A Importância do
Animal de Estimação
Os animais
domésticos são, sem dúvida, grandes companheiros e fazem muito bem a todos
(crianças e adultos). Para os adultos, especialmente os que vivem sozinhos, os
animais são como um membro da família, suprindo as necessidades de afeto e
atenção que os animais sabem nos dar como ninguém. Para as crianças,
então, além de companheiros de todas as horas, os animais ainda servem de
aprendizado, pois mostram de forma acelerada as fases principais da vida
(nascer, crescer, adoecer, sofrer acidentes “se não se cuidar”, morrer).
Enfim, estas fases são mais aceleradas nos animais e a criança acaba
conhecendo-as através deles. Além disso, os animais tornam seus donos mais
responsáveis, visto que precisam de constantes cuidados e isso desenvolve a
responsabilidade.
Mas nem tudo é alegria. Há uns fatores que devem ser analisados antes de
adquirir (ou adotar) um animal de estimação. O primeiro fator a ser considerado
é se há alguém na família que tenha alergia (rinite, asma, bronquite). Para os
alérgicos é impossível conviver com um gato, cachorro ou mesmo passarinho, pois
pelos e penas irão provocar-lhe crises. Então, neste caso, a pessoa poderá
manter um aquário com peixinhos ou uma tartaruga ou qualquer outro animal que
não lhe dê alergia.
Outro fator importante é a idade das crianças que conviverão com o
animal. Claro que cada criança tem seu tempo e amadurece numa fase só sua, mas
a idade considerada ideal para ganhar seu primeiro bichinho de estimação é
entre os seis e sete anos. Nesta idade, a criança já está familiarizada com a
escola, já é mais sociável, já pode entender suas responsabilidades em relação
ao presente que está ganhando, tem condições de entender que não poderá
maltratar o bichinho nem aperta-lo muito num carinho sufocante ( e isso é
próprio das crianças e até de alguns adultos que excedem na força de seus
carinhos ), e também da responsabilidade com a higiene e alimentação do animal.
Também nesta idade será fácil para ela entender que deverá cuidar-se para
evitar que o bichinho, sem querer, a machuque, principalmente no caso de gatos
e cachorros que, envolvidos em brincadeiras acabam mordendo ou arranhando seus
donos.
Se um casal já tem um animal de estimação, e a mulher engravida deverá
haver um trabalho de adaptação do animal com a gravidez e, posteriormente, com
a chegada do bebê, porque os animais também tem reações diante da rejeição, da
divisão de atenção, etc. Após o nascimento da criança, então deverá haver uma
fase de “apresentações” do bebê ao animal e vice-versa. E, a partir daí, deverá
haver sempre um adulto supervisionando as brincadeiras, pois, como já foi dito,
há perigo de mordidas, arranhões, principalmente quando a criança começa a
engatinhar/andar. Também há risco da criança machucar o animal por ainda não
ter maturidade para lidar com ele.
Os cães são muito brincalhões e adaptam-se facilmente às crianças. Mas
precisam tomar um banho por semana e sair para passear, por mais curta que seja
a caminhada, ao menos uma vez ao dia. Então, deve-se pensar se a(s) pessoa(s)
que cuidará(ão) do cão terá(ão) tempo para cuidar direitinho dele.
Os gatos são mais limpos,
independentes, saem sozinhos, aprendem sozinhos a usar seu banheiro de areia
higiênica, banham-se diariamente com a língua e isso faz com que precisem de menos
banhos, apenas um a cada vinte ou vinte e cinco dias, ocasião onde também
deverão ser cortadas e lixadas suas unhas. E ai vai uma dica especial, leve o
gato ao veterinário para cortar as unhas, pois há um limite de corte que, se
ultrapassado, faz com que ele sangre muito. Também, no caso de gatos, fala-se
em toxoplasmose, uma doença que pode levar a mulher grávida ao aborto ou gerar
crianças com graves comprometimentos no sistema nervoso central e muitas
complicações. Particularmente, acho uma injustiça, pois a informação que tenho
é de que os parasitas causadores da doença (mais precisamente um protozoário
chamado Toxoplasma gondii) podem ser encontrados em verduras,
legumes, carnes cruas ou mal cozidas e até em frutas mal lavadas. Então, há
muitas formas de se contrair a doença, além do contato com as fezes de alguns
gatos, pois nem todos os gatinhos estão contaminados... (gatos que bebem leite
não fervido ou comem carne crua ou ainda caçam ratos estão sujeitos a esta
doença). Para não correr riscos, a gestante deve evitar lidar com o bichano
durante a gravidez e, se nunca teve um gato, certamente não será boa idéia
comprar ou recolher algum gato órfão enquanto estiver grávida.
Esses são os dois tipos de animais que tive a vida toda e, por isso,
conheço bem como cuidar deles, quanto aos outros (pássaros, tartarugas, peixes,
hamsters, etc.) não tenho muitas informações. Ideal será procurar um
veterinário e pedir dicas antes de adquirir um animal.
Para finalizar, leve em conta também que o animal necessita de vacinas e
visitas ao veterinário periodicamente. Os gatos, neste caso, precisam de mais
vacinas do que os cães. Também é preciso pensar na alimentação dos bichos que
não deve ser a mesma dos seres humanos. Os bichos têm necessidades diferentes
das nossas e precisam de rações que lhes supram essas necessidades. Aliás, isso
lembra-me uma curiosidade sobre um gato de uma amiga minha que, sempre que come
uma azeitona, age como se estivesse drogado. Não sei se isso se deve ao sal
contido na azeitona que, provavelmente altera sua pressão ou se é algum outro
componente. Isso necessitaria de muita pesquisa para uma resposta mais
concreta. Mas esse caso ilustra bem o que estou dizendo. Uma inocente azeitona
pode ser uma espécie de alucinógeno para um bichano que gosta de roubar um
pedaço de pizza da mesa do seu dono. Então, todo cuidado é pouco ao
alimentar-se um animal de estimação.
Bem, analisando-se todos esses fatores, resta concluir que, apesar do
trabalho e da constante atenção que os animais nos exigem, eles retribuem nossa
atenção como ninguém e são, sem dúvida, nossos melhores amigos, companheiros
nos momentos de alegria, solidários nas horas difíceis, sempre dispostos
a nos acolher e dividir conosco todos os momentos. Cada animal que passa por
nossa vida nos traz um conhecimento, um ensinamento e nos faz crescer.
Aprendemos muito com eles. E, neste aprendizado, fica sempre uma boa lição. Meu
último gatinho, por exemplo, ensinou-me a escolher melhor meus
amigos...Ironicamente, ele ensinou-me em seus nove meses de vida, muito mais do
que aprendi a vida toda em relação aos amigos. Então, se prestarmos atenção,
veremos que os animais de estimação são, além de companheiros, excelentes
professores da matéria vida!
Dra. Lou de Olivier Psicopedagoga e Multiterapeuta
Dra. Lou de Olivier – Psicopedagoga e
Multiterapeuta
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