
Missa da Vigília
«Do seu interior correrão rios de água viva»
O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo seu Espírito que habita em nós, aleluia (Rm 5,5; 8,11).
Esta vigília nos motiva a acolher, na fé e na esperança, os dons do Espírito Santo. Ele, que vem em socorro de nossa fraqueza, acenda em nós o amor e a alegria de sermos a assembleia amada e reunida por Deus.
Jo 7, 37-39
Reflexão
A torre de Babel, construída para “atingir o céu”, exprime a arrogância dos povos que querem tudo dominar e se igualar a Deus. Quando o orgulho e a arrogância dispensam a Deus, a confusão e a violência tomam conta da sociedade. / A obra da criação geme e sofre enquanto não houver libertação de tudo aquilo que não favorece a vida. A natureza, cada vez mais, geme diante da degradação que o próprio ser humano lhe impõe. Destruindo-a, ele também sofre as consequências. / Jesus se apresenta como a fonte de onde jorra a água que sacia a sede mais profunda do ser humano. No Mestre está presente a vida em plenitude. O orgulhoso não se aproxima dele, porque não sente necessidade e se considera saciado.
(Liturgia Diária)
Reflexão
MISSA DA VIGÍLIA (Jo 7,37-39) «Do seu interior correrão rios de água viva»
Rev. D. Joan MARTÍNEZ Porcel
(Barcelona, Espanha)
Hoje contemplamos Jesus no último dia da festa dos Tabernáculos, quando de pé gritou: «Se alguém tem sede, venha a mim, e beba quem crê em mim, conforme a Escritura: ‘Do seu interior correrão rios de água viva’» (Jo 7,37-38). Referia-se ao Espírito. A vinda do Espírito é um teofania na que o vento e o fogo nos lembram a transcendência de Deus. Depois de receber ao Espírito, os discípulos falam sem medo. Na Eucaristia da vigília vemos ao Espírito como usualmente referimo-nos ao papel do Espírito em relação individual, porém hoje a palavra de Deus remarca sua ação na comunidade cristã: «Ele disse isso falando do Espírito que haviam de receber os que acreditassem nele» (Jo 7,39). O Espírito constitui a unidade firme e sólida que transforma a comunidade em um corpo só, o corpo de Cristo. Também, ele mesmo é a origem da diversidade de dons e carismas que nos diferenciam a todos e a cada um de nós.
A unidade é signo claro da presença do Espírito nas nossas comunidades. O mais importante da Igreja é invisível e, é precisamente a presença do Espírito que a vivifica. Quando olhamos a Igreja unicamente com olhos humanos, sem fazê-la objeto de fé, erramos, porque deixamos de perceber nela a força do Espírito. Na normal tensão entre unidade e diversidade, entre igreja universal e local, entre comunhão sobrenatural e comunidade de irmãos, necessitamos saborear a presença do Reino de Deus na sua Igreja peregrina. Na oração coleta da celebração eucarística da vigília pedimos a Deus que «os povos divididos (...) se congreguem por meio do teu Espírito e, reunidos, confessem teu nome na diversidade de suas línguas».
Agora devemos pedir a Deus saber descobrir o Espírito como alma de nossa alma e alma da Igreja.
Missa do dia
Solenidade de Pentecostes
DOMINGO DE PENTECOSTES
Ano C - Vermelho
“O Espírito Santo anima a comunidade.”
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2025
Tema: Fraternidade e Ecologia Integral
Lema: “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31)
Jo 20,19-23
Ambientação
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: O Espírito Santo prometido à Igreja desce sobre os discípulos e sobre toda a comunidade reunida. Ele é o esperado, aquele que continua a nos ensinar, conduzir e animar nossa missão de sermos testemunhas do ressuscitado. Ele provoca a diversidade dos ministérios para que possamos atuar em todas as necessidades humanas e continuemos no mundo os gestos e a mensagem de Jesus.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, hoje celebramos o dia em que o mistério pascal atingiu a sua plenitude no dom do Espírito derramado sobre a Igreja nascente. Nós que vivemos nesta grande cidade convivendo com tantas culturas, damos graças ao Pai porque o Espírito revelou a todos os povos o mistério escondido nos séculos e reuniu todas as raças na alegria da salvação. Por força desse mistério, seremos revestidos da força do Espírito para sermos testemunhas do Cristo ressuscitado.
O ESPÍRITO DA VIDA E DA ESPERANÇA
Hoje é Pentecostes e recordamos que
o Espírito Santo nos foi dado como um
dom de Jesus ressuscitado. É o dom
mais excelente que poderíamos receber, pois é o próprio Deus-Espírito
Santo, 3ª. Pessoa da Santíssima Trindade, que veio a nós, para termos em
nós a vida divina. Na expressão de São
Paulo, quem recebeu o Espírito Santo
passou da “vida segundo a carne” para
a “vida segundo o Espírito” (cf Rm 8,9).
Isso supõe uma mudança radical na
forma de viver: não devemos mais
deixar-nos conduzir pelos desejos e
atrações “da carne”, mas do Espírito
Santo, que nos atrai para toda obra
boa. É ainda São Paulo que ensina, no
texto da Carta aos Romanos que lemos
hoje na Missa, que é graças ao Espírito
Santo que podemos esperar a ressurreição do nosso corpo, para que ele
também participe um dia da vida com
Jesus ressuscitado (cf Rm 8,11).
Isso é motivo de grande esperança e
alegria. Desde agora, podemos ter a
firme esperança na nossa ressurreição futura e na participação da glória
de Deus no céu, se tivermos o Espírito
Santo em nós. É Ele que vivifica, porque é o Espírito da vida. Como podemos receber o Espírito Santo? Antes
de tudo, nós já o recebemos no dia do
nosso Batismo e, de novo, na Crisma,
como um presente de Deus. Talvez não
nos damos conta disso e vivemos distraídos, sem lembrar desse dom precioso. Ao longo da vida, podemos invocar o Espírito Santo, para que venha
a nós e nos ajude, ilumine, conduza,
fortaleça em todas as circunstâncias
da vida.
São Paulo ensina que “todos os que se
deixam conduzir pelo Espírito de Deus
são filhos de Deus” e podem chamar a
Deus de Pai (Rm 8, 14-15). Que maravilha! Já durante esta vida, somos filhos
e filhas de Deus. E, se somos filhos,
também somos “herdeiros de Deus
e coerdeiros com Cristo” (Rm 8,17).
Nesse sentido, podemos compreender
que “quem está em Cristo é uma nova
criatura” (2Cor 5,17).
Que alegria, e que esperança grande
já trazemos em nós durante esta vida!
Mesmo ainda rodeados de fragilidades, já fomos revestidos de uma dignidade e de uma esperança inimagináveis! É uma esperança imensa saber
que, “para os que estão em Cristo, não
há condenação” (Rm 8,1).
Mas é preciso viver de acordo com
esse dom e essa imensa dignidade. Por
isso, São Paulo ensina que nossa vida
deve consistir num contínuo processo
de conversão a Deus, com a ajuda do
Espírito Santo. Devemos superar as
obras más, não orientadas segundo
o Espírito Santo e que São Paulo chama de “obras da carne”. Toda forma
de maldade é “obra da carne”. Todo
bem praticado é “obra do Espírito”. As
obras da carne conduzem à morte. As
obras do Espírito conduzem à vida.
Se alguém se deixa conduzir pelas
obras da carne, não possui o Espírito
de Cristo. É ainda São Paulo quem ensina: “Se alguém não possui o Espírito
de Cristo, não pertence a Cristo” (Rm
8,9). E viver sem Cristo significaria não
ter esperança de vida e salvação. Hoje,
renovemos nossa fiel adesão ao Espírito Santo e lhe peçamos com muita fé
que nos ajude a viver “conforme Cristo”, como filhos e filhas de Deus todos
os dias de nossa vida.
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo
Comentário do Evangelho
Pentecostes O Espírito Santo e a Manifestação da Igreja ao Mundo
Após cinquenta dias da Páscoa, celebramos a solenidade de Pentecostes, que marca o início da manifestação oficial da Igreja ao mundo. Neste dia, Jesus, junto ao Pai, cumpre a promessa de enviar o Espírito Santo, completando a obra de renovação da vida dos discípulos, já iniciada na experiência da sua ressurreição.
Pentecostes, que originariamente era conhecida como a “Festa das Semanas”, tinha um caráter agrícola. Nela, os primeiros frutos da colheita do trigo eram apresentados a Deus (Ex 34,22). Mais tarde, passou a ser a festa do dom da Lei e da renovação da Aliança no Sinai (Ex 19). Deus, que se fez presente como fogo no Sinai, agora se manifesta como um vento impetuoso e como fogo que arde no coração dos discípulos (primeira leitura). Esse fogo transforma o medo e a tristeza em ousadia e alegria.
A confusão das línguas, que ocorreu em Babel, agora é transformada em uma compreensão universal da Boa-Nova, que é entendida por pessoas de diferentes línguas. Não há mais barreiras para o Espírito Santo ser derramado, alcançando não apenas um grupo restrito, mas todos os que se abrem a Deus. A unidade, manifestada na diversidade das línguas, também reflete a diversidade dos dons e ministérios (segunda leitura). O Espírito dinamiza todas as coisas e utiliza os membros da comunidade para promover o bem comum.
Não há mais distinções de raça ou classe social, pois todos, através do Batismo, receberam o mesmo Espírito para formar um único corpo. No Evangelho de hoje, Jesus faz seu discurso de despedida. Todo o anúncio do Reino e as obras do Pai foram revelados. Aqueles que ouvem e praticam seus mandamentos devem acolher essa revelação, que está fundamentada no amor. Mesmo com a partida de Jesus, os discípulos devem continuar sua missão. Por isso, Jesus pede ao Pai que o Espírito Santo permaneça com eles, tornando-se morada em seus corações.
A presença do Espírito Santo fará com que os discípulos compreendam o verdadeiro significado das palavras e dos gestos do Senhor, especialmente após a experiência da Páscoa. Os discípulos que experimentaram o amor de Deus devem guardar sua Palavra, e, ensinados e recordados pelo Espírito, irão anunciá-la ao mundo. Com a força do Espírito que nos torna uma Igreja renovada e em constante saída, devemos estar sempre abertos ao serviço, à caridade e à unidade, que são os pilares que nos permitem manifestar o amor de Deus.
Não devemos ter medo de anunciar as maravilhas de Deus, trabalhando juntos para a construção de um mundo novo e cheio de esperança.
https://catequisar.com.br/liturgia/pentecostes-o-espirito-santo-e-a-manifestacao-da-igreja-ao-mundo/
Reflexão
Não há mais barreiras que o Ressuscitado não possa atravessar. No mesmo dia da Páscoa, ele aparece aos apóstolos medrosos e lhes deseja a paz: “A paz esteja com vocês”. É o desejo de plenitude que o Mestre lhes oferece. É a primeira Boa Notícia que recebem e a dádiva por excelência, que os auxilia na superação do medo. Após uma segunda saudação do desejo da paz, os discípulos são convidados a dar continuidade à obra do Mestre, e para isso são enviados. Em seguida, sopra sobre eles o Espírito Santo, que é a certeza da sua presença e da sua força na missão dos seus. Com o sopro do Espírito, o Ressuscitado renova a ação de Deus criador que deu vida ao ser humano. Ser humano criado para viver a paz, a reconciliação e a harmonia entre si. Com o sopro do Espírito, Jesus ressuscitado impele sua Igreja a sair de si, não ficar trancada entre quatro paredes e se lançar ao mundo, superando o medo e o comodismo para levar à sociedade os valores do Reino de Deus.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
Reflexão
«Recebei o Espírito Santo»
Mons. José Ángel SAIZ Meneses, Arcebispo de Sevilha
(Sevilla, Espanha)
Hoje, no dia de Pentecostes se realiza o cumprimento da promessa que Cristo fez aos Apóstolos. Na tarde do dia de Páscoa soprou sobre eles e lhes disse: «Recebei o Espírito Santo» (Jo 20,22). A vinda do Espírito Santo o dia de Pentecostes renova e leva à plenitude esse dom de um modo solene e com manifestações externas. Assim culmina o mistério pascal.
O Espírito que Jesus comunica cria no discípulo uma nova condição humana e produz unidade. Quando o orgulho do homem lhe leva a desafiar a Deus construindo a torre de Babel, Deus confunde as suas línguas e não podem se entender. Em Pentecostes acontece o contrário: por graça do Espírito Santo, os Apóstolos são entendidos por pessoas das mais diversas procedências e línguas.
O Espírito Santo é o Mestre interior que guia ao discípulo até a verdade, que lhe move a obrar o bem, que o consola na dor, que o transforma interiormente, dando-lhe uma força, uma capacidade nova.
O primeiro dia de Pentecostes da era cristã, os apóstolos estavam reunidos em companhia de Maria e, estavam em oração. O recolhimento, a atitude orante é imprescindível para receber o Espírito. «De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles» (At 2,2-3).
Todos ficaram cheios do Espírito Santo e, puseram-se a predicar valentemente. Aqueles homens atemorizados tinham sido transformados em valentes predicadores que não temiam o cárcere, nem a tortura, nem o martírio. Não é estranho; a força do Espírito estava neles.
O Espírito Santo, Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, é a alma da minha alma, a vida da minha vida, o ser de meu ser; é o meu santificador, o hóspede do meu interior mais profundo. Para chegar à maturação na vida de fé é preciso que a relação com Ele seja cada vez mais consciente, mais pessoal. Nesta celebração de Pentecostes abramos as portas de nosso interior de par em par.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Onde está a Igreja, está também o Espírito de Deus; e onde está o Espírito de Deus, está também a Igreja e toda a graça» (Santo Irineu de Lyon)
- «O sacramento da Penitência, nasce diretamente do mistério pascal. O perdão não é fruto dos nossos esforços, mas é um dom, um dom do Espírito Santo, que nos enche com o banho da misericórdia e da graça que flui sem parar do coração aberto de Cristo crucificado e ressuscitado» (Francisco)
- «O Símbolo dos Apóstolos liga a fé no perdão dos pecados à fé no Espírito Santo, mas também à fé na Igreja e na comunhão dos santos. Foi ao dar o Espírito Santo aos Apóstolos que Cristo ressuscitado lhes transmitiu o seu próprio poder divino de perdoar os pecados» (Catecismo da Igreja Católica, nº 976)
Reflexão
Deus Espírito Santo
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje celebramos a festa de um "Personagem" que nos resulta misterioso: o Espírito Santo. Ele é um "Alguém divino": a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Cristo ―na Última Ceia― deu seu Corpo e seu Sangue aos Apóstolos. Agora, já ressuscitado, lhes da o Espírito Santo. Esta doação se completou cinquenta dias depois, o dia de "Pentecostes".
Podemos imaginar a Jesus, porque é Deus Filho que se fez homem. Graças a seu sacrifício na Cruz, o Espírito Santo é enviado a nós. Não podemos imaginar como é, porque não é material: é espírito puro, é Alguém real, é uma Pessoa. Permanece entre e dentro de nós como a "sombra de Cristo".
―Espírito Santo, Amor Divino: vejo aos Apóstolos transformados após receber-te: perderam o medo e começaram a predicar com convicção e sabedoria. Transforma-me a mim também: entra no meu coração, no meu entendimento e conduz minha existência para que a viva divinamente.
Reflexão
O Espírito Criador tem um Coração! Ele é Amor!
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje nós perguntamo-nos: quem é o Espírito Santo? Uma primeira resposta recebemo-la do grande hino pentecostal da Igreja "Vem, Espírito Criador...": o mundo em que vivemos é obra do Espírito Criador. O Pentecostes não é apenas a origem da Igreja; o Pentecostes é também uma festa da criação.
O Espírito Santo vem ao nosso encontro através da criação e da sua beleza. Todavia, ao longo da história, a boa criação de Deus foi coberta por um estrato maciço de escórias que torna difícil reconhecer nela o reflexo do Criador.
—Mas o Espírito Criador vem em nossa ajuda. Ele entrou na história e assim fala-nos de uma maneira nova. Em Jesus Cristo, vemos algo totalmente inesperado: em Deus existe um “Eu” e um “Tu”: existe o Filho que fala com o Pai, e ambos são um só no Espírito Santo. O Deus misterioso não constitui uma solidão infinita; Ele é um acontecimento de amor. O Espírito Criador tem um Coração! Ele é Amor!
Reflexão
Pentecostes: Deus também como que saiu da sua intimidade e veio ao nosso encontro
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje vemos algo totalmente inesperado: em Deus existe um Eu e um Tu. O Deus misterioso não constitui uma solidão infinita; Ele é um acontecimento de amor. Se do olhar sobre a criação pensamos que podemos entrever o Espírito Criador, o próprio Deus, como que uma matemática criativa, como um poder que plasma as leis do mundo e a sua ordem e, em seguida, contudo, inclusive como beleza agora é-nos dado saber: o Espírito Criador tem um Coração. Ele é Amor.
Existe o Filho que fala com o Pai. E ambos são um só no Espírito Santo que é, por assim dizer, a atmosfera do doar e do amar, que faz deles um único Deus. Esta unidade de amor, que é Deus, constitui uma unidade muito mais sublime de quanto poderia ser a unidade de uma última partícula indivisível. Precisamente o Deus trino é o Deus uno.
—Por meio de Jesus nós lançamos, por assim dizer, um olhar sobre a intimidade de Deus. Todavia, Jesus não nos deixou somente olhar na intimidade de Deus; com Ele, Deus também como que saiu da sua intimidade e veio ao nosso encontro. Isto acontece sobretudo na sua vida, paixão, morte e ressurreição; na sua palavra.
Comentário sobre o Evangelho
A vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos
Hoje, celebramos a vinda do Espírito Santo. Quem é Ele? Jesus falou muito do Espírito da Verdade. Antes de ir para o céu prometeu-nos que o Pai e Ele nos iam enviar o Espírito Santo para nosso consolo. O amor entre o Pai e o Filho é tão grande que deles procede um Amor Infinito, como outra Pessoa Divina.
- O Espírito Santo é uma Pessoa, divina como o Pai e o Filho. Diz-Lhe: - Deus Espírito Santo, peço-te luz para proceder bem e força para ser constante nas coisas boas.
HOMILIA
A PALAVRA: DOS OUVIDOS AO CORAÇÃO!
Na criação do céu e da terra, “o Espírito de Deus se movia sobre a superfície das águas” (Gn 1,2); “o Espírito do Senhor encheu a terra inteira”; “enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai!” Palavras de Deus com que Ele nos confidencia esse seu grande sonho: seu Espírito ser o motor da inteira criação.
Sonho que Ele nos mostra hoje ser plenamente realizável. Sobre todos os discípulos, reunidos no mesmo lugar, vem o Espírito, em forma de “forte ventania, que enche a casa onde eles se encontravam, descendo sobre eles como ‘línguas de fogo’ e ‘todos ficaram cheios do Espírito Santo’”.
Quem eram esses plenificados pelo Espírito? Exatamente aqueles que o Ressuscitado, no anoitecer do “primeiro dia da semana”, no dia em que cria a Comunidade de seus seguidores, Ele encontrou de portas trancadas, “por medo dos judeus”. Se “ninguém pode dizer: ‘Jesus é o Senhor’, a não ser no Espírito Santo”, era a indomável força do Espírito que o Ressuscitado invocava para transformar medo em arrojo para a missão.
Assim, confia-lhes sua própria missão: “Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. E para tanto, “soprou sobre eles e disse: ‘Recebei o Espírito Santo’”. Assim, são revestidos dos poderes divinos: a quem perdoarem os pecados aqui, os pecados serão perdoados por Deus; se os retiverem, serão igualmente retidos.
Por sua Palavra, Deus nos confidencia acreditar no milagre mais difícil de ser realizado, mediante seu Espírito. A união dos corações humanos, da inteira humanidade, comparada a um corpo. “Como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo.” Com Cristo, todos a formar um único corpo, pois “fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito”.
É necessário permitirmos ao Espírito vencer em nós a insensibilidade ou frieza diante do próximo, ou pior ainda, nossa atitude malfeitora para com ele. É necessário renunciarmos a nós mesmos e assumirmos a cruz do amor-compaixão para com todos, pois “a cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum”.
Permitamos Pentecostes atualizar-se hoje: que o Espírito una todos os corações no amor, a língua universal!
Pe. Domingos Sávio da Silva, C.Ss.R.
Oração
— OREMOS: Ó DEUS, que, pelo mistério da festa de hoje santificais vossa Igreja inteira, em todos os povos e nações, derramai por toda a extensão do mundo os dons do vosso Espírito Santo, e realizai agora, no coração dos que creem em vós, as maravilhas que operastes no início da pregação do Evangelho. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
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