetivamente, a ressurreição do Senhor é luz que anuncia uma nova criação em Cristo. No lugar em que os discípulos estavam reunidos, as portas estavam aferrolhadas por medo dos judeus. Essa observação seguida da notícia de que Jesus se colocou no meio deles é importante para compreender que a presença do Senhor não exige mais ser reconhecida como um corpo carnal. O seu corpo é glorioso e sua presença prescinde da visibilidade. O que ele comunica é a paz, sinal e dom de sua presença. É nesse primeiro dia da semana que o Espírito é dado como sopro do Senhor para a missão e a reconciliação. A ausência de Tomé (v. 24) é importante para o propósito do texto. Ele se recusa a crer no que os outros discípulos anunciavam: “Vimos o Senhor”. Passados oito dias, estando Tomé com os demais discípulos, no mesmo lugar da reunião, Jesus se faz presente e é sentido e reconhecido com o sinal de sua presença: a paz. O diálogo de Jesus com Tomé permite ao leitor compreender que se chega à fé no Cristo Ressuscitado e na sua gloriosa ressurreição através do testemunho da Comunidade. Não há acesso imediato à ressurreição de Jesus Cristo, mas somente mediato, isto é, através do testemunho. É a recepção desse testemunho que permite experimentar na própria vida os efeitos da Ressurreição do Senhor. Mas Tomé não é no relato o homem da dúvida somente e que busca crer por si mesmo, ou que julga que só é digno de fé o que pode ser tocado ou demonstrado. Ele é o homem de fé, transformado pelo Senhor, capaz de reconhecer o dinamismo próprio pelo qual se chega à fé.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, abre todas as portas que me mantém fechado no medo e na insegurança, para que eu vá ao encontro do mundo a ser evangelizado.
Fonte: Paulinas em 27/04/2014

VIVENDO A PALAVRA

Pedro diz à Igreja: «Vocês nunca viram Jesus e, apesar disso, o amam; não o vêem, mas acreditam.» Ele confirma a promessa do Ressuscitado:  «Felizes os que acreditaram sem ter visto.» O não-ver deixa de ser um obstáculo para se tornar um privilégio. Neste tempo de Páscoa, agradeçamos ao Pai a fé que nos traz ‘gloriosa alegria’.
http://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/2a-pascoa-divina-misericordia/

Recadinho

Como você definiria o que é fé? - O que você faz para que sua fé aumente? - Consegue manter-se firme em meio ao sofrimento que a vida lhe traz? - É difícil vive em paz? - O que será que mais dificulta a vivência da paz em nossas comunidades?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 27/04/2014

Meditando o evangelho

É PRECISO TER FÉ

O apóstolo Tomé tornou-se símbolo da comunidade que questiona a Ressurreição de Jesus e exige prova para poder aceitá-la. Ele não aceitou o testemunho da comunidade, para quem Jesus havia aparecido e comunicado o dom do seu Espírito. O apóstolo condicionava sua fé à visão das chagas nas mãos de Jesus e ao tocar na ferida produzida pela lança. Este materialismo crasso o impedia de aderir ao Senhor pela fé.
Jesus proclamou ser feliz quem fosse capaz de chegar ao ato de fé, sem mesmo tê-lo visto. Ou seja, crer pelo testemunho da comunidade. Se a fé em Jesus dependesse de tê-lo visto, na terra, só um grupo privilegiado de discípulos num determinado contexto histórico e geográfico, teria acesso à fé. Uma vez que isto não é necessário, qualquer pessoa, em qualquer tempo ou lugar, pode chegar à fé, tal como a comunidade primitiva. Por conseguinte, a fé no Ressuscitado dá-se pelo testemunho da comunidade e se propaga pela tradição, que vai abarcando o mundo inteiro.
O Ressuscitado já não está limitado a um tempo ou a um lugar específico. Ele pode sempre ser encontrado e acolhido, por quem nele deposita sua fé. Certas exigências inconvenientes, como a de Tomé, podem inviabilizar o processo da fé e impedir um encontro libertador com o Senhor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, dá-me um coração simples que saiba acolher o testemunho da Ressurreição que me chega pelo testemunho de meus irmãos na fé.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-04-23

MISERICÓRDIA DIVINA: FONTE DE LUZ AUTÊNTICA

[...] A paz é um dom de Deus. O próprio Criador escreveu no coração dos homens a lei do respeito pela vida. [...]. Quando em toda a parte predomina a lógica cruel das armas, somente Deus pode voltar a orientar os corações para os pensamentos de paz. […]
A liturgia de hoje convida-nos a encontrar na Misericórdia divina a fonte da paz autêntica, que Cristo ressuscitado nos oferece. As chagas do Senhor ressuscitado e glorioso constituem o sinal permanente do amor misericordioso de Deus pela humanidade. Delas sai uma luz espiritual que ilumina as consciências e infunde conforto e esperança nos corações.
Jesus, confio em ti! Repitamo-lo neste momento complexo e difícil, conscientes de que temos necessidade desta Misericórdia divina que, há mais de meio século, o Senhor manifestou com tanto amor a Santa Faustina Kowalska. Quando as provações e as dificuldades são mais ásperas, torne-se mais insistente a invocação do Senhor ressuscitado, mais premente a imploração do dom do seu Espírito Santo, manancial de amor e de paz. […]
São João Paulo II
Regina Caeli | Domingo da Divina Misericórdia
7 de abril de 2002
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Provavelmente um dos maiores equívocos que alguns cristãos cometem nos dias de hoje, é o de ausentar-se das celebrações dominicais por verem nelas a repetição monótona de um rito que já sabem de cor e salteado. Uma partida de futebol também nunca sai da mesmice, em todo jogo nada muda, mas vá dizer a um torcedor que o futebol é monótono e cansativo..., imediatamente ele irá afirmar que cada partida é uma história e uma emoção diferente, indescritível. O mesmo se diga de uma peça de teatro que se vê mais de uma vez, ou de um bom livro, eu mesmo perdi a conta de quantas vezes li “Éramos Seis...”, em cada leitura há algo de novo nos personagens ou no enredo, nunca é a mesma coisa. Então por que alguns cristãos acham a celebração tão chata e repetitiva?
Naqueles primeiros tempos do cristianismo, a pessoa de Jesus, seus ensinamentos e sua história ainda estava muito viva no coração dos seus seguidores, os apóstolos. Eles falavam com entusiasmo de Jesus, não como um herói nacional a ser reverenciado, mas como alguém presente, que caminha com a comunidade tomada pelo seu Espírito que a anima e lhe faz sentir esta vida nova que ele deu a todos.
Muita gente não entendia, admiravam Jesus, falavam muito dele, mas como alguém que foi um exemplo, um idealista, um líder nato, um grande profeta, um mestre sem igual em Israel, há até mesmo uma corrente de teólogos que reduzem a ressurreição a uma lembrança muito forte de Jesus no coração das pessoas que o conheceram e que o amaram profundamente, perpetuando sua memória entre eles nos encontros da comunidade. A verdade é que, a vida em comunidade só é possível quando a gente faz uma experiência pessoal com Jesus Cristo, quando o seu anúncio toca no fundo do coração e começamos a senti-lo a cada instante de nossa vida, quando o seu evangelho nos encanta e supera qualquer ideologia de felicidade que este mundo possa nos oferecer, quando descobrimos que ele nos conhece profundamente, e tem por nós um amor imenso, grandioso, que não hesita em dar-nos a própria vida. Quando percebemos que a salvação por ele oferecida não é algo misterioso, que só iremos ter após a nossa morte, mas que nessa vida a sentimos nas profundezas do nosso ser, quando conseguimos harmonizar todas as nossas virtudes e carismas, com o projeto que o Filho de Deus inaugurou em nosso meio.
Então o nosso coração quer estar junto de outros irmãos e irmãs, que fizeram essa mesma descoberta, para comemorar e celebrar essa presença misteriosa do Senhor em nossa vida, que se torna mais forte na vida de igreja. Para Tomé não faltou este testemunho dos seus irmãos apóstolos “Vimos o Senhor!”, não se trata apenas de um VER com os olhos, mas de um sentir com o coração, capaz de perceber nas marcas da paixão a evidência mais forte de um amor sem medida pelos seus.
A comunidade recebe o dom da Paz, nascida da vitória definitiva sobre as forças do mal, o discípulo que recebeu a Paz do Senhor, não pode nunca colocar em dúvida, em sua vida e na vida do mundo, o triunfo do Bem supremo sobre o mal, viver nessa paz, longe de permanecer de braços cruzados, é antes ir à luta pelo reino em que se crê, na certeza de que ele um dia se tornará visível em toda sua plenitude. Comunidade, portanto, é lugar de se receber o sopro de vida e renovação em cada momento celebrativo, é lugar onde a gente se reveste desse Espírito Santo, lugar onde somos recriados, restaurados, tornando-nos novas criaturas em Cristo.
Para se fazer essa experiência profunda, não é necessário uma celebração especial, deste ou daquele grupo, nem tão pouco um padrão “X” ou “Y” de espiritualidade, nem precisa identificar-se como conservador ou progressista, adeptos desta ou daquela eclesiologia, nem é preciso buscar revelações espetaculares, e ser agraciado com grandioso milagre, também não precisa tornar-se um místico, nem um alienado das realidades que nos cercam, é preciso apenas ser testemunha do amor, vivido e celebrado não de maneira egoísta, mas com os irmãos e irmãs da comunidade, em torno da Eucaristia, amor que nos alimenta.
Diante do testemunho recebido, Tomé limita-se no VER de enxergar, com os olhos da carne, para ele, naquele momento, e também para muitos nos dias de hoje, a celebração tem que ser um “arraso”, um show inesquecível, onde os ministros, como grandes estrelas, conseguem nos fazer VER Jesus, tem que valer o ingresso e o esforço de estar lá, é a celebração como espetáculo, mexendo com razão de ser, e com o emocional.
A Fé no Senhor ressuscitado que caminha com a sua igreja, não precisa de sinais ou provas, Cristo Jesus não precisa provar mais nada, nós é que precisamos provar a nossa fé, aceitando viver e celebrar em uma comunidade, onde nada ocorre de excepcional, mas onde cada encontro é diferente, porque fazemos essa experiência do Cristo vivo, que caminha conosco, podemos vê-lo e tocá-lo nos sacramentos, podemos ouvi-lo, e de fato o ouvimos na santa palavra, podemos percebê-lo na vida dos irmãos, razão pela qual não cansamos de repetir com a alma em júbilo, a cada saudação de quem preside “Ele está no meio de nós!”. Se tivermos convicção desta afirmativa, o nosso testemunho será tão vivo e autêntico como o dos apóstolos, e o nosso coração baterá mais forte cada vez que chegar o DOMINGO, dia do Senhor.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  jotacruz3051@gmail.com

2. A paz esteja convosco
(O comentário do Evangelho aEste é o meu filho amado, escutai-o!baixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus está vivo, ressuscitado e permite que o vejam. No dia da ressurreição os discípulos viram o túmulo vazio para que não procurassem entre os mortos aquele que está vivo. Hoje, na sua divina misericórdia, ele permite que Tomé o veja, toque nas suas chagas, professe a sua fé. Os apóstolos contaram a Tomé que tinham visto Jesus. Tomé não acreditou. Como acreditar?
Eles viram a morte de Jesus e seu sepultamento. Acreditavam na ressurreição, mas no último dia, e não sabiam bem nem o que era ressurreição nem o que seria o último dia. Jesus se deixa ver no primeiro dia da semana, que é o domingo. Tinham visto Jesus no domingo anterior. No domingo seguinte, Tomé pôde vê-lo e dizer: “Meu Senhor e meu Deus”. Na primeira vez, Tomé estava ausente. Hoje, ele está com os outros. Nós também não percamos o encontro com os irmãos no domingo e vejamos Jesus na Eucaristia. Da Mesa Eucarística veremos o mundo. Nossos olhos se abrirão e, vendo os irmãos, veremos Jesus, sobretudo nos menos vistos e nos mais esquecidos. Com Tomé, olhe para Jesus e olhe para quem ele olha.
A fé no Cristo Ressuscitado purificou e abriu os olhos dos nossos primeiros irmãos no início da Igreja e eles viram com amor e carinho seus irmãos e suas irmãs. A grande preocupação da comunidade era que não houvesse necessitados entre eles. Partilhavam o que tinham como partiam o Pão consagrado da Páscoa do Senhor. São Pedro nos anima quando escreve na sua primeira carta que, sem ter visto o Senhor, nós o amamos e, ainda sem o ver, nele acreditamos. Isto é fonte de alegria, porque vamos obter aquilo em que acreditamos, a nossa salvação.
A Igreja nos ensina que nos salvamos participando do mistério pascal de Cristo nos sacramentos. E os que não participam dos sacramentos podem entrar no mistério pascal de Cristo por um caminho que só Deus conhece. Todos, porém, mostram que estão de fato inseridos no mistério de Cristo pela misericórdia que demonstram uns para com os outros. Misericórdia foi o que Jesus mostrou para com Tomé, por isso este domingo é o domingo da divina Misericórdia.

Fonte: NPD Brasil

REFLEXÕES DE HOJE


23 DE ABRIL-DOMINGO
https://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/

VEJA AQUI MAIS HOMILIAS DESTE DOMINGO

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós queremos crer! Aumenta nossa fé, para que tenhamos a Vida no Nome de Jesus Cristo. Faze-nos fontes de Esperança para a humanidade, a começar pelos companheiros de caminhada que nos deste. Com eles, sejamos testemunhas do teu Amor, revelado no Cristo Jesus, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/2a-pascoa-divina-misericordia/

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