terça-feira, 5 de março de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 05/03/2024

ANO B


Mt 18,21-35

Comentário do Evangelho

Perdoar à medida da compaixão de Deus

Como parte do "discurso eclesiológico" (Mt 18), o texto de hoje apresenta o tema dominante de todo o discurso: o perdão. Não se trata de quantificar o perdão, mas de imitar a compaixão de Deus que perdoa toda dívida . A experiência, consciência e reconhecimento de ter sido perdoado por Deus, tem para o membro da comunidade uma implicação prática: perdoar. Nesse sentido os versículos 32b-33 resumem o ensinamento da parábola: ". eu te perdoei toda a tua dívida, porque me suplicaste. Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?".
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, é meu desejo imitar teu modo de agir, no tocante ao perdão. Faze-me ser pródigo e misericordioso em relação ao próximo que precisa do meu perdão.
Fonte: Paulinas em 05/03/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Jesus ensina que devemos perdoar sempre


Perdoar setenta vezes sete vezes significa perdoar sempre. Pedimos a Deus que nos perdoe e ele o fará, se perdoarmos de coração ao nosso irmão.
Cônego Celso Pedro da Silva,

Vivendo a Palavra

O Evangelho ensina a construir uma Igreja que perdoa – até setenta vezes sete, isto é, sem impor limites, sem contabilizar débitos e créditos – que perdoa como desejamos que o Pai Celeste nos perdoe. Igreja que perdoa, porque sabemos que tudo é dom da Graça de Deus, a começar pela Vida e a Fé.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/03/2018

VIVENDO A PALAVRA

Perdão é um dos temas queridos do nosso Mestre. Perdão sem limites, sem contabilidade, dado generosamente e com largueza, como passo necessário que deve ser sinal do amor espontâneo, indiscriminado, gratuito e libertador que devemos aos irmãos. A todos os irmãos, incluídos os que nos desejam o mal!
Fonte: Arquidiocese BH em 06/03/2018

VIVENDO A PALAVRA

O perdão incondicional e sem limites – setenta vezes sete! – deve ser uma característica marcante dos discípulos missionários de Jesus de Nazaré. Lembremos o compromisso que fazemos cada vez que oramos como Ele nos ensinou: ‘perdoa-nos, Pai Nosso, as nossas ofensas, do mesmo jeito com que nós perdoamos aos irmãos que nos ofendem!'
Fonte: Arquidiocese BH em 17/03/2020

VIVENDO A PALAVRA

A grande lição que acabamos de ouvir do Mestre é que podemos sentir-nos infinitamente perdoados pelo Pai. E que, por tudo isso, sejamos agradecidos! A gratidão se mostrará nas relações fraternas com os peregrinos que caminham conosco rumo à Casa do Amor, e no sentimento de filhos que temos uma certeza: somos todos muito amados pelo Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/03/2021

Reflexão

O Evangelho nos surpreende muitas vezes ao usar determinados termos que, à primeira vista, nos parecem totalmente descabidos em relação a Deus. O texto de hoje nos mostra Deus indignado por causa da falta de perdão. Como pode Deus indignar-se, o Altíssimo ter a sua dignidade ferida? Este texto nos mostra uma realidade muito profunda: se o pecado fere a dignidade humana, a ausência do perdão fere a dignidade divina. Por que? Porque Deus é amor, é misericórdia, e negar o amor e a misericórdia é negar o próprio Deus na sua essência. Negar o perdão é negar que Deus é amor e misericórdia e impedir que ele aja com amor e misericórdia em relação a nós mesmos, e impedir a ação misericordiosa de Deus é causar-lhe indignação.
Fonte: CNBB em 05/03/2013

Reflexão

O tema do perdão é frequente nos evangelhos. Talvez pela dificuldade que o ser humano tem de perdoar. Uma coisa é certa: Jesus parece levar muito a sério a necessidade que temos de perdoar “setenta vezes sete”, isto é, sempre. Isso nos causa arrepio, pois na vida cotidiana parece haver ofensas imperdoáveis. Como consegue uma mãe perdoar o assassino de seu filho? Onde ajuntar forças e disposições para um perdão sincero em caso tão grave? O ferimento, se é profundo, leva longo tempo para cicatrizar. Precisamos, pois, contar com o auxílio divino, porque o perdão total só é possível com o impulso da graça de Deus. E as parábolas comprovam que o Pai celeste quer e espera que perdoemos “de coração” aos nossos semelhantes.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 06/03/2018

Reflexão

O tema do perdão é frequente nos evangelhos. Talvez pela dificuldade que o ser humano tem de perdoar. Uma coisa é certa: Jesus parece levar muito a sério a necessidade que temos de perdoar “setenta vezes sete”, isto é, sempre. Isso nos causa arrepio, pois, na vida cotidiana, parece haver ofensas imperdoáveis. Como consegue uma mãe perdoar o assassino de seu filho? Onde ajuntar forças e disposições para um perdão sincero em caso tão grave? O ferimento, se é profundo, leva longo tempo para cicatrizar. Precisamos, pois, contar com o auxílio divino, porque o perdão total só é possível com o impulso da graça de Deus. E as parábolas comprovam que o Pai celeste quer e espera que perdoemos “de coração” aos nossos semelhantes.
Oração
Senhor Jesus, obrigado pelo ensinamento sobre o perdão. Pela pergunta de Pedro, constatamos quanta dificuldade temos para perdoar a quem nos ofendeu. Por isso, tu nos mostras que o modelo de misericórdia é o Pai celeste, que perdoa sem medida. E exige que também nós perdoemos sem cessar. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 17/03/2020

Reflexão

O capítulo dezoito do Evangelho de Mateus contém o discurso catequético de Jesus à comunidade. São, portanto, ensinamentos do Mestre para que os membros da comunidade os vivam dia a dia. O texto de hoje fala do perdão que as pessoas deveriam viver no relacionamento cotidiano. Pedro quer estabelecer um limite ao perdão do irmão. Por meio da parábola, Jesus apresenta o pensamento de Deus a respeito do perdão. Suplicando, o servo consegue do rei misericordioso (Deus?) o perdão de sua enorme dívida. Por outro lado, esse servo não consegue perdoar um colega que lhe devia pequena quantia. Com a expressão “setenta vezes sete”, Jesus ensina que não há limite para o perdão. Quando rezamos o pai-nosso, pedimos a Deus que nos perdoe assim como nós perdoamos. Se ele levasse em conta isso, coitados de nós.
Oração
Senhor Jesus, obrigado pelo ensinamento sobre o perdão. Pela pergunta de Pedro, constatamos quanta dificuldade temos para perdoar a quem nos ofendeu. Por isso, tu nos mostras que o modelo de misericórdia é o Pai celeste, que perdoa sem medida. E exige que também nós perdoemos sem cessar. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 09/03/2021

Reflexão

Somos chamados a perdoar de forma ilimitada; é isso que significa o “setenta vezes sete”. E para que não haja dúvida, Jesus conta uma pequena história que ilustra com muita clareza como devem ser a lógica e a dinâmica do perdão daqueles que seguem o Mestre. De modo geral, perdoar não é fácil. Depende, no mínimo, da índole de cada pessoa e também da ofensa recebida. Contudo, toda e qualquer dificuldade de perdoar somente será superada se estivermos inseridos no Cristo. Perdoar é libertador, é uma decisão, é um exercício. As ofensas recebidas não são esquecidas facilmente (ou nunca são esquecidas); contudo, o perdão concedido nos possibilita seguir adiante com leveza e de cabeça erguida.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 22/03/2022

Reflexão

Muito oportuna a pergunta de Pedro a Jesus sobre o perdão. A resposta vem imediatamente, sem deixar margem a dúvidas: é necessário perdoar todas as vezes que alguém nos ofende. Para ilustrar o ensinamento novo, Jesus conta a parábola dos dois devedores. E salienta a desproporção entre o perdão generoso que nos vem de Deus e o nosso perdão, muitas vezes mesquinho ou dado de má vontade. A parábola mostra também que Deus nos perdoa quando nós perdoamos. Ao perdoar alguém, abrimos o canal para que o perdão de Deus chegue até nós. Detalhe: não se trata de um perdão qualquer, da boca para fora. É necessário perdoar “de coração”. Todos somos pecadores e precisamos do perdão de Deus. Estamos dispostos a oferecer o perdão a quem nos ofendeu
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 14/03/2023

Reflexão

O tema do perdão é frequente nos Evangelhos. Talvez pela dificuldade que o ser humano tem de perdoar. Uma coisa é certa: Jesus parece levar muito a sério a necessidade que temos de perdoar “setenta vezes sete”, isto é, sempre. Isso nos causa arrepio, pois, na vida cotidiana, parece haver ofensas imperdoáveis. Como consegue uma mãe perdoar o assassino de seu filho? Onde ajuntar forças e disposições para um perdão sincero em caso tão grave? O ferimento, se é profundo, leva longo tempo para cicatrizar. Precisamos, pois, contar com o auxílio divino, porque o perdão total só é possível com o impulso da graça de Deus. E as parábolas comprovam que o Pai celeste quer e espera que perdoemos “de coração” aos nossos semelhantes.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)

Reflexão

«O senhor teve compaixão, (…) perdoou-lhe a dívida»

Rev. D. Enric PRAT i Jordana
(Sort, Lleida, Espanha)

Hoje, o Evangelho de Mateus convida-nos a uma reflexão sobre o mistério do perdão, propondo um paralelismo entre o estilo de Deus e o nosso na hora de perdoar.
O homem atreve-se a medir e a levar em conta a sua magnanimidade perdoadora: «Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?» (Mt 18,21). A Pedro parece-lhe que sete vezes já é muito e que é, talvez, o máximo que podemos suportar. Bem visto, Pedro continua esplêndido, se o compararmos com o homem da parábola que, quando encontrou um companheiro seu que lhe devia cem denários, «Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’» (Mt 18,28), negando-se a escutar a sua súplica e a promessa de pagamento.
Fechadas as contas, o homem, ou se nega a perdoar, ou mede estritamente a medida do seu perdão. Verdadeiramente ninguém diria que receberíamos da parte de Deus um perdão infinitamente reiterado e sem limites. A parábola diz: «o senhor teve compaixão, soltou o servo e perdoou-lhe a dívida» (Mt 18,27). E a divida era muito grande.
Mas a parábola que comentamos põe acento no estilo de Deus na hora de outorgar o perdão. Depois de chamar à ordem o seu devedor em atraso e de o fazer ver a gravidade da situação, deixou-se enternecer repentinamente pelo seu pedido contrito e humilde: «‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. Diante disso, o senhor teve compaixão…» (Mt 18, 26-27). Este episódio põe à vista aquilo que cada um de nós conhece por experiência própria e com profundo agradecimento: que Deus perdoa sem limites ao arrependido e convertido. O final negativo e triste da parábola, contudo, faz honras de justiça e manifesta a veracidade daquela outra sentença de Jesus em Lc 6,38: «Com a medida com que medirdes sereis medidos».

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Aquele que perdoa e aquele que é perdoado, encontram-se num ponto essencial, na dignidade» (São João Paulo II)

- «O perdão é o instrumento, posto nas nossas frágeis mãos, para alcançarmos a serenidade de coração» (Francisco)

- «Não há nenhuma falta, por mais grave que seja, que a santa Igreja não possa perdoar. «Nem há pessoa, por muito má e culpável que seja, a quem não deva ser proposta a esperança certa do perdão, desde que se arrependa verdadeiramente dos seus erros». Cristo, que morreu por todos os homens, quer que na sua Igreja as portas do perdão estejam sempre abertas a todo aquele que se afastar do pecado (cf. Mt 18,21-22)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 982)

Reflexão

A “Parábola do servo desapiedado” (o perdão só é efetivo em quem sabe perdoar)

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, com a perspectiva do “grande perdão” de Deus que Jesus implora e alcança desde a Cruz, entendemos que a ofensa somente se supera mediante o perdão e, que o perdão somente pode ser efetivo em quem, por sua vez, perdoa (assim o manifestamos ao rezar o “Pai Nosso”). O tema do “perdão” aparece continuamente em todo o Evangelho.
Deus, levando a iniciativa, veio ao nosso encontro para nos reconciliar com Ele; pelo perdão pagou o preço de descender às misérias da existência humana e à morte de Cruz. Como contraponto, temos a “Parábola do servo desapiedado”: a este lhe havia sido perdoada a incrível dívida de dez mil talentos, mas depois não esteve disposto a perdoar a dívida —ridícula em comparação— de cem denários que lhe deviam. Qualquer coisa que devamos perdoar-nos mutuamente é sempre pouco comparada com a bondade de Deus que perdoa a todos!
—Senhor, ajuda-me a me lembrar frequentemente da tua petição desde a Cruz: “Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem"

Meditação

Jesus afirma que devemos perdoar sempre. A parábola dá os motivos: devemos perdoar porque Deus nos perdoa; porque nos perdoa se nós também perdoamos. E, uma vez que devemos perdoar sempre, podemos concluir que também Deus nos perdoará sempre se nós sempre perdoarmos. Perdoar é ato de amor. Nosso amor deve ser sem limites, e também sem limites nosso perdão.
Oração
Ó Deus, que a vossa graça não nos abandone, mas nos faça dedicados ao vosso serviço e aumente sempre em nós os vossos dons. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus conosco, em 14/03/2023

Meditação

“Quantas vezes devo perdoar se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” A resposta de Jesus vai além do que poderiam imaginar a sabedoria e a generosidade humana: é preciso perdoar sempre, tudo, a todos. E o motivo que nos apresenta não poderia ser mais forte: devemos perdoar assim porque é assim que o Pai do céu nos perdoa. Mesmo o não perdoar, o Pai nos perdoa, se nos arrependemos e começamos a perdoar. Por que não haveríamos de perdoar?
Oração
SENHOR, a vossa graça não nos abandone, mas nos faça dedicados ao vosso santo serviço e sempre nos obtenha o vosso auxílio. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Comentário sobre o Evangelho

Parábolas de Jesus: O Credor Incompassivo. A necessidade de perdoar


Hoje estão claras as coisas: sempre devemos que perdoar («até setenta vezes sete»). Tente multiplicar 7x7 umas 70 vezes: não poderás! Deus sim que pode (talvez por isso ainda não se cansou nem se cansará de nós). Saibamos desculpar, que é muito o que devemos a Deus!
—O final da parábola de hoje é trágico: o Pai celestial nos entregará o carrasco «se não perdoas de coração cada um a vosso irmão». Quem não perdoa se auto-incapacita para pedir e receber perdão! Trágico!

Meditando o evangelho

ATÉ QUANDO PERDOAR

Conviver é uma arte. Não basta boa vontade e paciência para que o relacionamento interpessoal seja perfeito. Embora com todas as precauções, é grande a possibilidade de desentendimento entre pessoas amigas, e até mesmo entre cristãos convictos.
Entretanto, a questão não reside na ruptura, e sim, na disposição a refazer os laços de amizade rompidos. Ninguém pode garantir que uma única reconciliação seja suficiente para cimentá-los, para sempre. É possível que outras rupturas aconteçam, pelo mesmo motivo. A tendência humana é impor limites bem definidos a esta situação. "A paciência tem limite" - assim justificamos a ruptura definitiva.
O discípulo de Jesus defronta-se com a lição de perdoar, toda vez que for ofendido. É exortado a fazer frente a uma tendência humana muito forte, a de não perdoar. O motivo apresentado pelo Mestre é inquestionável: é assim que somos perdoados pelo Pai. Quem se julga tão fiel a Deus a ponto de estar seguro de jamais correr o risco de pecar? Só um insensato poderá ter tal pretensão.
Todos somos pecadores e precisamos do perdão de Deus. Da mesma forma, quando alguém precisar do nosso perdão, por respeito a Deus somos obrigados a concedê-lo. Trata-se de dar o que também recebemos.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de perdão, liberta-me da tendência a colocar limites ao perdão. Pelo contrário, que eu esteja sempre pronto a perdoar a quem me ofendeu.
Fonte: Dom Total em 06/03/201817/03/202009/03/2021 22/03/2022

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O coração não pode estar preso a números...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Em seu coração, o apóstolo Pedro, que sempre falava em nome do grupo, encontrou uma matemática com a qual pensava surpreender Jesus. Sete, além de ser um número que simboliza a plenitude, era o dobro de três, mais um. Três vezes era o número de vezes que o Judeu Piedoso perdoava. Pedro dobra esse número e acrescenta mais um, esperando, quem sabe, que o Mestre lhe moderasse aquele ímpeto de perdoar além do que era estabelecido.
Entretanto, a Matemática de Jesus é infinita e plena de misericórdia quando se trata de perdão, e Jesus simplesmente multiplica setenta vezes o número apresentado, mostrando que se deve perdoar sempre, em um amor gratuito, incondicional e sem medidas e ilustra o seu ensinamento com a parábola do Rei que perdoou uma fortuna que um servo lhe devia, pois naquele tempo, quando não se tinha recursos para o pagamento de uma dívida, simplesmente o devedor sem tornava escravo juntamente com toda sua família.
Nossa dívida para com Deus era impagável, mas em vez de nos fazer seus escravos por toda a vida, nos fez Filhos e Filhas em Jesus Cristo, que assumindo a natureza humana, pagou toda a dívida por nós e por isso pertencemos a Cristo, que abrindo mão desse Domínio e soberania, nos fez seus irmãos. Sabedor disso o cristão deve manifestar exatamente esse amor sem medidas, com os irmãos e irmãs, e aqui podemos trazer a reflexão em nível de comunidade onde jamais deve nos faltar o perdão que decorre do amor, que é a nossa identidade de discípulos do Senhor. "Nisso reconhecereis que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros como eu vos amei".
O problema é que, embora nosso coração pertença a Cristo, nossa cabeça pensa como Pedro, amamos mais a uns, aos quais somos até capazes de perdoar, em um gesto heroico, mas a outros nem tanto... E até na comunidade fazemos sempre uma seleção das pessoas que nos são queridas, quanto aos outros, usamos uma calculadora, porque não conseguimos passar dos limites como Jesus nos ensina...
Nosso coração se quiser ser manso e humilde como o de Jesus, não pode estar atrelado a números e quantidades, quando se trata do amor...

2. Quantas vezes devo perdoar?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Perdoar setenta vezes sete vezes significa perdoar sempre. Pedimos a Deus que nos perdoe e ele o fará se perdoarmos de coração ao nosso irmão.
Fonte: NPD Brasil em 06/03/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Paciência não têm limites
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O pronome possessivo “meu irmão”, presente na pergunta que Pedro dirige ao Mestre explicita que se trata das relações entre os irmãos e irmãs da comunidade. O ensinamento está, portanto, na vida em comunidade e não fora, a meu ver algo bem mais difícil, pois a pessoa a quem devemos perdoar não é um estranho que nos ofendeu em uma ocasião, e que depois dificilmente iremos nos encontrar com ele. Certa vez um sujeito que eu não conhecia, me derrubou da bicicleta ao empurrar-me quando eu passei pedalando perto dele. Vim embora com os cotovelos ralados e foi fácil perdoá-lo, nunca mais o vi em minha vida.
O perdão a que se refere o evangelho é para aquela pessoa que se vê todo dia e que se convive na comunidade, na pastoral, na catequese, no ministério ou no movimento. E por que é muito mais difícil de perdoá-lo? Porque cada vez que o vemos ao nosso lado ou á nossa frente, vamos lembrar sua falta pois o nosso subconsciente armazena muito bem os detalhes da ofensa recebida. Por isso, quando dizemos “Nem me lembro mais do mal que ele, ou ela, me fez”, estamos sendo no mínimo hipócritas.
Pedro exagerou ao colocar sete, como a quantia de vezes a ser perdoada, pois, com as pessoas mais próximas do relacionamento, como esposa ou parentes, perdoar três vezes estava de muito bom tamanho para os Judeus. Jesus não se deixa levar por números dessa matemática mesquinha e miserável na relação com os irmãos e irmãs de comunidade, mas procura mostrar, através da parábola, como Deus se relaciona com o Homem nessa questão.
Nas nossas comunidades há muitos relacionamentos que têm como parâmetro essa matemática de Pedro, quantas pessoas que desistem de viver em comunidade, porque chegou no limite da sua capacidade de amar e perdoar, passou de sete vezes e preferiu cair fora porque o padre, o diácono, o ministro ou seja lá quem for, é intragável e insuportável. Essas pessoas migram para outras Paróquias ou até Igrejas, na ilusão de que vão encontrar uma comunidade perfeita, com pessoas angelicais, de relações sempre harmoniosas. Na vida conjugal e familiar, que é também a pequena comunidade, casais de relações sólidas e testemunhos estupendos na vida cristã, de repente se separam, porque um deles passou dos limites, estourando a quota estabelecida, e o outro não aguentou.
O amor de Deus, sua misericórdia e paciência para com todos nós, é eterno, infinito e sem limites. O atestado de que somos todos Filhos e filhas de Deus, não está em algum carisma prodigioso ou em coisas fantásticas que somos capazes de fazer, mas sim em amar sinceramente as pessoas com quem convivemos na Igreja e na Família, aceitando-as do jeito que elas são, com suas fraquezas e defeitos, pois é exatamente assim que DEUS NOS AMA!

2. Quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes? - Mt 18,21-35
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

É nossa missão introduzir no mundo o perdão, que o mundo não conhece. A força do perdão é transformadora. Perdoe aqui na terra para ser perdoado no céu.
Fonte: NPD Brasil em 17/03/2020

HOMILIA DIÁRIA

A maior experiência de amor que podemos fazer é perdão

Postado por: homilia
março 5th, 2013

O Evangelho de hoje nos fala dos relacionamentos entre Deus e os homens, e dos homens entre si.
Começaremos dizendo que Deus cria o homem por pura benevolência e o faz participar da Sua dignidade. A partir daí, o homem se converte em grande devedor de Deus. Primeiro da vida – como dom gratuito de Deus – e por isso seu promotor e protetor, quer no início quer na fase terminal. Ele foi constituído por Deus como senhor e guarda da natureza: “Crescei-vos, multiplicai-vos, dominai e sujeitai a terra” (Gn 1,28a).
Porque criados à imagem e semelhança de Deus – homem e mulher os criou – Deus estabelece relações entre os homens.
A Quaresma é o tempo do sonho de Deus. Como cristãos, embora ainda pequenos, somos convidados, interpelados e impelidos a viver este sonho de Deus em nossa vida. Sonho que se realiza quando amamos, acolhemos e perdoamos os erros e falhas uns dos outros. Portanto, é tempo de viver um constante amar e perdoar sem fim. Aliás, é isso que significa as palavras de Jesus ante a pergunta de Pedro: “Quantas vezes deverei perdoar se meu irmão me ofender. Até sete vezes?”
Deus quer nos falar neste dia sobre um assunto tremendamente importante. Eu diria essencial para que os relacionamentos em família possam gozar de inteira comunhão. Refiro-me ao perdão. O perdão é a maior experiência de amor que podemos fazer e não há dia ou tempo marcado para ele. Por desconhecermos as implicações do ato de perdoar e ser perdoado, é que vemos a cada dia lares se desfazendo, filhos abandonando os seus pais, casais se divorciando, irmãos brigando contra irmãos.
Vivemos num mundo, de fato, carente do amor e do perdão. Recordo a você, meu irmão, que a resposta de Senhor: “Não te digo até sete vezes mas até setenta vezes sete”, nos faz mergulhar na imensidade da misericórdia de Deus.
Deus não faz “matemática” para saber até quanto deve perdoar. Veja o que acontece conosco, quando nos ajoelhamos diante d’Ele reconhecendo nossos pecados e pedimos perdão com o propósito de nos corrigirmos, na pessoa do empregado que, de joelhos, diz ao seu patrão: “Tenha paciência comigo, e eu pagarei tudo”. Diante disso, “o patrão teve pena dele, perdoou a dívida e deixou que ele fosse embora”.
Se o simples patrão perdoou a grande dívida, quanto mais Deus que é rico em misericórdia – que perdoa até a milésima geração – não nos perdoará os nossos pecados se a Ele recorrermos, noite e dia, com gemidos inefáveis?
Quem ama não pode olhar “quantas vezes” as pessoas lhe ofenderam, acusaram injustamente, traíram, enganaram e também “quantas vezes” já perdoou aos que lhe fizeram tudo isso. É necessário perdoar sempre.
A falta do perdão entre os homens é tão forte que, a cada segundo que passa, nos deparamos com o que aconteceu na parábola que Jesus contou. Cristãos que pedem que Deus os perdoe, mas eles mesmo não perdoam. Ou, se o fazem, é só da “boca pra fora” e não de coração. Se isso acontece com você, o desfecho será: “Empregado miserável! Você me pediu, e por isso eu perdoei tudo o que você me devia. Portanto, você deveria ter pena do seu companheiro, como eu tive pena de você”.
Tomemos para nossas vidas a advertência de Jesus: “É assim que meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 05/03/2013

HOMILIA DIÁRIA

Quantas vezes é preciso perdoar aqueles que nos ofendem?

Jesus nos ensina que perdoar é ato de misericórdia e compaixão

“Senhor, quantas vezes devo perdoar, se o meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” (Mt 18, 21-35)

Perdão não é uma coisa simples e nem fácil para ninguém. Perdão é a decisão mais importante de um coração para tornar-se sadio e pleno da graça de Deus, porque o perdão purifica o coração, renova a alma e os lava.
O perdão nos dá saúde, nos aproxima de Deus e transforma o nosso coração rancoroso e cheio de ressentimentos, em um coração misericordioso. No entanto, exercitar o perdão não é fácil. Por isso, Pedro perguntou quantas vezes devemos perdoar; já perdoamos uma, duas e tem uma hora que alguém fala “já cansei de perdoar”.
Eu diria a você que é importante reverter a pergunta de Pedro. A pergunta deve ser esta: “quantas vezes Deus deve me perdoar? Uma vez somente, duas ou três vezes?”, nesse sentido, o próprio coração vai entender, compreender e acolher que Deus deve nos perdoar sempre.
Até podemos dizer que nosso coração não é como o de Deus, mas deveria ser. Nós devemos buscar ter esse coração, porque o coração do nosso Pai é pleno em perdão, perdoa de uma forma infinita, e essa graça do perdão deve estar dentro de nós. E, se Deus não perdoasse, Ele seria um Deus rancoroso, magoado; mas, o nosso Deus é pleno em amor, e n’Ele não há espaço para o rancor, ódio; não há espaço nenhum para ressentimentos.
Um filho que busca ser como o seu pai, busca, acima de tudo, no coração. Sendo assim, é muito importante que, neste tempo da graça que estamos vivendo, abramos o nosso coração (semelhante ao coração de Deus) para a dimensão do perdão em nossa vida; aquele perdão verdadeiro, sincero, da mesma forma como Deus nos perdoa; e Ele não nos perdoa pouco, ou mais ou menos ou com limites. Aprendamos com o Pai como devemos fazer e exercitemos o perdão!
A Páscoa verdadeira acontece no coração daquele que celebra, na vida, o dom do perdão. A renovação de uma alma só acontece quando o perdão é algo divino na vida, porque humanamente, há situações que nós não conseguimos perdoar, mas quando nos deixamos divinizar pela graça de Deus, o perdão flui em nossa alma. Os elementos divinos estão aí como: o sacramento da reconciliação, o da Eucaristia, a Palavra de Deus, e não podemos entender que “banqueteamos” de tantas coisas sagradas, mas meu coração não consiga viver a dimensão profunda do perdão.
A Eucaristia e o Sacramento da Confissão nos auxiliam a “quebrar e amolecer” o nosso coração, e esse, experimenta o tamanho da misericórdia de Deus para que nos tornemos verdadeiramente misericordiosos.
Se não temos força para perdoar, precisamos fazer uma outra pergunta ao nosso coração: “eu tenho a mesma comunhão com Deus e abraço mesmo a misericórdia de Deus sobre mim?”. Porque, pode ser que só tenha uma via – a que entra; e a via que sai pode estar obstruída.
O perdão de Deus e a comunhão Eucarística que entram em nós, precisam sair; e a forma deles saírem é pelo “remédio” do perdão e da misericórdia, porque se eles entram em mim, eles também sairão de mim em direção ao outro.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 06/03/2018

HOMILIA DIÁRIA

Busquemos em Deus o perdão e a reconciliação verdadeira

“Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: ‘Senhor, quantas vezes devo perdoar se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?’. Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete’.” (Mateus 18,21-22)

Muitas pessoas conhecem e experimentam o perdão, mas não é o perdão divino, é o humano, limitado, mesquinho e tão condicional. É o perdão que não cura, mas, na verdade, coloca limites.
Que bom que Deus não usa das medidas humanas! Que bom que o perdão d’Ele é o perdão sem medidas! A verdade é que Deus não faz conta dos nossos pecados porque a Sua misericórdia é maior do que todas as nossas misérias humanas, por isso, Ele não se cansa de nos perdoar, nos amar, nos purificar, nos lavar e nos renovar.
Eu vejo Deus como uma mãe que não se cansa de lavar o seu filho, de cuidar do vômito, do xixi, das fezes da sua criança. A criança pode defecar quantas vezes for ao dia, a mãe bondosa e paciente está ali limpando, cuidando e deixando o seu filho sempre cheiroso.
Eu fico olhando para Deus, e, quantas vezes erramos, pecamos, falhamos, pisamos na bola e Deus está nos lavando e nos purificando! É que somos adultos e temos de ter consciência que pecamos, falhamos e vamos lá para Deus nos consertar e nos purificar. É isso que Deus faz conosco.

A oração verdadeira produz perdão sem medidas no coração do homem

Isso é o sacramento da confissão, é isso que a misericórdia divina realiza em nós quando buscamos o perdão e a reconciliação com Ele. Quem experimenta a misericórdia de Deus torna-se expressão da misericórdia para o mundo, para as pessoas e para com os irmãos.
Não há limites para perdoar e nem contas para perdoar; não há um ponto que devemos chegar e dizer: “Não perdoo mais”. Aquele que experimenta o perdão de Deus torna-se a expressão do perdão em todas as situações, sabe conviver com os defeitos, os limites, as fraquezas do seu irmão, pois, sabe que os irmãos têm de conviver com suas fraquezas, limites e falhas. Ele não julga, mas tudo olha com o olhar da bondade e da misericórdia, sabe reconsiderar, rever, ponderar e jamais condenar.
Aquele que tem o bálsamo da misericórdia de Deus em seu coração não fala com rancor, porém, é curado pelo amor. Aquele que experimenta verdadeiramente Deus em si não coloca as pessoas umas contra as coisas, nem expõe ofensas e mágoas onde quer que esteja, mas expõe o coração reconciliado, testemunha com a própria vida aquilo que Deus mesmo fez no seu coração maltratado.
O homem que perdoa é o homem que reza porque só o homem que reza é capaz de perdoar. A oração verdadeira produz perdão sem medidas no coração do homem. Quem reza de forma superficial perdoa de forma superficial e não alcança a profundidade da misericórdia de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 17/03/2020

HOMILIA DIÁRIA

O perdão de Deus quebra as amarras do nosso coração

“’Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?’ Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete’.” (Mateus 18,21-22)

Se queremos compreender o Reino de Deus e nele entrar, é preciso compreender que o Reino de Deus é o Reino do perdão. Ninguém vive o Reino de Deus sem ser banhado profundamente no perdão e na misericórdia de Deus. Ninguém mergulha no Reino de Deus se não coloca o perdão como o fundamento da sua relação com Deus.
A primeira coisa é buscar o perdão, entender o quanto precisamos ser perdoados, inclusive, perdoados dos pecados que não reconhecemos e não tomamos consciência. É preciso buscar ter a consciência daquilo que o pecado exerce em nossa vida, do quanto o pecado obscurece a nossa mente, a nossa consciência, a nossa vontade; do quanto o pecado gera orgulho e soberba, gera essa situação toda dentro de nós que nos torna pessoas vaidosas, inclusive, religiosamente falando.
O perdão de Deus é para nos libertar e nos purificar, o perdão de Deus é para quebrar as amarras do nosso coração e realmente sermos pessoas novas.

Se queremos viver uma relação verdadeiramente com Deus, nos convertamos para o perdão

Sabemos quando uma pessoa encontrou o perdão de Deus pela forma de até como ela fala, como ela se expressa. Olhe os pecadores do Evangelho que foram perdoados, olhe os doentes que foram curados, olhe como a vida deles exala a misericórdia divina.
Infelizmente, alguns olham para Maria Madalena, e olham sempre para ela com o “retrovisor do passado”, querem catalogá-la como prostituta, como adultera, com todas aquelas categorias humanas de catalogar as pessoas. Mas ela é a mulher nova, perdoada, redimida, a mulher salva e, por isso, o perfume que exala dela é o bálsamo da misericórdia e do perdão.
Se queremos viver uma relação verdadeiramente com Deus, nos convertamos para o perdão. E perdoar significa perdoar setenta vezes sete, ou seja, sempre, em todo o momento. Não teremos saúde no corpo, na alma e no espírito, se o perdão não for uma condição de vida para a nossa vida.
Perdoar quer dizer: eu quero ser curado! Eu quero ser liberto! Porque o rancor, o ressentimento e a mágoa criam “ranços” tão profundos na nossa alma, que vão nos tornando pessoas azedas, amargas; e olhamos a vida sempre com o prisma da amargura, quando não somos curados pelo perdão.
Decidir-se pelo Reino de Deus é decidir-se perdoar todos os dias setenta vezes sete.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 09/03/2021

HOMILIA DIÁRIA

A força do perdão brota do coração do Pai

“Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: ‘Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?’ Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.” (Mateus 18,21-22)

Veja, meus irmãos, o número setenta, na Palavra de Deus, indica o infinito, sem limites. E aqui temos o infinito multiplicado sete vezes. Ou seja, um jeito de perdoar muito estranho, um jeito de perdoar que excede qualquer compreensão humana e vai ser sempre assim. O perdão vai ser sempre um mistério.
É justamente por ser um mistério que Jesus nos ensinou, do Alto da Cruz, a nos referirmos sempre ao coração do Pai do Céu se nós quisermos aprender algo sobre o perdão. Se quisermos aprender algo sobre o perdão, não está dentro de nós a resposta. Essa força não está dentro de você.
Quando Jesus, do Alto da Cruz, diz: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23,34), Jesus poderia muito bem ter dito: “Perdoo vocês por aquilo que vocês fazem comigo”, mas Jesus faz referência ao Pai do Céu, porque Ele quis nos mostrar de onde brota a força do perdão: do coração do Pai. O coração do Pai que ama com amor infinito, o coração do Pai que ama com um amor exageradamente misericordioso. Então, é d’Ele que nós temos que aprender.
Agora, o primeiro assunto que aparece aqui no Evangelho, trata-se da parábola. O padre só leu o início do Evangelho, mas, depois, Jesus conta aquela parábola dos dois devedores: um que devia uma dívida impagável e o outro que devia uma dívida irrisória, muito pequena, muito simples.

O mesmo perdão que recebemos de Deus, precisamos partilhar com os nossos irmãos

O primeiro devedor é alcançado pela graça, ele recebe uma graça, porque a dívida foi totalmente perdoada; o proprietário não quis nem dar um tempo para que ele pagasse, e perdoou toda a dívida. O segundo devedor tinha uma dívida com aquele primeiro, que foi agraciado pelo perdão. Veja, o primeiro recebe a graça; e o segundo tem na dívida, na possibilidade de receber daquele que foi agraciado, também o perdão. Isso é para nos mostrar que o perdão nasce da memória de ter sido perdoado.
Aquele primeiro devedor que teve a sua dívida totalmente perdoada, precisava ter feito memória daquela graça, daquele perdão, para transmitir o que ele recebeu para o seu irmão. Isso nos ensina alguma coisa, quando pensarmos em perdoar alguém ou pedir perdão a alguém, vamos fazer memória de que nós também, um dia, fomos perdoados. Não um dia com uma coisa distante; por Deus, somos perdoados a cada segundo. A cada momento que nós pecamos, Deus se manifesta fiel e justo para nos perdoar se nós nos arrependemos dos nossos pecados e das nossas faltas.
Se temos uma boa consciência, vamos recordar o que nós fizemos contra Deus. Desafio você a se lembrar da sua última confissão, os pecados que você contou diante do sacerdote, ministro de Cristo; veja as ofensas que você fez contra Deus e assim vamos nos lembrar daquele Salmo: “Ah, se Deus nos tratasse como exigem as nossas faltas”. (cf. Salmo 78).
Não foi assim que Ele nos tratou, Ele nos tratou com muita misericórdia, com muito amor. Então, olhando para mim: quem eu sou? A minha fraqueza, a minha fragilidade, sou um santo em vestes frágeis ou sou um pecador com máscara de santo? Isso precisa interrogar o nosso coração, porque o mesmo perdão que recebemos de Deus, precisamos partilhar com os nossos irmãos até setenta vezes sete.
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Jesus pede para você perdoar infinitamente

“Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: ‘Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?’ Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete’.” (Mateus 18, 21-22)

Palavra dura essa, palavra que nos chama a uma conversão também sobre a nossa forma de viver o perdão para com os nossos irmãos. E, para começo de conversa, não existe proporção entre o perdão que recebemos de Deus e o perdão oferecido aos nossos irmãos, e outra coisa que nos iguala é que nós somos todos devedores agraciados.
Então, a primeira coisa é perceber que nós sempre vamos estar em dívida com alguém porque é incomparável o perdão que nós recebemos de Deus, das nossas ofensas, e o perdão que nós podemos dar aos nossos irmãos. Vai ser sempre assim: de Deus nós vamos receber uma torrente de misericórdia e para os nossos irmãos nós vamos dar migalhas de perdão e misericórdia. Coloque isso no seu coração para que não fique calculando o perdão para as pessoas, pois vai ser infinitamente desproporcional.

Perdoe! Afaste do seu coração de todo o mal

A outra coisa é o que nos iguala: nós somos todos devedores que fomos agraciados. Eu preciso do perdão de alguém que também precisou um dia de perdão; é em cadeia: eu dou o perdão para alguém, para que, esse alguém, também perdoe um outro alguém. Não é uma matemática. Se nós pensamos nos setenta vezes sete, ou seja, o infinito perdão, isso pode nos desanimar, isso pode nos chocar e, muitas vezes, nos fazer desistir de perdoar alguém, mas é uma lógica diferente do “Dai, e dar-se-vos-á”, ou seja, recebo o perdão e dou perdão gratuitamente. O perdão não só liberta a pessoa que nos ofendeu, tira aquela culpa da pessoa, mas também nos liberta daquilo que nos ligava ao mal, daquilo que a ofensa daquela pessoa me fez.
Perdoe! Afaste do seu coração de todo o mal. O mal de uma traição, de uma decepção, de um prejuízo sofrido, de uma ofensa verbal, de uma calúnia, de uma fofoca… Liberte-se disso! O perdão não nasce do nosso coração — que é bonzinho, caridoso —, mas de uma memória. Eu fui perdoado incondicionalmente, por isso, preciso também perdoar incondicionalmente. Não é possível negar o perdão a quem me ofendeu. Com que cara que eu vou me apresentar depois, diante de Deus, para pedir perdão (e nós fazemos isso em toda missa, no ato penitencial), se eu não perdoo meu irmão?
Quanto gente vai se confessar e diz: “Eu não tenho pecado, eu não faço nada de mal”. Os santos eram os que mais tinham consciência dos seus pecados, eles sabiam muito bem das suas misérias. Por isso, é Quaresma. Vamos nos converter! Faça bem a sua confissão. Primeiro, o seu exame de consciência, das suas atitudes; confesse os seus pecados. Deus quer se aproximar de nós com a Sua misericórdia.
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 14/03/2023

Oração Final
Pai Santo, dá-nos uma alma grande para perdoar sem julgamentos; um coração aberto para acolher todos os companheiros que nos deste para a viagem por este mundo encantado. Assis estaremos seguindo os passos do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/03/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, chegamos ao âmago da Mensagem de Jesus: o perdão. Faze-nos, Pai amado, capazes de reconhecer as nossas limitações no seguimento do Caminho e nos isenta da pretensão de julgar nossos irmãos, tornando-nos fontes perenes de perdão e reconciliação. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/03/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ensina-nos a gratidão pelos benefícios recebidos dos irmãos, mas, antes de tudo, ensina-nos o perdão. Muito além de esquecer, perdoar é lembrar com ternura quando nos julgamos ofendidos. Que a nossa presença seja sinal do Amor com que amas e do perdão que concedes. Por Jesus, o Cristo teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/03/2020

ORAÇÃO FINAL
Pai amantíssimo, estendemos a Ti as nossas mãos suplicantes e agradecidas, pedindo que nos livres de condenar nossos irmãos. E pedimos mais: que nos livres até mesmo de julgá-los. Que nós tenhamos um olhar desarmado e cheio de gratidão para a humanidade e o universo que Tu criaste, tornando-nos fontes de Paz, fraternidade e Esperança para todos. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/03/2021

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