quinta-feira, 15 de março de 2012

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 15/03/2012

15 de Março de 2012  

Lucas 11,14-23

Comentário do Evangelho 

Sinais de libertação

Os sinais libertadores (curas e exorcismos) operados por Jesus suscitam a admiração de muitos nas multidões. Mas também suscitam o ódio de alguns que têm o poder religioso e econômico nas mãos e temem a libertação do povo. Assim, pretendem difamar Jesus diante do povo acusando-o de estar sob o poder de Beelzebu. Jesus responde que suas ações são feitas pelo dedo de Deus, libertando os possuídos pelo sistema opressor do Templo e das sinagogas, revelando a chegada do Reino de Deus. 
Somos libertados por Deus, em Jesus, para sermos agentes da transformação deste mundo em um mundo novo em que a ambição do dinheiro que promove o horror da guerra ceda lugar à fraternidade, à partilha e à paz. 

José Raimundo Oliva 



Vivendo a Palavra 

De um lado, o Galileu curando, expulsando demônios, fazendo bem a todos. Do outro, a desconfiança, a inveja, a injúria. O povo se dividia. Em qual dos grupos estarei eu? Sou capaz de dar graças a Deus pelo bem que acontece, sem me preocupar em rotular os companheiros de caminhada?



Reflexão
Estamos vivendo uma época em que as posições em relação a Satanás são contraditórias. Existem algumas pessoas que dizem que o demônio não existe, que é uma espécie de personificação das más tendências e inclinações das pessoas e que essa história de anjo decaído não passa de mitologia. Por outro lado, existem os que absolutizam a ação do demônio, de modo que tudo é o inimigo agindo, é fruto do maligno e outras coisas do gênero. A Igreja afirma a existência do demônio, mas também afirma que o poder de Deus é infinitamente superior ao dele. No Evangelho de hoje, Jesus nos mostra o seu poder sobre o maligno, poder que se manifesta na totalidade no Mistério Pascal, que é a derrota definitiva do antigo inimigo.



COMENTÁRIOS DO EVANGELHO


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1. "Quando o Mal se camufla de Bem..."
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Lembrando meus tempos de repórter, tinha um conhecido que traficava drogas, gente boa, não bebia e nem fumava, mas de vez em quando era pego com a boca na botija e permanecia 5 a 10 anos "engaiolado". Certa ocasião, em respeito a nossa amizade ele quis ajudar-me e me falou "Olha, se algum malandro entrar na sua casa ou tentar te assaltar ou fazer algum mal a alguém da sua família, diga pro sujeito que você é meu amigo e ele vai se borrar de medo deixando você em paz..."

Alguém que me dá segurança e proteção, só pode estar do lado do Bem, nada disso! É impossível navegar com o pé em duas canoas, ou eu pratico o Bem ou então o Mal. Não tem como fazer os dois ao mesmo tempo. Nesse caso do meu amigo "Vida Torta" a segurança que ele me oferecia era fruto da violência que ele cometia contra as Vidas dos Viciados e quem destrói a Vida do outro em benefício próprio está comprometido com o Mal e não com o Bem.

As ações de Jesus todas elas são libertadoras, resgatando ao ser humano a sua dignidade, ele tem poder sobre todas as forças que oprimem e escravizam o homem e por isso as multidões ficam admiradas quando vêem a total transformação de quem foi por ele liberto e curado. Mas há um grupo de pessoas que Jesus não consegue convencer, elas estão sempre por perto, prontas para o acusar, buscando argumentos para condená-lo á morte e chegam ao absurdo de desvirtuarem a ação libertadora, vendo nela uma força opressora, pois o demônio jamais liberta, ele só oprime e escraviza.

A ação libertadora de Jesus é a prova incontestável de que o Reino chegou e nele devem engajar-se todos os que desejam a salvação e a libertação de tudo quanto oprime e escraviza. Afirmar que se está do lado de Jesus, mas não mover uma agulha para que a ação libertadora aconteça na vida do outro, é certamente uma grande incoerência. Cristão que não busca a valorização da Vida, a preservação da dignidade humana, e o respeito pelo ser humano, pode até participar comunidade, mas pertence ao outro "time". Nesta lista entram também todos os que se omitem e até na comunidade ficam de boca calada, preferindo não dar sua opinião, para não ser criticado. Estes também estão possessos do demônio que os torna mudos e omissos.

Na comunidade, no mundo do trabalho, na política, nas instituições governamentais, está "assim ó" de mudos e mudas, omissos e omissas, que em fins de semana, da boca prá fora dizem o seu amém ao receberem uma Eucaristia que não vivem...

2. Sinais de libertação
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

VIDE ACIMA

Oração

Pai, transforma-me em instrumento de teu amor misericordioso, a exemplo de Jesus. Por onde eu passar, possa ser testemunha de que teu Reino já chegou para nós.

3. ADMIRAÇÃO E SUSPEITA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Embora agisse com absoluta boa-fé, a ação de Jesus foi alvo de interpretações desencontradas. As multidões ficavam maravilhadas diante de seus gestos poderosos. O caso da libertação de um homem mantido escravo pelo demônio, que o impedia de falar, era um, entre tantos. O povo começava a perceber algo de extraordinário, presente na ação de Jesus. Sem dúvida, a mão de Deus estava agindo por meio dele. Esta percepção constituia o primeiro passo para a fé.

Outros, porém, viam as coisas de modo diferente, e acusavam o Mestre de estar agindo em conluio com Belzebu. Por isso, colocavam-no sob suspeita. Na visão deles, os milagres de Jesus eram só aparentes; quem acreditava neles, corria o risco de afastar-se de Deus. A beleza desses milagres era como que uma capa que impedia as pessoas de se darem conta das reais intenções do Mestre. Por trás dessa capa bonita, ocultava-se um inimigo de Deus, que só buscava fazer adeptos.

Jesus não ficava indiferente, quando seu ministério era objeto de falsas interpretações. Afinal, os que o colocavam sob suspeita, estavam questionando o núcleo de sua ação: a obediência e a submissão ao Pai. Sem elas, toda a vida de Mestre não teria mais sentido, e sua condição de Messias, Filho de Deus, não passaria de uma impostura.

Ao maravilhar-se da ação de Jesus, o discípulo reconhece Deus agindo por meio dele, e se abre para acolhê-lo na fé.

Oração 

Espírito de compreensão, coloca-me, cava vez mais, em sintonia com Jesus, para eu poder perceber o verdadeiro sentido do seu agir.



Jesus nos liberta de todo o poder do mal


Postado por: homilia

março 15th, 2012 


“Jesus estava expulsando um demônio que era mudo” (Lucas 11,14). Diante disso, testemunhas oculares habituadas às  práticas ocultas se questionaram sobre “em nome e poder de quem” Jesus estaria atuando.
Cristo acabara de libertar aquele homem do poder de satanás. Vendo agora o homem curado e liberto, uma parte da multidão – impávida e pasmada – exclamava: “É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios” (Lucas 11,15).
Outros, querendo conseguir alguma prova contra Jesus, pediram que Ele fizesse um milagre para mostrar que o Seu poder vinha de Deus.
A atitude de Jesus, como sempre, é oportuna. Ele age na hora e no momento certo. Portanto, “Jesus, conhecendo-lhes os pensamentos, afirma: ‘Todo o reino dividido acaba por se arruinar a si mesmo; a família que se divide em grupos que lutam entre si também acaba por ser destruída. Se o reino de Satanás tem grupos que lutam entre si, como continuará a existir? Se vós dizeis é por Belzebu que eu expulso demônios. Por quem os expulsam os vossos mestres. Assim, os vossos seguidores provam que vós estais completamente enganados. Na verdade, é pelo poder de Deus que eu expulso demônios. O que prova que o Reino de Deus está no meio de vós’” (Lucas 11,17-20).
E Jesus ainda acrescenta: “Quando um homem forte e bem armado guarda a sua própria casa, tudo o que ele tem está seguro. Mas, quando um homem mais forte o ataca e vence, leva todas as armas em que o outro confiava e reparte tudo o que tomou dele. Quem não é a meu favor é contra mim; e quem não me ajuda a ajuntar está espalhando” (Lucas 11,21-23).
A prática libertadora de Jesus, restaurando a dignidade das pessoas, suscita, por um lado, a admiração das multidões; por outro, a repressão dos chefes religiosos de Israel.
Jesus afirma que veio para libertar todos que estão retidos sob o poder do maligno, pois é preciso que todos saibam que é em nome e no poder de Deus que Jesus veio, tornando presente o Reino de Seu Pai entre nós.
Padre Bantu Mendonça


Leitura Orante 

Preparo-me para a Leitura Orante rezando, 
com todos os internautas: 

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. 

Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo. 
Espírito Santo, 
tu que habitas, pela fé, nos nossos corações, 
abre-nos à Palavra! 
Seja a nossa inteligência e a nossa vontade, 
terreno bom, 
onde tu possas trabalhar com liberdade, 
de modo que a nossa vida 
seja sinal da tua caridade. 
Amém. 

1. Leitura (Verdade)

 O que diz o texto do dia? 

Leio atentamente, na Bíblia, o texto: 
Lc 11,14-23 , 
e observo pessoas, o que pensam e o que esperam de Jesus. 
Um exorcismo e a expulsão de um demônio que era mudo causou admiração na multidão. A admiração era frequente diante dos milagres, mas não significava ainda, atitude de fé. Alguns até atribuem o exorcismo a um pacto com Belzebu! São os que têm reservas fundamentadas em dois aspectos: a dificuldade em compreender a origem e o poder de Jesus e a necessidade do sinal. Conhecendo seus pensamentos, Jesus fala da destruição da família e do país dividido. Diz ainda que quem não é a seu favor é contra ele e quem não o ajuda a reunir, ajuntar, está espalhando. Da pregação de Jesus, entendemos também que uniremos quando nos amamos e dividiremos quando nos apegamos a nós mesmos e não nos preocupamos com o próximo.

2. Meditação (Caminho) 

O que o texto diz para mim, hoje? 

Sinto que promovo a comunhão na minha família, no meu trabalho, na Igreja? 

Os bispos, em Aparecida, 
na V Conferência, falaram da comunhão entre os cristãos: 
"A vocação ao discipulado missionário é con-vocação à comunhão em sua Igreja. Não há discipulado sem comunhão. Diante da tentação, muito presente na cultura atual de ser cristãos sem Igreja e das novas buscas espirituais individualistas, afirmamos que a fé em Jesus Cristo nos chegou através da comunidade eclesial e ela "nos dá uma família, a família universal de Deus na Igreja Católica. A fé nos liberta do isolamento do eu, porque nos conduz à comunhão". Isto significa que uma dimensão constitutiva do acontecimento cristão é o fato de pertencer a uma comunidade concreta na qual podemos viver uma experiência permanente de discipulado e de comunhão com os sucessores dos Apóstolos e com o Papa." 
(DAp 156). 

Tenho a tentação de contradizer, dividir, criticar, colocar obstáculos? 

Qual é a minha comunidade concreta? 

Como vivo nesta comunidade? 

3.Oração (Vida) 

O que o texto me leva a dizer a Deus? 

Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo, com a 

Oração da Campanha da Fraternidade 2012 

Senhor Deus de amor, 
Pai de bondade, 
nós vos louvamos e agradecemos 
pelo dom da vida, 
pelo amor com que cuidais de toda a criação. 
Vosso Filho Jesus Cristo, 
em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos 
e de todos os sofredores, 
sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude. 
Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito. 
Guiai a vossa Igreja, para que ela, pela conversão 
se faça sempre mais, solidária às dores e enfermidades do povo, 
e que a saúde se difunda sobre a terra. 
Amém. 

4.Contemplação (Vida e Missão) 

Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 

Meu novo olhar é de comunhão, de promoção da união de todos por onde passo. 

Bênção 

- Deus nos abençoe e nos guarde. 
Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. 
Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. 
Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. 
Amém. 

I. Patrícia Silva, fsp  

Oração Final 

Pai Santo, nós desejamos ser um povo unido em teu Nome. Ajuda-nos, Pai amado, a entender nossas diferenças como riquezas que nos completam e não como obstáculos que nos separam. Pois assim viveu e nos ensinou o Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.


 

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