sábado, 8 de julho de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 08/07/2023

ANO A


Mt 9,14-17

Comentário do Evangelho

O sentido do jejum

O texto do evangelho é composto de duas partes: uma controvérsia sobre o jejum (vv. 14-15), seguida de duas pequenas parábolas (vv. 16-17). A questão sobre a prática do jejum põe a pergunta acerca de que jejum se está falando: do recomendado pela Lei em vista do perdão dos pecados (Lv 16,29-31; 23,27-32) ou o das práticas de devoção, sobretudo dos fariseus, que visavam impor como obrigação para todos? Parece-nos que se trata mais da prática devocional, mas o texto não nos oferece nenhuma especificação a respeito. A resposta de Jesus situa o jejum num outro patamar. No novo tempo inaugurado pelo advento do Messias, a questão fundamental é o sentido do jejum. A imagem da festa de casamento (v. 15) para simbolizar os tempos messiânicos é atestada no Antigo Testamento (ver: Is 61,10; 62,5), ainda que a metáfora do Messias como o esposa não se encontra na tradição vetero-testamentária. Seja como for, a ideia é importante: as práticas penitenciais devocionais para apressar a vinda do Messias são inadequadas, pois ele já se encontra presente. É em relação à pessoa de Jesus que o jejum é ou não praticado. O jejum recebe um sentido cristológico. As duas parábolas (vv. 16-17) são um convite a se abrir para a novidade dos tempos messiânicos; é preciso uma verdadeira conversão.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me suficiente bom senso para reconhecer o que corresponde ao projeto de Jesus, sem querer misturá-lo com esquemas incompatíveis com a novidade do Reino.
Fonte: Paulinas em 06/07/2013

Comentário do Evangelho

O jejum recebe, no novo tempo, um sentido cristológico.

Qual jejum é objeto da controvérsia? É difícil imaginar que se trate do jejum prescrito pela Lei por ocasião da festa do perdão dos pecados (Lv 16,29-31; 23,27-32). É bastante provável se tratar das práticas devocionais do partido dos fariseus que eles visavam impor como obrigatórias para todo o povo. Dos fariseus nós sabemos que eles jejuavam duas vezes por semana (Lc 18,12), mas da prática dos discípulos de João não temos nenhuma informação. Seja como for, a resposta de Jesus situa a questão noutra perspectiva. Na plenitude dos tempos (Gl 4,4) a questão do jejum encontra seu sentido em referência à presença ou ausência do Messias. A imagem da festa de casamento para simbolizar os tempos messiânicos é atestada no Antigo Testamento (Is 61,10; 62,5). Ainda que a metáfora do Messias como esposo não se encontre nos textos veterotestamentários, a ideia que essas imagens transmitem é o que importa: as práticas penitenciais devocionais para apressar a vinda do Messias são obsoletas, pois ele já se encontra presente. O jejum recebe, no novo tempo, um sentido cristológico: quando o Messias for tirado, referência à morte de Jesus, aí será o tempo de jejuar. Para essa novidade é que as duas parábolas (vv. 16-17) são convites a se abrir.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me suficiente bom senso para reconhecer o que corresponde ao projeto de Jesus, sem querer misturá-lo com esquemas incompatíveis com a novidade do Reino.
Fonte: Paulinas em 05/07/2014

Vivendo a Palavra

O jejum ensinado pelo Mestre não é um rito para consumo externo, que possa ser conferido pelas autoridades, mas uma atitude interior de luta contra os nossos instintos maus, contra nosso egoísmo e nossas paixões. Temos que nos tornar pessoas novas para viver o seguimento do Caminho Novo de Jesus.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/07/2013

VIVENDO A PALAVRA

O vinho novo trazido por Jesus – a Boa Notícia do Reino do Pai entre nós – não pode ser guardado nos nossos velhos barris. Não poucas vezes nós tentamos ‘ajeitar’ o Mandamento Novo à nossa antiga maneira acomodada de viver. Não é possível. Seguir o Mestre exige a opção radical de vida pelo Amor.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/07/2014 e 08/07/2017

VIVENDO A PALAVRA

O jejum ensinado pelo Mestre não é um rito para consumo externo, que possa ser conferido pelas autoridades. É uma atitude interior de luta contra os nossos instintos maus, contra nosso egoísmo e nossas paixões. Temos que nos tornar pessoas novas para viver seguindo o Caminho Novo de Jesus.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/07/2019

Reflexão

Muitas vezes somos totalmente incapazes de compreender o momento que estamos vivendo e a graça que Deus está nos proporcionando. Assim aconteceu com os judeus no tempo de Jesus e acontece hoje. Enquanto Jesus estava mostrando a presença do Reino e a atuação de Deus na vida do povo, os judeus estavam mais preocupados com práticas religiosas tradicionais como o jejum. É claro que a história e a tradição, assim como as práticas religiosas em geral possuem seus valores, mas é importante que não nos fixemos na tradição pela tradição ou na prática religiosa pela prática em si ou por ser costume, mas é necessário que saibamos descobrir os valores do Reino presentes, pois caso contrário podemos reduzir até mesmo a eucaristia a uma prática religiosa como as demais, sendo apenas remendo novo em pano velho.
Fonte: CNBB em 06/07/201305/07/2014 08/07/2017

Reflexão

Os discípulos de João Batista vão até Jesus para pôr na balança dois comportamentos. Eles e os fariseus jejuam, ao passo que os discípulos de Jesus não jejuam. Por que não? Aos ouvidos dos fariseus soavam ainda as palavras de Oseias, retomadas por Jesus: “Vão e aprendam o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’” (Os 6,6). Agora vão aprender uma lição sobre a prática do jejum. Jejuar em vista de quê? Só para aumentar e exibir a coleção de boas obras como trunfo para ganhar a aprovação de Deus e conquistar o céu? Mas Deus aprova antes de tudo os que ouvem o “Noivo” da nova comunidade (Jesus) e põem em prática suas palavras. É o esforço que fazem “os amigos do noivo”. É o tempo da libertação para uma vida nova. Mas, na cabeça dos fariseus, essa novidade transformadora não entra.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 06/07/2019

Reflexão

Os discípulos de João Batista vão até Jesus para pôr na balança dois comportamentos. Eles e os fariseus jejuam, ao passo que os discípulos de Jesus não jejuam. Por que não? Nos ouvidos dos fariseus, soavam ainda as palavras de Oseias, retomadas por Jesus: “Vão e aprendam o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício'” (Os 6,6). Agora vão aprender uma lição sobre a prática do jejum. Jejuar em vista de quê? Só para aumentar e exibir a coleção de boas obras como trunfo para ganhar a aprovação de Deus e conquistar o céu? Mas Deus aprova antes de tudo os que ouvem o “Noivo” da nova comunidade (Jesus) e põem em prática suas palavras. É o esforço que fazem “os amigos do noivo”. É o tempo da libertação para uma vida nova. Mas, na cabeça dos fariseus, essa novidade transformadora não entra.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Dias virão em que o noivo lhes será tirado. Então jejuarão»

Rev. D. Joaquim FORTUNY i Vizcarro
(Cunit, Tarragona, Espanha)

Hoje notamos os novos tempos que se iniciam com Jesus, a sua nova doutrina que é ensinada com autoridade, e, como todas as coisas novas, vemos como elas chocam e questionam a realidade e os valores dominantes na sociedade. Assim, nas páginas que precedem o Evangelho que estamos contemplando, vemos a Jesus perdoando os pecados, o paralítico sendo curado e, ao mesmo tempo, acompanhamos como isso escandaliza os fariseus. Vemos também Jesus, chamado à casa de Mateus, o cobrador de impostos, comendo com eles outros publicanos e pecadores, o que fez os fariseus “subir pelas paredes”. No Evangelho de hoje são os discípulos de João que se aproximam de Jesus porque não compreendem que Ele e seus discípulos não jejuem.
Jesus que nunca deixa a ninguém sem resposta, lhes dirá: «Acaso os convidados do casamento podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo lhes será tirado. Então jejuarão» (Mt 9,15). O jejum era, e é, uma prática penitencial que contribui para «adquirir o domínio sobre nossos instintos e a liberdade de coração» (Catecismo da Igreja Católica, n. 2043) e a implorar à misericórdia divina. Mas nesses momentos, a misericórdia e o amor infinito de Deus estava no meio deles com a presença de Jesus, o Verbo Encarnado. Como podiam jejuar? Só havia uma atitude possível: a alegria, o gozo pela presença de Deus feito homem. Como poderiam jejuar se Jesus havia revelado uma maneira nova de relacionar-se com Deus, um espírito novo que rompia com todas aquelas maneiras antigas de viver?
Hoje Jesus está: «Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos» (Mt 28,20) e também não está, porque voltou ao Pai e por isso clamamos: Vem Senhor Jesus!
Estamos vivendo tempos de expectativa. Por isso, convém renovar-nos a cada dia, com o espírito novo de Jesus, desprendendo-nos de nossas rotinas, jejuando de tudo aquilo que nos impeça de avançar a uma identificação plena com Cristo, à santidade. «Justo é nosso choro —nosso jejum— se queimamos em desejos de vê-lo» (Santo Agostinho).
À Santa Maria, supliquemos que nos outorgue as graças que necessitamos para viver a alegria de nos sabermos filhos amados de Deus.
Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «O jejum é o timoneiro da vida humana e governa todo o navio do nosso corpo» (São Pedro Crisólogo)

- «Ao vinho novo, odres novos. E por esta razão, a Igreja pede a todos nós que façamos algumas mudanças, pede-nos que ponhamos de lado as estruturas perecíveis: não servem para nada! E abraçar outras novas, as do Evangelho» (Francisco)

- «Os leigos realizam a sua missão profética também pela evangelização, isto é, pelo anúncio de Cristo, concretizado no testemunho da vida e na palavra´. Para os leigos, esta ação evangelizadora adquire um carácter específico e uma particular eficácia, por se realizar nas condições ordinárias da vida secular´ (Concilio Vaticano II)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 905)

Reflexão

A nova evangelização: é necessário atualizar a “compreensão” da fé

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, Jesus nos chama à "fidelidade renovada": mesmo que o conteúdo da fé não muda substancialmente, devemos considerar as mudanças de percepção cultural e as graves dificuldades do tempo com respeito à profissão da fé verdadeira e sua justa interpretação.
Os conteúdos essenciais que desde os séculos constituem o patrimônio de todos os crentes têm necessidade de ser confirmados, compreendidos e aprofundados de maneira sempre nova, com o fim de dar um testemunho coerente em condições históricas diferentes às do passado. O magistério da Igreja tem a responsabilidade de intensificar a reflexão sobre a fé para ajudar a todos os crentes em Cristo a que sua adesão ao Evangelho seja mais consciente e vigorosa em cada tempo.
—Nos tempos mais recentes a Igreja vem cumprindo esta missão com o Concilio Vaticano II ("bússola segura para orientar-nos no caminho do século que começa") e convocando duas vezes o "Ano da Fé" (com Paulo VI e com Bento XVI), entre outras muitas iniciativas.

Meditação/Recadinho

Tenho tido oportunidades de jejuar de vez em quando? - Em que consiste meu jejum? - Que motivos me levam a jejuar? - Comente a afirmação de que “a vida com Deus é uma festa contínua!” - Peço sempre a Deus que renove meu espírito e meu coração?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 06/07/2013 e 05/07/2014

Meditação

Para aceitar a doutrina de Jesus, para viver como Ele ensina, é preciso abandonar toda nossa maneira anterior de pensar e de viver. E não apenas uma vez, mas sempre de novo, porque Ele está sempre a nos arrastar mais para a frente e para mais longe. Não adianta ficar tentando combinar suas propostas com nossa indolência ou nossa falta de coragem. Ele não é nem permite remendo. Vivemos no tempo pós-pascal, e por isso nosso olhar se volta sempre para o horizonte, para o futuro. Não fiquemos presos em fórmulas e sim busquemos a vida que nos vem de Cristo.
Oração
Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário sobre o Evangelho

Jesus nos ensina que a lei do amor está acima do cumprimento das normas


Hoje, Jesus ensina-nos que não há que “jejuar por jejuar”, como quem cumpre somente uma norma. «Podem os companheiros do esposo ficar de luto enquanto o esposo estiver com eles?». Aí está a questão: acima do “cumprimento” está a lei do amor (a caridade). Imaginas-te a ti próprio a jejuar num casamento?
- Os santos não são pessoas aborrecidas: sabem que há um tempo para jejuar e um tempo para festejar. Além disso, têm presente o sentido mais profundo do jejum: acompanhar Jesus na Cruz. – Há quanto tempo não passo pelo Calvário?

Comentário do Evangelho

Várias são as controvérsias em que Jesus e seus discípulos são envolvidos em torno do tema do comer: comer com pecadores e publicanos; não observar o jejum; colher espigas no sábado e comê-las; comer com as mãos impuras. O destaque no texto de hoje é o jejum. Jesus é questionado por discípulos de João Batista: "Por que jejuamos, nós e os fariseus, ao passo que os teus discípulos não jejuam?". O episódio, narrado por Mateus, exprime as dificuldades de alguns grupos de discípulos de João em aderirem às comunidades do movimento de Jesus. Estes discípulos são convidados a participar da alegria pela presença do noivo, Jesus, que oferece o banquete da vida. A referência à retirada do noivo e ao retorno ao jejum é uma interpretação tardia de discípulos de Jesus que, como os discípulos de João, regrediram a algumas práticas do antigo judaísmo. Com as parábolas do remendo e do vinho, Jesus exprime que sua novidade não é suportada pela antiga tradição de Israel.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erra, mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 05/07/2014

Meditando o evangelho

NÃO É HORA DE TRISTEZA

O tempo da existência terrena de Jesus foi entendido como antecipação da alegria que seria experimentada quando o Reino de Deus se manifestasse em plenitude. Quando não mais houvesse lugar para lágrima ou tristeza e tudo fosse felicidade. Sendo assim, não tinha sentido seus discípulos se entregarem à penitência e ao jejum, como faziam certos grupos, enquanto tinham consigo Jesus. Não era hora de tristeza! Não fica bem alguém recusar-se a comer em plena festa de casamento, quando o noivo ainda está presente.
Todavia, o jejum se justificaria quando os discípulos fossem privados da presença física de Jesus. O jejum, então, teria um sentido diferente do rigorismo ascético da piedade judaica. E deveria ser pensado a partir do projeto de Reino proclamado por Jesus. A prática penitencial não visaria tanto a busca da própria perfeição, num sentido individualista, nem seria uma forma velada de masoquismo. O jejum teria duplo significado. Ele seria uma forma de proclamar o absoluto de Deus e seu Reino na vida do discípulo, através da vitória sobre os instintos e as paixões desordenadas. Por outro lado, indicaria estar o discípulo em contínua preparação para o festim definitivo do Reino. Ninguém se alimenta fartamente antes de ir a uma festa. Pelo contrário, priva-se de alimentos na perspectiva do que encontrará. O jejum cristão prepara o discípulo para a festa que o Pai lhe preparou.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Senhor Jesus, faz-me compreender a prática do jejum como preparação para o encontro definitivo contigo no teu Reino.
Fonte: Dom Total em 08/07/2017 e 06/07/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Quando o Jejum não têm sentido.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Aviso aos navegantes: este evangelho não é uma crítica a quem tem o costume de jejuar, Jesus não é contra o jejum, ele mesmo jejuou no deserto por 40 dias quando se preparava para iniciar o seu ministério publicamente. O problema aqui é outro, por que jejuar? Os discípulos de João e os Fariseus jejuavam, mas os discípulos de Jesus não. O que isso significa?
Naquele tempo o jejum também era uma forma de suplicar a Deus para que mandasse o prometido Messias, pois Jejum ( que significa estar privado de alimentação que é essencial) queria significar exatamente isso, que sem o Messias Enviado de Deus, o homem estava privado da Verdadeira Vida. Jejum era dizer a Deus, que mais importante do que o alimento material que sustenta o corpo, era o alimento da Salvação, que alimentava a alma.
Pronto! Agora ficou fácil entender a censura que Jesus faz nesse evangelho. Exatamente porque os seus discípulos já estavam saboreando a bênção e a graça do seu messianismo, enquanto que os discípulos de João e os Fariseus, mais preocupados em seguir a Lei e a tradição, ainda estavam à espera do tal Messias, sem se dar conta de que ele já estava no meio deles.
Tudo o que os outros suplicavam e esperavam, para que suas vidas fossem mudadas, os discípulos de Jesus já estavam experimentando essa mudança interior. O Jejum de hoje tem quase esse mesmo sentido, nosso único e verdadeiro alimento é Deus, pois dele em Jesus Cristo nos vêm a Vida Nova, é, portanto, apenas Dele que temos necessidade.
Jejuar na quaresma, nos dois dias determinados pela Igreja: Quarta Feira de Cinzas e Sexta Feira Santa, é reafirmamos a nossa Fé e esperança em Cristo Jesus, pois a sua morte na cruz tornou possível  essa Vida Nova em nós, cuja necessidade supera até a nossa fome material. Claro que o jejum vem acompanhado pela oração e práticas de caridade, sem isso, ele não têm sentido nenhum e de nada nos valerá.

2. Aproximaram-se de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Os discípulos de João Batista jejuavam, os discípulos dos fariseus também. Os de Jesus, não. Por quê? Essa pergunta foi feita a Jesus pelos discípulos de São João Batista. A resposta de Jesus aos discípulos de João aponta para uma comunidade livre de espaços e observâncias. Jesus disse à samaritana, no Evangelho de João, que o Pai quer adoradores em espírito e verdade, não presos a normas e lugares, seja de Jerusalém, seja da Samaria. Os discípulos de Jesus jejuarão quando tiverem que jejuar. Impulsionados e iluminados pelo Espírito de Sabedoria, saberão o que fazer em cada tempo e lugar. Farão o que o discernimento da vontade de Deus lhes disser. Sempre houve pessoas que se juntaram em torno de religiosos de destaque. Entre nós se fala atualmente em Comunidades de Aliança. Tais grupos costumam ter práticas que os caracterizam, de pequenos gestos rituais a grandes obras sociais de solidariedade humana. João formou com seus discípulos uma Comunidade de Aliança, que existiu até o início dos tempos apostólicos. Jesus também tinha em torno de si uma comunidade. É a esta comunidade que damos o nome de Igreja.
Fonte: NPD Brasil em 06/07/2019

HOMILIA

JESUS E O JEJUM

João Batista, cujo ministério tinha por finalidade preparar o povo para a chegada do Messias, tinha discípulos que ainda haviam ficado com ele durante o princípio do ministério do Senhor Jesus.
Eles observavam os discípulos do Messias, alguns dos quais também haviam sido de João, e vieram perguntar porque eles não jejuavam como os de João e os fariseus faziam? Era uma crítica, pois o ritual do jejum representava muito para eles.
Para compreendermos melhor o que se passou naquela ocasião, devemos lembrar que João Batista fora ainda um profeta do Velho Testamento, e ele e os seus discípulos ainda estavam presos à lei de Moisés, com seus preceitos e rituais. Ele apresentara o Messias, e foi Este que deu início a uma nova era, ou dispensação, introduzindo o Novo Testamento entre Deus e a humanidade com a propiciação feita com o Seu sangue.
O curto ministério do Messias aqui na terra foi um intervalo durante o qual Ele anunciou o início do Seu reino e preparou os Seus discípulos para a nova dispensação.
Os "filhos das bodas" mencionados na resposta são uma expressão idiomática da época significando os convidados a um casamento. O jejum entre os judeus era um ato de abnegação devido a tristeza e contrição. Assim como os convidados não podem demonstrar tristeza na presença de um noivo no seu casamento, também não era próprio para os discípulos demonstrarem tristeza enquanto o seu Salvador estivesse junto com eles.
Mas haveria ocasião para jejum quando Ele voltasse para o céu, completada a obra de redenção que viera fazer, quando então estaria fisicamente ausente dos seus discípulos.
Não existe um mandamento para jejuar como havia no Velho Testamento. O jejum é encontrado junto com a oração na igreja primitiva, em ocasiões em que a direção de Deus era pedida para a tomada de grandes decisões. Também, nas versões mais antigas, aparece com a oração em 1 Coríntios 4:5. É um ato de abnegação diante de Deus, aprovado aqui pelo Senhor Jesus.
Em seguida o Senhor usa duas ilustrações para mostrar a mudança da dispensação do Velho Testamento para a do Novo Testamento, e para ensinar que os seus princípios não devem ser misturados: Ninguém usa um retalho de pano novo para remendar uma roupa velha; pois o remendo novo encolhe e rasga a roupa velha, aumentando o buraco. Ninguém põe vinho novo em odres velhos. Se alguém fizer isso, os odres rebentam, o vinho se perde, e os odres ficam estragados. Pelo contrário, o vinho novo é posto em odres novos, e assim não se perdem nem os odres nem o vinho.
A utilidade do Velho Testamento, com a lei de Moisés, estava no fim, e o Senhor Jesus não veio para lhe dar continuidade mediante alguns remendos pois estes só podiam piorar a sua situação. O Velho Testamento não podia conter o Evangelho da salvação unicamente mediante a fé na obra redentora de Cristo.
O Senhor Jesus veio para introduzir uma veste totalmente nova, um vinho completamente novo, para substituir de uma só vez o que existia naquela época. O apóstolo João abrevia isso assim "a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo".
Pelo jejum devemos proclamar que temos fome de Deus e significar que só encontramos sentido para nós na verdadeira liberdade face a tudo que é terreno e material. O nosso coração só encontra felicidade quando repousa em Deus.
Pai dá-me suficiente bom senso para reconhecer o que corresponde ao projeto de Jesus, sem querer misturá-lo com esquemas incompatíveis com a novidade do Reino.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 05/07/2014

REFLEXÕES DE HOJE

SÁBADO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 05/07/2014

HOMILIA DIÁRIA

Uma nova mentalidade e um novo coração

Se nós queremos escolher a novidade do Reino que chega até nós, precisamos ter uma nova mentalidade e um novo coração.

Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão” (Mt 9,15).

Os fariseus questionam por que eles jejuam duas vezes por semana, mas os discípulos de Jesus não estão jejuando.
O Senhor, então, lhes disse: “Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles?”. Por isso a Igreja jejua toda sexta-feira, em memória daquele dia em que o noivo Jesus foi tirado da Sua Igreja.
Não basta ter essa atitude de querer jejuar, não basta a atitude de querer fazer muitos sacrifícios, rezar muitos terços, muitas orações… Tudo isso é justo, louvável, pois precisamos fazer obras de penitência para nossa conversão e mudança de vida; no entanto, as obras de penitência precisam estar ligadas a uma conversão do nosso coração, a uma profunda misericórdia. Nós precisamos, acima de tudo, ter uma atitude nova, um coração novo, uma nova visão diante das pessoas e dos fatos. Sabemos que um coração está sendo purificado por Deus quando ele para de julgar os outros, condená-los ou ainda se sentir melhor que eles.
Quando um coração se aproxima de Deus para ser renovado, ele reconhece primeiro, e com muita insistência, os seus próprios pecados para com os pecadores, para com aqueles que tem este ou aquele defeito, um olhar e uma atitude de misericórdia.
Nós precisamos aprender com o nosso Mestre Jesus. Se nós queremos escolher a novidade do Reino que chega até nós, precisamos ter uma nova mentalidade e um novo coração.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 06/07/2013

HOMILIA DIÁRIA

Abramos o coração para acolher a novidade de Deus

Abramos o coração para acolher a novidade Deus. Não fiquemos com os velhos conceitos de outrora. Estejamos dispostos todos os dias a aprender com Jesus o Seu modo de ser!

Também não se põe vinho novo em odres velhos. Mas vinho novo se põe em odres novos, e assim os dois se conservam” (Mateus 9,7).

Jesus hoje nos mostra de que forma podemos acolher o Reino de Deus, porque a Boa Nova, transmitida pelo Evangelho, a mensagem de Jesus, é a grande novidade que salva toda a humanidade. Deixe-me dizer: como Deus deseja que a Sua Palavra penetre em nosso coração e, quando a Palavra de Deus, a mensagem de Deus, a mensagem do Evangelho, entra, de fato, em nossa vida e em nosso interior, ela vai nos lavando, nos renovando e nos purificando e, assim, vamos nos tornando novos pela graça de Deus!
Mas se não abrimos a cabeça, se não abrimos o coração, se ficamos com aqueles velhos argumentos, com aquelas velhas explicações ou com aquelas justificativas de sempre a novidade de Deus não acontece em nossa vida. Cada vez que nos aproximamos da Palavra de Deus ela é uma novidade para nós, por mais que a tenhamos lido e a escutado mil vezes – as mil vezes que ela se apresenta a nós se tornam sempre uma novidade quando temos a mente nova, o coração novo e a disposição nova para a [Palavra de Deus] acolher como novidade.
Se antes tínhamos essa postura, se pensávamos dessa forma, a sabedoria não é termos a cabeça dura, não é ficarmos fechados nas nossas tradições, conceitos e em nosso ponto de vista. Ser sábio é sabermos nos abrir para o novo, é acolher a novidade de Deus.
Algumas vezes, as pessoas perguntam: “Por que Deus não me renova? Por que Deus não me faz de novo? Por que eu não experimento as novidades de Deus em minha vida?”. Isso acontece porque não abrimos a mente e o coração.
O novo, quando é colocado no velho, fica velho também. Então, se se põe um remendo novo em uma calça velha, ninguém vai perceber o novo. Da mesma forma, vinho novo precisa de odres novos, para que o sabor se conserve (cf. Mt 9,7).
Para que a Palavra de Deus se conserve em nós, para que a novidade de Deus tenha efeito em nós, abramos o nosso coração e a nossa mente. Não sejamos fechados, não fiquemos com as velhas posturas e com os velhos conceitos de outrora, mas que estejamos dispostos, todos os dias, a aprender com Jesus o Seu modo de ser!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo - Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 05/07/2014

HOMILIA DIÁRIA

Tenhamos um coração novo

Para abraçar Jesus ou aquilo que Ele traz de novo é preciso ter um coração renovado

Mas vinho novo se põe em odres novos, e assim os dois se conservam” (Mateus 9,17).

Para abraçar Jesus ou aquilo que Ele traz de novo é preciso ter um novo coração! Um vinho novo deve ser colocado num vasilhame novo, porque o vinho pode ser o melhor, mas se você o colocar num vasilhame velho, ele vai perder o sabor, vai perder a graça.
Do mesmo jeito, você pode ter o melhor remendo para colocar num rasgão de uma roupa, mas se a roupa é nova, o remendo também tem de ser novo. Se a roupa é nova e você coloca um remendo velho, sujo, estragado, perdeu-se aquela roupa.
Permita-me dizer a você: a graça de Deus é sempre nova, não envelhece; ela se renova a cada dia, porque o Espírito é novo e está sempre nos renovando. Não adianta ficarmos com a velha mentalidade, com os velhos conceitos e ressentimentos, as velhas mágoas, reclamações e murmurações; com os velhos e ultrapassados conceitos que não nos levam a nada, as velhas discussões que nós costumamos travar o tempo inteiro, e não progredimos.
Não adianta querermos renovar as coisas com essas discussões antiquadas e ultrapassadas, com essas acusações que ficamos jogando na cara do outro o tempo inteiro. Um casal que está há 30, 40 anos casados vive batendo na mesma tecla, não consegue sair do lugar, acusa-se dia e noite da mesma coisa.
Largue o que é velho, pare de se apegar ao que não serve para nada, pare de apegar-se àquilo que só nos estraga, pare de viver guardando e juntando traças velhas. E as traças não estão somente nas coisas velhas, nas ninharias que juntamos e guardamos em casa; elas estão também dentro de nós, do nosso coração, dos nossos conceitos, da nossa forma de enxergar as coisas.
Para acolher a novidade de Deus é preciso ter um coração novo, uma disposição nova para ver as coisas. O problema não é ser velho na idade, porque, graças a Deus, nossos idosos têm uma mente nova, uma disposição nova de ver as coisas. O que mais estraga é ver tantos jovens, tantos de nós tão envelhecidos na forma de enxergar as coisas, não se abrem para o novo nem o acolhem, por isso o novo de Deus não acontece em nossa vida.
Para vinhos novos, odres novos. Para a graça nova, um novo coração, uma nova mentalidade, para que Deus seja sempre novo em nossa vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

A graça de Deus renova tudo o que envelheceu

Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo repuxa a roupa e o rasgão fica maior ainda. Também não se põe vinho novo em odres velhos, senão os odres se arrebentam, o vinho se derrama e os odres se perdem. Mas vinho novo se põe em odres novos, e assim os dois se conservam” (Mateus 9,16-17).

Nada é mais novo em nossa vida do que a graça de Deus, do que Sua Boa Nova, porque Ele é sempre novo, Ele não conhece o que é velho. A graça de Deus renova tudo o que envelheceu, estragou, corrompeu-se, mas precisamos ter um coração novo, uma disposição nova ou uma mentalidade nova para que o novo de Deus entre em nós.
Perdemos, estragamos, não cuidamos da graça que recebemos. A graça chega até nós, mas volta, porque não encontra uma acolhida nova para permanecer em nós. Continuamos presos àqueles nossos pensamentos e mesquinharias, continuamos bitolados na nossa forma de ver. Podemos ter 80 anos e começarmos a aprender agora, mas o jovem acha que pode tudo. Precisamos, na verdade, aprender, todos os dias, sobre tudo.
Em Deus somos sempre crianças que estão aprendendo a andar. Precisamos amadurecer, mas nunca perder o sentimento nem o sentido da criança que está aprendendo a andar.
O Evangelho é sempre novo a cada dia, as letras do Evangelho podem ser as mesmas de dois mil anos atrás, mas, a cada dia que temos uma disposição nova, uma abertura de mente nova, o Espírito cria o novo de Deus em nós. Por isso, quero que a Palavra do Senhor, hoje, pregada ao meu coração, realize o novo de Deus na minha vida.

Deus faz nova todas as coisas naquele que se permite, a cada dia, renovar-se n’Ele

Hoje, deve ser o primeiro dia da nossa vida, deve ser o dia em que Deus realiza a sua obra dentro de nós, por isso não podemos desejar outra coisa, a não ser ter um novo coração e um novo sentimento.
É triste reencontrarmos uma pessoa muitos anos depois e ela continuar com a aquela mesma mágoa, o mesmo ressentimento, com a mesma amargura; e o pior é que depois, de um tempo, a amargura azeda e a pessoa vai envelhecendo, porque não larga aquelas coisas que envelhecem a alma, o espírito e o sentimento humano.
Apegamo-nos a muitas tranqueiras, coisas velhas e picuinhas. Há pessoas que passam muito tempo brigando pela mesma coisa, não se renovam, não partem para o novo nem deixam o novo acontecer.
Larguemos tudo isso, deixemos de lado tudo que só nos envelhece e estraga. Permitamos que o novo de Deus renove nossos sentimentos, tire de nós essa maneira velha de falarmos, de nos dirigirmos, de agredirmos uns aos outros, para renovarmos a nossa linguagem, a nossa forma de falar, de dirigir e lidar uns com os outros.
Deus faz nova todas as coisas naquele que se permite, a cada dia, renovar-se n’Ele.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 06/07/2019

Oração Final
Pai Santo, dá-nos força para vencer o nosso inimigo interno – o pecado – e nos dá, também, humildade e discrição para não cairmos na tentação de reivindicar que o nosso próximo reconheça os méritos de nossa luta. Nós Te pedimos, Pai amoroso, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/07/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos coragem para atravessar a porta estreita e seguir pelo caminho áspero da conversão. Que vivamos nesta terra, alegres e agradecidos, a certeza de já estarmos, ainda que não em plenitude, no teu Reino de Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/07/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos coragem para atravessar a porta estreita e seguir pelo caminho áspero da conversão. Que vivamos nesta terra, alegres e agradecidos, a certeza de já estarmos, ainda que não em plenitude, vivendo o teu Reino de Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/07/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos força para vencer o nosso inimigo interno – o pecado – e nos dá, também, humildade e discrição para não cairmos na tentação de reivindicar que o nosso próximo reconheça méritos em nossa luta. Nós Te pedimos, amado Pai, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.Fonte: Arquidiocese BH em 06/07/2019

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