domingo, 24 de abril de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 24/04/2016

ANO C


Jo 13,31-33a.34-35

Comentário do Evangelho

O mandamento do amor é a expressão máxima da vida cristã

O texto dos Atos dos Apóstolos relata a missão de Paulo e Barnabé entre os pagãos. A missão itinerante de ambos visa encorajar os discípulos a permanecerem firmes na fé, não obstante perseguições e sofrimentos (cf. v. 22). A comunidade primitiva vai se organizando com o fim de cuidar daqueles que abraçavam a fé (cf. v. 23). A Igreja que nasce do mistério pascal de Jesus Cristo é impulsionada pelo Espírito Santo para fazer com que a Boa-Notícia da salvação ultrapasse os limites de Israel: a “porta da fé” é aberta aos pagãos (cf. v. 27).
O evangelho é a sequência imediata da última ceia de Jesus com os seus discípulos (Jo 13,1-30). A última ceia, segundo o evangelho de João, foi o lugar do gesto simbólico do lava-pés, em que os discípulos são chamados a tirar as consequências dos gestos para a própria vida e a “imitar” o Mestre (cf. 13,12-17). Aí, na mesa da comunhão, é anunciada a traição de Judas (13,21-30).
Os versículos que nos ocupam são o indício de um longo discurso de despedida (13,31–14,31). A saída de Judas, à noite, do lugar da ceia, desencadeia o discurso que é instrução e revelação. Em Jesus, Deus revelou a sua própria glória. A glorificação do Filho está, em primeiro lugar, na sua paixão e morte por amor – esta é a glorificação de Deus pelo homem, e do homem por Deus. É à paixão e morte que a glorificação se refere (cf. v. 33). Deus é glorificado na entrega do Filho por amor (cf. 13,1).
O mandamento do amor é a expressão máxima da vida cristã. Em que ele é novo, uma vez que já se encontra prescrito pela Lei (Lv 19,18.34; Dt 10,19)?
A identidade dos discípulos é dada pelo mesmo dinamismo que levou o Senhor a entregar-se por nós: “Nisto conhecerão que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (v. 35). A medida do amor fraterno é o amor de Cristo: “Como eu vos amei” (v. 34).
O amor não é uma ideia, nem se reduz a nenhum “sentimento”, mas é um movimento de entrega que faz o outro viver, que gera vida: “Sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos. Quem não ama permanece na morte” (1Jo 3,14). A Igreja, “morada de Deus com os homens” (Ap 21,3), deve ser a imagem do Deus que acolhe, que se entrega e faz viver plenamente.
Carlos Alberto Contieri, sj
FONTE: paulinas em 28/04/2013

Vivendo a Palavra

Na simplicidade de poucas palavras, a novidade eterna do Amor, que é o distintivo do seguidor de Jesus. O Amor será sempre um mandamento novo, porque o Amor de hoje deve superar o Amor de ontem, e assim prosseguir, até que recebamos o abraço definitivo, paternal e eterno do Pai, que é rico em misericórdia.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Meditando o Evangelho

O DISTINTIVO DO DISCÍPULO

A profissão de fé no Cristo Ressuscitado incide, diretamente, na vida do discípulo. Ela não é um discurso vazio, uma abstração intelectual, nem tampouco uma bela teoria. A fé consiste em acolher Jesus de tal forma, que toda a existência do cristão passe a ser moldada por esta opção. E o molde da vida cristã é a vida de Jesus. Seu distintivo é o amor mútuo.
Estando para concluir o ciclo de orientações aos discípulos, o Mestre resumiu tudo quanto havia ensinado, num único mandamento, chamado de mandamento novo: "Amem-se uns aos outros, como eu amei vocês". A prática do amor mútuo é a expressão consumada da fé em Jesus. Não existe fé cristã autêntica, se não chegar a desembocar no amor.
Não se trata de um amor qualquer. O modelo é: amar como Jesus amou as pessoas, a ponto de entregar a própria vida para salvá-las.
O verdadeiro discípulo distingue-se pelo amor. Quanto mais autêntico e radical for este amor, mais revelará o grau de sua adesão a Jesus.
A capacidade de amar-se mutuamente indica o quanto Jesus está agindo na vida do cristão. A presença salvadora de Jesus tem o efeito de desatar o nó do egoísmo, que afasta os indivíduos de seus semelhantes e, por consequência, de Deus também. O cristão, salvo por Jesus, manifesta a eficácia desta salvação na vivência do amor.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Espírito de amor não permitas que eu seja mesquinho no amor; antes, que eu seja capaz de amar como Jesus.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.html?data=2016-04-24

HOMILIA DIÁRIA

Nossa identidade é o amor!

Não se constrói uma fé verdadeira, não se vive uma fé autêntica se não houver a marca do amor

“Amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.” (João 13, 34-35)

Meus irmãos e irmãs, no mundo em que vivemos, necessitamos de identificação, hora usamos um crachá, um uniforme, algo que vai identificar o que somos. Às vezes, sem aquela identidade não sabemos o que a pessoa é. Por isso, cada vez mais, em todas as esferas da sociedade, procuramos identificar as pessoas.
Nós, cristãos, não precisamos disso! É verdade que alguns, talvez, usem uma cruz, um crucifixo, um símbolo de devoção, mas não quer dizer que aquilo que usamos, vestimos e falamos justifica nossa identidade ou o que somos.
O Senhor nos diz, hoje, que nossa identidade é o amor! É a maneira com que amamos uns aos outros que nos edifica como discípulos de Cristo.
Foi em Antioquia que os seguidores de Cristo foram identificados e chamados, pela primeira vez, como cristãos. E não é porque eles diziam “Olha, eu sou cristão!”; pelo contrário, foi pelas obras que faziam, pelo amor vivenciado entre eles. É assim que diziam: “Vejam como eles se amam!”.
As pessoas precisam nos reconhecer pela intensidade do nosso amor. Não se constrói uma fé verdadeira, não se vive uma fé autêntica se não houver a marca do amor!
O amor é capaz de superar as decepções, as mágoas e diferenças. Nós não podemos ficar com aquele amor amarrado e egoísta. Desculpe, mas amar quem gosta de nós, quem pensa como nós, quem nos agrada é muito simples. Os que não creem em Cristo, às vezes, fazem até melhor do que nós. Mas somos chamados a uma identidade com o Cristo, a vivermos um amor sem barreiras, que supera tudo.
A primeira coisa que precisamos fazer é parar de falar mal uns dos outros, saber respeitar quem pensa e fala diferente de nós. Precisamos viver o amor que supera as mágoas e decepções. Não podemos viver o amor recheado por picuinhas, que se machuca e se ressente por qualquer coisa.
O amor que somos chamados a viver não nos permite viver semeando intrigas, fofocas, inimizades no Reino de Deus. Não são esses frutos que o Senhor espera de nós, mas sim o amor, o perdão, a reconciliação e o acolhimento; o amor que não rejeita, ao qual somos chamados a dar vida, como Cristo deu por nós!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova

http://homilia.cancaonova.com/homilia/nossa-identidade-e-o-amor/

REFLEXÕES DE HOJE

24 DE ABRIL-DOMINGO

http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/

Liturgia comentada

Amai-vos! (Jo 13,31-33a.34-35)
Na refeição de despedida – a Última Ceia – Jesus repete o mesmo ensinamento do Sermão da Montanha: “Ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ Ora, eu vos digo: ‘Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem!’” (Mt 5,43-44)
Estamos longe disso, não é? Um correr de olhos nas manchetes ou nas redes sociais mostra a avalancha de ódio, tão letal quanto a lama da barragem rompida em Mariana. É um coral que cobra “vendettas”, punições, retaliações contra adversários, inimigos e… ex-aliados.
Neste Evangelho, Jesus já anuncia sua despedida: “Por pouco tempo ainda estou convosco”. De certo modo, ele prenuncia sua volta ao Pai, na Ascensão. Boa oportunidade para propor também a seus discípulos essa difícil ascensão espiritual que exige o amor mútuo, incondicional, universal. O próprio Jesus o define como um “novo mandamento”.
A Primeira Aliança não estava preparada para esta difícil escalada, observa Urs von Balthasar, simplesmente por falta de referencial. Faltava Jesus. Eis o seu comentário:
“É isto que ele chama de ‘mandamento novo’, pois se havia no Antigo Testamento muitos mandamentos, este ainda não podia ser formulado, pois Jesus ainda não havia apresentado o modelo de amor pelo próximo. Agora, temos apenas de contemplá-lo para conhecer e observar o único mandamento que ele nos dá, e que basta para todos.
Para dizer a verdade, este mandamento nos exige totalmente: já que Jesus deu a vida por nós, seus amigos, também nós devemos dispor toda a nossa vida a serviço do próximo, que deve ser nosso amigo.
Mas este mandamento novo e suficiente para tudo é, também, enquanto substância do cristianismo, o que lhe garante a perseverança: “Nisto todos reconhecerão que sois meus discípulos”. Nisto e somente nisto. Nenhuma outra característica da Igreja pode convencer o mundo da verdade e da necessidade da pessoa e da doutrina de Cristo. O amor irradiante vivido pelos cristãos será a justificação de todas as doutrinas, todos os dogmas e todas as prescrições morais da Igreja de Cristo.”
Claro que nos apresentam a mesma objeção: “Mas como amar um inimigo?” Creio que só existe um caminho: torná-lo nosso amigo. Dom Bosco cativou a amizade dos pivetes de Turim que assaltavam os passantes. Damião de Veuster abraçou os leprosos de Molokai que aterrorizavam até os familiares. Jesus deu a vida por nós, cujos pecados o levaram ao Calvário. Uma vez cativados, uma vez amigos, será mais fácil amar os inimigos…
Orai sem cessar: “Ele nos amou primeiro…” (1Jo 4,19)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
http://nsrainha.com.br/capela-virtual/liturgia-do-dia-24042016/

Oração Final
Pai Santo, faze-nos esquecer o apego e a contabilidade do toma-lá-dá-cá para nos entregarmos generosa e gratuitamente ao Amor vivido e ensinado pelo Cristo, que se fez humano em Jesus de Nazaré. Que o Mestre nos ajude a caminhar pela vida afora, junto com os irmãos, retornando ao Lar Paterno, a tua Morada Santa.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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