segunda-feira, 9 de outubro de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 09/10/2023

ANO A


Lc 10,25-37

Comentário do Evangelho

A vida consiste no amor

No diálogo com um doutor da Lei sobre o que fazer para ter a vida eterna, Jesus afirma que a vida consiste no amor a Deus e no amor ao próximo. Uma parábola esclarece quem é o "próximo". O samaritano, excluído pelo judaísmo, é aquele que se faz próximo do sofredor, resgatando-lhe a vida. Em contraste, o doutor da Lei e o escriba passam indiferentes.
O gesto do samaritano é exemplar: "Vai tu e faze a mesma coisa". Jesus mostra como o amor deve ser concretizado na solidariedade e ajuda aos mais carentes e necessitados. E este amor é eterno. Tudo passa, mas o amor permanece para sempre.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, dá-me um coração cheio de misericórdia, como o de teu Filho Jesus, pois só assim terei certeza de estar em comunhão contigo, a caminho da vida eterna.
Fonte: Paulinas em 08/10/2012

Comentário do Evangelho

“E quem é o meu próximo”

O texto é próprio a Lucas e pode ser dividido em dois episódios: a) questão sobre a vida eterna (vv. 25-28); b) questão sobre o próximo e como proceder em caso de conflito entre dois mandamentos da Lei (vv. 29-37).
Os dois estão estreitamente relacionados pela observação do narrador: “… e, querendo experimentar Jesus…” e a pergunta do legista: “E quem é o meu próximo” (v. 29). A perícope tem um tom de controvérsia: “Um doutor da Lei se levantou e, querendo experimentar Jesus, perguntou...” (v. 25).
A resposta de Jesus com uma pergunta faz com que o doutor da Lei responda citando os mandamentos fundamentais da Lei mosaica (cf. Dt 6,4-9; Lv 19,18). A apresentação unitária destes mandamentos é uma leitura da Lei: “Que está escrito na Lei? Como lês (= interpreta)?” (v. 26). Segundo Lucas, Jesus encontra nas próprias palavras da Escritura o conselho, o mandamento fundamental para a vida do cristão: “Faze isso e viverás” (v. 28), isto é, ajudando dessa maneira poderás herdar a vida eterna. O amor é o caminho para herdar a vida eterna.
Motivado pela pergunta do legista, Jesus conta a parábola do “bom samaritano” (vv. 30-37). Tal parábola é uma discussão haláquica (precisa e legal) acerca do conflito entre a Lei da pureza (Lv 21,1-3; 22,3-7) e o amor ao próximo (Lv 19,18). Numa situação como a que a parábola nos apresenta, qual dos dois mandamentos tem precedência sobre o outro? Se a resposta, hoje, é evidente para nós cristãos, não o era, certamente, para os contemporâneos de Jesus.
Sem podermos nos delongar, estudando cada um dos personagens da parábola, passemos à resposta: se o ouvinte e/ou leitor julga que o sacerdote, mesmo obrigado pela Lei da pureza, deveria ter ajudado o moribundo, pois neste caso o mandamento do amor ao próximo tem precedência sobre a Lei de pureza, a consequência não é que as leis de pureza são inválidas ou podem ser ignoradas, mas que a Lei do amor ao próximo é o mandamento-chave que precisa ser escolhido entre qualquer outro mandamento, em caso de conflito. O amor ao próximo é uma exigência primordial da Torá. A presença do samaritano na parábola confirma que a questão é a da correta obediência à Lei de Moisés. O samaritano, não aceito pelos judeus, conhece a mesma Torá que o judeu, e está obrigado a obedecer todos os mandamentos. Ajudando o homem quase morto, ele está obedecendo ao mandamento. Sua compaixão não é uma alternativa ao legalismo; ela é o que o mandamento do amor ao próximo exige dele.
Ele ilustra o que significa obedecer a este mandamento, nesta situação concreta. Quem cumpre o mandamento do amor cumpre a Lei plenamente.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me um coração cheio de misericórdia, como o de teu Filho Jesus, pois só assim terei certeza de estar em comunhão contigo, a caminho da vida eterna.
Fonte: Paulinas em 14/07/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

AMARÁS O SENHOR, TEU DEUS, DE TODO O TEU CORAÇÃO


A partir da pergunta sobre o próximo, Jesus conta a parábola do bom samaritano. Um doutor da Lei propõe a Jesus uma questão, mas não tem interesse na resposta. Só quer testá-lo. No diálogo, Jesus lhe devolve a pergunta sobre o sentido da vida, sobre a vida eterna. O homem responde corretamente, citando a Escritura: alguém tem vida se ama a Deus e ao próximo. O problema é sua compreensão de “próximo”. Jesus conta uma história.
Os personagens: o homem ferido, um sacerdote, um levita, um samaritano e o hospedeiro. O sacerdote e o levita agem pelos rigores da Lei: não querem ficar impuros, passam pelo lado oposto. O samaritano, estrangeiro e pecador, torna-se o próximo. Ele viu e sentiu compaixão. Sua compaixão, contudo, transforma-se em sete ações concretas: aproximou-se; enfaixou os ferimentos; pôs azeite e vinho; colocou-o em seu animal; levou-o a uma pensão; cuidou dele; e pagou a despesa.
Jesus revira nossa mentalidade, destrói os preconceitos. Somos convertidos pela vida concreta, pela realidade. Assim, descobrimos quem verdadeiramente é o próximo. Jesus diz: “Vai e faze a mesma coisa”. A carne ferida de Cristo está caída à beira do caminho. Aí começa o céu.

Vivendo a Palavra

Para Jesus, a pergunta correta não é ‘quem é o meu próximo’, mas ‘de quem eu me faço próximo?’ Não se trata apenas de uma distância física, mas da distância afetiva, a distância do cuidado, do zelo pelo outro, da disposição de nos doarmos àqueles que a vida colocou ao longo do nosso caminho.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/10/2012

Vivendo a Palavra

O bom samaritano não nos foi apresentado para ser só admirado, mas para ser seguido. Essa história se repete hoje. Muitos irmãos nossos, como aquele homem que ia para Jericó, estão à margem do nosso caminho, talvez sem a visibilidade daquela cena, mas igualmente espoliados pelo próprio homem. Será que temos consciência disso e nos fazemos próximos deles?
Fonte: Arquidiocese BH em 14/07/2013

Vivendo a Palavra

O sacerdote e o levita sabiam o que está escrito na Lei. Talvez o samaritano não soubesse. Mas ele foi o único que viveu na sua caminhada o Espírito da Lei: «um samaritano chegou perto dele, viu, e teve compaixão.» Fica para nós esta lição: não é o conhecimento dos preceitos que nos liberta, mas a sua vivência nas nossas relações com os peregrinos que vão ao nosso lado.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/07/2016

VIVENDO A PALAVRA

Diante do escriba, preocupado em teorizar sobre o que é necessário para receber a vida eterna, Jesus dá o exemplo de um amor eficaz. Aquele samaritano talvez nem soubesse verbalizar o seu amor, mas sabia vivê-lo em plenitude. A ordem do Mestre não deixa dúvidas: «Vá, e faça a mesma coisa.»
Fonte: Arquidiocese BH em 09/10/2017

Reflexão

O maior mandamento que Jesus nos deu foi a Lei do Amor. Mas infelizmente, a palavra amor tem inúmeras conotações no dia de hoje, a maioria delas contrária ao espírito do Evangelho e aos valores do Reino, daí a importância da parábola do Bom Samaritano que nos mostra que amor de verdade é gesto concreto, é sair do próprio comodismo e ir ao encontro do outro, seja ele ou ela quem for, ser capaz de perceber todos os seus problemas e todas as suas necessidades, deixar-se mover pelo sentimento de compaixão e, cheio de misericórdia, fazer tudo o que estiver ao alcance para que a vida seja melhor para todos.
Fonte: CNBB em 08/10/2012

Reflexão

MISERICÓRDIA QUE APROXIMA

Com a pergunta que faz a Jesus, o mestre da lei mostra-se preocupado em garantir para si a vida eterna. Uma resposta que o entendido em leis conhecia de cor e salteado: o destino eterno de nossa vida tem que ver com o amor que demonstramos a Deus e ao próximo nesta terra.
Mas a segunda pergunta do mestre da lei era quanto ao limite desse amor: quem é meu próximo, ou seja, quem eu devo amar para cumprir a lei de Deus e receber dele a vida eterna? Uma resposta que ele também já conhecia, pois, no ambiente de então, o próximo de um judeu era alguém igual a ele, ou seja, outro judeu. Não, definitivamente, um samaritano, considerado impuro e inimigo.
É a ocasião para Jesus contar uma parábola, a fim de mostrar ao mestre da lei o que realmente importava: não se trata de saber quem é o próximo, mas de fazer-se concretamente próximo dos outros, superando inclusive preconceitos e barreiras culturais e religiosas.
A misericórdia daquele bom samaritano salva o homem assaltado e deixado quase morto no caminho. É o espelho da misericórdia de Deus, que Jesus vem mostrar e realizar no amor que não conhece limite, na solidariedade que supera a hipocrisia.
A resposta de Jesus, portanto, fez o entendido na lei de Deus refletir sobre suas atitudes para com quem estava necessitado. No amor pelos necessitados se demonstra o amor a Deus, que leva à vida eterna. Pensamos hoje em tantos bons samaritanos que fizeram a diferença, que mudaram o mundo porque ajudaram a mudar vidas concretas. Pensamos, sobretudo, no Bom Samaritano, o Mestre que nos ensina a fazer o bem sem olhar a quem. Suas palavras ressoam hoje: “Vá e faça o mesmo”.
Declarar-se por uma religião e por uma vida piedosa não é garantia de nada, sobretudo se passamos adiante, alheios aos filhos de Deus caídos em nosso caminho.
Pe. Paulo Bazaglia, ssp
Fonte: Paulus em 14/07/2013

Reflexão

Um especialista em Lei quer pôr Jesus à prova com sua pergunta. Pôr à prova, aqui, pode significar duas coisas: primeira, apanhar Jesus na resposta; segunda, ganhá-lo para a classe rica. A pergunta é sobre a vida eterna. Os que não querem se comprometer com o irmão necessitado falam habitualmente da vida eterna. Jesus o puxa para a realidade desta vida. E, ao contar a parábola do bom samaritano, força o especialista em Lei a dar a resposta justa: o próximo do homem machucado é quem o acode, usando de misericórdia. Diante da vítima, o samaritano não faz nenhuma pergunta; entra logo em ação. Não se deixa paralisar por nenhum tipo de preconceito ou obstáculo: nacionalidade, religião, ocupações urgentes. Jesus não teve muito trabalho com o doutor da Lei e foi direto ao ponto: “Vá, e faça você também a mesma coisa”.
Oração
Ó Mestre e Senhor, narras com maestria a encantadora parábola de um samaritano que trata com misericórdia o desconhecido que fora vítima de assaltantes. Ensinamento oportuno, de clareza incomparável. Move-nos, Senhor, a praticar, dia a dia, tua mensagem de amor e solidariedade. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 04/10/2021

Reflexão

Um especialista em Lei quer pôr Jesus à prova com sua pergunta. Pôr à prova, aqui, pode significar duas coisas: primeira, apanhar Jesus na resposta; segunda, ganhá-lo para a classe rica. A pergunta é sobre a vida eterna. Os que não querem se comprometer com o irmão necessitado falam habitualmente da vida eterna. Jesus o puxa para a realidade desta vida. E, ao contar a parábola do bom samaritano, força o especialista em Lei a dar a resposta justa: o próximo do homem machucado é quem o acode, usando de misericórdia. Diante da vítima, o samaritano não faz nenhuma pergunta; entra logo em ação. Não se deixa paralisar por nenhum tipo de preconceito ou obstáculo: nacionalidade, religião, ocupações urgentes. Jesus não teve muito trabalho com o doutor da Lei e foi direto ao ponto: “Vá, e faça você também a mesma coisa”.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna?»

Rev. Pe. Ivan LEVYTSKYY CSsR
(Lviv, Ucrnia)

Hoje, a mensagem evangélica assinala o caminho da vida: «Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração (...) e teu próximo como a ti mesmo!»(Lc 10,27) E porque Deus nos amou primeiro, leva-nos à união com Ele. Santa Teresa de Calcutá disse: «Nós necessitamos dessa união íntima com Deus na nossa vida quotidiana. Mas, como podemos consegui-la? Através da oração». Estando em união com Deus começamos a experimentar que tudo é possível com Ele, inclusive amar o próximo.
Alguém dizia que o cristão entra na Igreja para amar a Deus e sai para amar o próximo. O Papa Bento sublinha que o programa do cristão - o programa do bom samaritano, o programa de Jesus - é «um coração que vê». Ver e parar! Na parábola, duas pessoas vêem o necessitado, mas não param. Por isso Cristo repreende os fariseus dizendo: «Tendes olhos e não vedes» (Mc 8,18) Pelo contrário, o samaritano vê e para, tem compaixão e assim salva a vida ao necessitado e a si mesmo.
Quando o famoso arquiteto catalão Antonio Gaudí foi atropelado por um eléctrico, algumas pessoas que passavam não pararam para ajudar aquele ancião ferido. Não levava nenhum documento e pelo aspecto parecia um mendigo. Se tivessem sabido quem era aquele próximo, certamente teriam feito fila para o ajudar.
Quando praticamos o bem, pensamos que o fazemos pelo próximo, mas na verdade também o fazemos por Cristo: «Em verdade, vos digo: todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!» (Mt 25,40) E o meu próximo, disse Bento XVI, é qualquer pessoa que tenha necessidade de mim e que eu possa ajudar.
Se cada um, ao ver o próximo em necessidade, parasse e se compadecesse dele uma vez por dia ou por semana, a crise diminuiria e o mundo seria melhor. «Nada nos faz tão semelhantes a Deus como as boas obras» (São Gregório de Nisa).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Porque o objetivo que se nos foi indicado não consiste em algo pequeno, mas sim que nos esforcemos pela possessão da vida eterna» (São Cirilo de Jerusalém)

- «No programa messiânico de Cristo, que é a sua vez o programa do reino de Deus, o sofrimento está presente no mundo para provocar amor, para fazer nascer obras de amor ao próximo» (São João Paulo II)

- «Não podemos estar em união com Deus se não escolhermos livremente amá-Lo. Mas não podemos amar a Deus se pecarmos gravemente contra Ele, contra o nosso próximo ou contra nós mesmos: “Quem não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia o seu irmão é um homicida: ora vós sabeis que nenhum homicida tem em si a vida eterna” (1Jo 3, 14-15)» (Catecismo da Igreja Católica, n° 1033)

Reflexão

«Aquele que usou de misericórdia para com ele»

Ir. Lluís SERRA i Llançana
(Roma, Italia)

Hoje, um mestre da Lei faz a Jesus uma pergunta que talvez nos tenhamos feito mais de uma vez: «Que hei de fazer para ter como herança a vida eterna?» (Lc 10,25). Era uma pergunta feita com segundas intenções, pois queria pôr Jesus à prova. O mestre responde sabiamente o que diz a Lei, isto é, amar a Deus e ao próximo como a si mesmo (cf. Lc 10,27). A chave é amar. Se buscarmos a vida eterna, sabemos que «a fé e a esperança passarão, enquanto que o amor não passará nunca» (cf. 1Cor 13,13). Qualquer projeto de vida e qualquer espiritualidade cujo centro não seja o amor nos distancia do sentido da existência. Um ponto de referência importante é o amor a si mesmo, freqüentemente esquecido. Somente podemos amar a Deus e ao próximo desde nossa própria identidade.
O mestre da Lei vai mais longe ainda e pergunta a Jesus: «E quem é o meu próximo?» (Lc 10,29). A resposta chega através de um conto, de uma parábola, de historia curta, sem formulações teóricas complicadas, mas com um grande conteúdo. O modelo de próximo é um samaritano, quer dizer um marginado, um excluído do povo de Deus. Um sacerdote e um levita passam de longe ao ver o homem espancado e mal ferido. Os que parecem estar mais perto de Deus (o sacerdote e o levita) são os que estão mais distantes do próximo. O mestre da Lei evita pronunciar a palavra samaritano para indicar a quem se comportou como próximo do homem mal ferido e diz: «Aquele que usou de misericórdia para com ele» (Lc 10,37).
A proposta de Jesus é clara: «Vai e faze tu o mesmo». Não é a conclusão teórica do debate, e sim o convite a viver a realidade de amor, o qual é muito mais do que um sentimento etéreo, pois se trata de um comportamento que vence as descriminações sociais e que surge do coração da pessoa. São João da Cruz nos recorda que «ao entardecer da vida te examinarão o amor».

Reflexão

O meu "próximo"

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, no centro da história do bom samaritano, coloca-se-nos a questão fundamental: que fazer para ganhar a vida eterna. Jesus remete para a Bíblia, cuja resposta é indiscutível. Porém o tema deriva para uma questão prática, de elucidação ambígua naquele tempo: “Quem é o meu próximo?".
A uma pergunta tão concreta, Jesus respondeu com esta parábola… E aparece o samaritano, que não se pergunta até onde vai a sua obrigação de solidariedade, nem sequer quais são os méritos necessários para alcançar a vida eterna. Passa-se algo muito diferente: parte-se-lhe o coração e ele próprio se converte em "próximo", para além de qualquer consideração. Aqui a questão modifica-se: não se trata de estabelecer, de entre os outros, quem é ou não o meu próximo. Trata-se de mim próprio.
—Senhor, ajuda-me a ser uma pessoa que ama, uma pessoa de coração aberto que se comove perante a necessidade do outro. Então encontrar-me-ei a mim próprio, ou melhor, será ele que me encontra.

Meditação

Como você encara o sofrimento alheio? - Dê algum exemplo que ilustre sua vivência do amor. - É fácil para você praticar a caridade? - Em seu contexto de vida há muitas instituições que se preocupam com os necessitados? - Troque ideias com alguém sobre solidariedade para com o próximo.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 14/07/2013

Meditação

“E quem é o meu próximo?” A resposta de Jesus é clara. Na parábola, o próximo do samaritano foi o judeu caído à beira da estrada. Ao ver a situação daquele pobre homem, o samaritano enxergou apenas o homem; não perguntou se era amigo ou inimigo, se era bom ou mau. Viu apenas que era um homem que precisava de ajuda. E simplesmente ajudou; fez o que era necessário fazer, fez até mais do que se esperaria. Será que nós andamos a pesar as coisas antes de praticar o bem?
Oração
Ó Deus eterno e todo-poderoso, que nos concedeis no vosso imenso amor de Pai mais do que merecemos e pedimos, derramai sobre nós a vossa misericórdia, perdoando o que nos pesa na consciência e dando-nos mais do que ousamos pedir. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário sobre o Evangelho

Parábolas de Jesus: O bom samaritano


Hoje, Jesus conta a “Parábola do bom samaritano” para responder a um doutor da Lei que lhe perguntou: «Quem é o meu próximo?». Que pergunta! Acontece que aqueles doutores da Lei judeus tinham uma lista de critérios para certificar quem era ou não era o “seu próximo”.
- Para Jesus a resposta é categórica: tu próprio és o próximo daquele que sofre. Portanto, «faz tu o mesmo», sem rodeios!

Meditando o Evangelho

FAZE TU O MESMO!

Existe uma ligação evidente entre a questão dirigida pelo mestre a Lei a Jesus e a ordem conclusiva do relato. O mestre da Lei queria conhecer os caminhos para se obter a vida eterna, e Jesus ordena-lhe que imite o gesto misericordioso do samaritano.
A preocupação com a vida eterna corresponde a reconhecer os caminhos que conduzem ao Pai, fonte da verdadeira vida. O mestre da Lei estava no bom caminho ao confessar que a via que conduz ao Pai é o caminho do amor. Consciência fenomenal, se levamos em conta a mentalidade legalista, muito difundida na época.
Faltava-lhe apenas refazer sua concepção de próximo. A parábola contada por Jesus não deixa margem para dúvidas: próximo é qualquer pessoa que, encontrada pelos caminhos da vida, carece do nosso amor misericordioso. Diante deste apelo, caem todas as barreiras sociais, culturais, religiosas, étnicas. O próximo carente é a mediação da comunhão com o Pai. Quem tem sensibilidade e é capaz de desfazer-se de seus planos para se mostrar solidário, estará no caminho da vida eterna. Quem, pelo contrário, desvia-se do próximo carente de solidariedade, desvia-se do caminho que conduz ao Pai.
Assim, a vida eterna define-se pela disposição de se tornar servidor do próximo, em quem o Pai é servido. Quem é misericordioso, está no bom caminho.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Espírito de sintonia com o próximo, não me deixes ser insensível ao meu próximo carente de solidariedade, pois a misericórdia me conduz à vida eterna.
Fonte: Dom Total em 10/07/2016

Meditando o evangelho

QUEM É O MEU PRÓXIMO?

Inusitado parece o fato de um mestre da Lei ter interrogado Jesus a respeito de uma questão, cuja resposta ele bem conhecia. Como mestre, já havia ensinado a muita gente o que deveria fazer para obter a salvação. Por isso, respondeu sem dificuldade à pergunta colocada por Jesus, por saber que, para se salvar, era necessário amar a Deus e ao próximo como a si mesmo.
O diálogo poderia ter-se concluído aí, se o mestre da Lei não tivesse levantado outra questão: quem é o meu próximo? Na sua concepção, próximo eram os próprios familiares, as pessoas mais chegadas, e somente a estas o mandamento ordenava amar. Quem estivesse fora deste círculo, não era considerado próximo e, portanto, não precisavam ser objeto de amor.
A parábola contada por Jesus desfez esta mentalidade, descrevendo o próximo como toda pessoa que carece de misericórdia. Faz-se próximo de alguém aquele que é capaz de deixar de lado suas preocupações pessoais e colocar-se totalmente a serviço do necessitado, sem se perguntar, primeiro, quem ele é. Não importa se este próximo seja um desconhecido, um estrangeiro, uma pessoa com quem se brigou. Basta que necessite de ajuda. A salvação virá na medida da misericórdia.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, faze-me descobrir, ao longo do meu caminho, as pessoas que apelam para minha ajuda, esperando que eu me faça próximo delas.
Fonte: Dom Total em 09/10/2017 04/10/2021

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Bondade e Misericórdia
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Esse Doutor da Lei tinha uma régua de referência, que julgava perfeita e completa, e não estava a fim de mudá-la, o evangelista frisa bem que a pergunta era para por Jesus á prova, isso  é, ele queria saber se Jesus tinha algo de novo que fosse mais relevante e perfeito do que a lei, seu coração estava fechado para a Boa Nova, pois sabia que nada estava acima da lei.
Para sua surpresa Jesus cita a Lei, que para ele era sagrada, onde está explícito o amor a Deus em primeiro lugar, e o segundo que é semelhante ao próximo. Tem-se a impressão de que a partir daí o Doutor da Lei foi mais sincero, pois a sua pergunta procedia. A Lei determinava amar ao próximo, a quem está mais perto, esposa, esposo, filhos, parentes. Parece que isso deixava o coração daquele Doutor da Lei um tanto inquieto, talvez ele quisesse amar um pouco mais, a outras pessoas fora desse círculo seleto. Mas quem?
Presume-se que Jesus também começou a gostar da conversa, e não vai só responder quem é o próximo, mas sim no principal “O que é amar o próximo”. Amar o próximo que nem sempre nos retribui, que não é digno do nosso amor, que não vai muito com a nossa cara, que não comunga da nossa mesma ideologia, que não é da nossa igreja ou do nosso grupo, o próximo que pensa totalmente diferente de nós, do próximo que parece desejar o nosso mal... Dom próximo que parece ser arrogante e metido, que não olha na nossa cara... Esse mesmo!
E então vem essa parábola revolucionária para um Judeu, poderíamos até dizer, Provocante. Percebam como o quadro se inverte, agora é Jesus que provoca o Doutor da Lei. Um Sacerdote e um Levita são referências sagradas para todo judeu, são pessoas selecionadas pela Lei, mediadores entre o Sagrado e o Humano, e que pelas funções sagradas que desempenhavam no templo, estavam mais próximas de Deus do que o resto da comunidade. Já o Samaritano, pessoa desprezível, de outra religião, contrária a Religião da Aliança, que dos Judeus só tinha o desprezo e o escárnio, a ponto do judeu mudar o seu caminho e direção, caso estivesse para cruzar com o Samaritano.
E foi esse Samaritano, odiado de coração por todo Judeu piedoso, que Jesus coloca como “mocinho” da parábola, o texto frisa muito bem que o Samaritano, diante do homem gravemente ferido, vítima de assaltantes cruéis (naquele tempo já tinha) estava ali á beira do caminho, e ele ao passar Viu-o e moveu-se de compaixão... Ver o outro e não permanecer indiferente á sua dor, ao seu sofrimento, não passar “batido” pelas pessoas da família ou da comunidade, ou seja lá quem for... Compaixão significa sofrer junto, gemer junto, chorar junto, sentir as mesmas dores junto. Quando se sente compaixão do outro, a gente supera qualquer barreira, seja ela de ordem social, moral ou até mesmo religiosa, a gente vai além dos limites estabelecidos. Isso é amor ao próximo.
O próprio Doutor da Lei, agora convencido de que Jesus tinha realmente algo novo a ensinar, se convence disso quando o Senhor lhe pergunta “Qual desses foi o próximo daquele homem?”.  Prestemos atenção na resposta do Doutor da Lei, ainda marcada pelo preconceito, não disse “Foi o Samaritano...”, mas pelo menos reconhece nessa ação uma virtude “Aquele que usou de misericórdia para com ele”.
E Jesus, percebendo que o Doutor da Lei estava mais manso e mais aberto á sua Palavra, ordenou “Vai, e faze tu o mesmo”. Não se sabe se o Doutor da Lei cumpriu essa ordem, mas com certeza, em Jesus ele viu a beleza da Lei de Deus, que tem no centro o amor sem limites, que ama quando vê as necessidades do próximo.
Fonte: NPD Brasil em 08/10/2012

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Os Feridos à beira do caminho
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nas nossas comunidades cristãs há um caminho igual a esse que descia de Jerusalém a Jericó, bastante movimentado e por onde passam pessoas importantes como o Sacerdote e o Levita, são nossos Ministros Ordenados, os Ministros leigos, os coordenadores, leitores, salmistas, líderes de pastorais, catequese e movimentos. Todos sempre muito ocupados com seus afazeres. Quase não se tem tempo de olhar para os lados, muitos há que olham para o seu “Ego”, inchados de orgulho, sempre vaidosos com aquilo que fazem na comunidade, e que chama atenção sobre si.
Nem sempre prestamos atenção á beira do caminho onde estão os que, por alguma razão não podem caminhar, os feridos e machucados por neuroses, dores morais ou físicas, gente simples, ferida por certos acontecimentos que fogem ao nosso controle. Pessoas que são da comunidade, mas estão á margem. Casais recasados, mães solteiras, pessoas com má fama no campo da moral cristã. Irmãos e irmãs com quem ninguém quer perder tempo, estão ali mas não significam nada para os que se julgam importantes.
Além do que, temos a maldita concorrência para ver quem faz melhor, quem se destaca nos eventos da comunidade, nas grandes celebrações. O veneno da concorrência desleal, que infecta o comércio e o mercado de trabalho, invade nossas comunidades cristãs trazendo as disputas de grupos, a eterna briga entre Pastorais e Movimentos que parece nunca chegar ao fim. Nas pequenas ou grandes comunidades os “Egos” de pessoas do Clero e do Laicato, se incham, e sempre brigam pelos primeiros lugares. Mas quem vai cuidar dos feridos á beira do caminho?
Doutor da Lei olhava para a Vida Eterna na ótica do Direito. Deveria haver algo que ele pudesse fazer para ter o Direito de Possuir a Vida Eterna. “Esse cargo é meu, me pertence, é coisa muito minha, tenho direito e ninguém pode me tirar” Confundem-se o Céu da Plenitude com os valores terrenos, cargos, funções, títulos e honrarias que o mundo pode nos dar. Jesus direciona a questão para a Palavra de Deus manifestada na Lei onde o ato de Amar a Deus e aos irmãos, exclui a palavra Direito colocando em seu lugar a Doação total de si mesmo, “amarás de todo teu coração, de toda tua alma e de Todo teu entendimento” isso é, de tudo o que somos e temos, deve ser dado a Deus e ao próximo em sua totalidade sem deter nada para si mesmo, ou seja, o Amor não é posse, mas doação, feita em uma total liberdade, independente de quem seja o outro, se ele mereça ou não o nosso amor.
E diante disso, o Doutor da Lei perguntou a Jesus “E quem é o meu próximo?” Na parábola do Bom Samaritano, o homem caído á beira do caminho não tinha nada a oferecer, ao contrário, era um grande problema que iria exigir tempo, atenção e algumas providências. O Sacerdote e o Levita não tinham tempo, estavam muito ocupados com coisas super importantes a fazer no templo. Também os “Profissionais” das nossas pastorais e movimentos estão sempre ocupados e não tem tempo para parar e ver de perto os ferimentos dos irmãos e irmãs caídos à beira do caminho da comunidade.
O Samaritano estava de passagem, talvez aquela pessoa que participa das celebrações mas não está engajada em nenhuma pastoral ou trabalho da comunidade, alguém que até é mal visto porque nada faz. Mas tem um coração generoso, repleto do Amor de Deus, capaz de encher-se de compaixão por aqueles que estão á margem do caminho.
Ele não pensa em encaminhar o Ferido a alguma pastoral de assistência, e nem pensa em fazer apenas a sua parte, perguntando ao homem o que lhe aconteceu, e verificando se os ferimentos são muito sérios, para buscar alguma assistência. Isso não é Cristianismo!
Cristianismo é compromisso total com os Feridos da Comunidade, é estar com eles o tempo todo, é cuidar de suas feridas, é providenciar para que sejam acolhidos e muito bem hospedados na comunidade ou na pastoral. Enfim, é ir além do procedimento habitual, é dar-se de si, tudo o que tem.
Podemos aqui, pensar nos marginalizados e excluídos da sociedade, mas penso que primeiramente devemos cuidar, sempre movidos pela compaixão, dos feridos e marginalizados da nossa Igreja, começando pela nossa comunidade.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail cruzsm@uol.com.br
Fonte: NPD Brasil em 14/07/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Colocaram Jesus à prova
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Esse Doutor da Lei tinha uma régua de referência, que julgava perfeita e completa, e não estava a fim de mudá-la, o evangelista frisa bem que a pergunta era para por Jesus á prova, isso  é, ele queria saber se Jesus tinha algo de novo que fosse mais relevante e perfeito do que a lei, seu coração estava fechado para a Boa Nova, pois sabia que nada estava acima da lei.
Para sua surpresa Jesus cita a Lei, que para ele era sagrada, onde está explícito o amor a Deus em primeiro lugar, e o segundo que é semelhante ao próximo. Tem-se as impressão de que a partir daí o Doutor da Lei foi mais sincero, pois a sua pergunta procedia. A Lei determinava amar ao próximo, a quem está mais perto, esposa, esposo, filhos, parentes. Parece que isso deixava o coração daquele Doutor da Lei um tanto inquieto, talvez ele quisesse amar um pouco mais, a outras pessoas fora desse círculo seleto. Mas quem?
Presume-se que Jesus também começou a gostar da conversa, e não vai só responder quem é o próximo, mas sim no principal “O que é amar o próximo”. Amar o próximo que nem sempre nos retribui, que não é digno do nosso amor, que não vai muito com a nossa cara, que não comunga da nossa mesma ideologia, que não é da nossa igreja ou do nosso grupo, o próximo que pensa totalmente diferente de nós, do próximo que parece desejar o nosso mal....Dom próximo que parece ser arrogante e metido, que não olha na nossa cara....Esse mesmo!
E então vem essa parábola revolucionária para um Judeu, poderíamos até dizer, Provocante. Percebam como o quadro se inverte, agora é Jesus que provoca o Doutor da Lei. Um Sacerdote e um Levita são referências sagradas para todo judeu, são pessoas selecionadas pela Lei, mediadores entre o Sagrado e o Humano, e que pelas funções sagradas que desempenhavam no templo, estavam mais próximas de Deus do que o resto da comunidade. Já o Samaritano...pessoa desprezível, de outra religião, contrária a Religião da Aliança, que dos Judeus só tinha o desprezo e o escárnio, a ponto do judeu mudar o seu caminho e direção, caso estivesse para cruzar com o Samaritano.
E foi esse Samaritano, odiado de coração por todo Judeu piedoso, que Jesus coloca como “mocinho” da parábola, o texto frisa muito bem que o Samaritano, diante do homem gravemente ferido, vítima de assaltantes cruéis (naquele tempo já tinha) estava ali á beira do caminho, e ele ao passar Viu-o e moveu-se de compaixão...Ver o outro e não permanecer indiferente á sua dor, ao seu sofrimento, não passar “batido” pelas pessoas da família ou da comunidade, ou seja lá quem for..... Compaixão significa sofrer junto, gemer junto, chorar junto, sentir as mesmas dores junto. Quando se sente compaixão do outro, a gente supera qualquer barreira, seja ela de ordem social, moral ou até mesmo religiosa, a gente vai além dos limites estabelecidos. Isso é amor ao próximo.
O próprio Doutor da Lei, agora convencido de que Jesus tinha realmente algo novo a ensinar, se convence disso quando o Senhor lhe pergunta “Qual desses foi o próximo daquele homem?”.  Prestemos atenção na resposta do Doutor da Lei, ainda marcada pelo preconceito, não disse “Foi o Samaritano...”, mas pelo menos reconhece nessa ação uma virtude “Aquele que usou de misericórdia para com ele”.
E Jesus, percebendo que o Doutor da Lei estava mais manso e mais aberto á sua Palavra, ordenou “Vai, e faze tu o mesmo”. Não se sabe se o Doutor da Lei cumpriu essa ordem, mas com certeza, em Jesus ele viu a beleza da Lei de Deus, que tem n o centro o amor sem limites, que ama quando vê as necessidades do próximo.

2. O Samaritano ensina a misericórdia
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

A primeira etapa da viagem de Jesus termina com o samaritano acolhendo o homem ferido na beira da estrada, e tinha começado com Tiago e João querendo fazer chover fogo sobre os samaritanos que não acolheram Jesus. O samaritano não sabe quem é Jesus, mas sabe que há um homem maltratado na beira da estrada. O samaritano ensina a misericórdia ao sacerdote e ao levita, a Tiago e a João.
Fonte: NPD Brasil em 09/10/2017

Liturgia comentada

Movido de compaixão… (Lc 10,25-37)
Em pleno Jubileu da Misericórdia, a parábola do “Bom Samaritano” resume a mensagem central que o Papa Francisco nos apresentou como um desafio de máxima atualidade. Como ele nos recorda, “a mentalidade contemporânea, talvez mais que a do homem do passado, parece opor-se ao Deus de misericórdia e, além disso, tende a separar da vida e a tirar do coração humano a própria ideia da misericórdia. A palavra e o conceito de misericórdia parecem causar mal-estar ao homem, o qual, graças ao enorme desenvolvimento da ciência e da técnica nunca antes verificado na história, se tornou senhor da terra, a subjugou e a dominou (cf. Gn 1,28)”. (Misericordiae Vultus)
O Evangelho de hoje nos traz a resposta de Jesus à pergunta: “Quem é o meu próximo? ” E a resposta vem na atitude do samaritano que cuida do inimigo judeu: meu próximo é aquela pessoa de quem eu me aproximo. Sou eu que faço o meu próximo.
Um rápido olhar sobre o mundo de hoje revela uma multidão de abandonados, uma legião de feridos em todos os quadrantes: migrantes deslocados à força, pessoas perseguidas por sua fé religiosa, populações famintas, doentes sem assistência médica, crianças sem escola. Essa multidão se identifica com a figura do homem caído, meio morto, na estrada de Jericó.
Essa multidão constitui um autêntico “grito” da humanidade à espera de alguém que se aproxime e estenda a mão. Talvez pareça mais cômodo atravessar para o outro lado da estrada e seguir o próprio caminho, indiferente a esse grito, se é que a consciência não nos acusa por nossa insensibilidade.
A alternativa – aquela impelida pelo amor – é a aproximação. Um movimento de saída de si mesmo na direção do outro. É este movimento que nos humaniza e abre novos horizontes para um mundo de paz. Ao contrário, nossa recusa à aproximação traz como efeitos a petrificação da alma, a mumificação do coração, o fechamento à vida.
Afinal, mais dia, menos dia, posso ser eu mesmo o homem ferido à beira do caminho. E eu gostaria que alguém se aproximasse de mim e cuidasse de minhas feridas.
Jesus Cristo – o verdadeiro samaritano – não ficou indiferente à nossa situação. Compadecido da humanidade em trevas, desceu do Pai e veio a nós. Nossa vida foi recuperada por ele ao preço de seu sangue…
Orai sem cessar: “Não devias também tu ter compaixão? ” (Mt 18,33)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 10/07/2016

REFLEXÕES DE HOJE

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 10/07/2016

HOMILIA DIÁRIA

Qual tem sido a sua filosofia de vida?

Postado por: homilia
outubro 8th, 2012

Uma das mais conhecidas parábolas de Jesus foi contada em resposta a um encontro que Ele teve com um Doutor da Lei. Alguém que estudara completamente a Lei de Deus e estava preparado para discutir seus pormenores. Em outras palavras, não era suficiente recitar a Lei de Deus, mas vivê-la de maneira a agradar a Deus! Para isso, a pessoa tem que colocar em ação o que a Lei de Deus requer, sendo a essência desta o amor: “Amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, com todas as forças e de todo o entendimento, e ao próximo como a si mesmo”.
Esta parábola descreve a bondade e o amor que nosso Salvador tem para com o homem caído e infeliz. Nós éramos como esse pobre e aflito viajante. Satanás, nosso inimigo, havia nos assaltado, despojado e ferido. Estávamos por natureza mais que semimortos em nossos delitos e pecados, completamente incapazes de nos salvar, pois não tínhamos forças. A lei de Moisés – como o sacerdote e o levita – não tem compaixão de nós, não nos oferece alívio, “passa ao largo” não tendo piedade nem poder para nos ajudar.
Mas eis que veio o abençoado Jesus, o Bom Samaritano! Ele teve compaixão de nós. Cuidou das nossas feridas e derramou sobre elas não azeite e vinho, mas o Seu próprio sangue.
As pessoas que se relacionaram com o homem ferido podem ser classificadas em três grupos, de acordo com a sua filosofia de vida: assaltantes (salteadores ), indiferentes (o sacerdote e o levita) e misericordiosos (o bom samaritano).
Muitos são os que vivem na cobiça, assaltando e tirando vidas, procurando ampliar cada vez mais o que tem à custa do sangue de outros: “O que é meu, é meu! E o que é seu, será meu se eu conseguir tomar de você”. E, então, arranjam mil e uma maneiras de conseguirem isso. Essa é a filosofia de muita gente. Milhões vivem uma vida de egoísmo e ganância.
Vivemos num mundo de indiferenças, onde se diz: “O que é meu, é meu! E o que é seu continuará a ser seu, se você puder defendê-lo”. Essa é a filosofia de alguns religiosos que são indiferentes à dor e ao sofrimento alheios.
Mas Jesus nos ensina e prova o contrário através do bom samaritano: “O que é seu, é seu; e o que é meu será seu, se você precisar. O meu vinho, o meu azeite, o meu animal, o meu dinheiro, a minha energia e o meu tempo serão seus, se você precisar”. As oportunidades de ajudar aos outros geralmente são inesperadas e inconvenientes.
Qual tem sido a sua filosofia de vida? A dos assaltantes, a do sacerdote e do levita, ou a do bom samaritano? O que caracteriza o seu relacionamento com o próximo? A cobiça, a indiferença ou o amor?
A narração de Jesus ensina que viver agora – e sempre – como povo de Deus, significa demonstrar compaixão, mesmo quando isso nos incomoda, mesmo quando isso desafia nossa compreensão tradicional e, até mesmo, quando nos custa algo pessoal.
Isso é o que Jesus está nos dizendo: “Vá e faça o mesmo”.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 08/10/2012

HOMÍLIA DIÁRIA

Escolhamos amar a Deus em primeiro lugar

Deus precisa ser o primeiro em nossa vida. Precisamos olhar para Ele, ter n’Ele o nosso refúgio e nossa segurança

“Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e ao teu próximo como a ti mesmo!” (Lucas 10, 27)

Façamos dessas palavras o alimento e a razão para nossa vida, o sentido da nossa existência. Quando chegamos na casa de um bom judeu, na porta dele está o ‘Shemá, Israel’, que quer dizer: “Ouve, ó Israel”.
O Senhor Nosso Deus é o único Senhor! Amarás de todo o seu coração, com toda a sua alma e com todo o seu entendimento.
Amados irmãos e irmãs, a ordem de nossos amores põe ordem em nossa vida. Se os amores em nossa vida estão ordenados, a nossa vida pode passar por tribulações aqui ou ali, mas vai se edificar, porque é o amor que comanda as nossas ações.
Se cada um de nós amasse a Deus de todo o coração, com toda a vida e com todo o ser, não encontraríamos desordem no mundo. Não podemos negar que isso é uma utopia, porque o amor a Deus é também uma escolha, uma decisão de vida, mas nem todos querem tomar essa decisão. Mas aqueles que a querem precisam vivê-la de verdade no seu coração e na sua vida, colocar o amor de Deus acima de todos os amores, acima de toda a compreensão, entendimento e vontade própria. Até dizemos que amamos a Deus, mas colocamos nossa vontade própria acima da vontade d’Ele, do amor que temos por Ele.
Amar a Deus é um exercício, um esforço, uma luta, uma dedicação e uma entrega. Deus precisa ser o primeiro em nossa vida. Precisamos olhar para Ele, ter n’Ele o nosso refúgio e a nossa segurança!
Algumas pessoas amam a Deus, porque temem, têm medo de perder a salvação e de ficar longe d’Ele. “No amor não há temor“ (I João 4, 18), nos diz a Palavra de Deus. Nós O amamos, porque Ele é a razão da nossa existência!
Assim como amamos a Deus, que nem vemos, devemos amar, com a devida diligência e entrega de coração, o nosso próximo, o nosso irmão, porque o amor a Deus é ordenado no amor ao próximo!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Deus deve ser o nosso primeiro amor

Quando Deus é o amor primeiro, os outros amores se ordenam dentro de nós

“Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e a teu próximo como a ti mesmo!” (Lucas 10,27)

No Evangelho de hoje, vemos que um mestre da Lei queria colocar Jesus em situação difícil. Deus, ao contrário, quer nos tirar das situações complicadas da vida, Ele não nos quer vivendo nas situações que nos perdem e nos tiram da direção e do rumo da vida. Para não nos perdermos nas situações complicadas, a resposta dada ao Mestre da Lei é a resposta da vida: “Amarás o Senhor teu Deus com o coração, com a alma, o entendimento, a inteligência e a vontade”. Aqui, é todo o nosso ser centrado e direcionado no amor acima de toda e qualquer coisa. É primazia, é escolha fundamental e principal da nossa vida.
Eu creio que todas as pessoas de boa vontade amam a Deus, só não sabemos se O amamos sobre todas as coisas, porque o mais difícil é amá-Lo com todo o coração, com toda a alma e todo entendimento. “Amamos Deus. Como não amá-Lo?” Amá-Lo de verdade, com preferência e primazia, é o desafio da nossa vida.
Se nossa vida, muitas vezes, anda deslocada, sem foco, perdida e sem direção, precisamos direcionar o foco dela. E o que dá foco, direção e sentido a nossa vida é o amor.
Onde está o nosso amor? Onde o colocamos? Não vivemos sem amar, porque amar é o que há de mais profundo dentro de nós. Para onde estamos direcionado o amor do nosso coração? Se ele é centrado, em primeiro lugar, em Deus, se é focado no Senhor – e Ele é o amor primeiro do nosso coração e da nossa alma –, podemos ter certeza que tudo que vamos amar será muito bem amado.
Vamos amar bem nossa família, nossa esposa, nosso marido e filhos, pois, se invertemos a ordem, se amarmos outras coisas para depois amar Deus, perceberemos que os amores dentro de nós ficarão num sufoco, e o nosso coração viverá uma bagunça. Toda essa desordem é por uma só razão: não termos foco no nosso amor.
Quando Deus é o amor primeiro, os outros amores se ordenam dentro de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 09/10/2017

HOMILIA DIÁRIA

Sejamos misericordiosos e compassíveis com o próximo

“‘Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?’ Ele respondeu: ‘Aquele que usou de misericórdia para com ele’. Então Jesus lhe disse: ‘Vai e faze a mesma coisa’.” (Lucas 10,36-37)

A pergunta que ressoa dentro da nossa alma e do nosso coração é: “Quem é o meu próximo?”. E, cada vez mais, se quisermos viver a nossa fé com intensidade e verdade, temos que nos questionar dessa realidade. Porque a Lei e os Mandamentos Divinos se resumem nisto: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós nos amamos.
Somos seletivos: próximo é só quem nós queremos nos aproximar ou quem vive próximo de nós, nos agrada e nos faz bem, mas evangelicamente Jesus está nos mostrando quem é o nosso próximo.
Nosso próximo, muitas vezes, está muito distante de nós ou aquele que deve ser próximo, devemos nos aproximar e não nos distanciarmos. O exemplo está aí, esse homem que caiu nas mãos dos assaltantes e eles fizeram tudo de mal para com ele; três pessoas passaram diante desse homem caído e prostrado no chão. O primeiro deles é o sacerdote ocupado no seu culto divino, nas suas obrigações religiosas, estava muito apressado e não teve tempo para socorrer aquele homem. Esse sacerdote representa todos nós, que somos pessoas muito religiosas que têm muitas obrigações na relação da fé, têm muitas orações para fazer, muitas reuniões na igreja, muitos compromissos e não têm tempo para olhar quem está caído, quem está jogado, quem está sofrendo ao nosso lado. Por outro lado, o levita são todos aqueles que conhecem a Lei de Deus, os Mandamentos de Deus.

A Lei e os Mandamentos Divinos se resumem nisto: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós nos amamos

Vejo tantas pessoas criando discussões dogmáticas a respeito da Lei de Deus, dos Mandamentos, das Leis Canônicas, inclusive, estão muito atarefadas em defender a Lei  de Deus ou a sua compreensão de Deus e não têm tempo para outra coisa, parece que vivem tão ocupadas e chamam isso de zelo. Esse levita também passou adiante.
Nós que, muitas vezes, também conhecemos tanto a Lei de Deus, nos voltamos tanto para Deus que os olhos só enxergam o que está em cima e não enxergam o irmão caído, sofrido ao nosso lado. Quantas realidades, poderíamos citar: nossos pobres, nossos miseráveis, pessoas que moram na rua, nós não podemos ignorá-los, mas quantos estão também até dentro da nossa casa sofrendo, padecendo. Quantos irmãos, pessoas que nós conhecemos e simplesmente ignoramos, quando elas caem na depressão, na solidão, na opressão espiritual.
Quantas pessoas estão necessitadas de uma mão amiga, de uma presença amorosa; e esse samaritano ou o bom samaritano é, na verdade, aquilo que deve ser o bom cristão, aquele que abre mão de toda e qualquer obrigação e compromisso para se dedicar à dor, ao sofrimento, às feridas que tanto têm machucado a nós, seres humanos de hoje. Além dele se jogar para cuidar, ele ainda pede para que cuidem daquele homem e tudo o que gastarem com, ele pagará na sua volta.
Desgastemo-nos porque são tantos irmãos machucados e feridos no meio de nós que não podemos ser indiferentes. O próximo é aquele que nós usamos de amor e de misericórdia para com ele. Há tantos precisando de amor e de misericórdia. Sejamos evangelicamente convertidos para amarmos o nosso próximo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 04/10/2021

Oração Final
Pai Santo, dá-nos força para vencer o egoísmo, o comodismo e a preguiça, para cuidarmos com zelo e carinho dos companheiros de peregrinação nesta vida, especialmente dos pobres e dos discriminados pelos homens. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/10/2012

Oração Final
Pai Santo, faze-nos bons samaritanos, atentos às dores e carências dos irmãos. Assim nós formaremos uma Igreja não só justa e fraterna, mas misericordiosa e compassiva, como Tu és, Pai amado. Que nós tenhamos coragem e força para seguir os passos do Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/07/2013

Oração Final
Pai Santo, mantém-nos atentos às carências dos irmãos. Que sua dor desperte a nossa compaixão e nós tenhamos grandeza d’alma e generosidade para partilhar com eles o que temos e o que somos – tudo oferta do teu Amor de Pai que tem ternura materna. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/07/2016

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, por muitas maneiras e especialmente por sua vida, teu Filho nos mostrou que o Caminho para a Verdade e a Vida passa pela fraternidade – a realidade mais bonita que podemos viver. Dá-nos, Pai Santo, sabedoria e coragem para vivê-la, pedimos pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/10/2017

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