segunda-feira, 17 de julho de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 17/07/2023

ANO A


Mt 10,34–11,1

Comentário do Evangelho

Nenhum laço afetivo pode ser obstáculo para o seguimento de Jesus Cristo.

A lealdade a Jesus e a decisão de segui-lo estão acima de qualquer lealdade e de qualquer outra decisão. Jesus é “o fazedor de paz” (Mt 5,9); ele não promove a guerra nem sequer a discórdia. A sua mensagem é que suscita a hostilidade daqueles que a rejeitam. Os discípulos devem comunicar a paz por onde andarem, mesmo sendo enviados “como ovelhas para o meio dos lobos” (v. 16). Por vezes os inimigos serão os próprios familiares (v. 36). Nenhum laço afetivo deve preceder ao amor por Jesus, pois este é o fundamento e a inspiração de todo amor plenamente humano. Nenhum laço afetivo pode ser obstáculo para o seguimento de Jesus Cristo.
A vida do discípulo, a exemplo da do Mestre, não está na defesa de seus próprios interesses e privilégios, mas na entrega generosa de toda a vida ao Senhor: “… e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará” (v. 39). A identificação do discípulo com o Mestre deve ser tal, que acolher o discípulo é acolher o próprio Senhor. O discípulo é representante de Cristo e portador de sua mensagem, assim como Cristo o é do Pai: “… não venho por mim mesmo, foi o Pai que me enviou” (Jo 8,41).
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, robustece minha adesão a teu Reino, levando-me a pautar por ele todo meu agir e a atrair para ti quem optou pelo caminho da maldade e do egoísmo.
Fonte: Paulinas em 15/07/2013

Vivendo a Palavra

A paz que Jesus não trouxe: a acomodação, o egoísmo, a discriminação. Ele nos legou a espada para conquistarmos a sua Paz – diferente da paz do mundo – que é fraternidade, generosidade e gratuidade ou, se quisermos resumir em uma palavra: Amor – Amar como Ele amou: doar a vida pelos irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/07/2013

VIVENDO A PALAVRA

A paz do mundo – aquela que Jesus não trouxe para nós: acomodação, egoísmo e discriminação. Ele nos legou a espada para conquistarmos a sua Paz, que é bem diferente. A Paz de Cristo é fraternidade, generosidade, gratuidade, justiça, ou, se quisermos resumir em uma palavra, Amor! Amar como amou Jesus de Nazaré: Ele doou a vida pelos irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/07/2019

VIVENDO A PALAVRA

Jesus – que sempre desejava e transmitia a sua Paz – diz agora que não veio trazer a paz! A realidade é que a Paz de Cristo não pode ser confundida com a paz entendida pelo mundo, que se confunde com o comodismo, a preguiça, às vezes até com a covardia diante de injustiças. A Paz de Cristo se conquista com a espada usada na luta interna para vencer nossos instintos inferiores, com o combate em defesa dos irmãos discriminados, com a vivência de relações fraternas e compassivas com todos.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/07/2021

Reflexão

O seguimento de Jesus tem uma série de implicações e não permite meio termo, pois exige radicalidade. Ou seguimos Jesus ou não seguimos, não existe seguimento até certo ponto ou de acordo com as minhas condições, o seguimento é incondicional. Para que isso seja possível, Jesus deve ser o valor absoluto de nossas vidas, devemos ser seduzidos por ele de modo que tudo façamos para estar com ele e realizar a sua vontade, a fim de que tenhamos coragem de, com ele, assumir a nossa cruz do dia a dia e segui-lo até onde for necessário. Somente quem tem um verdadeiro amor por Jesus e pelo Reino de Deus é capaz de viver de tal maneira.
Fonte: CNBB em 15/07/2013

Reflexão

Nem todos aceitam as exigências do Reino de justiça e paz que Jesus veio estabelecer neste mundo. Os que defendem uma sociedade assentada no poder, na riqueza e numa vida egoísta, dificilmente vão acolher o Messias com sua mensagem de amor filial a Deus e de comunhão fraterna. A uma sociedade injusta e opressora Jesus contrapõe os valores da paz. Não que Jesus declare guerra abertamente; é sua mensagem que provoca a hostilidade dos que a rejeitam; esses é que empunham a espada (divisão). Vêm à nossa mente as palavras do velho Simeão, quando da apresentação de Jesus no Templo: “Eis que este menino será causa de queda e reerguimento de muitos em Israel” (Lc 2,34). O próprio Jesus mostra que é de outra natureza a paz que ele nos dá: “A paz que lhes dou não é como a paz que o mundo dá” (Jo 14,27).
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. LuizMiguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 15/07/2019

Reflexão

Nem todos aceitam as exigências do Reino de justiça e paz que Jesus veio estabelecer neste mundo. Os que defendem uma sociedade assentada sobre o poder, sobre a riqueza e sobre uma vida egoísta dificilmente vão acolher o Messias com sua mensagem de amor filial a Deus e de comunhão fraterna. A uma sociedade injusta e opressora Jesus contrapõe os valores da paz. Não que Jesus declare guerra abertamente; é sua mensagem que provoca a hostilidade dos que a rejeitam, e estes é que empunham a espada (divisão). Vêm à nossa mente as palavras do velho Simeão, quando da apresentação de Jesus no templo: “Eis que este menino será causa de queda e reerguimento de muitos em Israel” (Lc 2,34). O próprio Jesus mostra que é de outra natureza a paz que ele nos dá: “A paz que lhes dou não é como a paz que o mundo dá” (Jo 14,27).
Oração
Ó Jesus, Caminho único que leva ao Pai, de um lado encontram-se os que te acolhem e seguem; de outro, os que se põem frontalmente contra ti e contra as exigências do Reino. Sobre estes pesa a espada do julgamento. Queremos, Senhor, colocar-nos inteiramente a serviço do teu Reino. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 12/07/2021

Reflexão

Nem todos aceitam as exigências do Reino de justiça e paz que Jesus veio estabelecer neste mundo. Os que defendem uma sociedade assentada no poder, na riqueza e numa vida egoísta, dificilmente vão acolher o Messias com sua mensagem de amor filial a Deus e de comunhão fraterna. A uma sociedade injusta e opressora, Jesus contrapõe os valores da paz. Não que Jesus declare guerra abertamente; é sua mensagem que provoca a hostilidade dos que a rejeitam; esses é que empunham a espada (divisão). Vêm à nossa mente as palavras do velho Simeão, quando da apresentação de Jesus no templo: “Eis que este menino será causa de queda e reerguimento de muitos em Israel” (Lc 2,34). O próprio Jesus mostra que é de outra natureza a paz que ele nos dá: “A paz que lhes dou não é como a paz que o mundo dá” (Jo 14,27).
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

E quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim»

Rev. D. Valentí ALONSO i Roig
(Barcelona, Espanha)

Hoje, Jesus nos oferece uma importante mistura de recomendações; é como um desses banquetes modernos onde os pratos são pequenas porções para saborear. Trata-se de conselhos profundos e de difícil digestão, destinados a seus discípulos na formação e preparação missionária (cf. Mt 11,1). Para gostar deles devemos contemplar o texto em partes diferentes.
Jesus começa dando a conhecer o efeito do seu ensino. Não obstante os efeitos positivos, evidentes na atuação do Senhor, o Evangelho evoca as contrariedades e contratempos da predicação: «e os inimigos serão os próprios familiares» (Mt 10,36). Isso é o contraditório de viver na fé, temos a possibilidade de enfrentarmos, até mesmo com os que estão mais perto de nós, quando não compreendemos quem é Jesus, o Senhor, e não o percebemos como o Mestre da comunhão.
Em um segundo momento Jesus nos pede para ocupar o lugar mais alto na escala do amor: «Quem ama pai ou mãe mais do que a mim...» (Mt 10,37), «e quem ama filho ou filha mais do que a mim...» (Mt 10,37). Desse jeito, propõe deixarmos acompanhar por Ele como presença de Deus, já que «quem me recebe, está recebendo aquele que me enviou» (Mt 10,40). O resultado de morar acompanhados pelo Senhor, acolhido em nossa morada, é gozar da recompensa dos profetas e justos, porque temos recebido um profeta e um justo.
A recomendação do Mestre acaba valorizando as pequenas demonstrações de ajuda e proteção às pessoas que moram acompanhadas pelo Senhor, os seus discípulos, que somos todos os cristãos. «Quem der, ainda que seja apenas um copo de água fresca, a um desses pequenos, por ser meu discípulo...» (Mt 10,42). A partir deste conselho, nasce uma responsabilidade: em relação ao próximo, sejamos conscientes de que as pessoas que moram com o Senhor, quem quer que sejam, devem ser tratadas como Ele mesmo. São João Crisóstomo diz: «Se o amor estivesse espalhado por todas as partes, nasceria dele uma quantidade infinita de bens».

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Até que venha a paz, na qual não teremos qualquer inimigo, a nossa tarefa é lutar longa, fiel e corajosamente, para que possamos merecer ser coroados pelo Senhor Deus» (Santo Agostinho)

- «A Virgem Maria, Rainha da Paz, partilhou até ao martírio da alma a luta do seu Filho Jesus contra o Maligno. Invoquemos a sua intercessão materna para nos ajudar sempre a sermos testemunhas da paz de Cristo, sem jamais nos comprometermos com o mal» (Bento XVI)

- «Tudo o que Cristo viveu, Ele próprio faz com que o possamos viver n'Ele e Ele vivê-lo em nós. «Pela sua Encarnação, o Filho de Deus uniu-Se, de certo modo, a cada homem» (Concilio Vaticano II). Nós somos chamados a ser um só com Ele» (Catecismo da Igreja Católica, nº 521)

Reflexão

O que é o “amor”?

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje —em nosso tempo—“amor” significa tantas coisas —inclusive contrárias— que muitas vezes não se percebe seu genuíno sentido. Todos nós queremos amor, mas não tudo é amor. Jesus oferece um critério sensato: Amar é um "se perder" Quem não estiver disposto as “fatigas do êxodo” não podem amar: Amor e comodidade são incompatíveis.
A Trindade representa o amor essencial (um eterno “Ser para...”) e o homem é imagem de Deus: Alguém que por inclinação natural deseja “dar e receber amor”. Perder a vida!: Jesus Cristo descreve seu próprio itinerário, que através da cruz o leva à ressurreição. É o caminho do grão de trigo que cai na terra e morre, dando fruto abundante. O amor é uma exigência que não me deixa intato: Não posso me limitar a seguir sendo eu a secas, senão que hei de me perder uma e outra vez.
Jesus, Filho de Deus, que “és para” nós fazendo-te homem, concedei-me seguir tuas sendas de amor, “sendo e vivendo” para os outros.

Meditação

Reflita hoje sobre seu contexto familiar: é bom? - Algo depende você para que seja melhor ainda? - Há problemas sérios em sua família? Pode fazer alguma coisa para que, mesmo em meio a dificuldades, viva-se em paz? - Lembra-se sempre de que vida sem cruz não é vida? - Procura colocar sempre tudo nas mãos de Deus, buscando forças para a caminhada?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 15/07/2013

Meditação

A afirmação devia ser muito frequente nos lábios de Jesus, pois aparece seis vezes no Evangelho. Seu sentido é claro: quer que lhe demos preferência acima de tudo, acima até mesmo da própria vida. Essa exigência, tão absoluta, jamais poderia ser feita por um simples homem. Porque é Deus, Jesus pode exigir de nós preferência total, confiança absoluta. É a resposta que espera de nós. Estamos, de fato, dispostos a isso?
Oração
Ó Deus, que escolhestes Inácio de Azevedo e seus trinta e nove companheiros para regarem com seu sangue as primeiras sementes do Evangelho lançadas na Terra de Santa Cruz, concedei-nos professar constantemente, para vossa maior glória, a fé que recebemos de nossos antepassados. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário sobre o Evangelho

Para seguir Jesus, é preciso tomar decisões radicais e ser corajoso


Hoje, escutamos vários ensinamentos de Jesus. Todos eles têm um aspecto em comum: o Senhor pede uma resposta radical. Estará Deus a exagerar? Não! Jesus Cristo não é um louco que acaba por morrer numa cruz por ser exagerado. O amor nunca é exagerado e, pelo contrário, é sempre radical. O amor não deixa ninguém “indiferente”.
- Acreditas que é possível amar sem “se despentear”? Espada contra as minhas comodidades; paz para os outros! Então, surpreende-te ver Cristo na Cruz?

Meditando o evangelho

ADESÃO TOTAL A JESUS

A adesão do discípulo a Jesus tem o mesmo caráter totalizante da adesão a Deus no Antigo Testamento.
Segundo a Lei mosaica, o fiel deveria amar a Deus "com todo o coração, com toda a alma, com todas as forças". Algo semelhante Jesus exige dos discípulos. Mesmo os laços mais sagrados de sangue ficam em segundo plano para quem aceita ser seguidor do Mestre. Quem coloca pai, mãe, filho ou filha, acima dele, renega sua condição de discípulo. Esta liberdade diante dos laços familiares possibilita-lhe estar disponível para seguir Jesus no caminho da cruz, se preciso, enfrentando a própria a morte. Não se trata de uma apologia da cruz, valorizada por si mesma, mas da liberdade e disponibilidade para viver o discipulado com todas as suas conseqüências.
As palavras de Jesus são de extrema clareza: quem se dispõe a segui-lo deve, como ele, aderir incondicionalmente ao projeto do Pai, sem meias-medidas ou atenuantes. É tudo ou nada!
A dureza das condições para o discipulado poderia amedrontar quem se predispõe a tornar-se discípulo, ou quem já é discípulo. Estaria Jesus exigindo uma espécie de desprezo aos familiares mais caros? Ou transformando o discipulado em fuga da família? Nada disso! O discipulado exige apenas que tudo, até mesmo o amor aos familiares, seja vivido na perspectiva do Reino. O discípulo amará seu pai, sua mãe, seu filho ou sua filha de uma maneira particular, quiçá até mais profunda, porque revestida pelo amor do Reino!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Espírito de disponibilidade para o Reino, faze-me reconsiderar tudo na perspectiva do Reino, dando-lhe a centralidade exigida por Jesus.
Fonte: Dom Total em 15/07/2019

Meditando o evangelho

A NECESSIDADE DE OPERÁRIOS

Confrontando-se com a grandiosidade da missão, Jesus reconhece a necessidade de contar com colaboradores, para poder levá-la adiante, a contento. Depois de ter enviado os doze apóstolos, o Mestre enviou, também, outros setenta e dois discípulos, com a tarefa de preparar as cidades e povoados para a sua passagem, ou seja, predispô-los para acolher a sua mensagem.
Os discípulos são orientados a suplicar ao Pai - Senhor da messe - para enviar muitas outras pessoas, dispostas a assumirem a missão evangelizadora. É ele quem tem a iniciativa da vocação e da missão. Devem evitar qualquer pretensão humana de querer arrogar-se tais dons. Todos dependem de quem os chamou e enviou.
Que tipo de operário requer-se para o serviço do Reino? É preciso que seja uma pessoa cheia de coragem, predisposta a viver na pobreza, capaz de adaptar-se a qualquer tipo de acolhida que lhe for oferecida, disposta a partilhar a vida de quem a acolhe, totalmente disponível para o serviço aos doentes e marginalizados, pronta a viver a experiência do fracasso, com otimismo, sem deixar-se abater.
Quem tem estas disposições internas, deve estar atento. Pode ser que o Senhor queira enviá-lo para trabalhar na sua messe. Por que não dizer um sim corajoso e generoso?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Espírito de coragem e generosidade, predisponha-me para trabalhar na messe do Senhor, concedendo-me os pré-requisitos necessários para um serviço eficaz.
Fonte: Dom Total em 12/07/2021

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. NÃO A PAZ, MAS A ESPADA!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A afirmação de Jesus a respeito de sua missão soa estranha. Qual terá sido a sua intenção ao declarar: "Não vim trazer a paz, e sim a espada"? Como combinar esta declaração com a bem-aventurança relativa aos construtores da paz?
As palavras de Jesus visam dirimir um mal-entendido. O alerta: "Não pensem que ..." pressupõe que circulavam interpretações equivocadas sobre a sua missão. Muitos tinham-no na conta de um Messias pacificador, que haveria de instaurar o shalom em Israel, um tempo de bem-estar e prosperidade, obtida pelo aniquilamento de todos os adversários da nação, e pela recuperação da liberdade desde há muito perdida.
O caminho de Jesus é outro. Seu ministério terá como resultado criar uma grande divisão no seio da humanidade. Ou melhor, explicitar uma cisão que está latente, velada por um falso irenismo que encobre as maldades e as injustiças, impossibilitando a concretização do Reino na história humana: quem pertence e quem não pertence ao Reino.
Uma vez concretizada a divisão, aí sim, saber-se-á quem aderiu ao Reino e se dispõe a tomá-lo como parâmetro das próprias ações, e quem resiste a submeter-se à sua dinâmica. Então caberá aos discípulos do Reino, reconciliados entre si, buscar atrair quem optou pelo caminho contrário.
O ideal de Jesus é ver toda a humanidade reconciliada, mas sobre bases verdadeiras!
Oração
Pai, robustece minha adesão a teu Reino, levando-me a pautar por ele todo meu agir e a atrair para ti quem optou pelo caminho da maldade e do egoísmo.
Fonte: NPD Brasil em 15/07/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Como entender esta afirmação de Jesus?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O leitor menos preparado poderá chocar-se com essa expressão colocada pelo evangelista São Mateus, onde Jesus diz “Não julgueis que vim trazer a paz á terra. Vim trazer não a paz, mas a espada”. Que negócio é esse? Então, Jesus o Filho de Deus, todo amor e misericórdia, a maior bondade, perfeição e santidade que o ser humano já viu, não veio trazer a paz, mas a espada? Será que São Mateus não se equivocou e entendeu errado o que Jesus falou? Vai ver que ele falou que veio trazer a Paz e não a espada…
A espada é uma arma conhecidíssima dos Judeus para quem Mateus escreve o seu evangelho, ela não só penetra, mas também corta, a morte por degolamento era comum nas contendas. Ela separa uma coisa da outra e provoca divisão... O que Jesus ensina nesse evangelho é a opção radical que o discípulo deverá fazer á seu favor. Jesus não quer disputar o primeiro lugar e a preferência de todos em nossas relações afetivas, isso nem está em discussão nesse evangelho.
Há pessoas de grande carência afetiva que dependem totalmente da relação com os outros, para ser feliz e sentir-se realizado nesta vida. Precisam constantemente de manifestações de carinho e afeto, querem sempre ser lembradas, ser o centro das atenções e na relação com os entes queridos ou na própria comunidade, sempre buscam isso e quando lhes falta essa atenção dos outros, sentem –se sozinhas, tristes e infelizes.
Jesus fala de algo que não interfere absolutamente nas relações afetivas, ao contrário, lhes dá um novo significado. Quando abraçamos o discipulado com lealdade e sinceridade, colocando o Evangelho de Cristo como a verdade absoluta em nosso viver, tudo se torna diferente em nossas atitudes e procedimentos. Estaremos tão ocupados em amar e servir os outros que não teremos tempo para buscar nossos interesses e nossas neuroses pois estaremos livres.
Tomar a cruz e seguir Jesus é deixar todas as nossas conveniências e interesses para trás, renúncias e desapegos sempre trazem desafios e sofrimentos pois muitas vezes renunciamos até a vida, e os prazeres que ela nos oferece. Mas essas perdas, que aos olhos do mundo nos dão prejuízo, representam na verdade um Ganho da Vida Verdadeira que Jesus nos oferece.

2. Quem vos recebe, a mim recebe...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Não tenham medo, não sejam ingênuos e saibam que não vim trazer paz ao mundo”, dizia Jesus ao término de suas orientações missionárias. Ele não veio trazer paz de águas paradas. Sua paz tem energia, sua paz tem movimento. Sua paz não é a paz do mundo. O discípulo missionário segue Jesus com destemor e perseverança. Não tem medo, vê o fim com clareza e avança numa batalha que não será perdida. O discípulo missionário não é um conquistador de espaços ou tesouros deste mundo sua luta não se faz com armas de destruição. Sua luta se faz com a paciência. Com ela o missionário tudo alcança, uma vez que para ele só Deus basta. Jesus termina estas instruções missionárias e parte para outro lugar. Ele também é missionário.
Fonte: NPD Brasil em 15/07/2019

HOMILIA DIÁRIA

O amor a Deus deve prevalecer sobre todas as coisas

Independente de qualquer coisa, devemos amar o Senhor em primeiro lugar, pois o amor d’Ele nos ensina como amar todos

"Não penseis que eu vim trazer a paz a terra, eu não vim trazer a paz, mas sim a espada."  (Mt 10, 37)

Ao escutar essas palavras tão duras de Jesus, podemos ficar, em um primeiro momento, escandalizados, pois nós O conhecemos como o Príncipe da Paz; no entanto, hoje, Ele nos diz que não veio trazer a paz, mas a espada. Então, qual é a paz que o Senhor vem nos trazer? Não é a que nós conhecemos, mas a que traz uma revolução dentro de nós. Por isso Ele se mune da espada, pois esta é capaz de cortar e separar.
Nós somos como um fruto que possui uma parte ruim, mas da qual ainda se aproveita todo o restante. A espada apresentada é justamente para esse fim, separar de nós tudo o que carregamos de mal, permitindo que apenas o bem permaneça.
A espada de Jesus é para cortar o que faz mal para nossa própria vida, separando o que é do Reino de Deus do que é desse mundo. Às vezes, o que Jesus vem nos trazer pode até causar divisão, como em uma família, na qual apenas uma parte aceita a Verdade.
Existe uma oposição entre os que querem viver a vontade de Deus e aqueles que não a aceitam. Nesse momento, o amor a Deus deve prevalecer, e isso não significa que deixaremos de amar alguém, mas, ao contrário, precisamos amar ainda mais com o amor que vem do coração de Deus.
Independente de qualquer coisa, devemos amar o Senhor em primeiro lugar, pois o amor d’Ele nos ensina como amar qualquer pessoa, em qualquer situação e em qualquer lugar.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Amemos o próximo na medida de Deus

Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim. Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim” (Mateus 10,37-38).

Talvez essa seja uma das páginas mais duras de todo o Evangelho, porque, no nosso coração, amamos a Deus, mas na prática… É claro que nós amamos as pessoas que estão próximas de nós: a mãe ama mais o seu filho, a mulher ama mais o seu marido, e cada um tem o amor maior no seu coração.
Aqui não é o amor comparativo, em proporção, Jesus não está competindo com nenhum dos nossos. Pelo contrário, Jesus está nos ensinando como devemos amar os nossos, porque há aqueles que amam de menos e não dão o amor, a atenção e a ternura aos que precisam.
Os nossos familiares, aqueles que fazem parte da nossa família, são aqueles que amamos com demasia, com exagero, passam da medida e enlouquecem a si e aos outros por causa do amor desmedido.
Se queremos amar, de verdade, os nossos, amemos a Deus em primeiro lugar, amemos aquele que é todo amor, amemos aquele que não sabe fazer outra coisa a não ser amar. Deixemos que o amor d’Ele mova o nosso coração. Vamos amar cada um na proporção do amor que ele precisa e deve receber.

É preciso deixar que a medida de Deus entre em nós

Sabemos que todo exagero, toda extravagância, todo excesso estraga, e estamos nos estragando quando não estamos amando na proporção do amor de Deus. Por isso, muitas vezes, vemos que os inimigos começam na própria casa, irmãos que não se amam mais, filhos que não entendem seus pais, pais que não entendem seus filhos, pais que têm todo amor para dar aos filhos, mas exageram na forma de amar e de cuidar.
Não basta ter boa intenção para amar, é preciso ter a medida para amar: “Agora eu só vivo para Deus”. Não é isso que Deus quer de nós.
Diz Jesus: “Eu não vim trazer a paz, mas a espada”. Primeiro, não é aquela paz que imaginamos, que não tem conflitos, porque estamos com muitos conflitos dentro de nós e achamos que estamos em paz, porque está tudo bem. Precisamos da espada de Jesus para abrir o nosso coração, para tirar as coisas velhas, enterradas, os conflitos não resolvidos para mergulharmos em Deus, para descobrirmos o Seu amor e sermos curados por ele, para podermos amar uns aos outros de verdade.
Há muito amor defeituoso, existe muito amor que, depois, vira um verdadeiro desamor, por isso para amarmos na medida de Deus é preciso deixar que a medida d’Ele entre em nós, precisamos pegar a espada do Espírito para abrirmos o coração e sabermos amar os nossos com o amor que Deus depositou em nosso coração.
Se você amar a Deus sobre todas as coisas com o amor que vem d’Ele, amará uns aos outros.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 15/07/2019

HOMILIA DIÁRIA

A verdadeira paz vem do coração humilde

Não penseis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas sim a espada” (Mateus 10,34).

Jesus não veio trazer a paz que o mundo entende como paz. “A minha paz”, como diz Jesus, não é a deste mundo, mas é a que vem de Deus. Como é que vamos ter paz num mundo que vive de enganos, ilusões e aparências? Como vamos ter paz num mundo que transforma mentiras em verdades, que esconde as verdades ou relativiza aquilo que é o correto? Como vamos ter paz segundo a narrativa deste mundo que ignora as pessoas que estão sendo injustiçadas, maltratadas e deixadas de lado? Como vamos ter paz num mundo tão injusto, cruel e desumano, como o mundo que nós estamos?
A paz do mundo é vendida, comercializada, é a paz das aparências, a qual, muitas vezes, nos leva a viver coisas incorretas, como se tudo estivesse normal. Não! A paz de Deus é inquieta, transformadora, é a paz que vem da espada; não é espada para combatermos uns aos outros e provocarmos guerras no mundo, mas a paz que invade o nosso coração, a espada que entra em nossa alma para cortar os nossos vínculos com o pecado, o nosso vínculo com a injustiça e com a corrupção.

A paz vem de um coração profundamente humilde, que coloca Deus em primeiro lugar

A espada do Espírito em nós nos dá o ardor da graça, a espada do Espírito em nossa alma corta aquilo que está velho, estragado, aquilo que não é de Deus e nos impulsiona à verdadeira paz que vem do Espírito, a paz de uma consciência reta, que vem do arrependimento dos pecados, de saber pedir perdão quando erramos, a paz que vem do verdadeiro arrependimento nas situações cotidianas da vida, onde nós muitas vezes falhamos. A paz da própria correção, da disciplina.
A paz que vem de Deus é aquela que não nos deixa omissos diante do sofrimento, da dor, da pobreza, das necessidades do outro; a paz que vem de Deus é fruto do amor sincero, autêntico, amor que não exclui as pessoas. A paz que vem de Deus é fruto da reconciliação. Só os corações verdadeiramente reconciliados conseguem experimentá-la. Reconciliar-se com Deus, reconciliar-se consigo mesmo, mas viver a reconciliação com os irmãos.
Não é possível viver em paz quando semeamos discórdias, quando ignoramos as pessoas porque não pensam como nós e não fazem o que nós queremos. Não é possível ter paz se não colocamos Deus em primeiro lugar. Negligenciamos a nossa consciência em favor dos nossos próprios interesses.
A paz não vem de um coração orgulhoso e soberbo, mas de um coração profundamente humilde que coloca Deus em primeiro lugar, que respeita o seu próximo e leva uma vida íntegra e verdadeira. A paz vem da espada do Espírito que corta as nossas paixões mundanas, que combate dentro de nós as perversidades que o maligno espalha no meio da humanidade em que nós vivemos.
Precisamos ser instrumentos da paz, precisamos da paz de uma consciência que seja reta. E essa paz só Deus pode nos dar.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 12/07/2021

Oração Final
Pai Santo, inspira-nos por seu Espírito para compreendermos e realizarmos em nossas vidas o desejo de Jesus: amarmos nosso próximo como Ele nos amou – até o ponto de sacrificarmos a vida pelos irmãos. Não só morrendo por eles, mas dedicando-lhes o nosso tempo, os nossos dons e talentos. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/07/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, inspira-nos para compreender realizar em nossas vidas o desejo de Jesus: que amemos nosso próximo como Ele nos amou – até ao ponto de sacrificar a vida pelos irmãos. Não só morrendo por eles, mas, muito mais, vivendo por eles: dedicando-lhes o nosso tempo, os nossos dons e talentos. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/07/2019

ORAÇÃO FINAL
Pai amantíssimo, sabendo que Tu estás conosco, nada mais desejamos. Ensina-nos o desapego aos bens que passam, aos tesouros desta terra, e até mesmo à nossa vida. Faze-nos generosos, capazes de oferecer aos companheiros peregrinos desta terra encantada os dons que nos emprestas – fazendo-o de forma gratuita e espontânea, como nos ensinou o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/07/2021

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